Esta decisão de voltar a fechar as escolas não me surpreende. Aliás, creio que peca por tardia. Se queriam "salvar o Natal", seria sensato ter fechado tudo nas primeiras duas semanas do novo ano.
Mas estou ansiosa, admito.
Ansiosa porque vou ficar em teletrabalho com um pequeno de três anos e meio. O meu trabalho não tem propriamente hora marcada e geralmente chega acompanhado por taxa de urgência... Fiquei absolutamente apavorada, esta manhã, com a perspectiva de ter de dar resposta à entidade patronal, tendo também de assegurar o bem-estar do meu filho. Mas lá conversei com a patroa, chegamos a um entendimento e o facto de sermos as duas muito parecidas na forma de trabalhar é um importante auxílio.
Mas não gosto de falhar. Detesto sequer pensar na hipótese de dizer "agora não vai dar porque o meu miúdo está a fazer birra" ou, pior ainda, ter de dizer ao pequeno "aguenta aí, que agora a mãe tem de ler um texto importante e não pode estar a fazer puzzles contigo". Ele é pequeno, não entende bem estas coisas.
Sei que com crianças mais velhas a história é diferente... Mas com meninos da creche e pré-escolar, como fazem os pais? Eu estou sozinha, não tenho quem me dê uma mão. Não posso simplesmente deixar de trabalhar, mas consigo perceber que será caótico trabalhar com uma criança tão pequena em casa. Já para não falar de pequeno-almoços, lanches a meio da manhã, almoços, lanches, eventuais sestas...
E nas semanas em que ele está com o pai, a perspectiva de ficar "sozinha e abandonada" em casa? Ai, mãe. Nem é bom pensar.
O drama!! O horror!! Coitadas das nossas avós que tinham 2, 3, 4, 5, 6, 7, ++ filhos e deram conta do recado. A minha mãe teve 3 que criou sozinha (o pai a trabalhar no estrangeiro para assegurar apoio financeiro) e conseguiu.. olha e não havia máquina de lavar roupa, era no tanque ou ribeiro, mesmo no Inverno. Menos drama
ResponderEliminarTeresa, no tempo das nossas avós também não havia computadores, nem máquinas de lavar roupa, nem de lavar louça, nem telefones, nem telemóveis, nem nada dessas modernices... Essa sua comparação é só bacoca porque o mundo muda e nós mudamos com eles. Pela sua lógica, podia comer um trigo seco, porque existe muita gente que nem isso tem para comer.
EliminarCada um vive os seus dramas. Uns mais realistas, outros menos... Mas, neste caso, nem estou a exagerar. Tenho um trabalho de responsabilidade e não quero falhar, mas também não quero falhar ao meu filho.
Trabalho de responsabilidade.... S, és médica ou enfermeira? Esses é que são os trabalhos de verdadeira responsabilidade hoje. Se não fizeres o teu trabalho um dia morre alguém? Há algum dano de maior? A responsabilidade, perante uma catástrofe destas, é relativa. Achas que te vão fazer o quê, despedir-te por não cumprires algum prazo porque estás sozinha em casa com o teu filho e tiveste de lhe dar atenção? Isto não é uma situação normal, não estarias a fazê-lo por desleixo ou irresponsabilidade. Toda a gente tem de ser tolerante com isto, toda a gente tem de se adaptar.
EliminarNão havia computadores e afins mas havia, em muitos casos, trabalho duro no campo, muitas vezes com os filhos as costas.
EliminarAnónimo das 14h34, todos os trabalhos têm a sua responsabilidade... Mas sim, considero que comunicar, nesta fase, é um trabalho que deve ser bem feito, para não induzir em erro, não causar dúvidas, não gerar ainda mais questões e problemas. De resto, cada um sabe de si e a sua realidade não é certamente a minha...
EliminarAnónimo das 14h36, leve a taça... Também nos estamos a queixar da pandemia que só nos pede para ficarmos em casa e muitos milhares e milhões sofreram com guerras... Uma situação não anula a outra.
Já não há paciência para aqueles que mesmo em casa estão a receber, tem a sorte de estar no quente do lar com os filhos em segurança e mesmo assim ainda há queixas.
EliminarOra, bolas, já chega!
Nesta situação de pandemia terrível há que ter lucidez e ver quem realmente tem motivos para se queixar.
Oxalá não vão parar a um hospital nesta altura, aí sim estão os que tem motivos para “revoltas” e queixas - doentes e profissionais.
A única que se queixou aqui foste tu!
EliminarMuitos dos comentários repetem-se.
Na primeira quarentena também houve aqui queixas da tua parte, mas parece que ainda não trabalhaste o teu interior ao ponto de não sentires esse abandono que não é abandono real, mas sim uma mente e uma pessoa que ainda não aprendeu a descontrair e a lidar com a sua companhia.
Quando a tua própria companhia te deixar serena e plena... aí sim, já terás dado um grande salto de optimismo para o teu próprio bem estar.
Desculpa, mas as tuas queixas são sim exageradas para a situação em questão.
Divorciados na tua situação há imensos.
Pessoas a viver longe dos familiares idem.
Tudo depende da perspectiva ou da forma como escolhemos olhar para o presente.
Desse ponto de vista ninguem se pode queixar: o que ganha 1000€ não se pode queixar porque há quem ganhe o salario minimo, quem ganha o salario minimo nao se pode queixar porque há quem esteja desempregado, e o desempregado que ainda tem o subsidio nao se pode queixar porque há sem abrigos que apenas têm uma esmola.
EliminarCaramba!
E como se diz e bem acima nenhum dos medicos/enfermeiros se pode queixar porque não estão numa guerra, e tratar feridos na 1ª ou 2ª guerra mundial devia ser bem mai dificil que nesta pandemia.
Cada um com as suas dificuldades e com aquilo que o chateia....se a S* não pode desabafar no blog dela entao onde pode?
Anonima das 13:30 : nesse tempo a maioria das mulheres não trabalhava fora de casa, nao tinha patrao e horario a cumprir. A vida no campo era gerida pelos proprios, e sei do que falo pois moro numa aldeia e a minha avó e minha mãe tiveram essa vida.
Para as mulheres que como a S* tem de estar sozinha em casa, fazer todo o trabalho domestico, cuidar de criança e supostamente ter de trabalhar para o patrao as 8h ou mais por dia, nao é facil.
Anonima das 13:34. Falar é facil, mas há patroes mais ou menos compreensivos, e a empresa nao pára, e nós queremos receber o salario no final do mês na mesma certo? Ou dizemos ao patrao "olhe, eu so vou trabalhar 70% do tempo por isso tambem recebo 70% do salario?".... pois , pimenta no xx dos outros é refresco. Eu estou nas duas posições, sou chefe de equipa e tenho o meu director a pressionar. eu nao tenho filhos, mas 3 das pessoas na minha equipa têm e bem vejo a produtividade deles a diminuir e fico ali no meio sem saber o que fazer. Sabe que as escolas não fecharam so agora, há imensas turmas em isolamento por causa de casos positivos e por isso já há muitos trabalhadores a terem de ficar em isolamento à semanas em casa por causa dos filhos. Não é facil...
A minha mãe e as minhas tias também foram mandadas da aldeia para Lisboa, com 12 anos, para trabalhar. Está quase na hora de mandar os meus fazerem-se à vida.
EliminarHá cada comentário...
Eu adoro quando comparam a maternidade de agora com a dos tempos das nossas avós.
EliminarPor acaso as nossas avós sentavam-se a brincar com os filhos? Ajudavam-nos com tpcs? Ou os miúdos andavam à solta e criavam-se uns aos outros?
Podem ter a certeza que nem a minha mãe fez por mim aquilo que eu faço pelo meu filho, quanto mais a minha avó pelos filhos dela.
Não tivessem filhos. Agora não se queixem. São opções que trazem outras responsabilidades.
EliminarA conversa dos filhos agora dá para tudo.
É óbvio que todos podemos desabafar, mas há pessoas que não estão é habituadas a gerir tudo sozinhas. Esse é o grande problema.
Até parece que vamos estar confinados para sempre.
EliminarVem algum mal ao mundo se as crianças que brincarem sozinhas um pouco?
Somos menos mães por isso?
Hoje em dia tudo é demasiado.
As mães de hoje julgam que nunca houve crianças anteriormente.
O meu pai também foi criado na aldeia e no tempo de criança dele antes de ir para a escola primária já eles tinha várias horas de trabalho no campo.. e mesmo assim ele conseguiu estudar, ir para a universidade e ter um bom trabalho, graças a Deus.
EliminarNinguém duvida que as crianças dão trabalho, mas o nosso pensamento molda a nossa realidade.
É por isso que acho que toda a gente deveria passar pela experiência de viver sozinho.
A S* não está a habituada mas se continuar a vibrar na “solidão” também não ajuda.
É normal que queiramos dar o nosso melhor em várias frentes, mas acho importante explicar aos nossos filhos que nem tudo é como eles querem.
Contem as histórias dos nossos avós/pais para que eles cresçam a saber que são uns privilegiados.
Há mães que exageram e é assim que criamos frustrações em nós e nos nossos filhos.
"não tivessem filhos"
EliminarHahahahaha
Há comentários que são tão estúpidos e imbecis que dão vergonha alheia.
Dá vontade de responder ao mesmo nível e questionar quem é que vocês pensam que vos vai pagar a reforma quando forem velhos caquéticos. Se é que já não são...🙄
Mas eu faço um desenho já que os níveis de QI devem andar no nível de um esgoto:
Habitualmente as pessoas que têm filhos criam uma rede, seja com familiares ( habitualmente avós) ou instituições.
Os avós que já estão reformados são o grupo de risco ( querem assassinar os avós?!) e as creches estão fechadas. Quem é que adivinhava isto?? Agora é meter os miúdos num cesto à porta duma qualquer igreja e "até às vista" querem ver???!
Mas faz algum sentido querer que uma pessoa faça exatamente o mesmo trabalho e tenha o mesmo rendimento quando está a desempenhar 2 trabalhos em vez de 1? Se fosse fácil não se pagava a pessoas para tomar conta das crianças...
E comparar com antigamente é simplesmente de alguém que tem zero conhecimento em pedagogia ou sequer senso comum.
As pessoas antigamente também achavam que dar sopas de vinho a crianças era boa ideia e a mortalidade infantil andava nos píncaros, já para não falar da pobreza da educação em Portugal que, até há muito pouco tempo, estávamos nos rankings como dos mais analfabetos da Europa... Querem voltar a isso? Que saudosismo ignóbil.
O problema aqui é que nós temos um governo que tem dinheiro para os BES e TAPs desta vida mas não consegue perceber que pais com crianças em idades pré-escolares precisam de alguém a supervisionar e a orientar constantemente. São crianças que neurologicamente não têm maturidade para entender que os pais não podem naquele momento ou que as pessoas que estão a telefonar aos pais não são os avós ou um amigo mas alguém que quer trabalho feito... São crianças que precisam de muito mais atenção.
Mas obviamente que os descontos que os pais destas crianças fazem há décadas, não serve para o "Estado social" fazer a sua parte em circunstâncias como estas... Não... Os impostos servem exclusivamente para os sacos sem fundo deste país. Nunca para garantir a qualidade de vida, saúde ou educação do povo que os pagam.
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarEste foi o comentário mais inteligente que apareceu neste debate.
EliminarCecília, venho deixar um abraço. Realmente os meus problemas são pequenos, quando comparados. Fazem-me sofrer, mas não me impedem de sentir empatia e de perceber que, apesar de tudo, sou uma privilegiada.
EliminarUm abraço para si. Pela força, pela lucidez.
Lamento, de verdade, se perdeu o seu marido.
EliminarMas saiba que devemos ter noção que a Vida pode mudar a qualquer hora e a qualquer momento.
Quem não tiver noção deste facto, antes de decidir ter filhos, é porque, seguramente, vive no mundo ilusório, mundo da carochinha que não existe.
Nada deve ser dado como garantido, nunca.
Que comentário tão insensível, desculpe a franqueza. Ninguém pode prever nada, mas certamente ninguém pode imaginar a morte de um companheiro. Nada deve ser dado por garantido, como é óbvio, mas não podemos viver a achar que vai acontecer uma desgraça - ou não compravamos casa com medo do desemprego, não viajavamos com medo da queda do avião, não tínhamos filhos por termos medo que ficassem doentes ou que ficassem sem nós.
EliminarBom, então agora todos os comentários são insensíveis. 🙄
EliminarNão se pode dizer nada porque somos logo rotulados de insensíveis e pouco empáticos.
Eu já perdi pessoas e sei muito bem o que isso é.
Chama-me o que quiseres menos insensível porque eu peco pela sensibilidade extrema.
Podemos decidir comprar casa, carro ou triciclo, podemos decidir ter ou não filhos mas sempre cientes de que nada é garantido porque NÃO É.
Apenas e só.
Tirem as conclusões que quiserem.
Onde está a insensibilidade aqui?
Chama-se realidade é pés bem assentes na terra.
Isso é negativismo e ver sempre o copo meio vazio... Eu sou muito racional e realista, mas caramba, pensar sempre nas desgraças que podem acontecer deve ser uma angústia.
EliminarPor acaso eu antes de tomar qualquer decisão penso sempre no pior cenário possível. Se achar que mesmo assim consigo, avanço, se não deixo-me estar quietinha ou então planeio-me de forma a que seja possível passado algum tempo (o tal planeamento que muita gente não faz...).
EliminarE isto não é ser uma pessoa negativa, é ser realista. Ou diria apenas ponderada.
Em todo o caso fico sempre desolada quando um agregado familiar se desfaz pela perda de algum dos elementos. Muita força para a anónima que se vê agora sem o apoio do marido.
O rapariga, então eu estou sempre a dizer para seres optimista, aqui pelo blog.. e depois vens falar de negativismo.
EliminarSou optimista, todos os dias, e mesmo dentro de situações menos boas tento ver o lado bom.
Não se trata de pensar na desgraça mas de estar CIENTE de que ela nos pode bater à porta e assim alterar os planos.
É diferente.
Mas nesse caso ninguém teria filhos porque pode sempre acontecer alguma desgraça a um filho, ninguém viajava porque o avião pode cair, ninguém casava porque pode enviuvar....
EliminarE como é que alguém se prepara para uma pandemia que ninguém previa acontecer? Como é que anos antes se pensa “Não vou ter filhos porque se houver uma pandemia, a minha mãe pode vir a ser internada e eu fico sem apoio, o meu marido pode morrer, eu posso ter de vir a ser a professora dos meus filhos, posso ter de ser obrigada a fazer teletrabalho enquanto tomo conta deles...não, como não saberei lidar facilmente com isso, não vou ter filhos”? Consigo aplicar o seu raciocínio a uma série de situações (se comprar um carro, consigo pagá-lo caso fique desempregada?, por exemplo) mas não nesta questão dos filhos, não numa situação de pandemia...Conheço negócios que abriram no início do ano passado, preparados e cientes que poderiam existir complicações, mas longe de imaginar uma pandemia. Fizeram mal, foram pouco precavidos? Então o melhor é ninguém abrir negócios? Não entendo.
Não é preciso prever uma pandemia basta responder a esta pergunta: 'se eu tiver um filho e, se por acasos da vida, me vir completamente sozinha com ele e ele totalmente dependente de mim, conseguirei sustentar-nos e criá-lo de forma digna?'
EliminarNão é uma crítica à S*, mas acho que muita gente toma decisões sem as pensar muito (quer seja ter filhos, contrair créditos, etc,) e sempre na expectativa de que alguém, caso as coisas corram mal, os possa ajudar. Acho que a melhor maneira de prevenir situações complicadas é assumir a total responsabilidade dos seus actos. E não é preciso deixar de fazer as coisas, é só prepararem-se para isso.
E eu nem me acho uma pessoa negativa, só sensata.
A pandemia foi uma “big surprise” para todos.
EliminarHá pessoas mais ponderadas e outras com zero planeamento.
Estar ciente da realidade, mais ou menos positiva, ajuda a lidar de outro modo com o que se apresentar, mas a noção de “desgraça possível” não necessariamente molda ou trava a pessoa a seguir objectivos, como ter filhos ou ter seja o que for.
Só não entende quem não quer entender.
A pandemia foi uma “big surprise” para todos.
EliminarHá pessoas mais ponderadas e outras com zero planeamento.
Estar ciente da realidade, mais ou menos positiva, ajuda a lidar de outro modo com o que se apresentar, mas a noção de “desgraça possível” não necessariamente molda ou trava a pessoa a seguir objectivos, como ter filhos ou ter seja o que for.
Só não entende quem não quer entender.
«Não é preciso prever uma pandemia basta responder a esta pergunta: 'se eu tiver um filho e, se por acasos da vida, me vir completamente sozinha com ele e ele totalmente dependente de mim, conseguirei sustentar-nos e criá-lo de forma digna?'»
EliminarE como é que pode saber se consegue? Se for pensar em todas as inevitabilidades, pode perder o pai dos filhos, a restante família, perder o emprego, ter um acidente e ficar inválida, etc etc etc. Nunca pode ter certeza absoluta nem controlar todas as variáveis. As pessoas fazem as melhores escolhas possíveis face ao que podem antever e é verdade que há pessoas que fazem escolhas tipo créditos e afins sem pensar no futuro. Mas diria que ter um filho é o acto de maior responsabilidade de cada um e é bastante ponderado pela maioria das pessoas. E aqui não se está a falar de deixar de conseguir criar um filho em condições. Apenas de as circunstâncias se terem alterado de tal forma que tal se tornou mais difícil e exigente para os pais.
A solução para todos os problemas é não ter filhos.
EliminarEm 100 anos (ou menos) ficava um planeta maravilhoso, sem seres humanos. :)
Mesmo para pessoas ponderadas, esta pandemia não estava de todo nas contas. Eu posso pensar que se ficar sozinha, consigo com o meu trabalho, sustentar os meus filhos. Mas se calhar não pondero que haja uma pandemia que feche as escolas e que me obrigue a ficar em casa com as crianças, colocando a minha produtividade em risco e quiçá, o trabalho.
EliminarO meu comentário foi sobretudo por dizer que não estando cientes que tudo pode mudar, então ter filhos assim é viver num mundo ilusório. Ou “não tivessem filhos”. Acho que toda a gente sabe que a vida pode mudar, mesmo para quem tem tudo estável e programado. Porque há desgraças que acontecem. Há pandemias que aparecem. E não, não dá para nos precavermos sempre para tudo. Só não entender quem não quer entender....
Acho esta discussão uma coisa impressionante, tenho de admitir. Ninguém consegue prever o futuro. Podemos ter uma vida equilibrada e acontecer uma imensidão de situações... morte, desemprego, incêndio, acidente... Ui, se vamos a pensar nisso, não saímos de casa (e, mesmo assim, um vizinho pode deixar o gás ligado e explodir com o nosso apartamento). Nem vale a pena tentar viver assim, que é uma agonia.
EliminarSejam felizes. Pensem menos e sintam mais.
🙄
EliminarS*,
Eliminar"Nem vale a pena tentar viver assim, que é uma agonia.
Sejam felizes. Pensem menos e sintam mais."
Depende. Há quem se não controlar isto se sente mais angustiada. Dou o meu exemplo: para mim era impensavel ter credito da casa, não iria conseguir dormir à noite se soubesse que devia dinheiro ao banco, que podia ficar desempregada e não ter dinheiro para pagar o emprestimo, etc. Durante anos poupei, tenho um bom emprego, ganho bem, mas vivia tal como uma pessoa que ganha pouco mais que o salario minimo, ou seja, adaptei a minha vida para ter um nivel de vida mais baixo e assim toda a diferença ia para poupança. Os colegas diziam que era doida, porque fazia "vida de pobre" quando podia ter uma vida boa. E eu respondia, se tantas pessoas em Portugla vivem com o salario minimo e pouco mais, e são felizes dentro do possivel, porque nao haveria eu de fazer o mesmo. Entretanto conseguimos o dinheiro e construimos a casa, algo simples, razoavel que serve para nós e que dava dentro do dinheiro que tinhamos. Aí foram mais criticas: que eramos tolos, porque não pedir mais 50 mil/100 mil ao banco e já poderiamos fazer uma casa de sonho, grande e com luxos. Para nós isso não era sequer opção, fizemos o que podiamos. E logo que fiz a casa fui tratar do seguro, li todas as apolices em detalhe (nao é as 2 ou 3 paginas resumo, é as mais de 100 com as letras pequeninas), e arranjei um seguro com o maximo de coberturas possiveis.
Mas querem saber? Nenhum seguro cobre acontecimentos imprevistos como guerras ou tumultos. E se amanha há uma guerra em Portugal e me lançam uma bomba sobre a casa? Bem, o seguro não paga. LOL
Isto para dizer: ate eu que sou super controlada, quero prever todas as eventualidades (divorcio, morte, desemprego ,etc), nunca me iria passar pela cabeça uma pandemia tal como não passa a cabeça uma guerra. Portanto ninguem poderia prever isto, nem se prevenir para isto. Acho que os exemplos que dás : morte, desemprego, incendio, acidente,....uma pessoa deve prever e pensar nisso. Agora uma pandemia como estão aqui a falar ...pois, isso já seria demais na minha opinião.
Podem dar os exemplos que quiserem como casas, créditos, desemprego, etc... nada disso tem a ver com pessoas, como filhos. Ter filhos é mesmo isso, expor-nos ao maior amor / risco do mundo. Tudo pode acontecer(-nos). Ninguém se está a arrepender ou a dizer que podia ter planeado mais. Simplesmente a assumir que é uma situação difícil e inesperada, PARA TODOS.
EliminarDeus a testar a nossa capacidade, resiliência, superação, paciência.
EliminarPensem um pouco!
Não existe nenhum Deus. Alguém na China comeu um morcego e agora estamos nesta situação. Pensem um pouco!
EliminarNão existe para si. Para mim existe, olha agora.
EliminarNão é um Deus católico mas o Deus que me faz sentido.
Há quem lhe chame Universo, Força superior, etc. o que fizer sentido para cada um.
Despertar é preciso...
As 200 e tal pessoas que morrem diariamente com este vírus e os seus familiares devem estar super gratos pela oferenda de Deus à sua "capacidade, resiliência, superação, paciência". Obrigada, Universo e Força Superior, por nos terem feito "despertar" desta forma.
EliminarO que faz sentido é a ciência e a medicina. Acredite nos humanos que cá estão e deixe-se de crendices bacocas.
Cada qual é livre de acreditar no que bem entender.
EliminarCalma com o tom que você sabe de si e eu sei de mim.
Vá ler um bocadinho sobre espiritualidade (religião é outra coisa).
Ainda tem muita para aprender, evoluir da consciência, ascender...
A ciência e a medicina surgiram no mundo por acaso?
EliminarA pandemia é um abre-olhos para muitos humanos, sobretudo para aqueles que andam a dormir ou de vendas nos olhos.
Mas, cada um “desperta” no tempo certo... não vale a pena explicar a quem ainda não chegou lá...
Desperta para quê? Sabe que já havia pessoas que antes valorizavam o tempo em família, cuidavam do ambiente e da natureza e eram empáticos com o próximo? Não foi preciso vir uma pandemia para descobrir coisa nenhuma. É muito triste que haja quem ache que isto é algum tipo de lição ou de coisa enviada pelo divino e um desrespeito total por todas as vidas perdidas.
EliminarAh e a ciência e a medicina não surgiram por acaso, surgiram com centenas de anos de estudo, inteligência e evolução humanas. Coisa que está em risco de se reverter agora com as crendices que para aí andam, de pessoas que têm de se agarrar a algo sobrenatural em vez de lerem algo que as cultive e as faça perceber o que são factos.
Despertar para quê?!
EliminarRealmente não sabe o que isso implica... não sabe, de todo!
Não estava sequer a falar de valorizar família ou amigos porque para isso não precisamos de qualquer pandemia.
Agora, dou por terminada esta conversa e acredite no que bem entender.
Sabedoria ou ignorância.
Há pessoas que quanto mais escrevem mais se enterram.
EliminarEntão a única questão a responder é sobre se pode tomar conta dum filho se ficar exclusivamente responsável por ele??
Ó alminha sem noção. Mas alguém alguma vez iria chegar à conclusão que todas as inúmeras redes de apoio que existem e que sabemos que podemos suportar e pagar, deixariam de estar disponíveis?? Isto está num ponto que provavelmente só com ama interna é que alguém conseguia ter certeza que tinha apoio e mesmo assim... fosse a ama ter uma vida privada, namorado, sair de casa e estávamos sujeitos a ter mais uma pessoas infetada/não disponível para trabalhar...
Eu acho que o melhor mesmo é cometermos todo suicidio em massa já. Não respirar mais, já que existe a possibilidade de amanhã não existir oxigénio.
Porra. Muito quer ter razão o/a imbecil que acha que é só "não tivessem filhos". Dass...
Quem usa o termo “crendices” já disse tudo... ou nada...
EliminarMas quais crendices senhora?
Reafirmo: o despertar acontece no tempo certo e não porque queremos. A senhora claramente ainda não está nesse processo, portanto, está “perdoada” pelos termos inapropriados e sem sentido.
Para o anónimo das 21:24h, aconselho um saco de boxe.
Eliminar“Suicidio”, “porra”, “dass”, “imbecil”, “alminha sem noção”.
Isto diz bastante sobre si!!!
Mas você acha que os anónimos são sempre os mesmos?
Aprenda a expressar a sua opinião sem recorrer a insultos.
Deselegante de primeira ordem.
O comentário do anónimo das 21h:24 diz mais sobre si do que aqueles que ataca...
EliminarEu não disse que era a única questão a colocar, apenas disse que antes de qualquer ação importante pondero sempre (pondo sempre o pior cenário em perpectiva) se avanço ou não (coisa que pelos vistos não sabe o que é), e apenas dei esse exemplo.
Não sou adivinha, nem ninguém é, mas há situações que podem ser evitadas se houver um bom planeamento. É claro que há coisas que nos ultrapassam mas também não vale a pena eu estar aqui a perder o meu tempo a tentar explicar o que não quer ver/perceber.
Se é daquelas que está sempre à espera que os outros lhe resolvam os seu problemas, pois olhe, continue, pode ficar descansada que não estou minimamente preocupada. Eu é que gosto de ter uma vida tranquila e descansada. Coisa que pelos vistos não tem pela agressividade e revolta que demonstra no seu comentário...
Claro que diz. Diz que a paciência para pessoas completamente alheadas da realidade já se esgotou.
EliminarEstá a ver como se verifica o que disse anteriormente.
EliminarQuer acredite ou não os comentários não são todos do mesmo anónimo.
Exemplo: o das 21:51 fui eu, mas o das 10:07 é de outra pessoa.
Parece ser o mesmo Anón, mas não é, portanto, conforme já mencionado, menos agressividade e acredita no que quiser, faça o que achar melhor.
Fim de conversa
Adoro o "fim de conversa".
EliminarÉ mesmo típico de narcisista.
O lápis azul já lá vai... a conversa acaba quando e se as outras pessoas não quiserem falar mais. Se não está bem, retire-se.
Oremos Mães e Pais... ou melhor, oremos Cuidadores ou encarregados de educação, que em diversos casos não são sequer mães/pais.
ResponderEliminarEntendo o que dizes, conciliar teletrabalho com miúdos em casa pode ser desafiador, mas primeiro está a saúde!
Com a situação caótica que atravessámos já não fazia sentido continuar com as escolas abertas.
Se o confinamento não for levado a sério, nem quero sequer imaginar...
Na primeira quarentena tivemos um comportamento exemplar e agora que as coisas estão “negras” parece que algumas pessoas ainda não entenderam a gravidade da actualidade.
Por muito que custe (e custa muito) se não tivermos todos consciência, a cada dia que passa só pioramos as coisas.
Ah, e não estás abandonada em casa. Há pessoas que estão, infelizmente, ao abondono... mas felizmente não é o teu caso!
Neste momento devemos agradecer por nós ser dada a oportunidade de estarmos resguardados em casa.
Há quem queira e não pode!
Eu não queria, mas tenho de cuidar do meu filho. Por ele, por mim, por todos.
EliminarTeletrabalho (um trabalho minucioso e que exige muita concentração), sozinha com um bebé de 10 meses em casa desde a semana passada por precaução e sem previsão de regresso.
ResponderEliminarSobrevivo.
A prioridade é sempre ele. Ponto final.
Já estive em reuniões enquanto lhe dava sopa, já interrompi algumas (com pessoas importantes) porque ele começa a chorar, nesta altura as pessoas são mais compreensivas.
Um dia de cada vez.
Isso não é assim tão linear... :) Mas bom, que lhe corra tudo pelo melhor!
EliminarSozinha e abandonada quando o filho está com o pai? Bolas, vivo sozinha e muito longe da minha família que só vi 2 vezes no ano passado. Não posso estar com os amigos por causa da covid. Desde Março que não entra absolutamente ninguém aqui em casa! Não é por isso que me queixo! Sinto-me sortuda por até agora ter escapado à covid e por ter dinheiro para pagar as contas! Que exagero...
ResponderEliminarSe não se queixa, fico contente por si. Eu queixo-me. Calçar os sapatos dos outros é necessário...
EliminarTal como a anónima anterior, estou na mesma situação.
EliminarA viver sozinha e nas mesmas condições.
Não me queixo.
No meio disto tudo tenho muita sorte e agradeço todos os dias.
A S* divorciou-se há pouco tempo. Ja tinha uma relação de muitos anos. Antes disso sempre viveu com a irmã, ou a mãe/tios. Não está habituada a morar sozinha, a estar sozinha, deve-lhe fazer muita confusão. Não podem comparar com pessoas que já vivem sozinhas há muito tempo.
EliminarDou um exemplo oposto: tenho um tio de 50 anos, mora em Lisboa, sozinho sempre teve o apartamento dele so para ele desde pelos menos os 30 anos. E tinha uma casa na aldeia para ca vir aos fins de semana. Devido a umas situações familiares ficou sem acesso a essa casa e passou a ter de ficar em casa da minha mae. Para ele é superdesconfortavel, um fim de semana ainda é na boa, mas agora no Natal , 2 semanas completas cá, ele tava nervoso e stressado pois está habituado a ter um espaço so dele, a esticar-se no sofa, ver o que quer na TV , e é obvio que depois estava com a familia nos almoços e tal, mas partilhar o espaço 24h quando se está habituado a estar sozinho é dificil.
Cada um com os seus habitos.
Anónimo das 19h47, é tão isso... Mas não vale a pena tentar explicar a quem não quer entender...
EliminarNão está habituada nem faz por isso.
EliminarA S* que se empodere e que se faça uma mulherzinha.
Ela decidiu divorciar-se mas agora passa a vida a dizer que está abandonada...
Enfim, nem vale a pena continuar.
Aqueles que moram sozinhos também tiveram se habituar e se calhar não houve tanto vitimismo pelo meio.
Já vai das pessoas.
Oi? Obrigada pela gargalhada. :)
EliminarDe nada. Achei que estavas a precisar de gargalhadas. 🤭 😂
EliminarEu e o marido em teletrabalho desde março do ano passado com a nossa filha em casa. Quando isto começou tinha 1 ano feito há pouco, agora está quase a fazer 2. Tirámo-la da creche na altura e não voltou mais. Estamos com muito cansaço acumulado, mas tudo se faz. Passamos os dias num rodopio entre trabalhar + tratar dela/dar-lhe atenção + fazer as coisas em casa. Vamo-nos revezando, quando um tem algo que tem de ser feito mesmo naquele momento (reunião, trabalho, etc) o outro assume a liderança, muita compreensão e entreajuda. Passámos a trabalhar em condições que nunca imaginámos, a fazer trabalhos que exigem concentração enquanto a TV está ligada no Panda e ela anda de volta de nós a mostrar coisas. Temos feito tudo nos prazos pedidos e nunca falhámos nenhuma tarefa, até já fomos destacados pelo nosso desempenho (somos ambos juristas e a trabalhar em entidades com grandes responsabilidades). A miuda nunca esteve doente neste período (nem sequer uma febre ou um nariz entupido), como acorda muito cedo passeamos sempre 1h com ela por dia num parque, está bem desenvolvida, alegre e feliz.
ResponderEliminarChego à conclusão que tudo se faz, que somos capazes de muito mais do que pensávamos, mas isso acontece à custa de muito sacrifício e dedicação pessoal. Tenho as costas feitas num 8, engordei, não tenho tanto cuidado com a aparência como quando trabalhava fora, às vezes enervamo-nos e discutimos por coisas estúpidas porque estamos ambos muito cansados. Mas o que se pode fazer? Ainda assim estamos muito melhor que muita gente. Todos saudáveis, sem casos na família próxima, podemos trabalhar a partir de casa, temos a nossa filha saudável, não temos os empregos em risco. É difícil para todos.
Verdade. Temos uma força que não sabemos... E sei que vai correr bem, mas estou ansiosa!
EliminarHá lá melhor coisa do que estar "sozinha e abandonada" em casa? :D Principalmente para quem precisa de trabalhar!
ResponderEliminarBoa sorte, S. :) Vai correr bem.
Para trabalhar, é bom... Depois, é só desanimador...
EliminarOh, lamento que sintas isso. Eu gosto tanto de estar sozinha que não me incomoda nada o isolamento. Mas força S, vai passar rápido. ❤️
EliminarNão é fácil, sinceramente. Os meus filhos têm 2, 4 e 5 anos. Ficaram em casa desde março até setembro, por precaução (se fosse hoje não o teria feito). Eu e o meu marido em teletrabalho. A produtividade desceu a pique e, ainda hoje, acho que não consegui recuperar o ritmo. Já para não falar no sentimento de culpa que isto depois também acarreta porque eles são pequenos, exigem atenção (o mais novo só se entretém comigo), nós estamos desesperados porque precisamos mesmo de falar com aquela pessoa ou terminar aquele email, acabamos por lhes passar esse stress e pedir-lhe que percebam uma situação que não têm a obrigação de perceber... Enfim.
ResponderEliminarNma reunião, ouvir-se uma criança aos berros pela mãe ou a aparecer na camera é engraçado e até alivia o ambiente, as pessoas geralmente reagem com agrado e até se gera ali uns instantes de convívio. No entanto, quando é necessário ser produtiva, a história é outra. Eu tenho grandes dificuldades de concentração, preciso de ter música, abstrair-me do que está à volta mas, com eles em casa, não posso simplesmente por os fones e ignorá-los. Nunca na minha vida pensei que fosse sentir falta de ir para o escritório!
Gostava de ter uma solução mágica mas, segundo a minha realidade, não é fácil com dois adultos em casa, quanto mais só um.
Fiquei muito feliz quando voltei ao escritório, reconheço... Foram mais de 2 meses de puro caos... Sentia-me fisicamente doente, com taquicardias, tonturas... enfim...
EliminarBoa sorte para si e para os seus!
Fui eu que comentei acima, estando numa situação como a sua mas apenas com uma filha da idade do seu mais novo, por isso nem imagino com 3! Muita força e parabéns pela vossa dedicação. Eu também penso se fiz bem em manter a minha em casa desde há quase 1 ano (não regressou quando abriram as creches), porque mais valia se calhar ter regressado quando os números eram mais baixos, nós teríamos aliviado o cansaço e agora teríamos mais energia para novo confinamento e para estar em casa com ela novamente. Assim foi ininterrupto e o cansaço está muito acumulado. Mas sinto-me pelo menos orgulhosa de ter feito o meu melhor a nível familiar e profissional e não ter "falhado" em nenhuma das frentes.
EliminarÉ exatamente isso que estou a sentir neste momento. Uma ansiedade desmedida, a sofrer por antecipação com a dificuldade em gerir os próximos tempos, a sofrer com a possibilidade de algum dos meus ficar infetado. Enfim, é pensar que dias melhores virão.
EliminarQueixam-se de barriga recheada,
EliminarÉ duro, é isto e aquilo, se não é do pé é da mão.......
Duro é para os desempregados que estão em casa sem receber e sem hipótese de encontrar trabalho nesta altura.
E a pandemia não começou ontem...
Queixem-se menos caraças.
Anónimo das 17h51, empatia. Chama-se empatia.
EliminarS*, nem adianta perder tempo . Não consta no dicionário.
EliminarEu estava em casa desempregada e sem direito a subsídio e acho que é muito mais difícil estar em casa a trabalhar e a tentar ser mãe, trabalhadora, cozinheira, educadora, empregada de limpeza e tudo o resto AO MESMO tempo e sem qualquer retaguarda ou alternativa possível.
EliminarEmpatia também é colocar-me no lugar do desempregado. Ganhem vergonha e parem de se queixar. Estão em casa, com rendimento financeiro e tem a possibilidade de proteger os vossos filhos. Tanto mimi
EliminarPior, pior era estar morto. Não sei porque é que os desempregados se queixam...
EliminarA lógica é a mesma...
Anónimo das 14:56, exactamente... Há sempre um desgraçado mais desgraçado que nós...
EliminarSabe que há desempregados que não tem direito a subsídios nem coisa nenhuma?
EliminarSabe que há desempregados com vontade de trabalhar?
Sabe que as contas continuam a chegar?
E então conte-me você qual é a sua solução milagrosa?
Ainda falam de empatia... realmente, tenham vergonha e coloquem-se no lugar de quem se vê em situações destas.
Mas o que é que uma pessoa que desabafa que se sente ansiosa com a perspectiva de trabalhar e cuidar do filho ao mesmo tempo é um insulto a quem está desempregado? Pode-se ter empatia com o desempregado e fazer esse desabafo na mesma, qual é o problema? Estes comentários todos só demonstram aquela herança católica tão pesada que a sociedade portuguesa ainda tem. Temos de ser todos uns sofridos e andar aqui na vida a passar por mil provações e no final do dia ainda temos é de agradecer o que temos. Lamento se há quem pense de outra forma. Podemos reconhecer que temos algum privilégio, mas que a situação atual é difícil para todos e que estamos cansados e isto nos está a exigir um esforço por vezes difícil de aguentar.
EliminarAcho que não li aqui nenhum comentário de ingratidão ou vitimização. Li, sim, partilha de experiências e factos. Não é fácil cuidar de uma criança e ter obrigações profissionais a cumprir. Ponto. Ninguém se pôs aqui em pé de igualdade com desempregados ou pessoas em dificuldades.
EliminarMas, mais uma vez, não adianta explicar isto a quem não quer perceber. Ou que até percebe e o desporto favorito é implicar.
Não é falta de empatia.
EliminarEstar morto é mau.
Estar na UCI é horrivel
Estar com COVID 19 e ter sintomas muito complicados é muito mau.
Estar com COVID 19 e ter que ter multiplos cuidados para não infectar ninguém na própria casa, especialmente alguém vulnerável é mau.
Alguém quer escolher uma destas opções? Não.
Édificil estar em casa a tomar conta de crianças ao mesmo tempo que se está a trabalhar, principalmente porque os maus resultados podem levar ao desemprego num instante e porque as crianças não têm um botão "stop" nas suas necessidades e desenvolvimento emocional, afetivo, social, etc etc etc...
Óbvio que estar em casa desempregado sem receber é muito dificil, principalmente quando as pessoas não se conseguem sustentar com apenas 1 ordenado.
Uma situação ser má não significa que a outra seja boa.
Espero que com o "desenho" chegue lá...
Para quem não acha viável o teletrabalho com crianças pequenas há a opção de Apoio à Familia com idade até 12 anos, a receber 66% do ordenado.
ResponderEliminar:) Na teoria, é bonito...
EliminarSe for como no primeiro confinamento, este apoio não se aplica a pais com possibilidade de regime de teletrabalho.
EliminarNão sendo funcionário público ou efetivo no privado, quem o fizer sabe muito bem que tem as malas à porta assim que chegar o momento de renovar o contrato...
EliminarAlém disso, se houver possibilidade de ficar em teletrabalho não é possível recorrer a essa medida de todo.
Não, não há. Havendo possibilidade de teletrabalho o governo não permite recorrer a essa opção.
EliminarAnónimo das 00h23, ora...
EliminarOlha, querida S*, tem paciência contigo e não exijas mundos e fundos.
ResponderEliminarEu já tentei, mas não consegui comentar de há uns meses para cá. Acho que me sinto sem energia para dar alento ou expressar emoções sequer em formato virtual.
Quero só dizer-te que tens uma coragem incrível que muita gente não tem e que és determinada o suficiente para gerires estas responsabilidades, só tens que ter calma contigo e aceitar que haverá dias que não terás 100% para dar, mas que deste o que tinhas na mesma. E terá que ser suficiente. Carinho e compreensão contigo mesma é essencial, não é um capricho.
E quanto ao pequeno, as crianças são extraordinárias na sua capacidade de adaptação e compreensão. Acredito que se cuidares de ti, cuidas do bem-estar dele também, lembra-te. E lembra-te das coisas pelas quais estás grata (saúde, família, escolhas/perspectivas de vida), pelo menos a mim isso ajuda-me a recalibrar quando me vou mais abaixo. Respiro melhor.
Antigamente, tinha-se filhos aos pontapés e trabalhava-se para sobreviver, não para criar adultos bem ajustados.
Imagina teres-te tornado num adulto que, perante alguém a partilhar uma angústia e a pedir compreensão, comentavas com desprezo e condescendência, achando que eras exemplo para alguém...
Mira
Mira, era triste, de facto, ser incapaz de tentar perceber o ponto de vista do outro. Mais vale assim... A ter de ler comentários que considero perfeitamente desajustados e alguns até meio cruéis. Como me considero uma adulta bem ajustada, leio, eventualmente respondo, mas tento não me zangar. Não fomos todos criados da mesma forma.
EliminarOs nossos pais não são pessoas bem ajustadas? Há cada uma...
EliminarNuma sociedade onde os crimes de violência doméstica e os assassinatos uma constante pela falta de respeito conjugal e onde o machismo prolifera principalmente nas faixas etárias mais velhas?? Não. Não são equilibrados. Além da cultura e educação académica nas gerações anteriores serem risíveis porque na ditadura seguiam o motto " a ignorância é o ópio do povo".
EliminarTenho ideia que disseste após o primeiro confinamento que ponderavas, caso houvesse um segundo, passá-lo em casa da tua mãe e irmã, para o Rafael ter com quem brincar e distrair-se, enquanto trabalhas. Não é uma hipótese viável?
ResponderEliminarSim, é. Estou a ponderar. Tenho de ver como está a família a viver este segundo confinamento. Mas sim, é uma forte hipótese. :)
EliminarLá está... e depois é está a que se queixa... quando tem apoio familiar mesmo ali ao lado.
EliminarRealmente não fomos todos criados da mesma forma.
Se vivesses a realidade de muitos... tens é muita sorte.
Os mais fortes são os que menos se queixam.
Anónima das 16:06, um bocadinho de empatia. Ninguém tem a obrigação de ser forte. Ser forte ou ser fraco não são virtudes nem defeitos. É o que é.
EliminarFui que fiz o primeiro comentário, não apareceu o meu perfil.
EliminarSomos pessoas de hábitos e é normal que a mudança, sobretudo para quem não está habituada a isso, traga ansiedade. Eu também andei mais ansiosa este mês e nem sequer vivo em Portugal. Mas os números e o estado dos hospitais daí causam-me ansiedade, o medo de alguém que conheço ser contaminado e sofrer com isso causa-me ansiedade, ver o cansaço que a muitos traz o confinamento traz-me ansiedade, o próprio receio de apanhar o vírus deixa-me ansiosa. Até eu que gostei de estar confinada em casa com a minha filha sinto-me cansada de tantas restrições e regras e mais regras, pelo que a cada mudança sinto-me mais ansiosa nos dias a seguir. A S* é uma pessoa ansiosa por natureza, ansiedade essa que aumentou bastante no primeiro confinamento, estranho seria que agora a ideia do segundo confinamento lhe trouxesse leveza de espírito. Não se trata de ter ou não razões para se queixar.
Limitar contactos = confinamento. Mas aqui pondera-se partilhar casa com a família alargada
EliminarSer forte ou fraco são sim defeitos/virtudes.
EliminarSão aspectos que podemos sempre alterar ou melhorar.
Quando vemos alguém mais forte nem imaginámos o trabalho próprio que aquela pessoa fez.
Anónimo das 14:59, não posso concordar. Há muitas coisas que podem ser trabalhadas, outras que fazem parte da nossa personalidade. Eu não sou uma pessoa particularmente resiliente e há muito que me perdoei por isso. Felizmente ninguém na minha vida o aponta como uma fraqueza. Sejamos mais gentis connosco e com os outros.
EliminarEu não fui uma pessoa resiliente no passado mas à custa de levar com “patadas” da vida, tornei-me resiliente.
EliminarSe os outros acham que sou mais ou menos forte é-me indiferente, porque antes de mais trabalhei o meu interior por mim mesma.
Há pessoas que não estão habituadas a estar em silêncio com a própria consciência e nem se obrigam a tal.
Depois queixam-se por tudo e por nada e acham tudo isso normal porque “é a personalidade da pessoa”.
Querem tudo perfeito? Comecem por melhorar as “fraquezas” interiores... a partir daí tudo flui e de forma muito mais tranquila.
Tenho ideia que disseste após o primeiro confinamento que ponderavas, caso houvesse um segundo, passá-lo em casa da tua mãe e irmã, para o Rafael ter com quem brincar e distrair-se, enquanto trabalhas. Não é uma hipótese viável?
ResponderEliminarImagino que te vá custar imenso a ti, como a qualquer pai/mãe com crianças pequenas, mas desde que haja compreensão das outras partes como parece que houve por parte da tua patroa, tudo se vai resolver
ResponderEliminarSalvaguardo que não pretendo ofender com o que vou escrever, até porque este é o teu espaço e desabafas como entendes.
ResponderEliminarTodos temos o direito de nos queixarmos da vida. É a nossa vida.
Mas também deveríamos aprender a relativizar, ter algum espírito de sacrifício, aproveitar as pequenas alegrias da vida e olhar mais longe.
É difícil é trabalhar com filhos para cuidar? É.
É difícil estar em casa sem sair? É.
É difícil estar só? É.
Mas se calçarmos um bocadinho as botas de tanta, mas tanta gente que nos rodeia, só me ocorre dizer "porra vão queixar-se para outro lado".
É parar para olhar para as pessoas que vivem dificuldades a sério em termos profissionais, económicos, de saúde, de violências e tanta mas tanta merd@ que há no mundo e deixar um bocadinho o nosso umbigo em paz.
A minha vida está muito longe de ser um mar de rosas - e espero que melhore, oh se espero! Mas , por exemplo, quando passo por negócios fechados e quando penso em crianças que ficando confinadas a ambientes familiares tóxicos e sujeitas por vezes a ausência de refeições decentes, sinto um aperto tão grande que não consigo queixar-me.
São tempos difíceis para todos nós. Agarremo-nos ao que temos de melhor, pela nossa saúde física e mental.
Claro que é optimo a S* ter trabalho, dinheiro e saúde - mas quando já vamos num ano disto é normal que o pessoal comece a sentir uma fadiga enorme. Estou certo que a S* valoriza a situação em que se encontra, mas repare, mesmo eu que tenho comida na mesa e trabalho, também me queixo de já levar um ano disto, sem poder ver os meus amigos e família à vontade. Podia estar pior? Podia, e agarro-me a isso mas ninguém é de ferro e ver a nossa realidade alterada de tal forma e durante um longo período de tempo acaba por mexer com a nossa forma de estar. Um forte abraço para todos.
EliminarDez meses depois, toda a gente tem direito a estar cansada e desanimada. Nas últimas semanas dei comigo a chorar por situações absolutamente patetas. E considero-me uma pessoa forte, com boas bases, trabalho, família, amigos na medida que me faz falta. Mesmo assim, desanimei. Se alguém não percebe isto, não consigo explicar nem por desenho.
EliminarAlguns já nasceram cansados.....
EliminarFui eu que escrevi o comentário dia 22 às 12h14,
EliminarEu entendo o que é estar cansado, eu entendo a saturação e o ir abaixo.
Após mais de 5 meses confinada com 2 crianças, 1 adulto dependente, com trabalho e uma separação pelo meio, também dei por mim impaciente e a chorar por tudo e por nada. Ao telefone bastava abrir a boca e lá estava eu a chorar.
Entendo(-te) muito bem. Eu para minha saúde física e mental, agarrei-me ao que tenho de bom e não ao difícil. Pensamentos negativos a longo prazo é um caminho que depois se torna difícil de reverter.
Ajuda esta minha mania de rir e de relativizar, mas bem sei que cada um é como é e que nem sempre controlamos o que sentimos.
Eu estou quase sempre sozinha com 2 crianças ( um deles mais pequeno que o teu) e sinceramente acho horrível a falta de compreensão que algumas pessoas apresentam.
ResponderEliminarHá umas semanas disse aqui que era uma das pessoas que ficou desempregada nesta época de covid e felizmente consegui trabalho no início deste ano. Estou na minha segunda semana de trabalho e o meu trabalho vai ter que continuar a ser presencial em determinados momentos e em teletrabalho tudo o que for possível.
Ainda ontem dizia ao meu marido que nem sabia o que era pior: se me colocarem em stand by ( estou como prestadora de serviços e era uma hipótese em cima da mesa) ou se continuar a trabalhar.
Eu quero dar o meu melhor, ser uma boa profissional e quero que fiquem com uma boa imagem de mim. E não sei se vou conseguir fazer isso tudo quando tenho um mini meu que hoje já entrou umas 10x na minha reunião via zoom com toda a equipa.
Ninguém consegue ser mãe a 100% e trabalhadora a 100% em simultâneo. Algo fica sempre para trás e nós também somos humanos e temos os nossos limites.
Alguns comentários aqui sem dúvida que revelam o "survivorship bias" .
Se podíamos estar pior? Claro. Se há pessoas com circunstâncias muito piores? Sem dúvida. Não há nada que não possa piorar mas isso não significa que não seja difícil e que não nos sintamos mal por estarmos basicamente a falhar em todas as frentes.
Eu fiquei desempregada durante o último confinamento e sempre achei que apesar de mau e desesperante, a única coisa boa era não ter que trabalhar e dar resposta às necessidades dos meus filhos em simultâneo...
Toda a sorte do mundo para si. O meu ex-marido também ficou desempregado no início da pandemia, o que foi complicado a todos os níveis... MAS... possibilitou-lhe estar em cada, durante o primeiro confinamento, e poder ser bom pai, brincar, estar presente, sem a pressão gigantesca de ter de dar resposta à entidade laboral ao mesmo tempo. Eu sempre trabalhei bastante, não tenho problemas em trabalhar horas extra todos os dias... Mas eu achei que me ia dar um ataque cardíaco ao fim de umas semanas. Tinha tonturas diárias, enxaquecas constantes, vivia agoniada... Não vou deixar de me queixar disso só porque alguns iluminados consideram que não tenho o direito de o fazer porque muitas pessoas vivem situações bem piores. Eu sei que vivem. Reconheço-o... Mas este é o meu blogue e eu falo das minhas pequenas coisas, dos meus pequenos dramas, das minhas alegrias, agonias, satisfações e insatisfações.
EliminarOlá Sónia.
EliminarTodos temos os nossos problemas por muito que aos olhos dos outros sejamos uns privilegiados. Esses sintomas que falas, tonturas, dores de cabeça, etc podem ser sintomas físicos de ansiedade patológica. Eu sei que nós achamos que somos sempre fortes e aguentamos tudo até que chegamos a um ponto em que o corpo cede. E isso não é nada bom, acredita. Posto isto aconselho-te a procurares ajuda especializada. Uma boa sessão de psicoterapia, técnicas de relaxamento e meditação ajudam muito, não são assim tão caras nem ocupam tanto tempo quanto isso. Esta pandemia veio dar origem a uma outra e se já havia muita gente com problemas sérios de ansiedade, nos próximos tempo vai haver muito mais. Cuida de ti em primeiro lugar para poderes cuidar do teu filho. Ninguém está sempre a 100% e quando tiveres uma falha no trabalho ou enquanto mãe (porque és humana e todos os humanos falham e erram) não te culpes nem te martirizes. Pensa em tudo o que tens feito com o teu esforço, orgulha-te disso e agradece. Um beijinho grande e muita força.
Maria, eu sei. E tento mesmo contrariar a ansiedade, fazer coisas que me relaxam. Tenho conseguido, mas há dias mais complicados...
EliminarUm abraço.
Querida S*, na minha opinião, acho que tens direito a desabafar no teu próprio blog.
ResponderEliminarEntendo a tua posição mas não concordo totalmente com o que aqui referes, porque não vejo as coisas totalmente pelo teu prisma.
Dou-te o meu exemplo, a minha situação:
Eu e a minha família somos muito unidos, mas eu moro longe dos meus familiares e sempre que preciso de deixar os miúdos com familiares, a verdade é que não os tenho logo ali ao lado, nem os avós maternos nem os paternos.
A não ser nas férias em que eles passam mais tempo com os avós e outros familiares.
Ou seja, se tiver contratempos, tenho que me desenrascar sem contar com ajudas.
E não me queixo porque em parte fui eu que escolhi morar longe ou a vida assim foi acontecendo.
Pelo contrário, tenho um irmão que mora na mesma cidade dos meus pais e sempre que ele precisa, sempre que há imprevistos, eles sabem que tem logo ali ao lado os meus pais que ficam com os filhos dele.
Qualquer coisa e o meu irmão e a minha cunhada não tem que fazer malabarismos para deixar os filhos em segurança. Eles vão para os avós, são bem tratados e os pais podem ir trabalhar super descansados.
E eu adoro que assim seja porque fico feliz por eles e pelos meus sobrinhos que tem a possibilidade de ter um excelentes avós por perto.
Adoro ver as fotos das brincadeiras com os avós, é a verdadeira festa. :)
Amo a minha família... só não tolero é quando depois ouço o meu irmão e a minha cunhada que ainda se queixam...
Mexe-me com o sistema nervoso.
Eu não me queixo e já tive deixar de trabalhar para ficar com os miúdos porque não tinha ninguém de família ao lado.
E eles queixam-se quando nesse sentido tem zero motivos para tal.
Haja paciência!
Não se trata de ciúmes nem nada do género, é só mesmo nesse ponto que acho que eles não estão correctos.
Daí achar que nem sempre temos motivo para a vitimização.
Ainda assim espero que tudo corra bem aí desse lado.
Beijinho
Consigo perceber o seu ponto de vista na perfeição. Mas, lá está, muitas vezes não conhecemos a história completa, mesmo quando achamos que a conhecemos. Estou a falar dessas questões familiares que abordaste. Talvez um dia percebas que não era exactamente como achavas... Ou talvez fosse e realmente fosse pouco sensato da parte deles. ;)
EliminarUm abraço!!
Este tem sido o meu lema: "antes em casa chateada do que no hospital ventilada".
ResponderEliminarTudo se consegue, há pessoas a passar pelo inferno de estar numa cama de hospital ou ver morrer quem amam. Isso sim, é terrível. Eu já passei por uma tragédia no passado, sei o sofrimento que é. Por isso relativizo tudo o resto. Tem calma, vais conseguir!! Tens a tua familia para te apoiar.
Mas há algum mal em querermos ser excelentes profissionais e excelentes mães em simultâneo e sentirmos que a situação atual nos compromete nos dois campos?
ResponderEliminarEu sou professora por opção, de uma componente técnica. Venho do mercado de trabalho e decidi dar aulas. Adoro o que faço, sei que os meus alunos gostam das minhas aulas e a direção da minha escola valoriza o meu trabalho. Sempre quis ser mãe e tenho um filho de 8 anos, que amo de paixão.
Com o confinamento sinto-me incapaz nas duas valências: quero preparar aulas com cariz prático online, mas é difícil entregar-me na mesma proporção. A qualidade das minhas aulas depende muito da minha entrega e tenho alunos que me veem muito para além da professora. Chego a ser, numa mesma aula, professora, mãe, irmã, psicóloga, confidente, tudo!
Quero estar com o meu filho, dar-lhe tempo de qualidade, acompanhá-lo nos desafios do 3º ano, incentivá-lo e ajudá-lo a ler melhor, fazer atividades manuais com ele para que perceba que a escola não vive em exclusivo de manuais e que a experimentação o torna crítico e abre outros caminhos.
O difícil é conjugar isto tudo: estou focada na preparação de materiais e ele vem perguntar-me o significado de palavras do Bando das Cavernas; estou com as mãos com cola branca de um trabalho manual e um aluno liga-me a pedir instruções porque se sente perdido com o projeto final de cursos; estou a andar de bicicleta com o meu filho e cai um email a pedir um envio asap de um plano de ensino à distância...
Sinto-me uma privilegiada todos os dias por ter a vida pessoal e profissional que escolhi mas posso, por favor, desejar a excelência?
Ai S, tens uma das piores caixas de comentários da internet, caramba. Que canseira. Parece que a maioria vem cá não porque gosta, mas porque quer enxovalhar.
ResponderEliminarForça para os próximos tempos :) O que quer que estejas a sentir é legítimo. Não deixes que quem por aqui comenta te faça pensar o contrário.
Ana, é tão isso. Eu estou habituada a dar o meu melhor. A ler e reler tudo o que escrevo. A fazer as coisas rápido, mas com cuidado. Em casa, com o pequeno, não me concentro, não relaxo, não consigo verificar tudo aquilo que faço, porque estou constantemente a ser interrompida. Se há gente que faz as coisas às três pancadas, eu não faço. Fico mesmo angustiada por sentir que não consigo ser o melhor que sei quer enquanto Mãe quer enquanto profissional.
EliminarMas bom... Boa sorte para nós!!
Lúcia, tenho, sim. Fico sempre espantada com os comentários que me deixam...
C'um caraças, este post é um belo exemplo da sociedade portuguesa: 'queixumes & indignações'.
EliminarSe o problema da sociedade portuguesa fosse usar os queixumes e indignações para desejar a excelência e atingir uma vida profissional e pessoal satisfatória, estávamos nós bem.
EliminarPerfeccionismo constante leva a frustrações.
EliminarNão se trata de fazer as coisas às três pancadas...
Exigir demais de si e dos outros nem sempre é saudável.
EliminarFEITO às vezes é melhor que PERFEITO.
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