“Se uma pessoa diz a outra que a ama, a própria linguagem supõe a expressão “para sempre”. Não tem sentido dizer: - Amo-te, mas provavelmente só durará uns meses, ou uns anos, desde que continues a ser simpática e agradável, ou eu não encontre outra melhor, ou não fiques feia com a idade. Um “amo-te” que implica “só por algum tempo” não é um amor verdadeiro. É antes um “gosto de ti, agradas-me, sinto-me bem contigo, mas de modo algum estou disposto a entregar-me inteiramente, nem a entregar-te a minha vida”. Mikel Santamaría Garai, daqui . Defeitos todos temos, mas engraçado que temos tendência a só ver os outros. Como se nós não fossemos lixados de aturar. Como se o Outro não tivesse o direito de também nos achar detestáveis quando fazemos asneiras. Amar quando somos queridos e fofos é tão fácil... Mas quando se abre os olhos e se começa a ver o defeito do Outro, o caso muda de figura. Ninguém é perfeito. Mentirosos, ilusionistas, sacanas, arrogantes, obstinados, egoístas, orgulhosos