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Voltar ao início

Depois de quase 9 anos e meio de relação, não vamos fingir que são tudo rosas. Ultimamente, temos até de admitir que têm sido mais os dias maus do que os dias bons. As chatices do dia-a-dia, os remorsos, os ressentimentos, os problemas a que somos alheios mas que nos afectam... Não é fácil de gerir e mentiria se não admitisse que já pensamos "será que vale a pena?".

Da minha parte, apesar dos momentos menos bons, continuo com a nítida percepção de que é um bom homem, com bons princípios, e que dificilmente encontraria companheiro que encaixasse tão bem em mim (que eu sou osso duro de roer, no que toca ao convívio caseiro).

Vale sempre a pena, porque não perdemos esta capacidade de nos reencontrar e voltar ao início. Enquanto soubermos olhar um para o outro e reconhecer o valor um do outro, vale mesmo muito a pena.

Comentários

  1. That´s it! Pode ser dificil, há dias maus, às vezes muitos dias maus. Mas também há os bons, o amor, as qualidades e enquanto formos capazes de ver isso, então é amor para a vida toda!
    Nós também temos dias e fases más. Acho que faz parte. Beijinhos grandes

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  2. Sempre achei que o amor se prende com admiração. Assim, a cada momento dificil, poderás admirar a pessoa que está ao teu lado.

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  3. As relações têm de ser reinventadas, porque nós também não somos os mesmos. Com o passar dos anos vamos mudando, e das duas uma, ou não dá mesmo, ou aprendemos a nos apaixonar outra vez pela outra pessoa.

    Eu por exemplo tenho saudades de determinadas coisas do meu marido do início da relação, mas neste momento tem outras muito melhores e positivas para uma vida a dois.

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  4. Enquanto houver respeito, admiração.
    O teu marido, não sei porquê, passa a impressão de ser mais calmo do que tu.
    Assim como, tu passas impressão de seres mais agitada (e até mais imatura, perdoa-me) do que a tua irmã gémea.
    Não leves a mal este comentário, posso estar enganada. Até seria giro se dissesses o que achas da minha observação à distância.

    Em relação ao casamento, fazem um bonito casal. Nem tudo são rosas em lado nenhum, mas se são felizes, é o que importa.

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    1. Sim, o marido é bem mais calmo. Eu sou frenética, agitada, alegre, descontraída, mas também sou a organizada, a metódica e a "pagadora de contas". A gestora financeira do lar. Ahahah

      Não acho nada que seja mais imatura que a minha irmã. Ela apenas é mais séria. Eu sou muito mais risonha. Já houve quem me considerasse "demasiado bem disposta", como se isso influenciasse o meu profissionalismo. Existe a S* muito séria e responsável, a nível laboral, e a S* que fala alto, diz palavrões e ri às gargalhadas, nos momentos descontraídos.

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    2. Então em relação ao teu marido, acertei.
      Não vejo o teu marido em grandes loucuras. Parece-me alguém do bem, pacato.

      Em relação à tua irmã, acertei parcialmente.
      A tua irmã parece mais séria, mais calada talvez.
      Isto são somente observações ao longe, mas às vezes conseguimos avaliar até mesmo à distância.
      Apenas te conheço aqui do blog e pelo que vais postando ou pelo modo como interages.
      A tua irmã conheço apenas do antigo blog e da loja dela.
      Tu pareces mais comunicativa, espontânea ou extrovertida, não sei.

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  5. casa casa é um caso, mas não fugirão muito uns dos outros.
    continuo a acreditar em amores perfeitos, mesmo que a perfeição apenas aparente

    as relações são como o tempo, uns dias chove, mas nós sabemos que o sol vem sempre a seguir

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  6. As relações normais são assim mesmo. Não é sempre tudo feliz, tudo perfeito, tudo muito amor. Há dias em que, apesar de amar muito a pessoa com quem estou há tantos anos, não gosto assim tanto dela. Às vezes os defeitos, as falhas, as coisas que não são feitas ou ditas saltam mais à vista. Mas todos os dias escolho estar com esta pessoa, apesar disso. E sei que, embora a pessoa não o admita, também terá dias em que mal me pode ver. Porque eu também não sou a perfeição em pessoa, também tenho um feitio complicado, dias maus... Mas ainda assim o amor fala sempre mais alto e tudo passa. Há dias e dias. Há fases. Enquanto os dias bons, as coisas boas, superarem largamente as coisas/dias maus, vale sempre a pena.

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  7. Sob pena de parecer muito crua, nunca acreditei nos opostos atraem-se. Nunca acreditei em relações que dão muito trabalho, em que as pessoas estão sempre a tentar encaixar umas nas outras. Por outro lado, os filhos vêm muitas vezes arruinar relações que já de si são frágeis. Fases toda a gente as tem, mas é daquelas coisas que me custa ler, de uma pessoa que acabou de se casar, é que tem mais dias maus do que bons. Tudo de bom para vocês, S*.

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    1. Casaram-se agora mas já vivem juntos há bastante. Não é como um casalinho recém-casado que só agora começa a dar os primeiros passos a dois na mesma casa e que ainda « deviam » estar em clima de lua-de-mel.
      Pessoalmente também não acredito que os opostos se atraem mas acho que ao fim de tantos anos é normal que haja uma fase destas, independentemente de terem casado ou não.

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    2. 😊Para comprovar que "os opostos se atraem", e é possível manter uma relação feliz, aqui fica uma lista das nossas diferenças 😉:
      Ele é calado, pensativo, introvertido. Eu sou tagarela, extrovertida, dada a "dar espectáculo ", se isso fizer alguém sentir-se melhor. Ele fica todo encavacado se sentir que olham para ele, eu quero lá saber do que os outros possam pensar.
      Todo ele é música clássica e contemporânea, eu sou todinha Rock, Pop, Reggae, Jazz.
      Ele detesta o sol, calor, praia, só está bem no campo, à sombra, eu sou toda mar, sol, gaivotas, praia.
      Ele é calorento, eu sou friorenta do pior.
      Ele adora arroz, eu deliro por batatas fritas. Ele não sabe dançar, eu se puder até danço na rua.
      Ele grava documentários científicos e da natureza, eu é só séries de crime e de médicos. Ele puxa sempre para cinema europeu, eu gosto de me entreter com Hollywood.
      Ele detesta trabalhos manuais, eu pelo-me toda para meter a mão num berbequim.
      Ele adora estar sozinho com um livro, eu se pudesse estava sempre numa esplanada com a mesa cheia de amigos.
      Já chega?
      Estamos casados há 20 anos, namoramos há 23.
      Claro que há dias maus, mas os bons superam-nos em quantidade e qualidade.
      Óbvio que temos pontos em comum e meios-termos de comprometimento, mas nenhum de nós se anulou em favor do outro.
      Tudo passa pelo nível de compromisso que decidimos ter no nosso relacionamento e como mostramos isso no dia a dia.
      Beijinhos,
      Ariana

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    3. Anónimo das 23h59, pelo que entendi esta não é a primeira fase em que estão assim, o que é normal para uma relação tão longa. Mas também acho muito triste que, logo após o casamento, haja uma fase em que os dias maus são em maior número que os bons.

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    4. A minha questão é mesmo essa. As pessoas casam-se para fazer uma festa, tudo bem. Mas o que eu sinto é que a S* luta demasiado nesta relação. Isto ao fim de uns anos valentes vai provocar um desgaste enorme. E depois uma pessoa olha para trás e viu que não viveu, não aproveitou, não fez nada, absolutamente nada com os melhores anos da sua vida. Espero que não seja o caso. Um beijinho amigo à S*.

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    5. Já agora, parabéns Ariana! Eu quando falo dos opostos, falo de coisas mais profundas, como valores. Se calhar ambos querem gerir as finanças, educar os filhos, um futuro da mesma maneira. A maior parte dos casais não quer as mesmas coisas. Aliás, em acho que a maior parte dos casais que conheço é infeliz e só não termina a relação por dificuldades financeiras ou por comodismo, ou um misto dos dois.

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    6. Ariana Artur, ainda bem que convosco tem resultado, mas é muito relativo. Já vi opostos que duram uma vida e outros mais mais que tentem chegam à conclusão que é impossível viver com o seu oposto.
      O ideal é que sejam complemento um do outro.

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    7. Ana, isso deve ser do nome. Eu concordo em absoluto com o seu comentário. 100% mesmo. Só de me imaginar numa relação destas de novo, até fico com tonturas. Detesto altos e baixos numa relação e acho absolutamente desnecessário. Pode ser que seja até uma questão de maturidade, pois há casos de opostos que vivem com estabilidade emocional um com o outro. Mas eu acredito muito que as coisas não têm de ser difíceis, que vale a pena procurar alguém que encaixe. Acredito ainda em trabalhar em nós próprios o que nos torna um parceiro difícil, antes de nos introduzirmos na vida de alguém. Para mim, era impensável viver com um homem impulsivo. Detesto mesmo birras, que depois vêm com "desculpa". Viver nesse alto e baixo e achar que se começa de fresco, não dá mesmo para mim. Esses começar de fresco, não existem. Eu quero é paz.

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    8. Nós temos uma excelente relação. Os nossos problemas surgem de factores externos - uns que podemos controlar, outros nem por isso. Não acho nada que se tenha de ser compatível em tudo. Quando estamos juntos, a dois, corre tudo lindamente. A vida é que interfere. ;)

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    9. Para mim, isso não é ter uma relação excelente. Espero que consigam, em casal, começar a lidar melhor com esses tais fatores externos.

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    10. Anónimo, para si. Para mim, é. Eu sinto que somos excelentes parceiros, se não deixarmos as chatices externas influenciarem. Relações fáceis e perfeitas? Talvez existam. Eu nunca conheci uma relação assim. E as duas que achava serem quase perfeitas terminaram em divórcio passada mais de uma década. O que é bom para mim, pode não ser bom para si. Vai daí, que não vale a pena opinar sobre o que faz os outros felizes. :)

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    11. Não sou o Anónimo a quem a S* está a responder, mas ainda assim, respondo: Quem escreveu um post onde consta um "Será que vale a pena?" foi a S*. Acho que ninguém disse aqui que as relações são fáceis, não são. Mas podem ser estáveis, sim. Chegar ao ponto do "Será que vale a pena?" e combater os argumentos em resposta a este post como se o saudável fosse o que descreveu... Bem, é precisamente este tipo de vai-vem que eu gosto de evitar.

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    12. Anónimo das 15h26, se não entendeu, pois não posso dizer mais nada. :) Se já tive dúvidas? Claro. Claro que sim. Mas nunca duvidei do amor que sinto e que sei que sente por mim. Não sou mártir, não acho que o amor aguenta tudo, daí ter dúvidas. Mas nunca duvido de sentimentos.

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    13. S., entendo perfeitamente o teu texto e também entendo perfeitamente comentários como os da Ana. Aliás, eu concordo em absoluto com o que a Ana disse. No entanto, já me perguntei várias vezes "Será que vale a pena?". E efetivamente, ultimamente temos tido mais dias maus que bons. Mentiria a mim mesma se dissesse o contrário. Digo-te mais: se alguma pessoa vivesse a minha relação e me pedisse um conselho eu provavelmente diria que não sabia se faria sentido continuar a lutar por ela. Mas eu sinto que luto por ela há anos e sei que irei continuar a lutar, porque nem tudo é preto e branco. Se há amor ? Claro que há! O meu marido deixou um País, trabalho, família, amigos para vir morar comigo! Ele sempre nos colocou a mim e ao nosso filho em primeiro lugar, sempre. Neste momento, mata-se de trabalho para renovar a nossa casa para podermos ir lá viver. Se tem qualidades e se existem muitos motivos para eu lutar por nós? Muitos. Se já me magoou, se já fez e disse coisas que eu nunca achei que algum dia aceitaria ? Já. E, sim, aceitar algumas coisas fez-me sentir que estava a anular uma parte de mim. E é isto que acho que não faz sentido. O que eu acho é que nada na vida é preto e branco. Há sempre muitos tons de cinza. Ele foi o meu primeiro namorado. E acho que efectivamente começámos a morar juntos cedo demais. Ainda na fase "tudo rosa". No fundo, só o comecei a conhecer mesmo melhor já depois de vivermos juntos. Mas também acho que há coisas que só dão para conhecer depois de se morar junto. Efectivamente acho que às vezes lutamos durante muito tempo por relações, porque quanto mais tempo passa e a relação evolui mais difícil é a separação. E mais nos parece fazer sentido lutar por ela. Depois dele ter deixado tudo para trás por mim... E de estarmos sozinhos longe das nossas pessoas e só nos termos um ao outro, quando começaram a haver mais fases más que boas achei que efectivamente fazia sentido lutar. E entretanto há fases boas, que fazem parecer que lutar é o caminho certo. Acabámos por nos habituar aos altos e baixos , e continuamos a lutar. Entretanto casámos, tivemos um filho. Aí as nossas escolhas de continuar a lutar já não passam sequer só por nós e pela nossa felicidade... E é um ciclo sem fim. Se lutar faz sentido ? Sinceramente? Não sei mesmo. Diria que depende das relações e das pessoas. Mas sem dúvida que às vezes nem nos apercebemos que nos vamos anulando e nos vamos perdendo... Até ao dia que num dia menos bom colocámos muita coisa em causa. Mas o amanhã é melhor e vamos esquecendo (ou acomodando). Pelo menos é isto que eu sinto e acho que acontece em muitas relações. Claro que eu acho que (quase) sempre existe amor nas relações. Mas até que ponto esse amor é sempre um amor de marido /esposa ? Até que ponto às vezes não é carinho, amizade, um amor por aquela pessoa que é o nosso pilar, o pai dos nossos filhos, o companheiro de todas as lutas ?
      Mas entendo-te perfeitamente quando dizes que os dias maus acontecem devido a adversidades externas. Se não houvessem problemas, adversidades, as rotinas e o cansaço do dia-a-dia todas as relações resultariam. É fácil tudo dar certo quando não há problemas, preocupações, stress, cansaço... Mas acho que é efectivamente isso que testa as relações. E, sim, é nesses momentos mais difíceis que mais nos magoámos e que as fases menos boas acontecem. Mas não acho que isso faça sentido. Acho que deve haver quem consiga ultrapassar os obstáculos da vida, sem que isso prejudique a relação. Pelo menos acredito que sim. No entanto, acho que a maioria das relações que vejo à minha volta têm sim altos e baixos.
      Já agora, eu e o meu marido somos muito diferentes... E acho que efectivamente muitas diferenças tornam as relações mais difíceis. Porque no fundo acabámos por correr mais riscos de querer mudar o outro ou de muitas vezes não compreende-lo. Acho que é quando acabámos por querer mudar o que o outro é (consciente ou inconscientemente) que as coisas deixam de fazer sentido.

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    14. Para mim amar alguém é amar a pessoa como ela é, não aquilo que um dia imaginámos que ela era ou que queríamos que ela fosse. E acho que é exactamente quando começamos a achar que parte da nossa essência foi/é anulada que corremos o risco de questionar "se vale sempre a pena?".
      Mas também acho que relações podem ser trabalhadas e podem até melhorar com o tempo... No entanto, isso exige muito de ambos - muita reflexão, vontade, um grande trabalho para uma mudança e crescimento interior... Um trabalho que tem de ser feito por ambos.
      Um grande beijinho, S.

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    15. Anónima das 21:59, muito boa sorte. Entendo o que quer dizer.

      Por aqui, nunca me anulei. Nunca me deixei pisar. Fiquei algo traumatizada da relação anterior e, por isso, entrei neste relação muito "Quero, posso e mando". Fiquei com um feitio terrível em termos de relações amorosas. Não gosto de dar o braço a torcer - mas faço-o. É horrível, mas é assim que é, porque somos o resultado da nossa história.

      Desejo mesmo que consiga reencontrar os motivos que vos fizeram sacrificar tanto um pelo outro. Toda a sorte do mundo!

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    16. Eu não acho mesmo que se deva manter relacionamentos por causa de filhos.

      Só vivemos uma vez e o exemplo que quero dar aos meus filhos é que lutamos sempre por ser felizes. E isso é feito um com o outro e não um contra o outro.

      Eu não estou divorciada mas já casei depois de termos um filho. Ele já tinha 1 ano e eu coloquei muitas vezes esta questão ao meu marido: eu quero que ele esteja comigo por mim e não pelos miúdos. E isso mantém-se hoje.

      Os miúdos crescem, seguem a vida deles e no final ficaremos apenas nós os 2 a viver juntos. Eu quero estar com alguém que eu gosto, respeito, com quem partilho bons momentos e com quem faça planos a dois.

      Isto provavelmente também tem a ver com a minha experiência na infância. Os meus pais têm um casamento bastante disfuncional e desde a minha adolescência que acho que eles estariam muito melhor separados. Continuo a ter a mesma opinião. Hoje em dia sem filhos em casa continuam com o mesmo relacionamento disfuncional.
      Eles funcionam mal em conjunto e a cada ano que passa é mais uma oportunidade perdida de serem verdadeiramente felizes.

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  8. Espero que as coisas melhorem entre vocês e que os dias bons passem a ser mais que os maus. Beijinho

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  9. Considero que sou uma pessoa de relações longas, mas a verdade é que o máximo que já estive numa relação foram 5 anos. O que sinto é que acabo sempre por me esquecer de mim própria, isso deixa-me infeliz e acabo a relação. Foi o que aconteceu sempre e cada vez tenho relações menos duradouras. A outra pessoa está feliz da vida, mas eu não. Por isso, o melhor conselho que posso dar (e que estou agora a tentar seguir) é: nunca mudem, não se adaptem, sejam vocês próprios/as. Se vocês não estiverem felizes, o que importa o resto?

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  10. O meu comentário não tem a ver com o post, mas só para dizer que adoro esta foto do bouquet que agora está em destaque no header. E o bouquet é absolutamente a tua cara!

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    1. Também gostei bastante.

      Só não me atrai as cores da caixa de comentários e de destaque nos posts. Preferia as anteriores.

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    2. Muito obrigada. Este é um daqueles modelos já existentes, apenas encaixei uma foto minha.

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  11. Qual a relação que não tem altos e baixos? O importante é saber dar a volta às situações e seguir em frente. Desde, claro, que haja vontade, companheirismo, amor...

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  12. Ana das 12:43,
    Nisso tem toda a razão, são os valores partilhados a cola que nos une! E quando divergimos, é a falar que chegamos a um meio termo que seja confortável para os dois, que não force apenas um de nós a fazer todo o ajuste.

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    1. Quando se fala em opostos, é isso que faz diferença. Opostos em termos de valores e maneiras de estar na vida.

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    2. Há certos sacrifícios e cedências que não devem ser feitos em prol do outro. Quando? Sempre que esse sacrifício altere aquilo que somos, o nosso verdadeiro EU, os nossos valores.

      Sempre que há vontade e respeito, ambos devem ceder mas sem nunca deixarem de ser quem são.
      O Amor deixa que sejamos tal e como somos.

      São fases, todos os casais passam pelo mesmo. Relações com altos e baixos.
      Nada que uma conversa de Alma para Alma não possa ajudar.

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  13. Eu posso estar a interpretar mal mas acho que estão a levar o desabafo para o lado errado.

    Isto é, a mim dá a sensação que são as pequenas coisas que não estão a correr bem. Aquele tipo de coisa que até é irritante mas que não se sobrepõe à globalidade que é boa.

    Por exemplo o meu marido é picuinhas com certas coisas. Houve fases em que isso me irritava. Houve momentos de privação de sono e algumas cobranças onde lhe disse das poucas e boas... Ajustamos, evoluímos e estamos aqui.

    Por acaso a fase antes do nosso casamento deve ter sido a altura em que mais questionei a decisão de casar. Todo o stress da preparação do casamento, de ter um bebé e outras coisas ao nosso redor que faziam questionar tudo.

    Mas facto é que olhando para a "big picture" eram insignificantes.
    Estamos juntos há 14 anos, vivemos juntos há 12 e fazemos este ano 10 anos de casamento.
    Há dias em que me continua apetecer atirá-lo da janela mas isso até o meu filho me faz sentir de vez em quando 😂 somos felizes. E quando deixar de o ser deixo de estar casada.

    Não sirvo para mártir nem para casamento de fachada mas também não viro costas a algo só porque nos chateamos "uma vez".

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    1. Não entendi dessa forma mas a Sónia poderá esclarecer

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    2. Tem toda a razão. Os nossos problemas enquanto casal são as pequenas coisas do dia a dia. Não deitar a caixa vazia para lavar. Não lavar a louça. Ele achar que eu expludo facilmente. Se eu acho que isso são pequenas coisas? Acho, porque se resolvem facilmente - mas desgastam. Os problemas maiores não são nossos. Os nossos são mesmo coisas menores e que se resolvem com uma "rosnadela". Só que ao fim de quase uma década, os problemas menores vão ganhando dimensão e incomodando. Não incomodam ao ponto de deixar de haver amor, mas são uma pedra no sapato.

      Os externos é que nos afectam verdadeiramente...

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    3. Podem dar exemplos desses fatores externos que afectam um casal? Não estou a entender, sinceramente.

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    4. Esse tipo de coisinhas pequenas desgastam e muito a relação. Sei do que falo.
      Acho que devem por limites, dividir tarefas e em coisas pequenas, se cada qual arrumar o que suja, não faz mais do que a sua obrigação.

      S* eu também estou um pouco desgastada ou traumatizada de relações anteriores, quase até sem energia para me envolver com outro alguém.
      No meu caso começam sempre com rosas mas terminam sempre com espinhos. Estou cansada!

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    5. Anónimo das 8:33, questões com familiares, trabalho, dinheiro... Obviamente não vou esmiuçar.

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    6. Começo por dizer que não fui eu que perguntei quais eram os fatores externos. Questões com familiares entendo que seja considerado externo. Agora dinheiro e trabalho não.

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    7. Anónimo13 de fevereiro de 2020 às 11:41
      Quando se fala de fatores externos é no sentido de não terem a ver com a pessoa, com a relação. Por ex, se o meu marido fosse desarrumado e não quisesse fazer nada em casa isso era um problema "interno" dele que ia afectar a nossa relação. Mas se ele ficar desempregado e nao tiver salario para ajudar nas contas em casa, é um factor que não depende so dele mas que obvio dá desgaste à relação (nunca ouviu o proverbio que numa casa em que nao há pão todos ralham e ninguem tem razao), e isso para mim é um factor externo porque ele nao tem culpa, nao deriva da personalidade dele, é algo que infelizmente aconteceu e vai-nos afectar.


      No meu caso felizmente nao tive nenhum dos problemas acima mencionados mas sinto muito isso dos factores externos. As vezes na vida em que mais discutimos foi quando andamos stressados na construção da casa e todos os problemas que tivemos com os fornecedores. Não era culpa minha, nao era culpa dele, mas foi muito frustante e a dada altura estavamos aos berros um com o outro e foi horrivel.

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    8. Fui eu que perguntei sobre os fatores externos. Percebo que sim, existem fatores internos da pessoa em si e fatores externos que serão o ambiente, os problemas, etc. Contudo, não acho que deva haver a distinção entre uns e outros no bom ou mau funcionamento da relação. Claro que eu não controlo o que se passa ao meu redor, mas controlo a forma como reajo a essas coisas e como deixo que isso afete a minha relação. Não considero que problemas no trabalho, financeiros ou problemas familiares sejam fatores externos a uma relação. Somos seres sociais e toda a nossa vida é influenciada pelo meio e pela forma como reagimos ao mesmo. As relações fazem parte da nossa vida. Saber estar em sociedade e em relações íntimas, implica saber distinguir entre momentos e como nos comportamos nos mesmos. A forma como reagimos a fatores externos faz parte dos nossos fatores internos (personalidade, forma de estar nas relações, etc). Portanto, para mim não faz qualquer sentido dizer que uma relação é muito boa quando as pessoas se dão muito bem e funcionam bem juntas mas que isso é estragado quando as pessoas são confrontadas com contrariedades que todos temos que enfrentar (cansaço, stress, problemas no trabalho, falta de dinheiro, desemprego, situações familiares). As contrariedades, os tais fatores externos aqui referidos, são parte da vida e das relações! Que me interessa saber que a pessoa com quem me relaciono tem todas as características boas que procuro, mas já temos problemas quando as coisas externas não correm bem? É suposto, num relacionamento, as pessoas estarem bem independentemente do cansaço, do trabalho, dos possíveis problemas que possam surgir para colocarem à prova a vivência dos momentos bons. É difícil? Sim. Mas aí é que está a diferença entre um relacionamento bom ou um mau. Se a paz da relação é afetada pelas pequenas coisas "de fora", como dizem, então algo não está bem.

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    9. Não teria conseguido explicar melhor mas concordo em absoluto.

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    10. Já tive uma relação que terminou porque tinhamos formas diferentes de ver o dinheiro. Ele, mesmo sem dinheiro, comprava o que queria (telemóvel, carro, ...), já eu só comprava quando precisava e tinha como o pagar (apesar de até ter poupança, mas essa não serve para pagar telemóveis). No dia em que fui com ele a uma credora pedir um empréstimo para pagar as contas correntes da mãe e da irmã comecei a abrir os olhos.
      No entanto, pareciamos o casal perfeito e apaixonado. A relação estava condenada, a não ser que um de nós cedesse.
      Encontrei alguém como eu. No entanto, a relação também não é perfeita, principalmente depois de ter filhos. O cansaço, a rotina e as birras massacram. Mas temos objetivos de vida em comum e isso ajuda imenso. As minhoquices do dia-a-dia vão-se ultrapassando.

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    11. Anónimo das 10h40, a meu ver, o problema está nessa procura pela relação perfeita. Isso não existe.

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    12. Anónimo das 11:51, quem procura relações perfeitas acaba sozinho/a. Por vezes é preciso ceder, mas sem ir contra os seus princípios.
      Por vezes: "antes só que mal acompanhado." :)

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  14. Não existem relações perfeitas.
    O importante é haver amor, respeito e vontade de construir o dia a dia a dois, mesmo contra a maré.

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  15. Há uma linha que separa o que está dentro da relação e o que está fora, isto é, externo.

    Assim como há uma linha que separa o Eu do Outro e da Relação.
    São 3 “linhas” distintas.

    Espero que alguém tenha entendido este comentário.

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    1. Para mim mais do que serem muito parecidos é terem alguns gostos em comum, gostarem de conversar um com o outro, gostarem dos valores e princípios,...

      Para mim era impensável estar com um mentiroso ou um charlatão, por exemplo. Também não conseguia estar com um malandro ou alguém que não se impusesse e fosse levado por tudo e todos ( quantos casamentos não acabam porque as pessoas não conseguem meter limites aos pais, principalmente às respectivas mães? Quantas relações não acabam por causa das sogras intrometidas?)

      Eu estou com o meu marido desde os meus 17 anos. Conheci-o no secundário, fui para a universidade sem ele, comecei a trabalhar, fiz um mestrado, etc...

      Obviamente que eu não sou a mesma pessoa que era aos 17 anos. Tenho praticamente o dobro da idade e muitas coisas mudaram. Tivemos a sorte de evoluirmos em conjunto, de crescer na mesma direção e de ultrapassarmos os problemas. Mas também nos esforçamos para que isso acontecesse, demos oportunidades a coisas que o outro se interessou e que a nós não nos dizia nada. Ele começou a vir a espetáculos comigo, a ver musicais, ballet clássico e outras coisas e eu fiz por o introduzir pela comédia já que sabia que era mais fácil para ele gostar assim. E eu aprendi a apreciar 4x4. Inicialmente parecia um desperdício a todos os níveis mas também lhe dei uma oportunidade e actualmente adoro fazer TT, não em zonas perigosas mas adoro a experiência.

      Ele tem paciência para a minha cisma com a segurança dos miúdos e eu tenho paciência com a casmurrice dele em relação a muitas coisas.

      Não somos perfeitos. Costumo dizer que a nossa relação é (im)perfeita. Temos dias maus mas temos muitas coisas em comum e fazemos por ter, fazemos por partilhar e estamos sempre interessado no outro. Para mim ter alguém que está sempre interessado e sempre aberto para novas experiências, mesmo que à partida não seja do interesse dele, não tem preço.

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    2. Este comentário era para ficar como resposta noutro sítio e não a este comentário em específico...

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  16. E qual o problema de se ficar sozinho?? Que obcecadas com maridos, casamentos, filhos, lides domésticas, que tacanhez...

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    1. Quem é que disse/assumiu que era um problema ficar sozinho(a) romanticamente?

      No entanto, a maioria das pessoas procura outras pessoas. Somos animais sociais. Nem todos encontram o amor romântico mas a maioria quer, pelo menos, ter boas relações sociais e amigos na vida.

      Viver a vida não é ser tacanho. A tacanhez e falta de abertura vem de quem acredita que a sua forma de vida e as suas preocupações são mais válidas do que aquelas apresentadas pelos outros.
      Talvez um dia chegue lá ;)

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    2. Problema nenhum, aliás concordo a100% consigo.
      Mas também deve concordar que ninguém referiu isso. O post e os comentários aos mesmos não criticam nem focam quer está sozinho.
      Está a confundir as “águas”.

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    3. 15 de fevereiro de 2020 às 13:13,

      Eu acho que quando o ficar sozinho é consequência de uma busca por um ideal de perfeição, é capaz de ser um problema. Até porque se a pessoa procura algo, é porque não quer estar sozinha, e só tem alguém porque tem parâmetros inatingíveis.

      E procurar uma relação romântica não é necessariamente equivalente a querer casar e ter filhos. Eu não faço questão de casar e não quero ser mãe e ainda sou mais feliz numa relação do que seria sozinha.

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    4. Há quem não procure nada. E é perfeitamente normal também.

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