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Divagações

Tenho de admitir que isto do confinamento convida a uma maior introspecção. De repente, dou comigo a pensar no tanto que perdi e no tanto que ganhei no último ano. Não sou saudosista, mas é um pouco inevitável parar para pensar no que a minha vida mudou.

A 28 de Setembro de 2019 casei-me. Casei-me com a plena convicção de que estava a dar um passo firme e correcto, apesar de conseguir reconhecer que os problemas na relação já eram antigos. Posso dizer, sem qualquer margem para dúvidas, que foi o dia mais feliz da minha vida. Não foi perfeito, teve duas situações que até me mexeram um bocadinho com os nervos, mas foi um dia de amor, de amizade, de família, de diversão, música, boa comida e até o São Pedro me abençoou com uma temperatura agradável. 

Casei a achar que seria para a vida toda. Acho que sou uma daquelas românticas incuráveis que acredita que o amor dura para a vida inteira. E talvez dure. O amor ficou diferente, perdeu a componente do romance, mas o meu ex-marido é alguém por quem tenho uma consideração imensa e que merece toda a minha admiração por ser um pai absolutamente inexcedível. Nesse aspecto, apesar das divergências, temos muita sorte. Estamos os dois a lutar pelo mesmo, por um bom entendimento. Há dias que correm melhor, outros piores, mas somos ambos adultos sensatos.

Bom, mas pedi o divórcio. Não interessam os motivos, mas também dei esse passo de forma convicta, sabendo que era o melhor para mim, para ele e principalmente para o nosso filho. Tive dúvidas, claro, mas por causa do lado emocional, já que o racional sabia que era a decisão mais sensata. Sei que, passados estes meses, ambos já percebemos que era realmente a melhor solução. Deixar o casamento para salvar a relação a três, a amizade, o respeito.

Perdi um casamento. Perdi uma família que julgava estar a trabalhar para a vida inteira. Perdi entretanto, no mesmo ano e meio, quatro gatos. Perdi segurança e estabilidade. Perdi, acima de tudo, muita alegria. Perdi objectivos, planos e metas.

Por outro lado, ganhei amor próprio. Ganhei vontade de me superar. Vontade de investir em mim. Vontade de me desafiar, de arriscar, de pensar menos e sentir mais.

Não me julguem, mas acho que esta minha tendência para as vaidades vai piorar nos próximos tempos - sinto que estou numa fase em que quero investir muito em mim - seja a nível de bem-estar físico ou mental. Não consigo dissociar uma coisa da outra. Mimar-me sabe-me bem. Sabe-me bem deixar que me mimem. Faz parte do processo, diria eu.

Não sou uma pessoa frágil, nunca fui, mas sinto-me mais vulnerável, ando mais chorona, mais sensível. Eu sei lá se é da pandemia, se dos traumas, se é dos chineses ou do caraças (para não dizer palavras mais feias). 

Pandemias à parte, quero que 2021 seja um ano de muito crescimento, de muito investimento pessoal. Há que fazer por isso.

Comentários

  1. S*, tu sabes melhor que ninguém o que deves fazer.
    Se tens essa vontade de crescer a nível pessoal, força nisso! Afinal não perdeste objetivos, metas e sonhos, apenas os re-adaptaste à tua realidade! Nunca pares de sonhar :)

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  2. Só um comentário, já que é dificil falar sobre algo tão pessoal, quando não a conheço, mas o "ganhar amor próprio" não devia estar pendente ou associado a algo em especifico das nossas vidas, mas sim ser uma constante.
    Ganhar amor próprio, que eu subentendo como gostar mais de nós, fazer mais por nós, ter gosto em nos mimar, orgulho em nós próprios, deve ser sempre, independentemente se é casado ou solteiro, se tens filhos ou não, muitos amigos ou poucos... isso é uma treta.
    Com o gostarmos de nós próprios verdadeiramente, tudo o resto vem por acréscimo. E, sobretudo, compreender que não é por agora termos mais "tempo livre" para nós, para "investirmos" em nós, que agora é que vai ser. A isso chama-se ilusão, muita insegurança e alguma falta de auto-estima...
    Tudo bem, não estou a criticar ser-se assim, todos somos como somos. Só estou a alertar! Pois já ouvi este discurso algumas vezes e, normalmente, cai-se num buraco, logo a seguir, do qual é dificil sair. Vaidades?! Servem muito, mas é para aceitação das outras pessoas. Não é egoísmo, como diz, acredite.
    Tomou decisões, assumiu-as e está a seguir com a sua vida em frente. Agora é tempo de olhar em frente, cabeça erguida, batalhar pela sua vida, e não arranjar desculpas.

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    1. Não concordo mesmo nada consigo. O "ganhar amor próprio" tem a ver com o facto de ter noção de que a relação não era feliz e não ter tomado a decisão mais cedo. E isso tem a ver com inseguranças, claro. Mas bem sei que ter amor próprio é algo que não está em nada relacionado com o estado civil. O ideal é mesmo sermos apaixonados por nós mesmos. E não fui apaixonada por mim mesma durante demasiado tempo. Quanto ao resto, é como refere... É estar a comentar sobre uma realidade que desconhece.

      Gosto de partilhar estas coisas, mas acho que se deve apenas comentar o partilhado e não achar que se conhece a realidade de alguém que só se conhece de um blogue. :)

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    2. É claro que o ideal é ter amor-próprio todos os dias, aconteça o que acontecer, mas...
      às vezes podemos perder o amor-próprio estejamos ou não casadas, tenhamos muito ou pouco...

      Portanto, o amor-próprio pode ser trabalhado sim.
      Às vezes ter mais tempo livre também pode ajudar a ver as coisas através de outras lentes e assim voltarmos ao que sempre fomos.

      Depende das pessoas e da forma como dão a volta às situações.
      O importante aqui é mesmo querer melhorar.

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  3. S*, posso perguntar que situações menos boas viveu no dia do casamento? Eu também casei e foi um dia muito feliz. No entanto houve uma situação, que até nem foi com o noivo, foi com o meu irmão, que me aborreceu muito. Há pequenas "cenas" que acontecem no dia do casamento que não são do agrado mas ninguém fala disso. É como se fosse tabu. Claro, que o dia é para ser feliz e não é para predominarem situações chatas, longe disso. Mas parece que nos outros casamentos é sempre tudo perfeitíssimo e um familiar nuclear ser desagradável só me aconteceu a mim. Nunca conheci ninguém, nenhuma noiva que dissesse abertamente que lhe aconteceu ou disseram algo negativo. E não estou a falar de coisinhas que não estão bem na decoração da quinta ou o prato de carne estar seco ou a tia-avó que esteve sempre de trombas! Que em 2021 encontres a plenitude pessoal que precisas. :)

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    1. Não aconteceu nada em particular. Uma foi a entrada... Não estava à espera que o noivo só se virasse quando já estava mesmo a chegar e admito que passei aqueles dois minutos de "desfile" irritada porque ele não se virava... O que estragou totalmente as fotos, eu a barafustar, a ficar enervada com algo tão básico.

      A outra foi mesmo estar à espera que as coisas corressem de uma determinada forma com o miúdo... Que não correu, o que me causou uma camada de nervos enorme, porque perto da meia noite o miúdo já estava a cair de sono e percebo que acabei por, de forma mais ou menos directa, pedir aos convidados que fossem embora. Esperaria que algum familiar tivesse tentado adormecer o pequeno... Não aconteceu. O casamento acabou por terminar super cedo porque fiquei mesmo muito irritada... Eu e o pai ansiosos, quando alguém poderia ter "resolvido" o assunto... Mas, bom, também não pedimos, é um facto.

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    2. Também já vi casamentos onde o noivo só se vira quando a noiva chega ao pé dele. Supostamente a surpresa é maior assim mas eu confesso que no lugar da noiva não acharia muito piada, ahah. :D
      Para contar pequenas coisas que correm menos bem nos casamentos: tenho uma prima que entrou muito chateada na igreja porque uma grande parte dos convidados estava fora da igreja ainda quando ela entrou e ela queria toda a gente lá dentro. Já ouvi uma ou outra história onde uma avó ou tia ou outro familiar crítica directamente o vestido da noiva. Bom e já fui a casamentos onde o noivo se embebedou à grande e à francesa, coisa que particularmente não adoro ver. Tenho mais duas histórias de coisas que correram mal mas ficam para o próximo comentário. :)

      Tété

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    3. O meu marido já foi a um casamento onde a empresa de cattering fugiu com o dinheiro e não havia comida. Imaginam uma sala cheia de convidados e nada para comer? Tiveram de encomendar pizzas para desenrascar. Eu já fui a outro onde tudo foi muito demorado, casamento ao meio-dia e só houve entradas já depois das 18h, sendo a refeição às 20h. Convidados cheios de fome. A refeição era tipo buffet e já lá estava há horas por isso estava tudo frio...Acho que os noivos não deram bem conta, aí acho que apenas os convidados é que não acharam muita piada. :)
      Eu recebi algumas « ameaças » de surpresas e brincadeiras parvas que aconteceriam no meu casamento (coisas que detestava) e que me obrigaram a uma certa reorganização familiar para evitar dissabores. No fim, acabou por não haver nada mas nesse dia estava muito chateada com um convidado pelas “ameaças”, o que era escusado. :)

      Tété

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    4. Tété, o noivo virou quando o fotógrafo indicou, que ele é que era o experiente. Mas a mim irritou-me, muito sinceramente
      Não contava com isso e fiquei nervosa sem necessidade.

      Tirando isso, o serviço foi ÓPTIMO e toda a gente esteve bem e feliz. Nada a reclamar. Só tenho pena de não ter tido tempo para beber uma caipirinha. Mas dancei que me fartei.

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    5. Ora bem, eu ate me "zanguei" com o noivo. Do lado dele havia muitos convidados estrangeiros, que não falavam portugues e nao conseguiam fazer coisas basicas como chamar um taxi. Eu bem o avisei antes do casamento para ele arranjar alguem que tratasse disso por ele, mas nao, ele achou que fazia tudo. Por isso no momento da festa, em que estava eu a dançar divertidissima com os meus amigos, estava ele a telefonar a taxis, a arranjar boleias para esses que ja queriam sair, isto mais de 30 min ali. O fotografo queria-se ir embora e eu so disse "nem pensar" e fui la fora arrastar o noivo para ao menos dançar uma musica comigo para as fotos.

      De chatices com pessoas foi isto. De chatices da festa em si ora: o ar condicionado começou a pingar em cima das mesas, o meu tio-avo caiu nas escadas e teve de ir para o hospital, nao tinha musica no exterior porque a dona da quinta fechou o acesso e tive de lhe ligar chateada para ela vir abrir, a noiva anterior atrasou-se 1h por isso fiquei 1h no carro à espera p entrar na igreja, choveu a potes por isso nao aproveitamos o jardim da quinta e tivemos de comer as entradas enfiados no hall......

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    6. Ai eu não tive qualquer contratempo desses. Mesmo nenhum. Foi um dia TÃO relaxado... Acordei pelas 8h00, tinha cabeleireiro/maquilhagem pelas 9h00. Fui pentear-me com a mãe e a irmã. Quando terminamos, fomos à cidade buscar o ramo da noiva e fomos comer um bolo a uma pastelaria. Toda aperaltada e maquilhada, lá fui eu. Ainda pensei em não comer grande coisa para não ficar inchada (baptizado pelas 14h30, casamento civil às 16h00), mas depois os tios foram buscar frangos de churrasco e fartei-me de comer ao almoço. A maquilhagem deve ter estado meio fraca, que não retoquei nada... Mas foi como sou... RELAXADA... :D

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    7. Já estive num casamento em que a noiva caiu e partiu o braço. Saiu da quinta de ambulância para o hospital. No dia foi complicado mas agora ela tinha do que aconteceu.

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    8. Falando em situações menos positivas em casamentos... A minha sogra (noiva!) caiu logo no início da festa e partiu a perna. De ambulância para o hospital, operada, ferros na perna, um 31. Um ano depois fez a parte 2 do casamento :)

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    9. Credo :D muito relaxada, de facto.
      Eu Sou bastante ansiosa quando tenho algo marcado... imagina casamento.
      Acho que não conseguia ir à pastelaria já maquilhada e tão relaxada, almoçar na boa e estar tranquila até a hora da cerimónia.
      Acho que pedia a alguém para me ir buscar o ramo à florista, enquanto eu stressava lol.
      Aposto que na noite anterior nem dormia em condições.
      Acordar às 8 com make marcada às 9... eu entre duche e pequeno-almoço perco logo algum tempo, imagina com ansiedade a bombar...
      Ainda bem que correu tudo ok.
      Fica esse dia para relembrar e para contar ao vosso menino.
      Essa é a atitude, sem mágoas, sem falar mal do ex-marido, grata pelo que foi e grata pelo que há-de vir.

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    10. Eu marquei o meu casamento para as 15h para também poder ter a manhã relaxada para mim. Acabei por não dormir nada na véspera (para aí uma hora...) mas também fui ao cabeleireiro e maquilhagem com calma, depois almocei, e depois la me vesti e fui. :)
      Acho que no meu casamento, fora as ameaças parvas que me fizeram estar ligeiramente de sobreaviso, não aconteceu nada de errado ou chato. :)

      Tété

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    11. às vezes as ameaças concretizam-se...tenho uma amiga que lhe diziam que no dia do casamento iam embebedar o noivo para ele fazer disparates, ela bem o avisou mas nao valeu de nada, a dada altura la vejo ele, com a camisa toda rasgada, a dançar pelo meio das meses, a gritar e cantar alto com os colegas na mesam figura triste e tiraram os centros de mesa para por na cabeça. Ela furiosa, nós a tentarmos acalma-la, e alguns convidados estupefactos.

      Eu nao minha opinao as coisas mais parvas que vi foi por bebedeira e acho triste,, acho que pelo menos neste dia o noivo devia manter a postura. Bebedeira é para a despedida de solteiro. A cena mais patetica que vi foi num corte de bolo, ele ja bebado, mal se segurava em pe, so a dizer disparates, ela super-envergonhada a tentar manter a calma, ele quando foi para lhe dar a fatia do bolo na boca nao lhe acertou e encostou o bolo na bochecha dela sujando-a, ele desmancha-se a rir e ela muito triste quase a chorar. E obvio sendo o corte do bolo todos os convidados a olhar.

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    12. Coisas más:

      1 envelope em branco, de uma tia minha por quem eu tinha muito respeito ( da parte dela eram um total de 5 pessoas mas o problema não foi o dinheiro, foi a atitude).
      Nem sequer uma mensagem de felicidade ou um postal... Zero.. Acho que pensou que eu não descobria quem era.

      Além disso, os meus sogros, que saíram da quinta no dia do casamento do único filho, por volta das 18h porque o meu sogro ou é o centro das atenções e "venerado" ou então amua... ( E foi uma sorte terem ido porque queriam que nos cassassemos num domingo porque queria ir não sei aonde - ele estava desempregado e podia ir noutro dia qualquer mas tinha que ser no nosso dia de casamento 🙄🙄- já disse que era o único filho deles a casar-se????!!!)


      Uma tia do meu marido que se aproveitou de eu estar na casa de banho, com umas 20 pessoas a ajudar-me, para abrir a pista com o meu marido. E o meu marido que foi atrás dela e fez o que ela quis.
      Saí eu da casa de banho e parecia a amante dele... 😅 ( Esta tia é irmã do meu sogro e têm exatamente a mesma tendência narcisista: têm que ser o centro das atenções e são melhores que todos os outros).

      Uma prima do meu marido que telefonou no dia anterior para confirmar que vinha ao casamento ( e tivemos que fazer alterações nas mesas para poderem vir) e depois não apareceu e nunca disse nada sobre isso.

      Opa, podia estar aqui mais tempo mas é só mesmo para ter a certeza que não é a única.

      Eu apenas falei abertamente com uma prima sobre isto, que é como uma irmã para mim. E entretanto soube de várias coisas que lhe aconteceram a ela também.

      Nós simplesmente não contamos porque não vai resolver problema nenhum...

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    13. Jesus, não tive qualquer situação dessas. Foi um casamento pequeno, umas 48 pessoas. Não houve qualquer situação dessas. Ainda bem que realmente convidamos gente boa e que gosta de nós!

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    14. Noivos que não sabem beber deve ser muito embaraçoso... Não é dia para isso...

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    15. Marido bebedo no casamento enoja-me, mas quando casaram já sabiam o que esperar dali, não?
      Isto para quem os maridos ou ex costumam abusar da bebida.

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    16. Eu também tive um casamento de horror.
      Vários convidados a confirmar presença e a não aparecer. Já não sei bem quantos mas foram uns 8. Todos amigos do noivo, que entretanto tornou-se ex marido. Apenas 2 deles, casal, informou na véspera que não ia por ter falecido a avó de um deles. Compreensivel. Mas os outros 6, 3 casais, nem foram nem disseram nada. A culpa também foi do meu ex que os convidou nem sei bem porque. Eu mal os conhecia logo não eram presentes na vida dele.
      A minha família adora criticar entao fartei me de ouvir críticas estúpidas ao longo do dia. O vestido, muito simples. A fotografa, fotagrafava demais. A quinta, muito sem graça. Etc etc.
      O noivo, farto das críticas estupidas da minha família e da censura da família dele por causa dos convidados desaparecidos, chateou-se e quis dar por terminada a festa cedo. Nem a mesa de frios se abriu porque ele amuou e quis ir embora. Eu na altura, que também estava farta da minha familia, acedi, depois arrependi-me. Deitamos imenso dinheiro fora naquele dia.
      Também tivemos um envelope em branco. Também percebi que era de uma tia minha, mas até já estava à espera, ela tem um marido que gasta o que não tem.
      Ali pelo meio tive as minhas cunhadas a discutir porque ambas queriam levar uns brincos de família.
      E um amigo que não sei bem porquê nao tirou fotografia connosco (eu pensava que tínhamos tirado com todos, não dava para fazer uma lista e ir riscando) e depois ficou ofendido e mandou uma boca maldosa.
      E uns padrinhos de casamento que o foram obrigados, eram padrinhos de batismo do meu ex e ele fez questão de os convidar, mas nitidamente eles não queriam e andaram aqueles meses sempre de tromba que se arrastou até ao casamento.
      Foi horrivel, eu preferia apaga-lo da memoria, mas o casamento em si ainda foi pior ahahah. Acabou e nunca devia sequer ter acontecido.

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    17. Acho mesmo péssimo bebedeiras em casamentos. Até mesmo nos convidados que às vezes parece que perdem a noção que a festa não é deles e estragam o ambiente com figuras tristes.
      Sim, bem sei que às vezes as ameaças se concretizam. No nosso, uma das ameaças era fazerem não sei o quê ao carro dos noivos, que sendo um carro antigo de família, muito estimado pelo dono, de grande valor para todos, foi apenas um idiotice criarem tal ameaça. Acabaram por não passar de ameaças, mas ainda assim o carro dos noivos foi retirado da quinta por precaução.
      Depois também da importância que damos às coisas: também tivemos uns convidados próximos que disseram que iam, não apareceram e não atenderam as chamadas. Por fim, a razão para não terem ido nada mais foi que uma birra entre eles que nada tinha a ver connosco. Não posso dizer que achei que isso foi uma coisa que correu mal no nosso casamento porque não lhe dei grande importância, admito. Quem perdeu foram eles. :)

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    18. Anonimo das 20:05

      em ambos os casos que referi os noivos nao sao bebados, nem sao pessoas que costumam abusar da bebida antes ou depois do casamento. Vou dar esta comparação: eu estudei em Coimbra e no dia do cortejo da Queima das Fitas era normal a maior parte dos rapazes embebedar-se até cairem para o lado. Mas isso nao significa que nos dias normais o fizessem. Aqui foi o mesmo: para mim seria normal uma atitude daquelas numa despedida de solteira, mas nao no dia do casamento. Mas em ambos os casos foram os amigos: um brinde numa mesa, um brinde noutra, e ja agora bebe um copo connosco e eles nao foram capazes de dizer que nao e pronto, acabou em disparate.

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    19. Quanto aos envelopes brancos, por acaso foi algo que todos me avisaram e cada casal com quem eu falei contava sempre essa historia "ai no nosso casamento foram 2" , " ai no meu casamento foram 3". Acho que realmente era a unica coisa negativa que as pessoas partilhavam. No meu por acaso não aconteceu, todos deram alguma coisa, e quem não pode dar teve o cuidado de falar comigo previamente e informar. É a tal historia: ninguem é obrigado a dar nada, nem pouco nem muito, mas é uma questao cultural, de respeito social. Ir a uma festa e nao dar nada de nada, entao pelo menos que se dê uma palavra à pessoa. Por ex, tive uma amiga proxima que estava numa situação dificil financeiramente e me disse " olha, nao te posso dar uma prenda normal mas dou-te uns brincos porque quero que tenhas uma lembrança minha deste dia", e pronto, hoje em dia quando os uso lembro-me sempre dela :-)

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    20. ah, mas lembro-me de uma coisa na minha aldeia que todos falaram e comentaram: num casamento de uma prima, a "Maria" que tambem era da familia ficou encarregue de manha de receber as prendas no brunch em casa dos pais da noiva. Quando se foi fazer a contabilidade das prendas a "Joana" nao tinha dado nada o que seria estranho. A Joana disse que deu um envelope e que a Maria o devia ter roubado. A Maria disse que a Joana nao tinha dado nada e estava a inventar. Tudo isto foi falado na aldeia, algumas pessoas diziam que acreditavam na Maria, outras na Joana, uma vergonha de situação. A minha mae ainda se lembra disto e depois desta historia nunca aceitou ficar a fazer este papel para o casamento de ninguem. Quando me casei ela contratou uma vizinha para vir tratar das coisas em nossa casa, e ficou combinado que ela so recebia prendas que fossem objectos, porque envelopes com dinheiro iam directos para a minha mae. E as proprias pessoas da aldeia ja nao se sentiam à vontade a dar o dinheiro a terceiros, era sempre aos noivos ou aos pais. Foi claramente um casamento que mudou a aldeia.

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    21. Estas histórias todas só demonstram o peso social que os casamentos têm e como se faz um festão caro cheio de regras e de convidados "só porque sim" e depois é só problemas. Se se ficassem em fazer uma festa ao vosso gosto e só com quem realmente importa (até podia ser só com o noivo), poupavam imenso dinheiro e teriam melhores memórias do dia.

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    22. No meu casamento não houve grandes problemas. Situações que ficaram na memória: durante a noite a minha avó caiu e partiu um braço, o que foi particularmente complexo porque não estávamos em Portugal e por isso envolveu toda uma logística diferente da que teríamos cá. Tivemos de chamar uma ambulância, nem sabíamos onde estava o hospital mais próximo, os colegas da ortopedia só a estabilizaram até vir para Portugal, por isso depois nova logística cá no hospital da área de residência dela, teve de ser operada, enfim. Mas recuperou lindamente e hoje fartamo-nos de rir do assunto (ela toda gaiteira a dançar e a cair). De resto, também recordo dois amigos meus altamente ansiosos e eu, a noiva, a dar-lhes ansiolíticos :D E houve algum desconforto por causa do meu sogro, que não se dá com a minha sogra, e como éramos 'só' 20 não havia propriamente como se evitarem. É essa a desvantagem do que disse o comentário das 07.53h, com o qual concordo MAS de facto ter pouca gente também tem as suas desvantagens. O dia do meu casamento só não foi o dia mais feliz da minha vida porque foram três dias de festança, gostei tanto que passo a vida a pedir ao meu marido para renovarmos os votos (casámos há seis anos), achei que passou tudo imensamente rápido e acho que foi mesmo tudo feito à nossa imagem.

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    23. Não consigo concordar. Até podemos só ter 10 convidados que se um convidado decidir fazer asneira, haverá algo que corre mal. Ou haver só o noivo, que se a noiva cair à entrada da igreja e partir um braço também não será um dia maravilhoso. :) Ou pode ter apenas a família mais chegada que se o restaurante fechar e não servir comida a ninguém, também é chato. :) Acho que mais do que o dinheiro gasto ou número de convidados, importa a importância que se dá às coisas menos graves. Há noivas para quem é uma tragédia se estiver mau tempo no casamento. Eu lembro-me de pensar que isso não me interessava muito. Há quem dê importância aos envelopes e ao valor das prendas, eu tive quem não oferecesse nada e não liguei. Tive quem não aparecesse e a única preocupação foi saber se estavam bem (podiam ter tido um acidente pelo caminho). Não acho que tenham sido coisas que tenham marcado negativamente o dia porque acho que o dia foi maravilhoso. E contra-tempos há sempre pois não controlamos tudo.
      Ah, houve uma coisa que correu verdadeiramente mal mas foi durante os preparativos: a quinta onde íamos fazer a festa decidiu dizer-nos, a 3 meses do casamento, que ia fechar. :) E aqui mais uma vez não interessa se eram 10 ou 100 convidados. Arranjou-se uma solução e tive uma festa linda. :)

      Tété

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    24. Gosto do facto de terem assumido que eram casamentos com muitas pessoas ou com pessoas que não são próximas...

      No meu caso ( situação com sogro, tia do marido e uma tia minha) estavam precisamente as pessoas mais próximas, minhas e do meu marido. Nem todos muito próximos de ambos, mas não havia pessoas desconhecidas ou familiares que só lá estavam por tradição...

      Daí pessoalmente me ter custado muito esta tia ter vindo ao casamento e me entregar um envelope em branco não identificado. Eu tinha-lhe muito respeito e a nossa relação nunca mais foi a mesma pq ela me tentou ludibriar e eu senti-me traída. Tive outras pessoas que não puderam ou não quiseram dar prenda e que ou escreveram um postal a desejar felicidades e assinaram o mesmo ou falaram connosco. Eu não os convidei para me pagarem a festa... Mas mentir e enganar não me parece uma forma adequada de um adulto resolver a questão.

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    25. Anónima das 18h07

      Não a conhecendo, nem à sua tia nem sequer toda a história, alguém chegou a falar disso com ela? Isto é, não poder-se-à ter dado caso de ter havido um engano? A nós ia-nos acontecendo uma vez. Pus o postal no envelope, achei que o Jack tinha posto o dinheiro, ele achou que tinha sido eu...felizmente falámos disso antes de entregar o envelope aos noivos e reparámos no esquecimento. Se não teria ido sem prenda e nós convencidos que sim.

      Tété

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    26. anonimo das 7:53

      eu sou a anonima das 29 de janeiro de 2021 às 22:20

      no meu casamento não tive menina das alinças porque não queria ninguem a entrar à minha frente. as alianças foi a minha irmã que as levou num acessorio que as outras pessoas nem sabiam que era um porta-alianças. Escolhi o vestido que eu queria (de princesa, enorme, cheio de pedraria) apesar da familia achar que ia parecer uma arvore de Natal. Casei numa igreja da sede de Distrito que eu gostava muito e que para mim e para o noivo tinha significado e não na capela da aldeia onde nasci (uma ofensa para as beatas da minha terra pois por tradição casar é na terra da noiva). Não tirei as tipicas fotos com todos os convidados em que estão os noivos a perder 2h no minimo, e todos os convidados em fila e o fotografo a demorar 5 min para cada caso pois estão todos a fazer pose e a ver se a foto fica perfeita...no nosso caso, nem 1h la estivemos, foi so quem quis, ninguem teve de fazer frete, e foi sempre a correr, umas pessoas abraçaram-se a nós, outras pegaram-me ao colo, fotos naturais, sem a preocupação do enquadramento, so a retratar o momento de felicidade.
      E podia estar aqui a dar mais exemplos.
      Foi um casamento de 160 pessoas, porque a mim fez-me sentido convidar todas as pessoas que em algum momento da minha vida foram importantes para mim mesmo que naquela data pudessem ja nao estar muito presentes (colegas do secundario, da faculdade,...). E sim, tive tambem aqueles primos em 2º grau que mal conheço, mas honestamente foram so umas 20 pessoas do total e nem me chateou irem, nesse aspecto cumpri a tradição. Mas não foi obvio este ponto que gerou os problemas que descrevi acima. Portanto o meu casamento com os problemas que tive aconteceria à mesma se fosse com menos pessoas. E nao me considero de todo uma noiva que sigou a tradição, acho que foi só mesmo na questão de convidar a familia alargada, de resto fiz o que me apeteceu e para desgosto de muitos na aldeia fiz varias coisas "contra" a tradição.

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    27. Tete, se fosse comigo eu tambem ia questionar a pessoa.

      No meu casamento quando no dia seguinte estava a contabilizar as prendas, comparando com a lista de convidados verifiquei que faltava apenas de uma prima minha. Estranhei ela nao dar nada, mas é dificil lembrar de tanta gente que falamos nesse dia e comentei com a minha mae que disse que tinha ideia de ela nos ter dado um envelope. Voltamos à quinta, à sala onde tinhamos as coisas guardadas, nada, voltamos a casa, reviramos todos os sacos que tinhamos desse dia e finalmente encontramos perdido num saco que tinhas umas echarpes e uns sapatos rasos de reserva que eu tinha para trocar se me sentisse cansada, estava lá o envelope perdido com o cheque. Não faço ideia como la foi parar :-)
      O que quero transmitir é que se não nos tivessemos esforçado por ir atrás da questao la pensava eu que a minha prima tinha ido ao casamento sem me dizer nada/dar nada. às vezes são so mesmo mal-entendidos.

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    28. Infelizmente acabei por perceber que é algo comum no caso dela. Fez o mesmo à minha prima ( soube quando desabafei com ela) e entretanto a outras pessoas também.

      Eu só contei à minha prima o sucedido e, pelo que sei, eu também sou a única que sei quem lhe fez o mesmo. O casamento da minha prima foi 2 anos antes do meu... é um bocado estranho a mesma pessoa esquecer-se tantas vezes.

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    29. Eu devo ser bicho raro porque já fui a tantos casamentos e nunca dei dinheiro. Nem me interessa se é tradição, mas acho demasiado impessoal. É dinheiro...o que é que isso diz, o que é que isso demonstra?

      Dou sempre uma prenda aos noivos, indo ao gosto pessoal de ambos. Antes do casamento converso com ambos, pergunto o que precisam, o que gostam e por aí... Agora dinheiro, esqueçam.

      Também acho de mau tom haver pessoas que vão ver a lista dos convidados a ver quem deu dinheiro, fazer as contas do que receberam e pegarem nisso para irem de lua de mel ou pagarem alguma coisa do casamento... Parece desespero, sede de receber...

      É como quererem que a madrinha pague o vestido, os pais da noiva X e os do noivo Y... Epá, não e não. Ou tenho dinheiro para me casar e fazer a festa ou não me caso. Aguardo mais um ano se preciso for.

      É como quererem casar na igreja mas no dia a dia não irem à missa, não serem uma presença ativa na paróquia. Então casam na igreja para quê?

      Enfim, há demasiadas coisas que estão tão mal nesta questão do casamento. As pessoas perdem a verdadeira essência desse momento.

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    30. Eu recebi dinheiro, prendas e ajuda manual no casamento. Acho que a tradição do dinheiro começou porque a maioria dos casais agora quando casam já vivem juntos, já têm a casa decorada, não é como se fossem viver juntos pela primeira vez, com muita coisa para a casa por comprar. Conheço quem ainda faça listas nas lojas :) mas acho que a maioria prefere o dinheiro (para repor o gasto do casamento, da lua-de-mel, para poupar, para comprar algo realmente caro como uma Bimby sei lá...:)). Pessoalmente, não acho mal dar uma ou coisa ou outra. Desde que os noivos gostem e os convidados se sintam bem com isso, tudo bem.

      Eu não fui ver a lista de convidados para ver quem ofereceu e quem não ofereceu. Sei que houve quem não ofereceu, claro, porque reparei mas como por mim, não havia essa obrigação, não liguei muito. O uso que os noivos fazem ao dinheiro é com eles. A única situação que acho menos bem é casar a contar com o dinheiro das prendas para pagar o casamento. Porque isso parece implicar logo uma obrigação dos convidados de darem dinheiro para pagarem a festa e porque pode correr muito mal.

      Quanto a quem paga o quê, depende das famílias. A minha avó quis oferecer-me o ramo. Ia dizer-lhe que não porque podia muito bem pagá-lo eu para quê? Para marcar uma posição e dar-lhe esse desgosto? Depende da família e dos hábitos que existem.

      Eu não vou à missa regularmente e tenho as minhas razões para isso. Mas fiz questão de casar na Igreja por motivos meus e religiosos. :) O noivo entendeu perfeitamente os meus motivos porque sabe como é que vivo a minha fé. Nem tudo é preto no branco e sei bem que há quem vá à missa e tenha menos fé do que eu, por isso....:)

      Eu acho que se perdeu a parte religiosa dos casamentos. Por outro lado, festeja-se o amor e a vontade de duas pessoas quererem ficar na vida uma da outra para sempre, criando uma família. Não consigo ver « demasiadas coisas mal » nisto. :)

      Tété

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    31. concordo com o anonimo das 18:15 quando diz que acha errado estar a espera de receber dinheiro dos convidados para pagar o casamento ou fazer uma cerimonia religiosa quando nunca vao a missa.
      No meu caso, prefiro dar dinheiro porque 'e mais "facil" e os noivos podem gastar como quiserem mas ja fui a casamentos em que havia lista de prendas e escolhi uma e dei em vez de dinheiro.
      Mas penso que a questao do dinheiro em cima era o facto de ter dado um envelope vazio e nao o facto de nao ter dado nada. Eu tambem me sentiria enganada se alguem me desse um envelope sem nada la dentro..

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    32. Todos os meus posts dão em conversas sobre dinheiro, impressionante. :D ahah Brincadeiras à parte, felizmente não conheço de perto nenhum desses casos de envelopes brancos. Acho uma coisa profundamente feia. Um colega meu, que adoro de paixão, disse-me logo "olha que eu não te dou prenda". E está bem. Está no seu pleno direito e, acima de tudo, cada um sabe da sua realidade. Isso é irrelevante. Foi um casamento pequeno, não estava a contar com o dinheiro das prendas para pagar as despesas (mas agradeço e investi em coisas para casa, claro). Tenho familiares que também não deram, nem disseram nada, e também está tudo bem. Não acho isso mesmo nada relevante. Os casos em que aconteceu, eu percebo. Os amigos optaram, na sua maioria, por prendas. Perguntaram o que queria, lá foram dando grelhador, torradeira, fervedor, coisas variadas... E o meu Roomba maravilhoso!

      A vida é tão curta para nos chatearmos por causa de dinheiro... Prefiro mil vezes não receber nada, a receber envelopes vazios manhosos.

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    33. É isso S* e anónimo, o problema não foi não foi terem dado dinheiro mas o esquema para o dar vazio.

      É um sentimento de profunda tristeza perceber que alguém de quem gostamos e respeitamos muitos teve a coragem de nos tentar ludibriar dessa forma.

      Reparem que eu tive vários envelopes sem dinheiro mas continham mensagens muito sentidas, que ainda hoje anos depois estão dentro das minhas prendas favoritas ( e estão guardados religiosamente).

      O problema do envelope em branco não foi a falta de dinheiro, foi ser efectivamente um envelope completamente em branco. Não ter qualquer meio de identificação.

      Se é de mau tom ver quem deu o quê na lista? Talvez. Depois de ter encontrado o envelope em branco fui ver e não me arrependo. Assim, em vez de ter sempre a dúvida e talvez até desconfiar injustamente de alguém, sei quem foi. E digo-vos que se eu fosse adivinhar a pessoa que o fez estaria no final das minhas suspeitas, tanto que revi tudo várias vezes porque não queria acreditar...

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    34. O meu casamento foi muito simples, no civil, num salão de um restaurante com 50 convidados e mesmo assim correu mal. Começou logo no cabeleireiro, não gostei do penteado, era só colocarem uma flor de lado e nem isso fizeram como deve ser. A maquilhagem... parecia um guaxinim. Olhos muito carregados, tirei tudo e acabei por fazer eu . Com os nervos apareceu-me uma borbulha gigante no queixo que se vê em quase todas as fotografias, não havia base que disfarçasse aquilo. A minha avó até me perguntou se me tinha mordido algum bicho. LOL
      O conservador que nos casou fez um discurso completamente idiota a falar de dívidas e divórcio. Super romântico... só que não!!
      A minha sogra (que na altura não queria que casássemos porque uma prima andava a falar mal de mim), estava com uma cara que mais parecia estar num funeral. Todos me perguntavam o que se passava com ela e eu super envergonhada. Graças a essa atitude e a uma discussão que tivemos depois, estive anos sem lhe falar. Teve de me pedir desculpa, não se faz. A tal prima, acabou por ser descoberta, nunca mais lhe dirigi a palavra depois do casamento. Tudo o que disse era mentira.
      E para rematar ainda ouvi um "estás mais gordinha", só me apeteceu dar com o ramo na cara do homem. Que falta de noção!! E não, não estava gorda.
      Enfim... não é um dia para recordar. Adoro o meu marido, já vivíamos juntos e o casamento foi só a festa para oficializar. Não foi um marco nas nossas vidas, não mudou nada, graças a Deus.
      A cena com a minha sogra magoou-me muito e demorou anos até ser tudo esclarecido e perdoado.

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  4. Olá S*, por incrível que possa parecer, gostei deste post e de saber que estás no caminho “certo”.

    O amor-próprio, sem dúvida, faz milagres e devemos fazer com que ele esteja sempre presente.

    Apesar do divórcio, o que disseste a respeito do teu ex-marido é muito bonito.
    O amor (romance) terminou, mas a amizade pode continuar.
    Desejo-vos tudo de bom, para ti, para o Hugo e para o Rafael.

    E sim, continua a cuidar de ti, a mimar-te, a aceitar o lado vulnerável ou chorona, mas também o lado forte de querer ser melhor que ontem, sem cair em exageros.
    Todos temos lado sombra e lado Luz.

    A pandemia a mim também serviu para fazer enormes introspecções.

    Beijinho

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    1. Também acho que estou no caminho certo. Gosto de escrever sobre estas coisas. Ajudam a reflectir.

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  5. Fazes bem, mas espero que as vaidades físicas, tipo compras, sejam feitas online.. porque tudo o que se puder evitar nesta altura, convém, digo eu.
    As compras (de vaidades) podem esperar.
    No meu caso só vou às compras se realmente precisar, caso contrário deixo para depois.
    Aliás tenho um post-it cheio de tarefas que adiei e já decidi que ficam para tratar no pós-confinamento.

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    1. Mas existe alguma exceção em relação a lojas de roupa/vaidades? Nem entendo o seu comentário

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    2. Se não entende leia com atenção!

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  6. É isso tudo. Estás no bom caminho.

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  7. Isto não é ser relaxada. É ser só parva.

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    1. E consegue fundamentar o seu comentário o é só idiotice?

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  8. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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    1. Lara, não leve a mal, mas eliminei. Li e apaguei. Concordo com algumas coisas que escreve, mas outras ideias suas são apenas ideias suas - e como são ideias sobre terceiros, não as irei permitir. :)

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  9. Nos estamos sempre aqui para aprender. A vida e um investimento constante de auto conhecimento. E depois quando achamos que ja podemos ter acumulado algum saber real, acaba-se o tempo para disso tirar proveito.

    Quando te lia antes do casorio ja te achava uma pessoa muito vaidosa que investia muito em si mesma. Sempre a falar de malas, sapatos, accessorios comprados e a fazer posts sobre indecisoes sobre o que comprar. A cuidar do cabelo, etc.
    Como nunca fui assim, embora entenda, nao me identifico. Numa coisa sim: sentimos sempre vontade de nos melhorar quando passamos por precalços afectivos em que a palavra "fracasso" ainda que nao adequada faz sentido no que respeita a consciecializacao de que um ideal de vida foi por agua a baixo, nao se concretizou.

    A realidade é outro ideal. Um muito comum a tantos outros, um de todo o desejado.

    Quando casaste...

    Nao imaginavas?

    Sempre me questiono sobre isso. Nao es a primeira, nao seras a ultima, podem-se criar imensos clubes de mulheres que viveram anos com o namorado, a dividir o mesmo tecto, a divulgarem que tem o melhor companheiro do mundo... e vivem anos assim. Depois decidem avançar para o compromisso oficial. Por vezes proporcionado por uma gravidez. E tudo termina no espaço de um ano, ano e meio, com sinais de fracturas logo apos o primeiro mes.

    Nao sei se foi o caso, estou a pintar o retrato geral desta nova realidade (jâ nao tao nova) social e familiar. Depois cada qual refaz a vida amorosa com outros parceiros e a criança terá meio-irmaos.

    A nova dinamica faMiliar raramente passa pela familia monoparental, como costumou ser por anos e anos enquanto os padroes sociais e a tradicao religiosa impuseram o cumprimento da expressao "ate que a morte vos separe".


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  10. Às vezes sou um bocadinho distraída, outras vezes muito.
    Não me lembro de quando te comecei a seguir. Mas conheci-te muitos passos dados e que partilhaste sempre por aqui. Já me tinha apercebido que as coisas tinham mudado, mas não saia que já tinham sido tomadas todas estas decisões - distraída pá.
    No entanto "vi" nascer essa relação, "vi" crescer frutos e agora com certeza acredito que seja apenas um capíulo que tenha acabado, mas que tens que sorrir para os novos que se vão escrever. Que haja sempre amor. E muito respeito, pelo passado, pelo presente e pelo futuro. E que tentes arranjar todos os dias motivos para sorrir. Os dias não são todos rosas mas que tires lições risonhas.
    Beijinho querida S

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