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Fazer o Ninho

Com o divórcio, foi necessário fazer a razoável partilha de bens. Por isso mesmo, os últimos meses têm sido de actualização constante daquilo que preciso comprar para o meu lar. Tenho uma lista de itens que ainda me faltam e que provavelmente só conseguirei terminar de adquirir daqui a um ano, mas, a pouco e pouco, tenho conseguido fazer o meu ninho.

Este fim-de-semana terminei a colecção dos copos. De seguida, teremos louça nova - para o dia-a-dia e para quando tenho convidados. Também ando na renovação da roupa de cama e das mantas. Parecem coisas pequenas, mas tornam-se grandes se as tentar adquirir todas ao mesmo tempo.

A verdade é que tenho gostado de investir no meu espaço e dou por mim a ficar histericamente satisfeita quando compro uma colcha, uns lençóis ou umas coberturas para o sofá. São mimos para o lar e mimos para mim. Tem sido uma tarefa morosa e custosa, mas que me tem enchido de contentamento e até de uma pitada de orgulho.

Comentários

  1. Sou solteira e tenho feito o mesmo.
    Tenho construído o ninho a pouco e pouco.
    Hoje uns copos novos, amanhã trocar as carpetes, depois renovar lençóis e toalhas, ir construindo o serviço de louça mais especial que tenho ido comprando devagarinho… e assim vai.
    A minha compra seguinte será um ferro de engomar vertical.
    Já tenho um normal mas pretendo comprar um desses.
    Já agora se alguém tiver um e quiser deixar feedback sobre esses aparelhos, os mais pequenos quase portáteis, obg. (Aproveitando o blog da S*… :)).

    É tão bom, mas sem stress, porque não pode ser tudo de uma só vez.

    Força nisso S*.
    Como eu costumo dizer a brincar… percebemos que nos tornamos adultas quando ficamos satisfeitas com uma panela, uns talheres novos, umas cortinas lá para casa. :D

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    1. Ui, este Domingo fui comprar os copos, trouxe uma saladeira nova giríssima... E eu nem faço saladas. ahahah Mas fiquei tão contente!! Sabe tão bem investir no que é nosso. <3

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  2. Fazes bem em ir fazendo a pouco e pouco, eu quando casei há quase 19 anos tinha praticamente tudo, se fosse hoje preferia ter comprado bem menos porque agora poderia ir comprando coisas mais atuais e giras, os nossos gostos mudam ao longo do tempo, mas como as coisas que comprei continuam boas não posso/devo comprar mais :(

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    1. Será sempre assim Marisa.
      Com as coisas para casa, mesmo fazendo listas, há sempre algo que falta ou algo que queremos comprar.
      Seja aos 20, aos 30, aos 50.
      Seja porque ainda não conseguimos comprar, seja porque as coisas avariam ou partem e precisam de substituição ou então porque nos cansamos e achamos que há outras coisas mais modernas.
      Quem tem casa sabe que é assim.
      O ninho vai-se construindo ao longo da vida.

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    2. É uma actualização constante, sem dúvida. E é impressionante como as coisas ocupam espaço... Já decidi que quero um móvel novo para a cozinha porque preciso de espaço para louça e inacreditavelmente, com uma cozinha grande, não tenho onde guardar. Estupefacta como uma só adulta + uma criança usam tanta coisa! Tem-me dado imenso gozo comprar coisas novas para casa, adaptá-la apenas aos meus gostos.

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  3. Ando desde há 2 anos a fazer o mesmo. Sabe bem a compra de roupas de casa (não uso nada da casa anterior), cortinas, tapetes, copos, loiça e alguma mobília. Arranjos/obras em partes da casa é que são uma canseira - detesto obras.
    Eu mudei de casa, mas quem fica na mesma acho que faz bem mudar o "ar" e a energia da casa.

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    1. Sem dúvida alguma. Só não mexi nos quartos - mesmo assim, comprei uns quadros para o quarto, alguns elementos decorativos, mantas novas... De resto, o projecto maior é ver se instalo um escritório / sala de brinquedos no terceiro quarto. Exige investimento e tempo, mas fico mesmo contente por estar a conseguir concretizar o que quero...

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    2. Vou dar uma opinião só porque sim ;)

      Pensa se justificam as alterações para sala de brinquedos.
      Normalmente os miúdos, sobretudo se forem filhos únicos gostam de brincar onde os pais estão (sala ou cozinha). Brincar no local de trabalho - escritório - já pode ser complicado porque nos distraem com pedidos, perguntas ou barulho.
      Se for uma forma de arrumar/guardar brinquedos, para brincar quando tem amigos/ primos ou para mais tarde servir como apoio ao estudo já me parece bem.
      Outra coisa é que eles crescem tão rápido e os interesses mudam. Ao fazer, aconselho algo que dê também para mais daqui a uns aninhos.



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    3. Um menino com 4 anos já tem alguma autonomia, já consegue ter momentos em que está tranquilo a brincar no quarto dele ou quarto dos brinquedos.
      E tendo um quarto extra parece-me boa ideia usá-lo para brincar e guardar brinquedos.

      Quanto à organização/decoração já a pensar que ele daqui a uns anos terá 6,7,8 anos (idade da primária) aí sim, penso igual, porque eles crescem rápido.

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  4. Confesso que a minha veia de minimalista ( essencialista?) não percebe muito bem a necessidade de ter um jogo de louça para o dia a dia e outro para os convidados/dias especiais...

    Eu mereço o melhor todos os dias 😂😂.

    Agora a sério, nada me causou tanto impacto como arrumar os armários da minha avó, com dezenas de produtos quase novos quando ela faleceu. Era sempre para "um dia especial" e ela foi sempre usando o menos bom, o que não era o preferido, o que não era especial... Para quê?

    Eu acho que fiz um voto inconsciente para só ficar com as coisas que gosto mesmo e para lhes dar uso intenso. Quando acabar/partir ou wtv ficam as memórias e os momentos em que os usufruímos.
    Daí também não necessitar de muito espaço. Tenho apenas 1 conjunto que serve para tudo.

    Tenho um conjunto de louça que é parcialmente da vista alegre e do IKEA ( não deixa de ser curioso porque acho que esteticamente combinam muito bem, apesar de não serem da mesma coleção). Gosto de todos por igual, está completo e é para ser usado diariamente. Quando partir, partiu. São objetos.

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    1. Para mim, faz todo o sentido ter dois conjuntos. Somos apenas dois cá em casa, mas para o dia-a-dia basta-me (chega e sobra) um conjunto de seis. E, para o dia a dia, ADORO louça colorida, ao estilo A Loja do Gato Preto. É o que eu gosto, o que tem a ver com o meu feitio.

      No entanto, para situações especiais, reconheço que uma louça branca elegante é mais agradável e menos espalhafatoso. E, contando com toda a família, somos 13... Pelo que terei de comprar 18 exemplares de cada (podem partir um ou dois e gosto de ter isso em consideração).

      Para mim, faz sentido, porque eu não gosto de coisas simples para o dia a dia. Gosto é de cor e alegria!

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    2. Para mim também faz sentido e é praticamente obrigatório, porque eu sou perita a estalar pratos nos cantinhos. É um dom que eu tenho! :D
      Para o dia-a-dia uso uns lisos do IKEA, ficam bem com tudo.
      E depois também tenho uns pratos soltos e diferentes, coloridos, porque eu também gosto de cor.

      Para convidados tenho um serviço Vista Alegre.
      Também me encantam os da Bordalo Pinheiro em que conseguimos conjugar pratos diferentes, para uma mesa mais alternativa e divertida.

      Realmente é uma asneira ter os armários cheios de louça para “guardar” tal como faziam as nossas avós.
      Devemos usufruir das coisas, mas eu tenho gosto em ter um ou outro serviço para as visitas, seja de copos, pratos, toalhas ou talheres (ou faqueiro).

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    3. "Confesso que a minha veia de minimalista ( essencialista?) não percebe muito bem a necessidade de ter um jogo de louça para o dia a dia e outro para os convidados/dias especiais...

      Eu mereço o melhor todos os dias 😂😂."

      Se passar um sabado em casa a limpar o pó e aspirar, usa a mesma roupa que leva para um casamento/batizado?

      A ideia é a mesma: um conjunto simples para usar no dia a dia, que se for usado todos os dias se vai desgastar mais, lascar, ficar baço das lavagens na maquina, com marcas de cortes da faca, etc. E depois um conjunto melhor para os convidados que se calhar usa 1/2 vezes por mes.
      Quando os convidados usam a propria pessoa tambem usufrui, por isso nao acho que seja um conjunto para os outros, é um conjunto para mim que eu uso e usufruo quando estou com outros. Se usar todos os dias nunca vai estar nas mesma condições do que se usar so 1 ou 2 vezes por mes. La está, se eu tiver um vestido bom que uso de vez em quando para uma festa na empresa, um jantar especial com o marido, um aniversario, vi estar obviamente em melhor estado do que se o usar todos os dias em casa.

      Claro que a situação das avós de terem 10 conjuntos e nunca usarem alguns deles tambem acho disparatado. Na minha familia nunca aconteceu, a minha mae terá uns 5 conjuntos de pratos (fora os que usa no dia a dia na cozinha), e foi usando segundo as ocasioes. Se bem que alguns, como já referido, so eram usados 2 vezes por ano, no Natal e na Pascoa. A minha avó tinha os do dia a dia e 1 especial da Vista Alegre que era o que usavamos aos Domingos.

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    4. Concordo que devemos usar o melhor todos os dias, mas eu não vejo qualquer necessidade de usar copos altos no dia a dia, por exemplo. Bebo sempre água em casa... Na loucura um sumo, uma vez por semana, se tanto. Por isso, não vou usar os copos 'bons' que combinam com os copos de vinho e de outras bebidas.

      O mesmo para os pratos. Os que tenho na cozinha já têm meia dúzia de anos, algumas marcas de lasca, riscos... Prefiro conservar os bons para momentos especiais.

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    5. Não acho que a comparação com a roupa faça muito sentido.

      Isto porque nesse cenário o vestido seria trocado sempre que deixasse de estar em perfeitas condições, o que tendo em conta a velocidade de desgaste, seria um desperdício constante.


      Já guardar roupa especial para o fim de semana/missa (por exemplo ) como era muito habitual também não me faz sentido... Tenho o que uso e gosto e uso no meu dia a dia, sim. Isto obviamente também se prende com o tipo de trabalho que realizamos mas duvido que na maioria seria adequado ir com um vestido de cerimónia... no meu não é.

      Mas, por exemplo, a mim não me faz sentido andar a gabar a qualidade das peças da Vista Alegre porque alegadamente duram uma vida quando só são usadas 2 vezes por ano... Qualquer peça dura uma vida nessas condições. Faz-me muito mais sentido "usar e abusar" delas e se começarem a mostrar desgaste é usufruir da garantia que têm ou comprar novo.

      A situação em questão faz-me mais sentido comparar com as pessoas que têm quartos inteiros que só usam uma vez por ano e no restante tempo só estão a ganhar pó... A ocupar espaço, a dar trabalho, despesa, etc mas no fundo só têm propósito para 48h/72h por ano... Em contrapartida muitas pessoas com essas casas enormes e pouco usufruídas não têm o conforto de um bom isolamento ou um bom controlo térmico na própria casa. No fundo, sacrificam a sua qualidade de vida diária para poderem ter aquele espaço para os dias especiais ( e nada contra, cada um vive como acha melhor).

      Obviamente que cada um vive a sua casa e a vida à sua maneira!!

      Se são mais felizes com 2, 3 ou 5 conjuntos façam-no ☺️ pessoalmente só acho mesmo interessante ver as diferenças...

      Por exemplo a S* considera que ter um serviço de 6 ( suponho que seja 6 pratos lisos, 6 fundos, etc) é o adequado para o facto de serem apenas 2 lá em casa. Para mim, se estivesse na situação de ter mais do que um serviço, faria-me mais sentido ter apenas 2 ( máximo 3) de cada peça e utilizar o outro serviço quando tivesse visitas.

      Não quero com isto dizer que eu é que estou certa e os outros errados. Obviamente valorizamos coisas diferentes na vida e temos formas diferentes de a viver. É só isso 🙂

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    6. Entendo que ter seis pratos utilitários quando somos apenas dois pode parecer excessivo... Mas imaginemos que vão a minha mãe ou os meus sobrinhos lá a casa... É uma situação informal, louça utilitária. Além de que um pode partir, outro lascar... Gosto de ser prevenida. Na verdade, em meia dúzia de pratos simples e de sopa gasto vinte euros, por isso não sinto necessidade de "poupar". Quero usar louça que me deixe confortável para os acidentes do dia a dia. A louça para momentos especiais será outra.

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    7. agora nao percebi essa dos 2 pratos. Poe a maquina da louça a lavar a cada refeição?
      Eu moro sozinha com o marido e juntamos louça de 3 refeições, por isso precisamos de pelo menos 6 pratos.

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    8. Eu falei nos pratos da Vista Alegre e na Bordalo, mas não me gabei por serem pratos Vista Alegre, mas sim porque gosto.
      Há muitos anos que aprecio a marca e há colecções maravilhosas, design bonito.
      Apenas isso.

      Usar copos altos no dia-a-dia também não uso.

      E em relação aos 6 pratos diários, entendo perfeitamente.
      Sou solteira e quando recebo os meus pais ou irmão, cunhada e sobrinhos ou algum amigo… algo mais informal mas vou sempre precisar de mais pratos.
      Não acho nada excessivo conjunto de 6.

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    9. Quando morava sozinha tinha o mínimo. Dois pratos, dois copos, uma taça, ... chegava perfeitamente (não tinha máquina de lavar). Quando casei passei a ter um conjunto mais formal (mas simples) e um para o dia-a-dia de 6, mais uns qtos sem par. Também compramos um faqueiro formal e copos (dá jeito ter 12 iguais). Quando preciso abasteço-me no IKEA. Com filhos, ao fim de uns quantos copos partidos optei por comprar 6 copos de plástico. Há que ser prático.
      Não é uma questão de poupança monetária ou de espaço, mas porque não acho necessário. Tal e qual como faço com a roupa/comida. Preciso, compro. Não preciso, não compro. Detesto desperdício e o ambiente agradece.
      A decoração também é minimalista. Com dois rapazes pequenos cuscos e sempre a lutar tem de ser assim. O último ano, com os confinamentos, foi terrível, com muitos "acidentes".
      Vivemos felizes, é o que interessa. :)

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    10. Anónima eu não estava a insinuar que se estava a gabar com os pratos da Vista Alegre e da Bordalo. Acho que faz muito bem em usá-lo como melhor lhe faz sentido.

      Eu uso pratos da Vista Alegre também, simplesmente uso-os no dia a dia.

      Em relação a ter mais pratos para quando se tem visitas, para mim esse seria o objetivo de ter um segundo serviço, não?

      Não estou a julgar. Eu só tenho um serviço que é usado diariamente e se a idea de ter 2 já é estranha, ter 4 ou 5 não me faz sentido ( a mim, para a minha vida) mas acho que fazem bem em viver a vossa vida à vossa maneira.

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    11. 2 pratos, 2 copos é uma taça… realmente se quisermos ser práticos, para uma só pessoa, chega… mas basta que tenha pessoas em casa e precisa de mais louça.

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    12. Olá S*

      Confesso que também não percebo a lógica de ter conjuntos de loiça diferentes do dia a dia vs "ocasiões especiais". Para mim, a vida é uma ocasião especial e, por isso, merece celebração todos os dias.

      Respondendo à questão de um dos anónimos "Se passar um sabado em casa a limpar o pó e aspirar, usa a mesma roupa que leva para um casamento/batizado?" com uma outra pergunta: "Compra um sofá novo para as suas visitas quando elas vão a sua casa? Ou uma mesa de jantar nova?"

      Isto para provar que a comparação da roupa é tão disparatada quanto a que eu fiz agora mesmo... era esse o objetivo.

      Eu não vou comprar um conjunto de copos novos para as visitas, nem um conjunto de talheres, nem de loiça... porque a minimalista em mim (similar ao comentário que originou esta "discussão" não vê também o objetivo disso).

      Mas naturalmente que não estou a dizer que a minha opinião é a certa.... estou apenas a indicar que, tal como o anónimo minimalista também o sou e também por isso não percebo a necessidade. Mas respeito claro, porque não somos todos iguais :)

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  5. Nas casas das avós existia muita louça e com usos diferentes porque os tempos também eram outros.
    As famílias eram maiores e muitas tinham trabalhos de campo, por exemplo, o que justificava ter uma louça mais "andadeira" e depois as louças para a receber o compasso na Páscoa e usar no Natal com família mais alargada.
    Além disso os casamentos e batizados eram festas realizadas em casa e por isso, embora por vezes se usassem peças emprestadas, eram precisos muitos pratos, travessas, panelas gigantes e talheres sem fim.
    (Cá em casa no louceiro da sala há uns 3 conjuntos de pratos que eram os usados nessas ocasiões, dezenas de pratos de sobremesa, 2 faqueiros, dezenas de copos para festa... e não tenho coragem de me desfazer dessas coisas que a minha mãe comprou com tanto gosto e sacrifício. Na cozinha uso louça branca e copos simples e só tenho ali o que preciso para o dia-a-dia).

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    1. Na casa da minha avó também há louça para todos os gostos, inclusive uns copos-mini bem giros. No outro dia vi uns idênticos na loja do Gato preto, todos trabalhados estilo indiano.
      Nem sei onde os meus avós compraram os ditos copos, mas já estão reservados aqui para uma das netas, lol.
      Eram outros tempos…
      Os avós iam comprando lençóis, cobertores, toalhas, louça, panelas pois também não havia a oferta que há hoje com tudo à distância de um só clique.
      Iam guardando para casa, para as visitas, para os filhos… e assim muitas coisas ficavam nos armários mesmo sem uso ou eram usadas só em datas mais especiais como Natal e outras festas ou cerimónias.

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    2. Por acaso quando a minha avó deixou a última casa já não estava a guardar nada para casamentos ou ajuntamentos da família toda. Infelizmente muitos anos antes teve de se desfazer de muita coisa e ir viver para um sítio muito mais pequeno.

      Mas os armários dela estavam cheios de roupa nova ou praticamente nova - muitos com etiquetas - que estava guardada para o caso de ter de ir para o hospital ou ao médico ou para uma eventualidade..., mantas , lençóis e afins para o caso de alguém ir lá dormir, para usar depois dos dela se rasgarem ou também para alguma eventualidade...os conjuntos de louça nova, taças, canecas, copos, etc ( muitos oferecidos por nós) e a maioria das coisas ainda nas caixas originais... porque ela não se considerava suficientemente especial para poder usufruir daquelas coisas.

      Enquanto isso ela usava os lençóis velhinhos, a roupa gasta, as canecas rachadas e os pratos com tanto desgaste que mal se percebia o design original...

      Até uns chinelos que lhe comprei para utilizar numa ida ao hospital se recusou a utilizar e devolveu ainda com a etiqueta... porque "era um desperdício" ( um desperdício ser ela a usufruir deles na ideia dela...)

      Eu sei porque é que ela o fazia. Sei que cresceu pobre e viveu muitos anos na pobreza e que aprendeu a aproveitar tudo até não ter mais retorno e, além disso, sempre colocou o melhor para os outros em vez de pensar nela e no bem-estar dela.

      Também sei que a minha veia de contenção de custos e de querer apenas o essencial vem dela e dos exemplos que ela me deu mas não quero deixar coisas nas caixas ou com etiquetas para trás por me negar o "capricho" de usufruir daquilo que é meu.

      É com um aperto no coração que me lembro do quanto ela achava que não merecia ou que não era digna de usufruir das coisas bonitas ou boas que possuía e de como sempre prestou vassalagem a todos sem nunca se colocar em primeiro lugar para nada. Nem sequer para usufruir das suas próprias coisas.

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    3. Claro. Na minha casa de família também é muito assim. Louça para tudo e mais alguma coisa. Eu quero agora renovar a louça utilitária e comprar um conjunto de louça simples. Depois, mais tarde, quando puder, investirem num conjunto realmente especial, com faqueiro a condizer.

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    4. A minha avó tem muita louça e afins mas nem pensar em usar lençóis velhinhos e toalhas gastas.
      Nem os filhos dela deixam, pois andam sempre à volta deles de modo a que usem lençóis bons, chinelos em bom estado, etc.

      É óbvio que não usam tudo o que está nos armários, mas ela não anda a usar o mais velho para o novo ficar no armário.
      Simplesmente acumularam muitas coisas nos armários.
      Lá está, era outra vida, outra mentalidade.

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  6. Aqui para casa trouxe um serviço desenhado pela minha avó e de uma boa marca. Adoro-o de paixão. O meu marido queria pô-lo de lado para ocasiões especiais e usar um mais normal para o dia-a-dia. Mas não me fez sentido que gostando tanto dele, ficasse guardado para x vezes por ano como a minha mãe e a minha avó têm. E foi usado. E foi-se lascando e partindo. E todos os dias me dava um prazer enorme usar aquele serviço. :) Quando começaram a sobrar tão poucas peças para já nem conseguimos usar havendo convidados, decidimos ir ao IKEA e comprar outro serviço. Agora é esse que está a uso diariamente mas ainda há peças do outro serviço que às vezes vou buscar. Se ainda poderia ter o serviço inteiro e impecável? Podia e acredito que para muito gente fizesse sentido assim. Para mim, fez sentido usar exactamente por ser especial. :)

    Tété

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    1. É muito isto 🙂

      Aqui não é uma questão de estar certo ou errado mas sim de fazer aquilo que faz mais sentido para nós...

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  7. Ah... os dramas inultrapassáveis da vida moderna. Quantos pratos ter quando somos só dois em casa? 2? 6? Meia dúzia? Número par ou número impar? A dúvida, a tragédia o horror.

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    1. Os dramas inultrapassáveis...

      Oh, mas por onde vou hoje destilar o meu mau humor?! Um bocadinho aqui, uma gota ali, um chorrilho acolá... Muitas dúvidas.

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    2. Credo!
      anónimo 16:07H/16:54H.

      não vi ninguém fazer tanto drama.
      Trocam-se ideias e opiniões.
      O seu comentário é só um bocadinho de nada que serve para NADA.




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  8. Ora aqui está uma coisa que não me tira o sono.
    Nunca percebi essa coisa de ter conjuntos e conjuntos de loiça, tudo a combinar e de ficar guardado no armário quase o ano todo.
    Eu gosto de ir comprando peças que gosto, nas viagens e sítios que vou passando e gosto da miscelânea de cores e designs.
    Acho que o facto de ter crescido rodeada de pessoas que são obcecadas com o "enxoval" me fez ganhar aversão à coisa ahaha

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    1. Ninguém falou em enxoval.
      O facto de alguém ter ou querer ter um (ou mais) serviços de louça… não invalida que se possa comprar peças em viagens ou juntar serviços e cores.
      Não está certo nem errado.
      São opções, gostos, formar de estar ou viver distintas. :)

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  9. Olá, S está a dar um programa no Porto canal chamado A Minha Rua e estão em Viana. Achei que gostasses de ver 😉

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  10. Grão a grão enche a galinha o papo, o ditado é velho e encaixa também aqui :)
    aos poucos vai-se fazendo :)

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  11. Eu percebo a questão do minimalismo/essencialismo e de usar as coisas que gostamos no dia a dia e não esperar pela ocasião especial. Na minha casa uso tudo o que tenho, quando quero, sem esperar pelas situações específicas. O mesmo com roupa, embora haja algumas peças que obviamente não se coadunam com a vida diária. Mas também concordo que faz sentido ter um conjunto mais especial. Não digo que seja só para usar em ocasiões festivas 2x ao ano, mas se calhar até será um conjunto maior e mais compostinho.

    Eu sempre fiz questão de ter um conjunto maior para quando recebesse pessoas. Agora que vou casar e quero fazer um almoço no dia seguinte, com alguns convidados, em casa, percebo ainda melhor essa necessidade. O almoço será na casa dos meus pais e não há loiça em nr suficiente para todos. Pessoalmente gosto de loiças simples e que se completem. Nos meus pais há sempre só 6 pratos de cada conjunto e não se completam entre si. Lá terei que andar com as loiças da minha casa para a deles (não me custa nada! Mas se eles tivessem, nesta ocasião, já seria perfeito!). Serão só 12 pessoas mas nem sequer um conjunto de 12 há. Por isso acho que faz sentido haver esta diferenciação entre serviços do dia a dia e serviços para ocasiões específicas. Seja pq são mais bonitos ou só em maior quantidade, acho que faz muito sentido!

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  12. Recentemente separada, estou no mesmo caminho. De transformar o que antes era nosso, em algo meu.

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