Tenho de admitir que isto do confinamento convida a uma maior introspecção. De repente, dou comigo a pensar no tanto que perdi e no tanto que ganhei no último ano. Não sou saudosista, mas é um pouco inevitável parar para pensar no que a minha vida mudou. A 28 de Setembro de 2019 casei-me. Casei-me com a plena convicção de que estava a dar um passo firme e correcto, apesar de conseguir reconhecer que os problemas na relação já eram antigos. Posso dizer, sem qualquer margem para dúvidas, que foi o dia mais feliz da minha vida. Não foi perfeito, teve duas situações que até me mexeram um bocadinho com os nervos, mas foi um dia de amor, de amizade, de família, de diversão, música, boa comida e até o São Pedro me abençoou com uma temperatura agradável. Casei a achar que seria para a vida toda. Acho que sou uma daquelas românticas incuráveis que acredita que o amor dura para a vida inteira. E talvez dure. O amor ficou diferente, perdeu a componente do romance, mas o meu ex-marido é algué...