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Dormir com os nossos filhos

Uma das conversas que mais ouvi quando engravidei foi o habitual "não o habitues a dormir contigo".

Depois, quando nasceu, uma das conversas que mais ouvi foi o igualmente habitual "não há nada melhor do que dormir com os nossos filhos, mas não os podemos habituar..."

Vai daí, acho que me senti sempre uma espécie de mãe-extraterrestre.

Eu não gosto de dormir com o meu filho.

Não gosto. Nunca gostei. Não vejo nada de vantajoso no acto - a não ser a cumplicidade e o carinho, claro.

O meu filho mamou até aos 11 meses. Deixou de querer mamar aos 8 meses, eu ainda insisti, mas ele começou mesmo a rejeitar e lá passou para leite artificial. Mamou de noite até ter uns 6 meses... Até aos 4 meses mamava sempre de noite, depois mamava de vez em quando, depois passou a mamar apenas por mimo e para se acalmar. Vai daí, não havia necessidade de dormir comigo. Quando era mesmo pequenino, aí sim, dormiu algumas vezes comigo... Ou porque tinha dores, ou porque estava chatinho, ou porque só acalmava encostado a mim.

Foram noites de puro sacrifício. O meu braço preso pelo peso dele... Sensação de formigueiro nas mãos... Posição incómoda... 

Quando quero tê-lo no miminho, adormeço-o no colo e fico uns minutos com ele ao colo antes de o levar para a cama dele... Agora dormir com ele? Nop.

Nisso sou muito racional. Dormiu sempre no berço dele, praticamente desde sempre do lado do pai, que tem sono de pedra... Eu acordava com todos os ruídos dele, tornou-se insuportável, tive de o colocar a dormir do lado do pai.

Aos 7 meses, ala para o quarto dele! Primeiro, no berço, depois para a cama grande, de solteiro. Dorme há já uns bons três meses na cama de solteiro e adora. Tem grade protectora, imenso espaço, almofadas-rolo a toda a volta (no lado da parede)... Está como um rei! E eu, como uma rainha estou, a dormir espaçosa, na minha cama, com o pai da criança. 

Co-sleeping? Thanks, but no, thanks.

Comentários

  1. São opções. Cada família com a sua rotina. :) eu não tenho filhos, mas acho que se tivesse ia querer-los só alapados a mim xD ou não! Ahahah :D mas ya o co-sleeping não funciona com toda a gente. Nem precisa. :)

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  2. Não estás só! Por aqui nunca houve co-sleeping, não nos faz sentido nenhum. Primeiro, porque a criança é manifestamente independente e habituou-se muitíssimo bem à sua caminha, segundo, porque tem um dormir extremamente agitado e não haveria pai que aguentasse dormir a noite toda a levar ora com pés, ora com cabeça, etc., terceiro, porque o marido acorda com o mais ínfimo ruído ou movimento e as noites iam ser muitoooo complicadas assim. Também ajuda que o meu filho durma a noite toda desde os dois meses, claro, mas quando acorda a meio da noite chama por nós e nós acudimos, mimamos, acalmamos e depois cada qual na sua cama. Ele já sabe; aos fins de semana, quando acorda, pode vir para o miminho na nossa cama, mas é certo que os adultos já não dormem depois disso.
    Nada contra o co-sleeping, embora considere, a título pessoal, que pode afetar a relação dos pais pela negativa, mas para a minha família não serve de todo eheheh. Estamos bem assim, cada um na sua caminha. :)

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  3. Não tenho experiência na matéria mas de facto para uma maior comodidade da mãe, para também ela conseguir mesmo descansar, os filhos não dormirem com elas será a melhor opção.
    Mas também bem sei que nisto da maternidade não há verdades absolutas e consoante as crianças e as próprias mães deverá haver opiniões divergentes!
    https://jusajublog.blogspot.com/

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  4. Ainda não sou mãe (acho que quando comento o teu blog comento sempre isto), mas concordo contigo... Também não me estou a imaginar... Acho que não dormiria nada só com medo que algo acontecesse. Epá não sei, se calhar até pode mudar, isto só quem passa sabe. Mas acho que não há motivo para condenar ou para criticar quem tem determinada posição.

    És uma mãe fantástica.
    Beijinho

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  5. É-se racional por não querer o nosso filho a dormir na nossa cama?

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    1. Dizes algures no texto "Nisso sou muito racional.".

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    2. Não sou o anónimo anterior mas também li isso e não percebi. "Nisso sou muito racional. Dormiu sempre no berço dele..."
      Sinceramente, esta questão é um não assunto. Cada família fará aquilo que acha melhor e com que se sente melhor. Que durmam todos juntos um em cada quarto, todos na sala, com o cão,com o gato e o periquito. Desde que sejam felizes, que amem e eduquem os seus pequenotes,isso é que interessa.

      maria

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    3. No teu post, claro. "Nisso sou muito racional. Dormiu sempre no berco dele..."

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    4. Anónimo, eu sou muito racional enquanto Mãe e a minha postura face à maternidade.

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    5. Lá está. Para ti, o racional é não deixar os filhos dormir com o casal.

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    6. Nop. Você é que assumiu tal coisa. Para mim o RACIONAL é não me deixar 'dominar' pela vontade de dormir enroscadinha com o bebé. Se não houver necessidade (dor, mimo, incómodo, sono agitado...), prefiro dormir sem o bebé.

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    7. Lá está, trata-se de uma preferência e não de racionalidade.

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  6. Muito bem ☺️ Não vejo vantagem nenhuma nisso de enfiar os filhos na cama dos pais, acho até pouco higiénico. Um miminho de vez em quando, uma brincadeira, tudo bem, mas por norma acho péssimo

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    1. Os filhos é pouco higiénico, já o cão ...

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  7. Muito bem ☺️ Não vejo vantagem nenhuma nisso de enfiar os filhos na cama dos pais, acho até pouco higiénico. Um miminho de vez em quando, uma brincadeira, tudo bem, mas por norma acho péssimo

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    1. Concordo. Já meter cães e gatos na cama, dos pais e da criança é muuuuiito mais higiénico.

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    2. Anónimo das 14h17, a sério, vá apanhar sol!

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  8. Por aqui as miúdas nunca dormiram na nossa cama por sistema. O meu namorado não consegue dormir com a mais velha na cama porque ela dorme sempre com as pernas para cima dele por isso ela só dormiu connosco em casos especiais em que acorda a meio da noite ou quando está doente.
    Eu gosto de dormir com ela, durmo muito bem e gosto do aconchego.
    A mais nova, se a colocamos na nossa cama começa a berrar que quer ir para a sua caminha, por isso, nem há hipótese. :P

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  9. Lá em casa também foi sempre que possível na cama dele ao lado da nossa e aos dois no quarto dele, até porque tinha um medo aterrador daquelas histórias que todos ouvimos...

    Hoje em dia dorme connosco se tiver febre ou se ele quiser claro, mas por acaso até quer pouco :-)

    Beijinhos

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  10. Bora lá "cuspir para o ar", já que nestas coisas da maternidade é melhor não opinar muito pois a vida encarrega-se de mostrar que estavamos errados. :)
    Tenho dois filhotes (quase 5 anos e outro de 16 meses) e é raro dormirmos juntos (exeto adormecer ou caso não haja outra opção). Prefiro que durmam no quarto deles (estão os dois no mesmo quarto) para poder estar à vontade (ler, deitar e levantar qdo quiser, e estar com o marido). O mais velho vem ter connosco de vez em quando. O mais novo ainda mama, mas se acordar vai o pai, sou o último recurso, apesar de ser mais eficaz já que eles preferem a mãe (mãe é mãe). :)
    Gosto do aconchego deles, mas fazer disso rotina/necessidade não.
    A minha cunhada dormiu com a filha durante uns bons anos (agora com a mais nova faz o mesmo). Penso que a necessidade seja mais da mãe do que das filhas. O pai aguenta e é se quer! Duvido que muitos homens aguentassem isso.
    Se é bom ou mau? Para mim não dá.
    SM

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    1. ainda mama com quase cinco anos??? That's disturbing.

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    2. Quem mama é o filho de 16 meses...

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    3. Anónimo, vá lá ler novamente criatura... Oh gentinha burra mas sempre pronta para deitar veneno!!

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  11. Cada família sabe de si :)

    Por aqui dorme em sidecar, na cama dele mas colado à minha e foi a salvação da minha sanidade mental. Eu prefiro ter a cama só para mim mas fazer piscinas entre quartos todas as noites tb não é apelativo para mim.
    E não fazemos intenção de o tirar do quarto antes dos 12 meses seguindo as indicações para a redução do risco de SMS. Tive um enorme susto nesse quesito quando ele tinha 4 meses e agora tudo o que possa fazer para evitar, faço.

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  12. Sempre dormi com os meus filhos. Nao sou defensora de nada, cada um faz como quer. Em relação à higiene, nós tomamos banho de manhã e à noite... não vejo nada de pouco higiénico. Há quem durma com cães e gatos... lá esta, cada um sabe de si.

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    1. A S. não se referiu a higiene em nenhuma parte do texto, daí eu não entender porque se refere a isso no seu comentário.

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    2. Não estu a ver o que uma coisa tem a ver com a outra.

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    3. Acho que falam da higiene porque houve um comentário que referiu isso.

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    4. Comentarios acima se refeririam a higiene.

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    5. Pois, mas o post nada tem a ver com higiene. :) Cada um sabe da sua cama!

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  13. Por aqui também não o fazemos por sistema. Quando ela nasceu, era impensável. Ela era muito pequenina e nós tínhamos medo de adormecer e sufocá-la sem nos apercebermos. Depois habitou-se bem à cama dela, encostada à nossa, e por isso não houve qualquer necessidade de dormir na nossa. Ela gosta de dormir a sesta na nossa cama e às vezes um de nós acaba por adormecer por lá também. Mas à noite, os 3 na cama, nem nos atrevemos porque ela mexe-se tanto que ninguém dormiria bem (nem ela nem nós). E eu acho que não tendo o bebé necessidade disso e os pais também não, então cada um na sua cama está óptimo.

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    1. Lendo um comentário mais abaixo, descubro que afinal até faço co-sleeping. O que não faço é bed-sharing.:D Neste momento, ela dorme no nosso quarto (na cama dela) simplesmente porque nunca fizemos o quarto para ela dado o plano de mudar de casa (está quase!). Assumo que agora acho que está na hora de ela ter o seu quarto e que já não faz grande sentido que partilhe um quarto connosco (tem 2 anos e meio), mas a verdade é que nos deu muito jeito esta partilha até mais tarde. Ter-me-ia incomodado muito andar a fazer piscinas em certas fases da Mini-Tété e houve alturas em que ela claramente não nos acordava porque nos sentia ali e isso bastava para voltar a adormecer. É de facto o que melhor funciona para cada família. :)

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  14. Como em tudo, é preciso bom senso. Todavia, hoje em dia há uma vaga de mães new age que promovem coisas como o co-sleeping e que não fazem sentido na vida normal de todos os dias. Acredito que haja pais desesperados que precisem de dormir, e há estudos e mais não sei quê, mas meter os putos na cama até aos 18 anos não me parece a melhor opção.

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    1. Espero que saiba que o co-sleeping é diferente de bed sharing.
      Dormir no mesmo quarto é cosleeping.

      Partilha de cama existe há centenas de anos. Obviamente que ninguém vai ter os miúdos a dormir até aos 18 anos no mesmo quarto/cama. Comparar alguém partilhar o quarto 1/2 anos com 18 anos é um bocadinho extremista, não?

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    2. Não sou eu que comparo. Estava a ser irónica.

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  15. Não sei como é que alguém consegue criar os filhos pelo manual do criador de frangos de aviário. As crianças e os pais não são todos iguais e cada um tem que adaptar a paternidade/maternidade às suas próprias vivências. Não é o gajo que escreveu um manual do criador de filhos que vai lá a casa embalar o menino quando ele tiver birras. E tem outra coisa: as mães do meu tempo eram analfabetas e criavam rebanhos de filhos, e bem educados... xD

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  16. Co-sleeping também não me seduz nada. Acho muito desconfortável, principalmente para os pais... nem vejo a necessidade.

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  17. Nunca fui defensora do co sleeping mas curiosamente foi a minha salvação nos dois filhos. Era isso ou passar a noite de hora em hora a levantar, aconchegar sossegar,...... passei alguns meses assim e já tinha alucinações! Mudei para o meio dos pais, o marido consentiu imediatamente, coitado, ainda teve um acidente de carro às custas de tanto cansaço. E foi a nossa salvação. O mais velho dormiu connosco até aos 18M e o mais novo (9M) ainda dorme.
    Respeito em absoluto as escolhas de cada família porque efectivamente não somos todos iguais.

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    1. Claramente. Cada um sabe de si e Deus sabe de todos.

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  18. Na parentalidade não há respostas absolutas e pronto, podia acabar o meu comentário aqui :P O co-sleeping é óptimo nas situações em que resulta. Profissionalmente proponho-o em muitas situações, às vezes noutras os pais recorrem à consulta precisamente porque o co-sleeping é a única forma dos filhos dormirem e eu digo-lhes que não há mal nenhum nisso, desde que para a família resulte. Cientificamente não há problema nenhum, muito pelo contrário: se não tiveres factores de risco, supostamente ajuda a evitar a morte súbita.

    Dito isto, o meu filho passou para o quarto dele com um mês, depois de muito pensarmos e de seguirmos o nosso instinto. Ainda hoje com dois anos dorme no quarto dele, detesta dormir connosco (embora procure o nosso carinho durante a noite, chamando-nos) e inclusivamente quando vamos de férias precisa de ficar num quarto contíguo ao nosso, senão não dorme ele nem nós! 'Fazer piscinas' (como dizia alguém num comentário acima) não nos faz confusão e estamos habituados, e dormiria muito pior com ele no quarto.

    Mas fazer co-sleeping não é logo indicação de que as crianças 'vão dormir com os pais até aos 18 anos'. Aliás, nunca conheci nenhum miúdo de 18 anos que dormisse com os pais :P Conheço é muitos miúdos adolescentes com péssimos hábitos de sono porque se calhar não fizeram co-sleeping na primeira infância e precisavam :P

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    1. Joana, eu sou como tu em termos de sono - fiquei doida nos primeiros tempos com ele no nosso quarto. Cada vez que ele chiava, eu acordava. Tenho mesmo mau sono. Prometi que até aos 6 meses o queria no quarto, porque tinha um certo receio da morte súbita, admito, apesar de não existir qualquer factor de risco e ter todos os cuidados possíveis. Depois, quando ele começou a sentar-se, pensei logo que até seria maior motivo de agitação estar à nossa beira e ver-nos... aos 7 meses, depois de consulta no pediatra, foi transferido para o seu quarto.

      Respeito totalmente todas as opções, eu é que dispenso dormir com o fofucho.

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    2. eu já conheci um miúdo com 16 anos que dormia com os pais.

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    3. Eu dormi com os meus pais até aos 15 anos, foi mesmo um problema - todas as noites ficava em angústia no meu quarto, a perguntar aos meus pais se podia ir para o deles, até eles acabarem por ceder.

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  19. Ola joana e S! Eu sou a prova viva de que o co sleeping nao evita maus hábitos. Dormi com os meus pais até tarde e sempre tive um péssimo sono ao ponto de em alturas de maior stress ter que dormir acompanhada para me sentir segura no sono por isso sim, ha pessoas a precisarem de dormir acompanhadas na adolescência, apenas nao é falado (nunca falei disto a ninguem). No que depender de mim tudo farei para promover o sono autónomo de filhos, respeitando sempre o meu instinto.

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    1. Lamento por si. Um abraço!!

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    2. Igual aqui. Sempre dormi com os meus pais em criança porque sempre tive muito medo de estar sozinha e no escuro. Nem a luz de presença aliviava o medo, precisava de saber que tinha os meus pais ali. A minha mãe, mesmo gravidíssima do meu irmão,tinha que partilhar a cama comigo. Ou dormia ela no meu quarto ou eu tinha que dormir com os meus pais na cama deles. É terrível e causa uma angústia grande. Os pais querem dormir descansados, os miudos sabem que estão a incomodar, há gritaria, há castigos mas volta sempre tudo ao mesmo. Comecei a dormir completamente sozinha depois que já namorava! Até lá, fui dormindo com os meus pais, com o meu irmão ou com a minha avó. Ainda hoje tenho um padrão de sono completamente desregulado, acordo por tudo. Sinto-me desconfortável a dormir sozinha em qualquer lado desconhecido (hóteis, pe). Portanto, há sim miudos que precisam de dormir com os pais até à adolescência, quase adultos.

      Agora como adulta, que penso em ter filhos, nada me mete mais medo do que ter um filho que passe pelo mesmo que eu e me faça passar o que eu fiz os meus pais passar. Nem sequer penso em co-sleeping para nem habituar mal a criança. Cada um na sua cama e, preferencialmente, cada um no seu quarto. Precisamos todos de dormir confortáveis para funcionar. Além de que todas as pessoas precisam da sua privacidade. Nisso ninguém fala mas, como fica a intimidade de um casal que tem que dormir diariamente com os filhos no mesmo quarto, na mesma cama? óbvio que a intimidade não é só no quarto, mas aquele aconchego, aquela privacidade que se tem na hora de dormir, as conversas que só se podem ter à noite longe de todos, como fica tudo isso?

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    3. Vão-me desculpar mas alguma coisa não terá corrido bem para as coisas terem evoluído dessa forma.
      Cabe aos pais fomentar a autonomia, dar a segurança e também as ferramentas para que os filhos se desenvolvam e ganhem determinadas competências.

      Não sendo a mesma situação faz-me lembrar um caso próximo de uma criança de 9 anos que é incapaz de tomar banho sozinha. Porquê? Qd começou a mostrar vontade de experimentar não "dava jeito" à mãe que ele tomasse banho, não lhe dava jeito perder tempo e ensiná-lo a adquirir as competências e ele agora não tem vontade/iniciativa.
      Sensivelmente no mesmo tempo, o meu filho com 4 anos (são da mesma idade) começou a mostrar os mesmos indícios e nós incentivamos. Toma banho sozinho desde então e também se veste sozinho desde os 3 anos. O outro menino só começou a fazê-lo por volta dos 8 anos porque a mãe teve outro filho e "teve que ser".
      Se o incentivou ou apoiou qd ele se mostrou pronto para essas competências? Não. Não tinha tempo para esperar que ele se vestisse... As palavras eram dela.

      O miúdo acabou referenciado pelo MF e é seguido por uma psicóloga cujas orientações, segundo a mãe, vão de encontro a fomentar estas coisas que a mãe nunca fez.
      Ou seja, acho que o problema não está no facto de dormirem juntos ou separados mas provavelmente no facto de não terem incentivado a autonomia atempadamente e não vos ajudarem a ganhar as ferramentas para serem autónomas.

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  20. Não é algo que posso opinar porque não tenho filhos, mas com a minha irmã (15 anos mais nova) dormimos uma noite descansada logo nos primeiros meses de vida (porque ela dormia praticamente noites inteiras) e foi um sono tão profundo que ela até vomitou e nenhuma das duas acordou. A minha mãe é que ficou um tanto ao quanto assustada quando nos foi espreitar a meio da noite e nos viu a dormir no vómito XD

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  21. Assim que o meu bebê nasceu, a enfermeira disse que ele tinha que dormir no berço! Quando minha mãe chegou e viu o bebê morrendo de frio e chorando, brigou comigo:"seu irmão dormiu na cama de casal até os 7 anos, sua desnaturada!" ai, gente!!!

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    1. Nem sequer é aconselhável que durma mesmo na cama do casal, por risco de asfixia ou esmagamento. Pode dormir ao lado, num berço next to me. Se estava a morrer de frio punha mais uma manta ou uma peça de roupa.

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    2. Não é bem isso que as recomendações dizem. A UNICEF até tem guidelines para o bed sharing de forma segura. Estando asseguradas até promove a diminuição do risco do SMS.

      Pessoalmente também prefiro o sidecar mas não significa que o bed sharing seja um problema qd é feito de forma segura.
      Mais "problemático" segundo a evidência científica é tirar os miúdos do quarto dos pais antes dos 12 meses e não se faz esse drama todo qd os pais o fazem.

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  22. Eu acho que é o melhor. É bom para todos. Mas no meu caso em particular o pequeno quando se apanhou na cama grande percebeu que consegue sair sozinho e quase sempre que acorda lá vai fazer a visita de praxe aos pais. As vezes ainda o levo de volta à cama dele quando adormece mas outras vezes dormimos todos como pedra e já ninguém se levanta. Não é fácil levar uns pontapés extra (já me chega os da barriga :D) mas para já é o que temos. A ver se ele se habitua a não acordar a meio da noite :)

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  23. Gosto desta tua forma descomplicada de ver e falar a maternidade :)

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