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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2020

Aos três anos...

A minha criança começou a dizer, de forma espontânea, que gosta "muito, muito, muito" de mim.  Aqui há dois dias eu disse-lhe "gosto muito, muito, muito de ti" e ele, que geralmente me ignoraria, virou-se de costas, abraçou-me e disse "e eu gosto muito, muito, muito de ti" . E agora tem repetido a mesma gracinha vezes sem conta. Meu ratinho. Esta nova fase, mais comunicativa e meiga, está a ser a minha predilecta. 

Primeiro estranha-se...

E depois entranha-se! Sinto-me pronta para os meus primeiros chunky sneakers . Talvez só mais lá para o final do Verão, que eu gosto é de andar de pé de fora quando o calor aparece. Mas quando começar a ficar mais fresco, não me escapam. Estes Timberland são mesmo a minha cara. Ténis em Pele Delphiville para Mulher em roxo. Dourados, uau. Super discretos. Ou não. Gioseppo. Fila. Modelo RAY TRACER WMN Branco / Cinza. Fila, mas em modo 'pink lady'. Modelos já testados e aprovados por aí? Quem me dá dicas de conforto?

Bota os olhos, Carolina Herrera!

Já antes de as cestas estarem "in" eu as usava. Sempre gostei. São o meu acessório favorito todos os Verões. Primeiro comprava, depois a minha mãe começou a fazer-mas. Compro as cestas na feira e ela decora a gosto. Tenho meia dúzia e uso todas. Esta é a minha mais nova, que acabou hoje de ser "renovada". É a mesma cesta da quarta imagem do conjunto de cima... Só que a decoração foi toda retirada (estava desgastada e a perder a cor) e recebeu novo forro (a anterior não tinha forro) e uma decoração um pouco mais "senhora". Só um pouco, que eu gosto de me sentir uma adolescente de 31 anos.

Do Amor e da Saudade

Ontem, em trabalho, visitei um senhor de 85 anos (com todos os cuidados e mais alguns). Vim de lá realmente comovida.  Os netos eram protectores como poucos, em relação aos avós. Sabendo que eles iam ter visitas, claramente marcaram presença para cuidar dos avós e garantir que nenhum risco era corrido. O neto estava sempre a segurar nas mãos da avó. De cada vez que se levantava ou fazia algo, desinfectava com uma ternura emocionante as mãos da senhora. Com um cuidado e uma delicadeza louváveis.  A neta ajeitava a máscara no rosto do avô e da avó, falando com eles com um sorriso apaixonado que nem a máscara conseguia esconder. Tomara que todos os velhotes tivessem netos assim. Eu já não tenho avós. A minha avó Laura, que era a que me era mais próxima, faleceu há já seis anos. Continua a estar estranhamente presente.

Falta de tudo

Eu, que sou defensora dos órgãos de comunicação social, não posso deixar de ficar indignada com o clickbait em torno de toda esta tragédia do Pedro Lima. Não precisam de fazer dez notícias por dia sobre a mesma coisa, com detalhes mórbidos e pormenores que deveriam ser ocultados pelo recato que o respeito exige. Já chega. Esta tarde várias revistas e até canais de televisão publicaram fotografias da mulher e dos filhos agarrados ao caixão. Ide bardamerda. Até me apetecia fazer uma lista das páginas/dos órgãos que têm promovido esta falta de escrúpulos, mas não pretendo deitar mais achas para a fogueira.  Escrevam sobre depressão. Sobre formas de ajuda. Sobre sinais de alerta. Deixem a família sofrer em paz. É que isto nem merece comentários (fechei-os, neste post). É só mesmo para me indignar. 

Do Porto (e das saudades que tenho)

Um dos grandes remorsos que tenho foi a forma como encarei a licenciatura. Sempre fui boa aluna, por isso estudar nunca foi problema. Tirava excelentes apontamentos, tudo organizado, com cores, sublinhados, apenas tinha de estudar uns três ou quatro dias antes dos exames. Não é a isso que me refiro. Quando fui para o Porto tinha 17 anos (faria 18 passados três meses) e fui viver num apartamento mesmo porreiro com a minha irmã. A quinze minutos a pé dos nossos dois cursos (coincidências, Direito e Ciências da Comunicação eram mesmo ao lado um do outro, apesar de serem de faculdades diferentes dentro da mesma Universidade).  Mas eu tinha namorado e esse namorado não era português. Ele também arranjou casa no Porto, mas eu acabava por estar sempre muito com ele, para ele não se sentir perdido numa cidade nova. A relação, já sabia na altura, não teria futuro, mas era uma relação de grande amizade e companheirismo. Ainda hoje, passados uns doze anos depois da separação, trocamo

Da pandemia que, pelos vistos, 'não afecta' a juventude

Não consigo perceber esta juventude que anda a marcar presença em festas e festarolas, como se nada fosse. Não têm família? Não pensam nos pais, nos avós, nos tios, nos primos? E os pais de adolescentes deixam-nos sair em grupo, como se a vida estivesse normal? Eu vejo-os aos magotes, no jardim, na praça, na esplanada. Fico sempre boquiaberta. Se inicialmente o "problema" eram os mais velhotes, agora temos os jovens de férias, com tempo livre, e os jovens adultos que parecem não perceber que podem levar o vírus para casa. Eu ainda não marquei nada com nenhum amigo/a, desde que o vírus entrou no nosso país, nem pretendo fazê-lo. Percebo que outros o façam, mas com limites e consciência. Festas com dezenas ou centenas de pessoas não me cabem na cabeça. O vírus não vai desaparecer tão cedo, é certo... Mas eu também não pretendo desaparecer nem contribuir para o desaparecimento dos que mais amo.

3 anos de Pedrógão Grande

Estamos a assinalar os três anos e ainda me custa ver as imagens. O Rafael tinha pouco mais de duas semanas de vida. Sei que tínhamos ir dar um passeio nocturno. Chegamos a casa e a televisão indicava 19 mortos. Ficamos ambos estupefactos. Como? Começaram por focar os carros e as vidas que ficaram presas naquela estrada. Nem consigo imaginar o terror. Naquela altura passávamos a noite praticamente acordados, entre dar de mamar, soluços, mudar fralda, adormecer. Por força dessas circunstâncias e de um choque imenso, passávamos as horas a ver o que se passava, a acompanhar os desenvolvimentos e, por Deus, a ver o número de mortos a subir a toda a hora. Parece que continuamos sem culpados. Sem condenados. Sem nada. A injustiça de não ver a Justiça a ser feita deve doer de forma inimaginável. 

(meu bebé)

Tens aquele confronto com a realidade e percebes que o bebé já se foi, surgindo um menino inteligente, quando, ao jantar, ele te dá respostas como... "Não me apetece mais". Mas tens de comer. "Não me apetece. Estou cheio. Estou muito cheio da mousse de chocolate que comi na casa dos tios". A minha mousse de chocolate tem efectivamente sido um sucesso junto da criançada! :) Mas é engraçado começar a ouvi-lo estabelecer a relação causa-efeito. Diz frases inteiras. Fala imenso. Desde  os dois anos que diz frases curtas, mas ultimamente diz cada coisa que não lembra ao Diabo. É capaz de dizer "esta mota é muito original e diferente" ou começar a meditar, durante um passeio, relevando que "vou ter muitas saudades de quando estivemos todos fechados em casa".  Segundo o marido, aqui há uns dias começou a queixar-se que "a mãe está sempre a trabalhar... não gosto, a mãe devia estar em casa"... o que parecia muito qu

Isto da idade não são só coisas boas...

Tenho cada vez menos paciência para conversas de circunstância e para sorrisos forçados. Com o avançar da idade, deixei de conseguir disfarçar quando alguém me incomoda. O meu jogo de cintura está cada vez mais enferrujado... E, às vezes, faz falta saber deixar rolar.

Back to school

O nosso pequeno regressa à creche na segunda-feira. Depois de mais de três meses em casa. Embora nos assuste o maior risco e todas as medidas de segurança, sei que a ida à creche lhe faz imensa falta. Em Setembro vai mudar para uma escolinha nova e não quero o duplo choque de mudar de escola + regressar à escola depois de um longo período de pausa. Agora resta saber quem vai sofrer mais... O pequeno ou o pai! Eu apostaria todas as minhas fichas no pai. Deus lhe dê forças para o berreiro que consigo adivinhar quando o miúdo perceber que vai ser deixado na escola... Temos andado a falar disso e responde com barbaridades como "a escola é feia, a escola é má, vou destruir a escola toda". Ai, ai. . Para o incentivar, hoje teve direito a umas sapatilhas e a umas crocs novas... Mas não resultou muito.

A propósito do Crescimento

"deixa ir. não te contentes com migalhas. não te permitas receber menos do que mereces. não aceites pouco amor, pouco tempo, poucos abraços, poucos «gosto tanto de ti», poucos «obrigada por existires», poucos «desculpa por te ter magoado», poucos «estou aqui para ti, incondicionalmente». não deixes de te importar. não encolhas os ombros a ti mesma. não deixes de te dar valor. não te afastes de ti. não desistas de ti ao ponto de sentires saudades de quem eras, de quem (verdadeiramente) és. às vezes, precisas de pedir desculpas a ti mesma por todas as vezes que passas por cima do teu coração." Não sou de partilhar frases, filosofias, mantras, entre outros. Mas esta tenho mesmo de partilhar.  Sou das que acredita que para estarmos bem e podermos fazer os outros felizes, nós temos de ser a nossa prioridade. A prioridade da minha vida sou eu. Deixei de o ser durante uns tempos, mas voltei aos eixos. Da sempre sensata, Às Nove .

Crescimento

Uma das grandes lições destes meus 31 anos de vida foi aprender a Valorizar-me. Tornar-me exigente. Não aceitar menos do que aquilo que mereço. Se o faço sempre? Não. Se o consigo sempre? Nem por isso. Mas não me conformo. Não sou capaz de ficar satisfeita com menos do que aquilo que faço por merecer. Acho que, se o fizermos, acabamos por entrar numa espiral... E, quando vamos a ver, perdemos a auto-estima, o amor próprio, a consideração por nós mesmos.  Antes era muito assim... Pagavam pouco e eu não conseguia exigir mais (ainda não consigo, mas ao menos já consigo sentir que é injusto). Davam-me menos do que merecia (em variados contextos) e eu não reclamava. Faziam algo que eu não gostava, mas não me queixava. Não me tratavam como sentia que merecia, mas deixava-me estar. Não sou uma pessoa de conflitos. Nunca fui. Gosto de me dar com toda a gente, de espalhar simpatia... E é preciso mesmo muito abuso para me irritarem.  Mas cheguei àquela idade em que não estou par

Odiozinho de estimação

Até fico nervosa com estas coisas. Custa-me imenso ver pessoas a reclamar, através das redes sociais, do preço das coisas. Queixam-se do preço de tudo, duvidam, fazem acusações... Mas é só nos pequenos negócios, que nas multinacionais não se queixam elas. As pessoas analisam apenas o custo real do artigo (que, muitas vezes, desconhecem)... Esquecem-se da luz, do gás, da água, da internet, dos seguros, dos impostos, dos salários, da limpeza, sacos, embrulhos, das 1001 despesas e... daquela linda coisa chamada LUCRO que qualquer negócio tem de dar para que o trabalhador (corrijo, o gerente!) possa COMER, PAGAR AS CONTAS e VIVER. Ai vi igual naquela outra página, a menos 5 euros. Viu igual? Se calhar viu num negócio ilegal. Sem factura. Sem contas. Sem IVA e Segurança Social. E... Olhe que às vezes mesmo os negócios supostamente bons enviam-lhe os artigos num caixa de cartão, sem qualquer protecção, sem o mínimo de gosto e de requinte. Digo eu, que já fiquei mortificada c