Avançar para o conteúdo principal

Abençoada que sou!

Tenho sido muito abençoada no que ao trabalho diz respeito. Já tive várias chatices, já tive vários meses de salários em atraso e já recebi imenso tempo o salário "às prestações"... Mas tenho tido uma década de felicidade profissional.

Enquanto estudava, entre licenciatura e mestrado, já fui promotora, já apresentei produtos em hotéis, hipermercados e afins. Tive uma experiência de Verão n'"A Loja do Gato Preto" e trabalhei cerca de um ano a part-time numa loja de roupa italiana (cara pra burro, qualidade quase nula).

Quando terminei o primeiro ano de mestrado, regressei a casa da mãe e à minha cidade. Comecei a mandar currículos e, nos entretantos, arranjei um trabalho numa imobiliária. Ui, aquilo não tinha mesma n-a-d-a a ver comigo, mas dei o benefício da dúvida. Valeu pela experiência.

Passadas duas semanas dessa aventura no mundo da compra e venda de casas, ligaram-me do local de trabalho onde estive praticamente oito anos. Amei e continuo a amar de paixão. Foi um trabalho que me preencheu, que me fez crescer, que me ensinou, que me fez ultrapassar medos e limites que julgava que tinha. Entretanto fui mãe e preparava-me para estagnar... Quando me colocaram um desafio que eu nem sonhava que me pudessem colocar. Gosto tanto, mas tanto! Sinto-me feliz por vir trabalhar todos os dias. 

Neste capítulo, tenho sido muito abençoada. Já passei as passinhas do Algarve, mas nunca perdi este amor que tenho pela Comunicação. Já levo uma década disto e continuo a sentir que todos os dias são dias felizes.

Comentários

  1. Uma coisa que eu nunca percebi (talvez por nunca ter passado por isso) mas, porque que alguem fica num trabalho que nao lhe paga? Se isso me acontecesse uma vez, eu no segundo mes ja estava de la para fora.. Mas gostava mesmo de perceber.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Creio que se trata de vestir a camisola e querer lutar por um bem comum. Era como se fosse uma pequena empresa familiar e só pela resistência dos 5 ou 6 funcionários é que ainda existe. Apenas resistiram dois: um colega que ainda lá está e eu, que não desisti, mas que saí para melhorar a minha situação. Os outros foram-se demitindo, naturalmente. Eu nunca quis desistir. Aguentei o que não deveria ter aguentado, provavelmente... Mas lutei por algo que considero válido e que, felizmente, continua a existir e agora está bem melhor!

      Eliminar
    2. Obrigada por responderes S.
      Percebo o que queres dizer mas realmente nunca tive esse sentimento. Eu trabalho para ganhar dinheiro, por muito que goste dos patroes e da empresa, estou aqui para ter um rendimento.. Para trabalhar for free, faço voluntariado. Se fosse realmente a empresa da tua familia, ainda percebia mas sendo assim, nao consigo mesmo entender.

      Eliminar
    3. Claro que não foi sempre assim. Trabalhei lá quase oito anos. Os primeiros dois ou três anos recebi certinho. Depois surgiram problemas, mas eu já amava a empresa e vestia (admito que demasiado) a camisola. Claro que o facto de saber que dificilmente encontraria trabalho semelhante na minha cidade me ajudou a aguentar. E o facto de ter um contrato de trabalho sem termo. Mas, acima de tudo, aguentei por amor à profissão.

      Eliminar
    4. eu acho que muitas pessoas deviam ler estes testemunhos para verem como funciona o mundo real. na empresa onde trabalho recebemos certinho todos os meses e o acordado é receber entre o dia 27 e 29 o salario desse proprio mes. mas se num mes há um atraso de 1/2 dias, ou seja, se pagamos a 30 ou a 31 já é o fim do mundo, e vao logo os do sindicato armar confusao. enfim....o mais caricato é em Dezembro que a empresa tem como pratica pagar até dia 23/24 para as pessoas terem o dinheiro antes do Natal e depois a malta queixa-se (!!) que é mau porque depois em Janeiro so voltam a receber a 27/29 e assim ficam mais tempo a gerir um salario, e chegam com dificuldades ao final de Janeiro....

      Eliminar
    5. Exacto. O salário é um direito, mas acho que deve sempre de haver uma compreensão para com as dificuldades do patronato. Nem todas são grandes empresas. Eu aprendi a calçar os sapatos dos patrões quando conheci e reconheci o esforço que a empresa tinha de fazer para cumprir obrigações.

      Eliminar
    6. O patrão do meu marido há uns tempos disse-lhes que, se algum dia se atrasar a pagar para eles fugirem imediatamente. Seria sinal que a empresa estava a viver "de mês a mês" e estaria extremamente mal financeiramente quando a prioridade não fosse pagar aos empregados.

      Ninguém trabalha por desporto. Temos contas para pagar e não somos escravos. Ninguém é a santa casa para andar a patrocinar a má gestão do patronato. E eu nunca vi uma boa empresa onde atrasar pagamentos fosse feito de forma sistemática ou recorrente.
      Uma falha na contabilidade aceita-se. Um mês de atraso numa década, é aceitável. Agora ter a mentalidade e postura que os funcionários têm que trabalhar sem receber é falta de respeito e consideração. E alguns ainda têm a distinta lata de tratar os funcionários com desdém e como se fossem eles que lhes devessem alguma coisa e devessem estar gratos por ter trabalho 🙄
      Além disso, ainda estou para ver um desses patrões a ferrar-se. Habitualmente herdam as empresas, destroem-nas, deixam as pessoas na miséria mas não abdicam dos carrões, das férias de luxo, do colégio XPTO dos filhos e das casinhas... Ou de gastar milhões num fim de semana em Paris com os cartões de crédito da empresa...

      Não há almoços grátis. Ponto. Trabalhar de graça é escravatura não é trabalho. É ilegal e crime.

      Eliminar
  2. É uma maravilha encontrar algo com o qual nos indentificamos. Eu jamais pensei que um dia seria empresária no ramo financeiro. Foi uma experiência ímpar para mim! Sucesso para vc e que seus dias continuem felizes. Beijos!

    www.vivendolaforanoseua.blogspot.com

    ResponderEliminar
  3. Qual é mesmo a tua profissão? É bom (e raro) ver essa alegria no trabalho!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Comunicação. Fui jornalista vários anos.

      Eliminar
    2. Sem pedir muitos detalhes porque sei que preferes não dizer, o que fazes agora dentro da comunicação dado que dizes que "fui" jornalista? Comunicados de impressa? Gestão de redes sociais? Marketing?

      Eliminar
  4. Que bom, fico mesmo feliz por ti. Ir trabalhar com vontade e motivação porque algo nos preenche é uma benção.
    Gostava de um dia poder dizer o mesmo.
    Sinto-me inútil, farto-me de enviar currículos e nada. Nem sequer dão resposta grande parte das vezes.
    Andei a estudar para nada!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Toda a sorte. De coração!

      Eliminar
    2. Obrigada minha querida.

      Eliminar
    3. Tenho receio de estar a fazer algo mal porque após algum tempo não há forma de ser chamada para entrevistas!
      Se alguém vir este comentário, por acaso, sei lá, se puderem dar pequenas dicas agradeço imenso.
      O que escreveram nos e-mails que enviaram quando procuravam trab?
      Não falo do CV mas sim do email em si, do assunto.

      Eliminar
    4. No email faço sempre uma pequena apresentação de mim e das minhas melhores competências. Mas sempre fiquei com a ideia de que candidaturas espontâneas não têm muito resultado... Creio que só fui chamada para entrevistas em que a empresa procurara alguém / publicara anúncio.

      Eliminar
    5. S* obrigada por responderes. Sim, eu faço uma breve apresentação com as minhas maiores qualidades e o posto de trabalho a que me candidato.
      Antes disso menciono os meus contactos, menciono a quem é direcionado o email (nome da empresa e em baixo escrevo o nome do director da empresa OU departamento de recursos humanos se for algo maior).
      Data e assunto.
      E anexo o meu CV, obviamente.
      É assim o correcto? Eu creio que será, mas tem sido desafiador.
      Todas as semanas envio currículos e nada!
      Envio respostas a anúncios.
      Candidaturas espontâneas fiz algumas, mas é como dizes, também não creio muito que seja chamada através de candidatura espontânea.
      Enviei algumas de qualquer modo, não perco nada por tentar.

      Eliminar
    6. Eu sei que é frustrante, que é desanimador e chega um momento em que pensamos: o que está errado comigo? O que estou a fazer mal? Mas arranjar um emprego pode demorar. E, às vezes, não é culpa nossa. :) há muitos candidatos, os processos de recrutamento são demorados. Nós queremos um emprego já, mas nem sempre funciona assim. Às vezes temos sorte, outras vezes demora um pouco mais. Eu estou no meu quinto emprego: o primeiro demorou 5 meses a aparecer, o segundo 1 semana, o terceiro zero (saí do segundo para o terceiro), o quarto 1 mês e meio, o quinto 4 meses. Em todas as fases eu era uma pessoa diferente, com experiências diferentes, umas vezes esforcei-me muito, outras quase nada. Força! Acaba sempre por aparecer algo. E quando aparecer vais sentir falta destes dias mais livres. :P

      Muita sorte!

      Eliminar
    7. Como referido pelo anónimo acima, por vezes nada está errado connosco ou com o nosso currículo. É puro azar. Uma vez uma pessoa contou-me que foi deixar um currículo a uma loja de pregos, parafusos e coisas de pesca... e que o gerente lhe mostrou um molho de cerca de 100 currículos que já tinha recebido. O molho incluía candidaturas de professores, engenheiros, tudo e mais alguma coisa. Hoje em dia, suspeito que qualquer oferta de trabalho tenha centenas e centenas de candidaturas (ou milhares). Pode ser puro azar. Ninguém (a não ser uma empresa de RH) consegue analisar tantos candidatos. Podem só abrir os primeiros dez currículos, podem até depois optar por alguém conhecido de alguém e ignorar as candidaturas. Eu mandei dezenas e dezenas e dezenas de currículos ao longo dos 4 ou 5 anos em que vivi dificuldades laborais. Devo ter recebido meia dúzia de respostas e fui chamada para duas entrevistas. E depois apareceu-me o novo trabalho 'do pé para a mão', sem me candidatar a nada, apenas porque me destaquei de alguma forma na função.

      Eliminar
    8. Já pediste a alguem para rever o teu CV? às vezes o CV pode parecer-te muito bom mas ser um desastre...procuraste exemplos de CV na net, pediste a algum amigo um exemplo para comparar?

      dicas:
      - o CV nao pode ser muito longo, 2 pag no maximo, porque do outro lado ninguem tem paciencia para ler e passam à frente (a nao ser casos especificos, por ex, candidatura a um lugar academico em que faz sentido listar todos os trabalhos publicados)
      - a foto: deve ser uma foto profissional, formal, com uma roupa em condições tirada contra uma parede branca. a malta que faz crop a fotos do facebook, onde estao a abraçar amigos e depois fica la parte do braço do amigo, dá indicação que a pessoa nao se esforça, nao quer assim tanto o emprego porque nem se deu ao trabalho de tirar uma foto em condições. Por outro lado nao tirar foto com decotes grandes porque pode dar a impressao que estás a tentar agarrar o emprego por outros motivos lol, e tambem nao tirar fotos com camisolas sem alças porque depois quando cortas a foto pelo pescoço parece que estás nua pois nao se vê a camisola.
      -> reve cuidadosamente se tens algum erro ortografico. da super mau aspecto, mais uma vez, parece que nem tens cuidado a rever
      -> no email garante que mencionas a empresa certa. é mau quando envias varios emails no mesmo dia e depois te enganas e escreves no corpo do email "estou a candidatar-me à empres X" e na verdade mandas o email para a empresa Y. o mesmo com a menção do posto de trabalho, ha quem se engane e refira outro posto de trabalho de outro anuncio. menciona sempre o nome da empresa e o posto de trabalho no email para dar a entender que escreves aquele email para aquela empresa especifica, ou seja, nao escrevas "quero candidatar-me à vossa empresa para o posto de trabalho anunciado" pois parece que escreves o mesmo texto p fazer copy paste em tudo
      -> no anuncio verifica cuidadosamente todos os requisitos que eles mencionam e garante na tua resposta que incluis todos. Por ex, se mencionam que precisam de alguem com disponbilidade para deslocações entao convem no CV mencionares que tens carta de condução
      -> verifica que tens os topicos basicos: formação academica, formação profissional; empregos que ja tiveste, linguas, competencias em informatica e actividades extra (dança, voluntariado, desporto, etc). Claro que isto depende bastante da tua idade e do emprego que queres. Se quiseres partilhar isso posso dar dicas mais especificas. alguem que procura o primeiro emprego apos a faculdade vai ter de detalhar mais o percurso academico (incluir por ex area de formação do secundario), mas alguem com 50 anos e varios empregos, so ira mencionar que tem licenciatura em X.

      Eliminar
    9. (cont)
      -> nos empregos se nao for algo obvio convem descrever sucintamente as tarefas que foram executadas. por ex: dizer que se trabalhou na CGD não é nada pois tanto pode ter estado so na caixa a atender velhinhos e a explicar como se usa as cadernetas ou pode ter estado na area de credito a fazer avaliações e a conceder creditos à habitação, são coisas completamente diferentes que demonstram experiencia diferente
      -> adequar o curriculo ao cargo. por ex, se pedem um cargo de chefia, mas nunca foste chefe de ninguem, mas se calhar foste chefe nos escuteiros, ou presidente da associação academica, mostra que tens capacidade de liderança. ou que num anterior emprego coordenaste e implementaste um projecto, mesmo que nao sejas chefe tiveste de coordenar pessoas para um objectivo comum. portanto menciona isso.
      -> se estás há muito tempo à procura significa que estás sem trabalhar e ter espaços em branco no curriculo nao é bom. se estás a fazer outra coisa, mesmo que nao seja da area é melhor explicar. por ex, és de contabilidade mas estás há 2 anos parada e arranjaste um part time num restaurante, é importante mencionar esse facto, porque às vezes as pessoas pensam que é melhor so falar dos empregos que têm a ver com a area, mas é pior um espaço em branco que parece que a pessoa nao quer saber, é preguiçosa, do que dizer "ei, nao consegui nada na minha area ate agora, mas sou uma pessoa lutadora, nao desisto, continuo à procura de emprego, e entretanto vou trabalhando num restaurante". mesmo que nem seja um emprego oficial, tipo os teus pais têm uma oficina de reparação de automoveis e vais para la ajudar a atender os clientes na recepção.
      -> verifica se estás a responder pelo canal correcto. às vezes as empresas têm um site proprio onde é suposto te inscreveres e colocares os teus dados, ou pedem que te inscrevem numa empresa de recutamento (ex: randstad) com a qual trabalham

      Da minha experiencia pessoal e com colegas, se temos 100 curriculos para ler, basta falharem em algum daqueles pontos que passamos logo à frente para ver o proximo. a verdade é que com tantas pessoas a candidatarem-se, há a possibilidade de escolher o melhor, o que se esforça mais e não falha nos detalhes. Porque mesmo se em 100 excluo 30, ainda sobram outros 70 em que cumprindo tudo o que referi acima, posso entao avaliar de facto as competencias para o cargo e escolher.

      Eliminar
    10. Uma vez mais, obrigada minha querida Sónia.
      Obrigada também anón das 12:30h.
      Pelas palavras de força e pelas dicas. :)
      É agora lá vou eu para mais uma ronda da tarde, ver se há anúncios novos... enfim!
      Beijinhos

      Eliminar
    11. Anónimo das 13:20 e 13:21h, MUITO OBRIGADA (mesmo) também a si pelo tempo que dedicou em prol de alguém que nem conhece. Grata!

      Pedi a um amigo para dar uma vista de olhos no meu CV.
      Tem 2 páginas, sem erros ortográficos e com foto recente e profissional tal como indicou.
      Coloquei indicação de carta de condução, línguas, informática, pequenas formações que fui fazendo e as escolas por onde passei, incluindo uma licenciatura incompleta.
      Como não tenho muita experiência, apesar de já andar nos trintas, coloquei as cadeiras que estudei no último curso concluído - área para a qual me candidato - administrativa clínica (clínicas, hospitais, etc.)/recepcionista/secretariado clínico.
      Ou seja, nunca trabalhei na área e sei que isso não ajuda.
      Mais de 30, sem experiência, e não referi os trabalhos anteriores porque, honestamente, nunca foi nada estável e concreto.
      Tudo muito amador, pequenos projectos de amigos.

      Sou um dos muitos casos em que perdemos muito tempo com indecisões, formações incompletas ou mudanças de área de estudo.

      Mais tarde, por opção, fiquei a dar auxílio a alguém que precisou de mim.
      Sabia que aquela pessoa precisava de mim e quis estar presente até ao último suspiro... ou seja, mais tempo em branco no CV.

      Depois, algum tempo a viajar, mais espaço em branco no CV.

      Entende?

      No dia em que for chamada para uma entrevista, além da falta de experiência na minha idade, não sei o que dizer quanto ao resto.
      Gostaria de ser sincera mas, obviamente ninguém tem interesse em saber se estamos ou estivemos tristes, se cuidados ou se prestamos apoio a alguém, etc.
      E eu entendo, quem contrata quer alguém competente e motivado.
      Os problemas ficam lá fora.
      Mas sendo assim, não sei o que dizer quando me perguntarem o que fiz durante X e X anos.

      Em relação ao CV usei o modelo Europass.
      Eu confio no meu currículo, mas em relação à experiência (ou falta desta) não há nada que possa acrescentar.
      Confiar que as oportunidades virão para que possamos por em prática, para aprender também.

      Eliminar
    12. Não aconselho usar o modelo europass. Os recrutadores vêem muitos cvs por dia, e maior parte deles são europass, que é muito longo e difícil de ler. Procure um modelo mais compacto e comece com um pequeno resumo sobre quem é e o que procura. Assim tem mais hipóteses de conseguir atrair a atenção do recrutador :)

      Eliminar
    13. A mim recomendaram-me usar o Europass. Mesmo amigos que conseguiram com este modelo, mas efectivamente há várias opções e opiniões no que à realização do CV diz respeito. Fico baralhada, parece que não há consenso... mas irei rever de novo o meu curriculum, sim.

      Eliminar
    14. Anónimo, não sei se o meu comentário vai ajudar ou não, mas é a minha experiência.
      Estive 8 anos num emprego, mas nos ultimos 3 a odiar e a querer sair. Enviava CV's, ia a entrevistas, mas nada.. Foi muito dificil e desesperei durante muito tempo. Mas com o tempo e com outras situaçoes que ia vendo, comecei a perceber que a forma de sair dali passava por me dar a conhecer e mostrar mais a nível social e começar a mexer-me mais nos ambientes da minha área. Isto pode parecer parvo, mas comecei mesmo a falar imenso sobre o assunto, a comentar que procurava trabalho, a passar a palavra.. A ir a eventos sociais onde sabia que iam estar pessoas do meu meio (coisa que não adoro fazer, sou mais de ficar no sofá).. No fundo, a colocar-me disponível, a aparecer, sem vergonha e a fazer com que não se esquecessem de mim. Inclusivamente a fazer alguns favores, coisas a troco de pouco ou nada, apenas para verem o meu trabalho e a minha personalidade. E assim, num espaço de 6 meses, despedi-me, aceitei 2 projectos e até recusei um, e tenho perspecivas de mais coisas a surgir (estou a freelance em vez de em contrato com uma só empresa).
      Sei que isto depende muito das áreas e das pessoas, mas infelizmente (sei que é injusto para muita gente), ter contactos/conhecimentos é TUDO. Estar nos sitios certos, nas alturas certas, é essencial. Tenho a certeza que estive muito tempo fechada no meu canto, até com alguma pena de mim própria, até perceber que as coisas não nos acontecem só assim, temos mesmo, mesmo de ir atrás das pessoas e coisas que nos vão trazer as oportunidades. Não termos vergonha ou medo de sermos chatos, ter confiança no que somos e no que sabemos fazer e "atirar-nos" de cabeça às situações.
      Não sei se isto é possível e faz sentido para si, mas espero de alguma forma ter ajudado. Desejo-lhe muito boa sorte :)

      Eliminar
    15. Mar, parabéns!! É isso mesmo. Eu também sou das que fica no sofá. Nunca me mostrei disponível. Infelizmente, a situação da empresa onde estava era super conhecida e, por isso, a minha actual patroa lembrou-se de mim e do trabalho que reconhecia em mim.

      Mas tem toda a razão. Devemos mostrar a toda a gente que estamos dispostas a mudar e que não temos vergonha de o dizer. É lutar!

      Eliminar
    16. Olá Mar, sim eu entendo o que quer dizer e faz muito sentido, sim.
      Eu também não gosto muito de “aparecer” mas sei que pode ajudar.
      Agradeço as suas palavras.
      Ajudou, bons conselhos são sempre bem-vindos.
      E sim, concordo, bem sei que bons contactos fazem “milagres”.

      Eliminar
    17. S* desculpa ter “abusado” um pouco do teu espaço ao pedir dicas e falar do CV, desemprego, etc.
      Um beijinho

      Eliminar
    18. atenção às redes sociais. há empresas que vao ver ao facebook e se a pessoa so tiver fotos de bebedeiras é logo excluida. claro que é a nossa vida pessoal, mas convem ter o perfil com fotos minimamente decentes. e tb verificam as paginas que seguimos, por ex, hoje em dia se forem seguidores do Chega e do Andre Ventura, para alguns sao logo excluidos. por outro lado é bom ter um perfil no linkedin, com bastante conexões, actualizado.

      Eliminar
    19. Obrigada S* ! Ainda bem que teve essa sorte, também merecemos não é? :)

      Eliminar
    20. Relativamente ao Europass: é um standard minimo mas há melhor. Ou sejua, considerando que há muitas pessoas que nem sabem organizar um CV, por norma sugere-se o Europass porque assim pelo menos se garante um nivel de estrutura e organização minimamente decente. Agora, seguir cegamente o Europass pode nao ser a melhor opção, pois como ja referido, se todos o fazem o curriculo nao se destaca. Eu sugiro usar o Europass como base mas depois adaptar á pessoa e à situação. Por ex: se a pessoa não fala mais nenhuma lingua para alem do Portugues, se isso nem sequer foi pedido no anuncio, entao nao faz sentido ter a secção das Linguas. Por outro lado se for para um emprego da area informatica em que seja necessario listar todos os programas com que se trabalha, a estrutura do topico das Competencias Informaticas do Europass é limitada, convem organizar de forma diferente.

      Eliminar
  5. Como já te disse somos da mesma área mas eu, com pena, já perdi o amor à área porque nos poucos trabalhos que tive eram salários em atraso, alguns que nunca vi...

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Para dormir - solução, procura-se!

É uma pessoa desesperada que vos escreve, esta manhã. Conhecem soluções naturais para dormir bem de noite? Algo que me faça ferrar o galho e só acordar no dia seguinte? Estou farta de noites mal dormidas. Estou farta de ficar até às 5 ou 6 da manhã sem conseguir dormir. Chego ao desespero, com vontade de chorar. De dia, sinto-me cansada, porque o descanso é uma porcaria. Não sou grande adepta de medicamentos mas, se tem de ser, é. Alguém conhece um remédio, uma erva, o que seja?

Coroas caseiras

Este ano a senhora minha mãe entreteve-se a fazer coroas de Natal. :) Para ela, fez uma coroa mais tradicional, com as peças decorativas em plástico, à moda antiga. Para a minha irmã, fez uma rena.  Para mim, fez a coroa mais espectacular de sempre, com flores artificiais, muitas bolas coloridas e pendentes dos corações. Romântica, como eu.  Contagem decrescente para o dia mais especial do ano... Amanhã inaugura-se o calendário de advento com quadradinhos de chocolate!

Um ano a dois

Como o tempo voa, hoje celebro um ano de um relação calma, que me foi conquistando aos poucos e que, hoje em dia, me dá todas as certezas. Quando nos conhecemos, em Abril do ano passado, viramos amigos. Na verdade, tornou-se meu confidente e aturou-me durante semanas e semanas a "chorar-me" por outra pessoa. Já eu percebi que ele gostou de mim no primeiro café que tomamos, mas como é tão ou mais discreto que eu, nada feito. Ficamos assim, entre avanços e recuos, entre conversas diárias e afastamentos semanais. Ao meu lado quando fui operada e nos dias que se seguiram. Eu ainda sem rumo, à procura de algo que não sabia ainda o que era. Foi no dia 6 de setembro de 2021 que a amizade evoluiu para algo mais.  Desde o primeiro dia que não me deixou dúvidas de que queria estar ao meu lado. Acho que foi exactamente isso que (de forma um pouquinho "umbiguista") me fez apaixonar por ele. Sempre percebi que gostava de mim. Sempre me senti acarinhada, querida e desejada.  Dura