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Paixonetas televisivas

Quer dizer... Estive mais de dois meses em teletrabalho e quase nem vi séries. Nem li livros. Na verdade, deitava-me cansada e acordava mais cansada ainda. Limitava-me a "How to get away with murder" e pouco mais.

Agora que voltei ao trabalho continuo a ver a temporada final daquela que é uma das minhas séries favoritas de sempre - a par de "Scandal" - ... Mas comecei a ver os "Tudors", que está a repetir num dos canais AXN.

Vi em dois dias os oito episódios de "Valéria", na Netflix. Quem diria que eu me iria apaixonar por séries espanholas?? A Casa de Papel, As Telefonistas, Vis a Vis, Toy Boy, Velvet... vi todas e amo todas.

"Valéria" é uma série mais leve, mas que me tem feito pensar imenso. Admito que é o meu mais recente crush televisivo. Incrível como podemos estar aparentemente bem, mas tudo mudar com apenas uma troca de olhares. Eu não sou muito dada a essas paixonetas repentinas, mas admito que aconteçam e que sejam difíceis de gerir. A luta entre o vai-e-não-vai, quer-e-não-quer parece-me muito bem explorada.

Como eu sou gaja e adoro estas questões do coração, fui logo tratar de arranjar os livros. Em Portugal, só editaram dois dos quatro livros da série Valéria, de Elísabet Benavent. Não consigo compreender estas opções editoriais. Vou hoje começar a ler o primeiro livro e já me sinto enervada por saber que não vou conseguir ler o resto. Podia tentar ler em castelhano ou inglês, mas não me sinto suficientemente confortável para compreender tudo.

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Comentários

  1. Experimenta ler os restantes noutra língua. Pensa nisso como um 2 em 1. Consegues acompanhar uma história que adoras e que, convenhamos, nos livros habitualmente é muuiiiitoooo melhor que qualquer adaptação. E, além disso aproveitas para treinar um bocadinho mais outra língua 😊 é uma skill que dá sempre jeito ocasionalmente. Além disso, a plasticidade neurológica também ajuda a que na velhice a perda cognitiva seja mais lenta 😁😁 win-win!!!

    Até podes tentar encontrar o audiobook e ouvir enquanto vais para o trabalho 🙂

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    1. Quando andava na universidade, a minha área de formação praticamente só tinha bibliografia de apoio em espanhol (quer dizer a área especifica as restantes não) e ao inicio também tinha algum receio de não conseguir compreender os conceitos. Mas ler em espanhol não é assim tão difícil quanto te possa parecer, há uma ou outra expressão que nos parece mais estranha e temos de procurar a tradução mas, regra geral, compreendes facilmente a escrita em espanhol.

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    2. Eu também comecei a ler espanhol na uni. Antes isso do que qualquer livro em português do Brasil - simplesmente não consigo retirar a informação porque o meu cérebro para a vida a corrigir os "erros" de sintaxe e de construção de frase em vez se concentrar no conteúdo.

      Também foi assim que comecei a ler mais em inglês… a maioria dos livros na minha área são publicados em inglês. A minha investigação para a tese de mestrado foi numa área muito pouco estudada mundialmente (foi o 2º artigo cientifico em Portugal na área e mundialmente existiam mesmo poucos). Logo, tudo aquilo que existia tinha que ser em inglês.
      No entanto, eu acho o inglês muito fácil (o facto de falar alemão desde miúda é capaz de ter ajudado um bocadinho a interiorizar o inglês). Por outro lado também há alguns homógrafos interlinguísticos (se é que isso existe) engraçados… por exemplo "gift" e "gift". No UK estaríamos perante um presente e na Alemanha estaríamos a falar de veneno :P

      De forma geral, acho que o contacto com as diferentes línguas nos ajudam a desenvolver mais o gosto e a mestria das mesmas. Pessoalmente gosto mesmo de línguas (apesar de ser das ciências mais neurológicas) e neste momento estou a tentar explorar o dinamarquês e o holandês. Novamente, acho que a minha base de alemão me ajuda. No fundo, em diferentes níveis, sinto que estou a ouvir uma versão de inglês e alemão mal falado/escrito. Apesar de conseguir manter apenas uma mini conversa de circunstância em qualquer uma dessas línguas, consigo retirar o contexto da conversa.

      Só não me falem de francês. Sou uma naba completa a francês :D
      O mais engraçado é que a minha cunhada é francesa e eu até a entendo mais ou menos mas não consigo evoluir na língua. Acho que fiquei ali no nível do 2º ano de francês e dali não saio...dali ninguém me tira xD
      [E isto também me faz recordar os momentos com pessoas a falar luxemburguês e eu apenas a apanhar metade porque não percebia patavina de francês...agora se calhar já percebia um bocadinho mais. :D Ahahah ]

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  2. O que te posso dizer é que com o sucesso da recente série, é uma questão de tempo até saírem os outros dois volumes em português.
    Quando foram publicados cá em 2017 devem ter tido pouco sucesso e não se justificava o investimento nos outros dois, mas agora já estão muito em destaque nos sites de livros, como a wook e a Bertrand, deverá ser o tempo da tradução, edição, impressão.

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  3. Tenta ler em espanhol. Parece difícil mas não é. Consegues na boa.
    Boas leituras.

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  4. Sou mais uma que nunca lia em espanhol, mas na faculdade tinha bibliografia de apoio e descobri que que sabia ler espanhol 😂 Não sei falar, não me lembro dos termos, mas lendo é muito acessível.
    E nestes livros mais levezinhos deve ser super acessível a linguagem. Qq termo que ofereça dúvida, temos sempre o Google translator 😄
    Acho que também poderás apreciar outro livro da autora, fora da série Valéria, que se chama "Toda la verdad de mis mentiras".

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  5. S*, como gostas de ler, deixo-te a recomendação do Goodreads. É uma espécie de rede social de leitura, funciona também como base de dados de livros (como o imdb para os filmes), mas em formato de rede. Há aplicação, mas se não quiseres instalar também podes simplesmente aceder através do site (no fundo, como o Facebook).
    Podemos assinalar os livros que estamos a ler, os que já lemos, os que desejamos ler - temos três estantes virtuais com estas categorias, mas depois podemos criar outras e personalizar. Podemos acompanhar a leitura de amigos e os escritores contemporâneos também lá está, podemos segui-los 🙂 podemos criar um objectivo de leitura anual, ver a pontuação média dos livros, ler críticas que os outros fizeram... E o site também nos vai dando recomendações e sugestões com base nos nossos interesses.
    Eu que ando sempre com um livro atrás, adoro usar 😄

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    Respostas
    1. Ai adoro! Já me deu a conhecer livros incríveis, nomeadamente o educated da tara westover, que não podia recomendar mais. Entretanto foi recentemente publicado em Portugal, com o título "uma educação".

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    2. Só não gosto do facto de dar apenas para cotar de 1 a 5. Há muitos livros que ficariam pelo meio. Uma escala maior dava muito mais jeito.

      Também acho piada ao facto dos próprios autores irem cotar os livros deles 😅
      Mas o melhor comentário que já vi de um autor foi o do Patrick Rothfuss ao livro "doors of stone" que já tem centenas de reviews mas ainda não foi publicado 😂

      Btw para quem adora fantasia o "the name of the wind" é uma boa aposta. Só não aconselho que iniciem a trilogia se não gostarem de esperar ( qual GRRMartin...) o último livro da trilogia faz-se esperar há 9 anos!!

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    3. Pensei exactamente o mesmo quanto a séries espanholas... no entanto acredito que A casa de Papel abriu ali a caixa de Pandora...
      Depois Vi o Toy Boy que adorei e estou a ver Elite...
      Essa Valéria vou pôr na lista para ver.
      Se bem que ainda estou a ver Riverdale (não espanhola) e só depois consigo para não fazer muitos filmes na minha cabeça.
      Isso dos Crushs... toy boy deve ter sido a série que vi mais rápido de todos os tempos. - colei!

      Beijinho Sonia e uma semana cheia de sorrisos :)

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