Há gente que se agarra muito aos bens materiais, que não deita nada fora porque "um dia pode dar jeito"...
Já eu deito tudo fora. Dou tudo. Passados uns meses sou capaz de me arrepender, mas na altura da libertação sinto-me leve e livre. Ahhhh, ando tão satisfeita com a minha arte de "destralhar".
Fica tudo mais arrumado, mais composto, mais disponível. Até o terceiro quarto, apelidado de "quarto dos animais", começa finalmente a ficar com melhor aspecto. Nos próximos meses pretendo torná-lo num escritório. O meu cunhado é um artista e vai fazer uma secretária para lá. Será para arrumar livros, coisas da escola do miúdo, trabalhos diversos. Continuará a ser "quarto dos animais", mas em modo mais modesto e arrumado.
Sou exatamente como tu. Nao tenho problemas nenhuns em limpar o armario. Quando olho para a roupa e vejo que ja nao a uso ha um ano, vai para uma instituicao.
ResponderEliminarJa a minha mae 'e exatamente o oposto. Desde que eu e o meu irmao saimos de casa, apoderou-se completamente dos nossos quartos e encheu tudo de roupa. E' aquele tipo de pessoas que tem roupa dos anos 90 porque "um dia ainda vai servir" ou "nunca se sabe se vai dar jeito" e que guarda a roupa de tios, primos, avos porque "nunca se sabe". Desconfio mesmo que haja ali um problema de hoarder porque nunca vi ninguem com tanta roupa.
O pior 'e mesmo quando alguem sugere fazer uma limpeza ao armario (aconteceu durante a quarentena) e ela leva aquilo como um ataque pessoal..
Para mim, que tenho vindo a reduzir cada vez mais o meu armario, 'e completamente doentio ter 4 quartos cheios de roupa.
Credo. Eu tenho tudo num armário, fora casacos grandes de Inverno. Adoro a sensação de libertação!!
EliminarEu tenho dificuldade em libertar-me de peças ou coisas que me tenham sido oferecidas por alguém que gosto, de resto tento dar tudo. Ando a treinar a minha arte de destralhar :)
ResponderEliminarEu não era muito de "destralhar". Guardava tudo...mas nestas férias deu-me um "coisinha" e aquilo é que foi. Tinha coisas que já nem me lembrava ter.
ResponderEliminarAdoro estas épocas em que faço a mudança de roupas e sapatos. É a altural ideal para separar o que uso do que já não preciso e fica tudo arrumadinho a seguir 😊
ResponderEliminarA minha roupa pessoal é fácil: tenho um armário grande que quando o mandei construir já estava definido o espaço necessário para cada tipo de roupa. Há a zona dos vestidos e casacos compridos, a das camisolas, a das calças e saias, etc. Se compro roupa nova e começa a ficar cheio naquela zona significa que tenho de escolher algo das mais antigas que não uso para pôr fora/dar. Com calçado e malas a mesma coisa.
ResponderEliminarAgora o meu problema em destralhar são as coisas da casa. Aquelas panelas que até estão boas mas não funcionam no novo fogao em indução, as toalhas de mesa mais antigas, os tubos, pedaços de madeira, tijolos e mais não sei quê que sobrou da construção mas pode dar jeito, as mil e uma ferramentas para o jardim, os baldes e as escovas e as vassouras que se vão acumulando. Sempre odiei isto na casa da minha mae, garagem, anexos e sotao cheios de tralha, não sabia sequer o que tinha, um acumular de coisas imensas. Mas agora que tenho a minha propria casa estou a sentir-me a cair no mesmo...o marido diz que exagero que enquanto houver espaço não ha problema em ter coisas. Mas eu odeio ter coisas. Gosto do espaço livre, limpo e desimpedido. Por ex, no sotao, apesar de ser enorme queria so ter aquelas coisas que são de uso único anual e por isso não vale a pena estar a empatar noutro lado, mas sendo coisas que se usam mesmo, por ex a arvore e enfeites de natal e os chapéus de praia. Mas de vez em quando vou la e pimba o marido ja la colocou mais coisas. Que nervos….e depois quando eu ponho fora na semana seguinte afinal la acontece uma situação em que as coisas eram uteis e la fico eu a sentir-me mal que afinal devia ter guardado.
ResponderEliminarEu sou muito desapegada. Claro que também tenho coisas só pelo valor emocional mas, de forma geral, é-me fácil desenvencilhar-me das coisas que já não uso/não gosto. Já me aconteceu dar coisas que depois me arrependi. Também não é bom ser assim tão desprendido. Por exemplo, já tive mais gorda e deixou de me servir parte das roupas, dei tudo. Depois emagreci e tenho saudades de algumas peças que gostava mesmo, mas já as tinha dado. Agora tento ser o meio termo. Não tenho tralha a mais mas há coisas que estão guardadas porque sei que ainda vou dar uso mais para a frente.
A minha mãe é das que deita tudo fora. Não quer tralha em casa, mas acaba por deitar fora coisas que seriam de guardar. Por exemplo, deitou fora os brincos/colar que usou no casamento dela, que era algo que eu gostava muito que ela tivesse guardado para mim! Como ela não usava mais, deitou fora. Acho isso demais. Não ocupava muito espaço sequer e são coisas com valor emocional. Não temos sequer a primeira roupinha que usamos em bebé, eu e o meu irmão. Acho que essas coisas são muito giras de guardar, para os filhos poderem ver depois de crescidos, até quando tiverem filhos. Não digo guardar TUDO (como uma tia minha, cuja neta agora usa muitas roupas e brinquedos que foram da filha dela -mãe da bebé. Ela guardou coisas durante 25 anos!!!). Acho que essa coisa de guardar tudo porque um dia pode dar jeito tem que ser equilibrada. Se são coisas velhas, feias, muito gastas, não vale a pena guardar. Mas se são coisas em bom estado e que podem efetivamente ser necessárias noutra altura da vida ou têm valor emocional, devem ser guardadas. Não TUDO, mas algumas coisas.