Eu tinha um gato, o Sam. Era um gato especial, muito mimado, demasiado senhor do seu nariz, demasiado independente. Adoptei-o do canil do Porto, no primeiro ano da faculdade. Na altura, adoptei-o em conjunto com o meu primeiro namorado. Quando a relação terminou, não correu lá muito bem e o C. quis ficar com o gato. Senti-me culpada porque tinha sido eu a terminar o namoro e pronto, ele lá ficou com o gato. Eu já tinha três gatos, em casa, e ele não tinha mais nenhum. Entreguei o gato. Há já 3 anos e tal que não vejo o meu Sammy, mas continua a ser o gato que mais amo no mundo. O mais especial, o mais diferente, o mais meu. Hoje não resisti e enviei um email ao tal ex-namorado, a pedir para saber como estava o Sam. Está bem. Ele mandou-me fotos. Deixaram-me de lágrimas nos olhos. O meu Sam, Sammy-Sam.