Se há coisa que eu não entendo é a vulgaridade com que algumas pessoas tratam as palavras (e os sentimentos). Num mundo cada vez mais frenético, onde se vive a 1000 à hora, a facilidade com que se utilizam certas palavras é algo de absurdo para mim. Acho inconcebível que alguém diga "amo-te" sem o sentir, que faça promessas sem as querer realmente. Pode-se brincar com tudo, menos com os sentimentos. Sou romântica, acredito no amor à primeira vista. Acredito nas almas gémeas, nos amores impossíveis, nas relações que lutam contra tudo e contra todos. Mas não acredito na leviandade. O amor é um sentimento tão nobre, tão raro que prefiro preservá-lo só para mim. Prefiro guardá-lo, evitar mencioná-lo. Sou assim, prefiro guardar as coisas realmente especiais, prefiro dar-lhes uso só de vez em quando. Não sou pessoa de dizer que amo sem amar. E, mesmo amando, também não consigo dizê-lo facilmente. Porque quando digo, é realmente especial. Quando eu digo que amo, não digo que amo na