Fui passear o Pirata. Ele apanhou um osso do chão. Ralhei, pedi para ele largar. Pressionei-lhe os maxilares. Depois de insistir, o estuporzinho ladrou e fez aquela ameaça de "se não me deixas em paz, dou-te uma trinca". A reacção imediata que tive foi dar-lhe uma palmada. Ele deu um pinote, ergueu-se, tirou o peitoral. Fiquei apavorada. Estávamos mesmo à beira da estrada, os carros a passarem com frequência, o meu cão solto no meio da rua e, ainda por cima, a achar que eu lhe queria cascar. Por sorte, correu para o lado oposto à estrada. Quando eu me aproximava, ele fugia mais um pouco. Tentei falar-lhe mansinho, mas ele insistia em fugir-me. O milagre foi ele ter encontrado um monte de massa e batatas, comida que alguém deixara para gatos de rua. Começou a comer, eu fui-me aproximando. De cada vez que me aproximava a menos de dois metros, ele pirava-se. Peguei numa batata e atirei-lha para perto. Ele veio. Depois dei-lhe outra batata. Lá o apanhei pela coleira (el