Mas e as saudades que eu tenho de andar a bater perna pelas lojas? Andar na rua, a entrar numa loja, a espreitar a outra... Ou ir ao centro comercial, perder umas horas a cheiretar, só para me entreter...
Gosto muito de compras on-line, mas refiro-me ao simples prazer de andar a passear sem destino, sem intenções de gastar dinheiro, apenas para descontrair.
Ora aí está algo de que não sinto falta nenhuma.... Ainda hoje estava a comentar, eu, o meu pai e o meu filho se tivermos, um livro, um computador, uma tv, internet, comida, não precisamos de mais nada .... Cada vez mais me apercebo que vivo bem sem outras pessoas, só na minha casa, com os meus animais e as minhas pessoas, em contrapartida o meu marido e a minha mãe quase que entraram em stress por não poderem sair de casa em Março e Abril....
ResponderEliminarNem mais, eu e o meu marido estamos iguais :) sair de casa só mesmo para o indispensável!
Eliminarigual
EliminarPois eu senti muita falta da família e dos meus passeios.
EliminarEu senti muita falta e fiquei muito em baixo durante a quarentena. Para mim a vida faz-se na rua... casa é para descansar e dormir.
EliminarJá voltei a fazer isso :)
ResponderEliminarNão passo um dia inteiro no centro comercial, mas já me sinto confortável para ir sem ser com o objetivo de comprar alguma coisa e sair o mais rápido possível. Desde junho que faço uma vida completamente normal, a única diferença é que não viajei para fora de Portugal.
e nao stressa com a pressao das outras pessoas? em julho tive de ir a um centro comercial, e depois de fazer as minhas compras entrei na Bertrand para dar uma olhadela nos livros mas saí logo porque me senti mal: eu nao ia comprar nada, estava so a ver, mas devido às regras de ocupação eu estar la dentro significa que estão pessoas ca fora à espera para entrar que se calhar querem mesmo comprar. Na Parfois eram so 4 pessoas de cada vez, foi entrar e sair logo, estava uma fila de ja 3 pessoas à espera para entrar. nao acho justo estar a "passear" nas lojas e ocupar espaço de quem quer mesmo comprar.
EliminarSinceramente se uma pessoa sentir que ganha alguma sanidade mental em estar 1h num shopping a ver só porque sim, porque precisa de espairecer, não é menos importante que alguém que quer efectivamente comprar. 1) nunca se sabe se não dá o impulso para comprar mesmo que não fosse essa a intenção, 2) posso ir com o objectivo de comprar e sair de mãos a abanar.
EliminarAnónimo28 de setembro de 2020 às 12:09,
EliminarNão sinto essa pressão. Tento não estar muito tempo nas lojas, não fico lá a fazer sala, mas vejo as coisas sem andar a correr. Mesmo que não compre nada, não vou a lojas em que não possa ter interesse em comprar caso goste de alguma coisa... mas isso é tal e qual como antes. Para além disso, não me tem acontecido que os sítios a que vou tenham fila. Já fui ao Vasco da Gama, ao Campera, ao Freeport e ao Colombo, e só nestas duas estive na fila em uma ou duas lojas.
anonima das 14:56
Eliminarentão o que diz não tem nada a ver com a conversa. a minha questão sobre a pressão foi porque o comentário inicial refere "ir sem ser com o objetivo de comprar alguma coisa"
se no seu caso "não vou a lojas em que não possa ter interesse em comprar", obvio que não sente problemas em entrar nas lojas. eu estou a referir-me a quem entra por entrar sabendo que não vai comprar nada, nem precisa de nada ali, so para passear e ver algo.
"Para além disso, não me tem acontecido que os sítios a que vou tenham fila".
pois, o caso que eu descrevi foi na Covilhã, só ha um centro comercial e as lojas são relativamente pequenas por isso facilmente há fila. e quem está ca fora está a ver perfeitamente o que a pessoa la dentro está a fazer, se está so a ver ou se está para comprar.
EliminarAnónimo28 de setembro de 2020 às 16:51,
Talvez me tenha explicado mal. Eu só entro em lojas de que sou consumidora, mas posso entrar sem interesse específico de comprar nada. Por exemplo, adoro ir à Fnac e passear lá dentro. Na maior parte das vezes não compro nada, mas há sempre a possibilidade de me deparar com algo que queira comprar. Ou seja, o meu comportamento é exatamente o mesmo que tinha antes da pandemia.
Entreter-se a passear por lojas e centros comerciais. Ahhhh...a maravilha das mentes básicas.
ResponderEliminarEntreter-se a ler a blogues de gente que não gosta... Ah.... a maravilha das mentes básicas.
EliminarAdoro passear em centros comerciais, é um dos meus planos favoritos especialmente no inverno :)
EliminarFogo que parece que ultimamente não vês mais nada à frente (nem escreves) senão roupa, compras, etc...
ResponderEliminarSinceramente, eu não percebo porque não o fazes. As pessoas devem ter todos os cuidados recomendados: distanciamento físico, máscara e higienização das mãos. E isso está a ser cumprido na esmagadora maioria das lojas, e olha que estou em Lisboa. Caso veja uma loja com mais gente do que eu gostaria (ainda que dentro do limite estabelecido) não entro e pronto.
Acho, por exemplo, muito mais arriscado almoçar, lanchar ou tomar café com os colegas de trabalho, onde após um dia de trabalho com máscara, a tiram e estão alegremente a conviver.
Se amas assim tanto andar sem destino a ver montras e a entrar numa ou noutra loja, fa-lo! Posso garantir que, de tudo o que tu fazes na tua vida/rotina, essa é, de longe, a situação menos arriscada a que te expões.
Se não queres fazê-lo pois que é contigo, claro! Mas acho um pouco de exagero o tom do desabafo como se estivéssemos todos ainda em quarentena, e como se não houvesse hábitos muito mais expostos. Por exemplo, eu prefiro não ir ao supermercado e mandar vir online. Aí sim o tumulto é maior. Já numa Zara, é raro passar ombro com ombro por alguém...
Porque não costumo andar sozinha, no meu tempo livre, e certamente não levo o meu filho para o centro comercial para andar a ver as montras. Também não aprecio estar 2 ou 3 horas seguidas de máscara no rosto, sem poder tirá-la nem um minuto, como acontece nos centros comerciais. Por isso, não, não vou. Já fui comprar roupa para o meu filho, calçado e coisas que faziam falta... Passear por passear, não o faço porque não fico confortável. Acho isso incomparável a ficar 15 minutos numa esplanada ou a tomar café com colegas de trabalho - que são coisas rápidas. Além de que na roupa tocamos e certamente que não andam a desinfectar todas as peças de roupa depois de alguém lhes tocar. :) Mais uma vez, incomparável com o café, cuja mesa é desinfectada na nossa frente.
EliminarQuanto ao resto, são fases e, neste momento, com a mudança de estação, dá-me mais vontade de lojas, de novas aquisições, de mudanças de roupeiro. Faz parte!
" Por exemplo, eu prefiro não ir ao supermercado e mandar vir online. Aí sim o tumulto é maior. Já numa Zara, é raro passar ombro com ombro por alguém... "
Eliminarporque há a questão do que é estritamente necessário ou não.
eu preciso mesmo de comer e por isso preciso mesmo de ir ao supermercado.
mas a roupa posso passar bem 1 ano sem comprar nada de novo que obvio tenho roupa suficiente. ainda não fui a nenhuma loja de roupa.
por outro lado tenho ido 1x por mês ao supermercado, levanto-me cedo, estou la no horário de abertura com a minha lista ja organizada por corredor, e consigo fazer as compras em 1:30 mais ou menos, antes de chegar a maioria das pessoas, por isso cruzo-me com poucas pessoas. o online aqui é para esquecer, so há o Continente e em Março encomendei e so veio em Maio e com vários produtos em falta. por isso tenho mesmo de la ir. tal como ja tive de ir ao hospital, fazer exames e consultas porque tem de ser e as outras doenças têm de continuar a ser tratadas, não vou deixar de ir ao medico e morrer com medo de sair de casa. agora coisas de lazer podemos escolher fazer ou evitar. eu tenho de almoçar todos os dias no trabalho, por isso sou obrigada a comer na cantina da empresa (temos distanciamento, estamos a 2m uns dos outros a comer com intervalos de 20min para dar para todos), preferia não comer la ao pe deles, mas não da mesmo para evitar. agora o que eu puder evitar , evito.
e sim, tenho saudades de fazer varias coisas, mas tal como a S* diz a sensação não é a mesma. temos de andar de mascara, de higienizar as mãos, de manter a distancia, não é confortável, não é algo feliz, não me sinto à vontade. por isso sair de casa foi algo q deixou de dar prazer p significar receio, e nervos, portanto não saio.
Porque não vais a um "shopping" ao ar livre? Tipo andar a passear em Santa Catarina.
Eliminaré muito mais importante o uso de máscaras e a boa ventilação dos espaços (sendo espaços exteriores, ou fechados mas amplos e ventilados - e não me refiro a ar condicionado a empurrar vírus de uma mesa a outra....) do que a transmissão por superfícies. Falar alto e/ou cantar é outro fator de risco extra já identificado.
EliminarAinda não está provado que haja transmissões por superfícies! Talvez se eu, infetada, espirrar à grande (coisa que não faço numa loja porque estou de máscara) numa peça de roupa, e 1-2h depois alguém for lá com a mão e diretamente andar a metê-la muito na boca ou no nariz, talvez, quiçá, faça sentido que consiga eventualmente ser infetada, mas é muito difícil.
Bem mais perigosos são os almocinhos de domingo com a família (incluindo idosos) numa sala fechada.... esses sim comprovadíssimos de risco de infeção - como se pode ver na origem de múltiplos focos de infeção na Póvoa/Vila do Conde, por ex ;)
PS: uso máscara 12h seguidas, tirando-a para almoçar e 1-2 vezes para petiscar/beber água. Essa coisa das pessoas que se sentem mal com máscara... é tudo psicológico e ultrapassável se as pessoas interiozarem que a máscara não é um desconforto, mas sim uma proteção que devemos agradecer. Se trabalharmos em empregos perigosos é mais fácil ter esta noção, é...
Aqui não há centros comerciais ao ar livre, para minha pena.
EliminarEu até não me sinto particularmente incomodada com o uso da máscara, mas já a tenho de usar no trabalho, por isso não vou usar mais horas no Shopping por apenas gostar de ver montras... Já se torna massacrante...
Anónimo das 16.58h (sou a comentadora principal), eu estava a responder à S* e não a si. Foi a S* que manifestou um prazer (quase "necessidade") de diambular a ver umas lojas pelo que o seu exemplo não cabe no que eu escrevi. Se não gosta (assim TANTO) de lojas ou se compra só 1 vez por ano quando tem necessidade, claro que para si não é minimamente uma prioridade 🤷♀️
EliminarPor acaso, a mim também me descontrai e há quem diga que estes momentos também são eles uma "necessidade" para a sanidade mental, através do prazer que se retira deles. Principalmente depois de meses de clausura.
Óbvio que eu também preciso comer. Mas além de não me dar prazer ir ao supermercado, é, de facto, uma grande concentração de pessoas por aqueles corredorzinhos. Prefiro mandar vir online, que assim como na mesma, e passo à frente dessa confusão toda - e potencialmente mais perigosa para mim.
Já à Zara, "preciso" ir muito menos vezes, dá-me mais prazer, e não passo a menos de 2 metros de quase ninguém! Para mim é óptimo, faz bem, e muito menos arriscado. Para a S*, pelos vistos, também seria óptimo. Para si não é tanto ou tem outras prioridades, pronto.
Quanto aos novos hábitos, não me tiraram o prazer e, eventualmente, o usar máscara é o que mais incomoda, mas a tudo nos habituamos.. Mas, caramba, é preciso este desabafo desolado todo por causa de 1h (ou pouco mais) de máscara? É porque então é uma opção, não é um verdadeiro impedimento que justifique todo o "ai jesus" que aqui vejo lolol.
Conheço uma pessoa, licenciada e com uma profissão de sucesso, mentalmente exigente e com cargo de chefia, que todos os dias durante a semana chega a casa e vê uns 30 min de telenovela ou qualquer programa da treta do TLC. Diz ela que é para desligar a cabeça, não ter de pensar em nada de complicado e descansar o cérebro.
ResponderEliminarPorque é que todas as nossas actividades lúdicas teriam de ser super estimulantes e intelectualmente desafiantes? Porque é que não podemos querer fazer algo básico e não querendo com isto dizer que a nossa mente também é básica.
E para que conste eu não vou a centros comerciais passear, so vou la comprar o que é mesmo preciso e venho logo embora, não acho graça andar lá às voltas, mas pronto, não gostamos todos do mesmo e não vejo qual o problema da S* gostar disso.
Não tenho paciência para gente armada em intelectual. Eu vejo de tudo e não me sinto mais burra por ver TLC ou mais inteligente por ver National Geographic.
EliminarEstou a fazer doutoramento e não perdi uma gala da edição anterior do Big Brother. Acho ridícula a ideia de que somos ignorantes se não passarmos o nosso tempo livre a ler Tolstoi.
EliminarTambém acho ridícula a ideia de que não somos ignorantes só porque estamos a fazer um doutoramento...
EliminarAmélia,
EliminarIgnorantes somos sempre sobre muitas coisas. Mas ninguém chega a um nível tão avançado de formação completamente ignorante, certo? Não basta querer entrar num PhD para conseguir, quanto mais ter o projeto aprovado pelo corpo docente no final do primeiro ano. Portanto, quer goste ou não, há sempre alguma inteligência, capacidade intelectual e cultura geral envolvida.
Concordo que alguém que faz um doutoramente tem obviamente de ter alguma inteligência e capacidade intelectual associada... MAS o erro de muitas pessoas está no terceiro ponto que referiu: a cultura geral. Há gente tão focada na sua área que não abre horizontes. Em tempos (talvez 11 ou 12 anos) conheci um jovem que estava a fazer doutoramento em algo relacionado com química, ciências, eu sei lá... E, valha-me Deus, é que nem português escrevia como deve ser (e eu não sou nenhuma perita em língua portuguesa). Fiquei espantada com o facto de efectivamente assim ser, mas suponho que talvez não precisasse de escrever muito. Talvez fosse mais matemática e números em geral? Eu sei lá. Mas era um facto.
EliminarBem, estando no meio académico e já com doutoramento há alguns anos posso avançar que qualquer pessoa que tenha €€€ para pagar propinas de doutoramento pode ter um doutoramento. Não é preciso ser-se nenhum génio basta um pouco de resiliência e perspicácia.
EliminarE quanto à parte da cultura geral, bem, a anónima não poderia estar mais enganada. O meu pai com a 4.ª classe tem muito mais cultura geral do que qualquer um dos meus alunos de doutoramento. Não é, de todo, no sistema de ensino, que se adquire cultura geral (apenas uma pequeníssima parte desta).
E sim, S*, hoje em dia cada vez se escreve pior português e chegam-me alunos (nos diferentes ciclos de ensino (licenciatura, mestrado e doutoramento)) que dão bastante erros ortográficos e gramaticais. Em contrapartida dominam completamente o inglês, que é a língua necessária para a escrita de artigos científicos (estou na área das engenharias/ciências).
S*, claro, é impossível discordar do que dizes. Depende muito das áreas, mas regra geral as pessoas são mais dotadas em números ou letras. Eu sempre fui elogiada pela minha escrita académica, e por outro lado o meu conhecimento matemático está perto de um aluno do 6º ano do ensino básico.
EliminarAgora, lá está, se alguém consegue entrar e completar um PhD (lembrando que antes disso já fez um mestrado) algumas virtudes terá de ter... aliás, o QI dos doutorados é superior ao da média da população. Acho que, tal como em tempos se exaltou demasiado quem tinha formação avançada, hoje se cai no erro oposto de considerar que é algo com pouco valor e que qualquer pessoa consegue.
Concordo. Eu terminei o meu Mestrado com 17 valores na defesa da tese (média a rondar os 15 valores). E a minha matemática é uma coisa ridícula... é que nem me lembro de como se faz uma conta de dividir, reconheço a minha ignorância. Vi-me grega para fazer Métodos Quantitativos no secundário... Por outro lado, era excelente a Psicologia, Sociologia... e no resto era uma aluna média, de 14 a 16 valores. Mas fiz licenciatura e mestrado com certa facilidade, tenho de admitir... Nunca tive qualquer dificuldade - só mesmo na Economia, Estatística, coisas que o curso de Ciências da Comunicação obriga a entender minimamente... mas saí de lá sem entender minimamente. ahahah.
EliminarQuanto ao resto, infelizmente conheço muita gente formada que me envergonha de tão má que é... no geral!
Anónimo30 de setembro de 2020 às 11:55,
EliminarDiscordo que qualquer pessoa consiga tirar um doutoramento. É preciso ser selecionado para o programa, ter o projeto aprovado no final do primeiro ano e defender a tese. Em todos esses passos, há pessoas que vão ficando no caminho porque os resultados estão aquém dos mínimos admitidos. Na minha turma, e numa área que até não é das mais exigentes, dois dos alunos (numa turma pequena!) não tiveram o projeto aprovado no final do primeiro ano, tendo ficado por aí. Não estou sequer a falar daqueles que desistem por falta de motivação ou resiliência (pelos quais tenho muito respeito porque fazer um doutoramento é puxado), estou mesmo a referir-me à impossibilidade de continuar devido ao aproveitamento.
Em relação à questão da cultura geral, não duvido da sua experiência, mas acho que depende nas áreas. Estando num instituto de ciências sociais, noto que as pessoas têm, em média, uma cultura superior às que conheço fora da academia.
Eu sei quais são as etapas de um doutoramento e sei também como é que as coisas se processam. E continuo a dizer que a principal característica que um aluno de doutoramento deve ter é a força de vontade e muita resiliência.
EliminarEsses 2 alunos de que fala que não passaram o 1.º ano de certeza que não mostraram muita ambição e seriam pouco empenhados/esforçados. Há também ainda o caso dos alunos "problemáticos" que, assim que são detectados, são 'eliminados' do sistema. Há também aqueles alunos que não interessam a ninguém...
Há malta que por falta de oportunidade no mercado de trabalho acaba por se meter em doutoramento porque pelo menos garantem 4 anos de bolsa (estou a falar do caso dos doutoramentos financiados). Conheço alguns casos desses da altura da crise de 2008/2010 que entretanto já terminaram e estão agora a trabalhar como meros técnicos... (no seu percurso já se notava a falta de ambição...)
Já tive alunos de doutoramento simplesmente brilhantes mas outros, que apesar serem apenas alunos medianos, são muito esforçados e dedicados e que por isso conseguem igualmente resultados fantásticos. No meu grupo de investigação, qualquer aluno de tese, quer de mestrado quer de doutoramento, tem de atingir um nível mínimo de trabalho. Ainda não tive nenhum que desistisse, uns podem demorar é mais tempo a lá chegar que outros, mas todos chegam ao fim!
Há também aqueles professores que para subirem na carreira precisam de ter x orientações de doutoramento concluídas e não se importam de acolher qualquer um, mesmo que para isso arranjem os tais alunos problemáticos ou francamente maus. Eu dispenso-os...
Ah, e quanto à parte cultural, estava a falar mesmo no geral (sociologia, história, economia, biologia, química, física, matemática, direito, literatura, etc.). Com certeza que ao trabalhar na área das ciências sociais terá mais informação sobre essa área mas se for falar, por exemplo, sobre células estaminais, economia circular, industria 4.0, lasers ou, os tão na voga, coronavírus não terá muito o que dizer sobre essas temáticas.
EliminarMas pelos vistos ambas concordamos que o pessoal peca um pouco na falta de cultura geral. :)
Anónimo30 de setembro de 2020 às 15:49,
EliminarParece-me que, a anónima, por estar tão dentro da academia, não tem muita perceção daquilo que é um cidadão médio, em termos de cultura geral e inteligência. Volto que reiterar que, não sendo (de todo!) necessário ser-se um génio para fazer um doutoramento, estas pessoas distinguem-se do cidadão médio em alguns quesitos -que vão além da força de vontade ou do empenho.
Acho que só tem essa ideia de que as pessoas licenciadas, com mestrado ou doutoramento são mais inteligentes e mais cultas quem nunca tirou uma licenciatura, mestrado ou doutoramento. É tipo aquelas pessoas das terras pequenas, que acham que fulano é advogado portanto é mais inteligente, mais culto, mais especial e sabe tudo, é para ouvir tudo o que essa pessoa diz. Falo por experiência, que vivo num meio pequeno e muitas pessoas pensam assim. Põem num pedestal aqueles que estudaram mais.
EliminarTendo tirado um mestrado e convivido com muitas pessoas diferentes, de terras pequenas ou cidades grandes, ricas, pobres, assim-assim, posso dizer (da minha experiência, volto a ressalvar) que há de tudo. Tive colegas muito inteligentes, acima da média, que me inspiram. Tive colegas que não sabiam escrever sequer. Houve muita gente que me fez questionar como conseguiram sequer entrar naquele curso. Eu própria me sinto muito normal, muito na média. Senti-me burra em muitas ocasiões e em comparação com muitos colegas. O síndrome do impostor bateu forte :)
Por isso quando vejo pessoas a idolatrar fulano só porque é engenheiro, advogado, médico, assistente social, professor, psicólogo, eu sei lá o quê mais, achando que, tendo estudos, são pessoas melhores, mais inteligentes e mais cultas, só me apetece rir. Pode dar-se o caso de ser verdade, mas no geral, não é assim. Somos todos pessoas, independentemente da profissão, dos estudos. Há muita gente que tem a 4ª classe e é mais culta e mais inteligente do que um doutorado. E, claro, ter uma área de estudos mais aprofundada, ser excelente na sua profissão e no que estudou, não significa ser assim para todas as áreas de trabalho/estudo e da vida. Devemos ver estas coisas com olhar crítico. Não é um curso que dá inteligência a ninguém. O esforço, a motivação, a capacidade de avançar, a curiosidade, o empenho, às vezes levam-nos mais longe do que a dita inteligência e cultura.
Aplaudo o seu comentário. Tal e qual. Tive colegas inspiradores, uma das minhas grandes amigas é uma rapariga que conheci na licenciatura e me acompanhou no mestrado e que reconheço ser uma jovem inteligente, culta, pró-activa, tudo mais... e depois tive calhaus com olhos, que me deixaram estupefacta por terem conseguido entrar na licenciatura... Porque a média foi 16,4, no meu ano. Mas depois percebi que tinham feito uma artimanha... concorrido com Português B, em vez do Português A que era obrigatório para quem estava em Humanidades. Nem sabia que era possível, mas aconteceu - alunos que tiravam 10 e 11 a Português A, fizeram exame a Português B e tiraram uma nota que nunca tirariam no português principal... e assim entraram num curso com uma média mais elevada.
EliminarAgora senti-me velha....no meu tempo havia Português :) :) não havia nem A nem B, era Português e Matemática.
EliminarAnónimo1 de outubro de 2020 às 10:45,
EliminarDe todo. Tenho licenciatura, mestrado e estou a fazer doutoramento e foi contactando com diferentes pessoas, dentro e fora da academia, que as pessoas com formação avançada (não digo formação superior, entenda-se!) têm uma inteligência e cultura um pouco superiores à média. Mas não se fie em mim, há dados estatísticos que apontam para isso, basta pesquisar. Isto é uma tendência geral, depois claro que haverá doutorados pouco inteligentes e cultos e pessoas com o 12º ano muito superiores em inteligência e cultura.
"Não é um curso que dá inteligência a ninguém. O esforço, a motivação, a capacidade de avançar, a curiosidade, o empenho, às vezes levam-nos mais longe do que a dita inteligência e cultura."
EliminarHá uma coisa que se chama probabilidades, tendências, cenário geral, e depois há os casos concretos. Eu sou mulher e ganho mais que a maioria dos homens na minha empresa, mas o meu caso concreto não impede que a realidade geral seja que na maioria em Portugal os homens ganham mais que as mulheres. Há 2 colegas apenas com o 12º ano que têm uma posição de chefia superior a colegas que têm licenciatura. E isso sendo verdade não anula o facto de que em Portugal em media quem tem mais qualificações tem uma posição na hierarquia superior. Etc, Etc.
Dito isto: obvio que há muito pessoa burra a tirar licenciatura e que há muitos com o 4º ano que ate podem ser grandes empresários de sucesso. Mas EM MEDIA um nível e formação superior está associado a melhor emprego, melhor salario, mais esforço e inteligência. Repare: na minha escola secundária, os miúdos que optaram por ir logo trabalhar para uma oficina de automóveis ou para a construção civil, eram aqueles que não queriam esforçar muito a cabeça, que não tinham boas notas, que só queriam fazer a vidinha deles e ganhar algum dinheiro. Quem se queria esforçar mesmo foi precisamente para a universidade.
"Acho que só tem essa ideia de que as pessoas licenciadas, com mestrado ou doutoramento são mais inteligentes e mais cultas quem nunca tirou uma licenciatura, mestrado ou doutoramento. É tipo aquelas pessoas das terras pequenas, que acham que fulano é advogado portanto é mais inteligente, mais culto, mais especial e sabe tudo, é para ouvir tudo o que essa pessoa diz. "
Eliminarolhe, eu tenho a experiencia oposta. tenho "apenas" licenciatura e pos graduação. o marido fez licenciatura, mestrado e doutoramento. no meio onde ele se move, e ele ja esteve tanto no meio académico e agora está numa empresa privada, com os outros colegas sempre senti aquela ideia de presunção de que são muito melhores do que os que apenas fizeram o secundário e mesmo a compararem-se com quem fez "so" uma licenciatura, ou a comparar quem tirou cursos em universidades tipo da Covilhã/Algarve com os que tiram cursos em Lisboa/Porto.
Pois, acho que já estamos a discutir egos e não inteligência. Só o simples facto de uma pessoa se considerar mais (culta, rica, etc) que outra já é um bom indicador da personalidade da mesma...
EliminarÉ menos arriscado ir a um shoping de máscara e com todas as regras de higiene do que ir como tú vais todas as semanas almoças à casa de família com toda a família junta, sem máscaras e sem distanciamento, contrariando todas as regras da DGS.
ResponderEliminarPor acaso achei esta diferença de opiniões interessante: ir ao centro comercial/almoços de família.
ResponderEliminarAs pessoas associam um certo estigma social à infecção por covid. É normal, um mecanismo instintivo de sobrevivência.
Por isso, a reação intuitiva é ter receio de estranhos em locais públicos como um centro comercial, porque 'nunca sabemos por onde aquela pessoa andou', ao passo que confiamos cegamente nas pessoas do nosso sangue embora possamos saber que estão expostas ao risco pela situação profissional/pessoal. Face a um estranho não temos qualquer tipo de pejo em cumprir o distanciamento e evitar contacto. Com a família, diria que o distanciamento, ou deixar as janelas todas abertas, parece que estamos a mostrar desprezo ou desconfiança daqueles que nos são queridos.
Falo por experiência própria: almoço de família com avós, cunhados, noras (que trabalham fora de casa) , crianças e bebés (que frequentam escola ou creche) , tudo ao molho numa mesa pequena e ninguém pensa em abrir janelas, as preocupações eclipsam-se totalmente. Mas se vier alguém de fora visitar e que sabemos tem estado isolada, não trabalha, não tem crianças, ai jesus que é preciso ventilar tudo, estar de máscara afastados, etc.
Enfim. A percepção do risco é muito influenciada por factores psicológicos que de objectivo não têm nada.
Por isso mesmo é que há 7 meses que não recebo ninguém em casa nem almoço ou janto ou lancho em casa de ninguém, nem dos pais, nem dos sogros e deixei de ir a Aniversários da Família, Crismas, etc. Uma cunhada fez anos em Março e nós não fomos, o meu marido fez anos, assim como a sogra e a cunhada em Abril, a minha mãe fez anos em Junho, o meu pai vai fazer na próxima semana e o meu filho daqui a mês e meio e nenhum teve festa e ninguém foi a casa de ninguém. por mim, por eles e por todos nós.
EliminarEu quando vou a casa dos meus pais uso sempre máscara, tal como eles e quando almoço lá esticamos a mesa ao comprimento máximo 8 2 metros e tal) e os meus pais comem numa ponta e eu e o meu filho na outra e só tiramos a máscara para comer. Eu quando estou com estranhos protejo-me a mim, quando estou com os meus pais (que são a única família com quem estive desde o inicio da pandemia, o resto só por telefone) protejo-me a mim e a eles.
EliminarTemos poeta!!! "com a mudança de estação, dá-me mais vontade de lojas, de novas aquisições, de mudanças de roupeiro. " Ahahaahahahahahahaha
ResponderEliminarEu adoro ir às compras, mas não tenho paciência para andar a entrar e a sair em modo passeio pelas lojas ou no shopping.
ResponderEliminarQuando vou, geralmente, levo uma ideia do que quero comprar e vou directamente às lojas que tenho em mente.
Até porque já sei que se vou só “para ver as novidades” acabo sempre por trazer alguma coisa que depois se calhar nem preciso assim tanto, as tais compras por impulso.
Centro comercial ao ar livre? Fórum Aveiro, por exemplo.
Não percebo a mente de certas pessoas. Ser licenciado ou ter doutoramento significa ser intelectual e como tal só podemos ver cenas para gente intelectual? Lol.
Fico-me por aqui...
Nada me encanta mais que a humildade em pessoa.
Já não há paciência para quem se acha “demasiado”.
Sou licenciada e o diploma não faz de mim isto ou aquilo.
Vejo o que me apetece e ponto. :)
Por acaso é coisa que não tenho saudades. Mas tenho saudades da "liberdade", de andar sem máscara.
ResponderEliminarTrabalhei num centro comercial durante 1 ano (durante um bom tempo nem queria ouvir falar em CCs), depois fui mãe (fiquei sem tempo) e a própria idade tirou-em a paciência para centros comerciais.
Com a pandemia passei a encomendar quase tudo online e agora vejo que não entro num centro comercial desde março. É um descanso.
Quando precisar de roupa/sapatos lá terá de ser. :)
SM