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Duas faces de uma mesma moeda

O amor é um sentimento curioso. Desperta as mais variadas reacções, molda-nos, torna-nos seres completamente diferentes. Esta lógica é ainda mais evidente quando estamos a falar dos jovens. Analisando o que me rodeia, creio que os adolescentes/jovens levam os seus sentimentos ao extremo. São complicados, amam de formas estranhas.

Existem dois tipos de adolescentes apaixonados: os remelosos ou os modernaços.

Os remelosos são os casais muiiiiiiiiiiito apaixonados, transbordam amor por todos os poros, é uma loucura. São aqueles casalinhos que vemos na rua, a olhar embevecidos um para o outro. Sempre de mão dada (porque adoram sentir o toque um do outro), sempre abraçados, sempre a beijarem-se. Mais agarrados que as lapas às rochas. Vivem única e exclusivamente um para o outro e não vêem mais nada no mundo.

Ora isto é tudo muito bonito, mas o que é demais enjoa. Acabam por sufocar-se um ao outro e o amor louco dá lugar a uma relação desastrosa.

Hoje quando vinha da terra de José Régio tinha uma rapariga sentada à minha frente a falar ao telemóvel. Ela ria-se, ela contorcia-se, ela estava entusiasmadíssima. "Bebézinho" para ali, "amorzinho" para acolá... Os nomes carinhosos são engraçados e aconselháveis, mas vá, não exageremos. Torna-se piroso.

Por outro lado temos os modernaços, os que mais parecem que se querem matar um ao outro do que assumir uma relação. Esta espécie é vista em acção principalmente no seio do grupo onde se insere. Identifica-se facilmente pela forma como fala entre si, geralmente cheia de neologismos difíceis de decifrar.

O rapaz é geralmente o cabeça de casal. Ele dita as regras do jogo e a "sua gaja" amocha e mais nada. Não há cá carinhos para ninguém pois consideram essas coisas muito abichanadas e parolas. Preferem tratar o namorado/a namorada pelo apelido ou então por minha gaja/meu homem (particularmente engraçado quando o rapaz não tem mais de 14 anos).

Falam de modo agressivo um com o outro, raramente se tocam. Se tivermos sorte (eu tenho!) conseguimos vê-los a trocar murros supostamente "carinhosos" entre si. :S Yap, murros carinhosos. Há gostos para tudo.

O amor é ridículo. Sim, é. Mas ainda mais ridículas são as figurinhas tristes que fazemos quando amamos alguém. :)

Comentários

  1. "Identifica-se facilmente pela forma como fala entre si, geralmente cheia de neologismos difíceis de decifrar"

    Traduz por favor, eheheheheeh

    Assino por baixo o teu texto, mas isto bem espremido ainda dava para arranjar mais uns quantos grupos!

    bjs com charme

    ResponderEliminar
  2. Ora, é fácil de identificar exactamente pela dificuldade que os "outros" têm em entendê-los. São os bués, os espiga e outras coisinhas que tal.

    Dava uns quantos grupos, mas eu não tem pachorra nem vontade para tal. De qualquer forma há um outro grupo: o dos ingénuos. Nesse me incluo. :P

    Beijo *

    ResponderEliminar
  3. "Ela amocha e mais nada"!

    Muito bem pensado tudo isso, mas.... o que dizer daquelas que falam ao telemovel de 15 em 15 minutos? :) Assim tipo durante as aulas, durante os intervalos, durante os trabalhos de grupo, durante o almoço.... Identificas-te? ;)


    Bom, mas pelo menos 'amochar' isso não 'amochas' nunca! :) E mais nada!!!

    E viva viana!

    beijinho

    ResponderEliminar
  4. E viva Viana! :D :D :D

    Oh Marta, agora já não há telefonemas para ninguem (pelo menos para mim). Já me posso dedicar mais aos nossos trabalhinhos.

    E não, não amocho. isso não. :P

    ResponderEliminar

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