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Vou viajar em trabalho e sofro com isso, mas não pelas Saudades

Pela segunda vez desde que mudei de emprego, vou viajar dentro do país em trabalho. Vou estar três dias e duas noites fora. Ao contrário de muitas mães, não sofro com as saudades. Encaro com perfeita naturalidade estas pequenas viagens e sei que o meu pequeno está tão bem (ou melhor!) entregue ao pai.

Fico até contente com a ideia de poder fazer algo diferente, de poder dormir descansada e, quem sabe, beber um copo com uma colega!

No entanto, não consigo evitar este aperto no coração e na alma. Em Dezembro, quando viajei quatro dias e três noites, só consegui relaxar quando escrevi uma carta ao meu bebé e outra ao amor da minha vida. Escrevi as duas cartas, mostrei ao senhor meu noivo onde as guardei e disse que era para as abrir se um dia me acontecesse alguma coisa. 

Hoje estou exactamente com o mesmo sufoco. A viagem de carro deixa-me extremamente nervosa. Só confio cegamente na condução do meu homem e da minha mãe. A ideia de ter de passar três ou quatro horas num carro, com outra pessoa a conduzir, deixa-me aflita. Quando chegar a Lisboa, sei que vou relaxar... Mas a perspectiva de viajar horas de carro e algo não correr bem não me permite ficar calma.

Não sou uma pessoa pessimista, mas tenho um bebé que está quase a fazer dois anos. Tenho uma família maravilhosa. Um noivo que amo infinitamente, apesar de o azucrinar a toda a hora. Tenho um cão e quatro gatas, que adoro de paixão. Tenho tanto, sou tão completa, que cada dia me assusto mais com a possibilidade de me acontecer algo.

Vou ali e já volto, meus amores. 

Comentários

  1. Respostas
    1. Se fosses em trabalho para outro país ou se estivesses 15 dias fora de casa...eu até compreendia estas palavras. Mas vens só a Lisboa durante três dias, isso não é nada de especial.

      Além disso, só confiares na condução do teu marido e da tua mãe também me parece um pouco exagerado.

      Eu diria para saíres mais da tua concha.

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    2. Eu sou uma das pessoas que acha algumas partilhas da S* ridículas (acho, nem costumo comentar), mas este tipo de comentário já não é uma mera opinião, é só ignorância. O que é ridículo? A angústia? A ansiedade? Medos ainda que irracionais? Sabe que este tipo de estados se não forem controlados podem levar a depressoes, e que as doenças mentais são um assunto muito sério e não deve ser ridicularizado? Sabe o que é viver com medo de morrer, fazer uma viagem, estar longe de quem amamos? As pessoas já começavam a ter mais compaixão uns pelos outros.

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    3. Ridículo?!
      A estrada é um lugar perigoso, quem não tem consciência disso nem devia poder ter carta de condução. A maior parte das pessoas não sabe manter distância de segurança, há quem conduza a olhar para o lado, ou com um copo a mais, ou com sono, etc. E pior que toda esta lista, por ser o factor mais comum: vão quase todos com pressa. Há muita gente a contar com a sorte em vez de com a consciência. Sugiro-lhe, com sinceridade e sem ironia, Anónimo das 11:18, que vá fazer trabalho voluntário nas ambulâncias da Cruz Vermelha (precisa de um curso especial dado pela CV, mas faz-se muito bem) para ver o que acontece nas estradas diariamente.

      Vai correr tudo bem, S*. O Rafael só vai ler as tuas cartas quando já for um velhote.

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    4. Anónimo das 14:56, leia de novo o texto. O meu problema não são os três ou quinze dias. É a viagem. Se não percebe, não vale a pena explicar.

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    5. Porque não ponderas ir de comboio ou outro transporte? E quem leva o carro não tem de ficar ofendido ou melindradocom essa tua fobia...

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    6. Porque vamos em viatura de serviço. Não funciona assim. :)

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    7. E se fores tu a conduzir por exemplo?

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    8. Entre ir em viatura de serviço nessa ansiedade, mil vezes o comboio ou até o avião.

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    9. E se não for propriamente uma situação de escolha? Se o carro tem de ir por causa do material de trabalho é natural que a empresa prefira que todos os empregados vão nesse carro do que andar a pagar comboios ou aviões...

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    10. Gente, se não equacionei ir eu a conduzir, é porque não pode ser. Se não equacionei ir de comboio, é porque não pode ser. Há material para carregar e tinha de ser carro. Logo já volto para casa. Obrigada.

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  2. Também acho muito ridiculo

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    1. Falta-lhe compreensão. Ridículo é este tipo de comentários. Coitado de quem não tem capacidade para tentar pelo menos perceber as outras pessoas.

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  3. Sim, agora que tenho filhos não me consigo colocar em potenciais situações de risco. Andar de montanha russa, acelerar com o carro, etc. Tive uma situação em que fiquei trancada numa casa de banho pequena. Se fosse noutra altura, não me preocupava, pois tinha familiares do lado de fora. Mas neste caso, estava grávida. Então tive um ataque de pânico, de claustrofobia, por estar ali fechada.

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  4. Ridículo não é o que esta mãe escreve e sente, mas sim comentários tão vazios e sem críticas construtivas, isso sim é ridículo.

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  5. S*, entendo-te bem. Fiquei uma “mariquinhas” desde que fui mãe e me apercebi de tudo o que tenho.
    A ideia da carta é excelente. Acho que te vou copiar!
    Agora, aproveita a viagem, o copo com a colega e o sono descansado. É bom trabalho, já agora!

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  6. alguém uma vez aqui disse que tens os piores anónimos da blogosfera e sou obrigada a concordar... recebes muito hate aqui, credo! os teus receios são perfeitamente normais e legítimos... boa viagem! :*

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  7. Porque não vão de comboio?

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    1. Porque temos material de trabalho. Não dá.

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    2. Porque não mandas o material com o teu colega no carro e vais tu sozinha de comboio?

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    3. Uma empresa toma uma opção de transporte. Não é à vontade do freguês. :)

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  8. Ridículo, sim… o comentário das 11:18!
    Haja pachorraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
    Beijos grandes e boa viagem :)

    Mónica

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  9. Se escrever uma carta te acalma fá-lo outra vez!
    Coisas más podem acontecer em qualquer sítio, a qualquer hora... tenta relaxar como tão bem descreveste e boa sorte com o trabalho :))

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  10. Olha, S*, estava aqui a pensar no teu blog, na forma como algumas pessoas o comentam e no fim só concluí; Ainda bem que o chamaste de "As minhas pequenas coisas". Imagina se fossem as grandes, como é que as pessoas iam reagir? Como é que tens paciência, estás aqui há tantos anos, tantas fases...

    Boa viagem!

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  11. Gostei da ideia da carta (e não, não vai acontecer nada de negativo, relaxa!).
    Tem calma, são só três dias numa ida a Lisboa, pertinho de Viana.
    Três ou quatro horas num carro não é nada de extraordinário.
    Tens sorte de ter família perto de casa... imagina se tivesses que ir de fim-de-semana sempre que queres ver aos teus (teus amigos, pais, tios, seja o que for).
    Só faz bem sair da nossa zona de conforto, abrir horizontes, conduzir mais ou deixam que nos conduzam.
    Compreendo a angústia por deixares o teu bebé, mas está bem entregue e tal como disseste são só (Só) 3 dias já ali ao lado!

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  12. O hotel deve ser rasca

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    1. Oi? Oh senhora, eu vim trabalhar, não vim passear.

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  13. Já pensaste fazer psicoterapia para a ansiedade? As coisas que relatas parecem um pouco exacerbadas para o contexto e uma intervenção precoce na ansiedade pode evitar muitos dissabores no futuro.

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    1. Não é assim tão grave. Já cá estou, estou na boa!

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    2. S* eu também achava que a minha ansiedade em tempos idos nunca era grave, e de facto na altura não era, agora é que é! Anos a adiar a psicoterapia e arrependo-me todos os dias de não ter começado mais cedo. Best thing ever.

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  14. Todos os meses tenho uma reunião de trabalho em lisboa. Vou e venho na boa. Ja fui sozinha mas por norma vou com o namorado... mts vezes se vamos fazer algo mais prazeroso (por ex, ja me aconteceu quando fomos ver um jogo do Benfica - aproveitamos a viagem da reunião) começo a ter crises de ansiedade preocupada com os meus animais :x se estão bem, se têm fome, se apareceu um Dragão que os possa comer...eu sei lá o que se me mete na cabeça, mas não disfruto e não descanso enquanto não chego a casa e os abraço. Manias, cada um com as suas e ninguém tem o direito de criticar. Beijinho S*, aproveita

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  15. Até em casa se pode morrer, ir na rua e morrer de qualquer maneira, estar no trabalho e dar uma "camoeca" etc etc, não penses nisso, pensa sim que estamos cá para isso.. As cartas fazes bem.

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  16. Tens todo o direito de sentir medo. E este blog é fantástico porque mostras que és humana. Com imperfeições como todos nós. Eu não conseguiria expor-me assim nos meus receios. Por isso uma beijoca para ti.

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  17. Acho que o comentário que te recomenda acompanhamento em psicologia faz todo o sentido.
    Apesar de ficares preocupada com o teu filho, não é saudável tudo isto que expressas. Afinal pode acontecer alguma coisa a qualquer momento, estejas em casa, em Viana, em Lisboa, em Paris...
    Se fossemos todos a pensar desta forma o mundo simplesmente não rolava, todos temos família, coisas que amamos, etc.
    E teres constantemente essa preocupação vai levar-te a situações de desespero a ti e à tua família.
    Cuida de ti antes do tempo.

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  18. O ridículo não se prende com o medo. Prende -se com o disparate de ir num carro aterrorizada, ao ponto de se escrever cartas a um filho, como se fosse morrer.
    Tanta inquietação, vai-se de comboio.

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    1. Eu escrevo uma carta quando ando de avião. E nem tenho especial medo de andar de avião ou ache que haja grandes probabilidades de acidente, nem sequer o faço sempre. Mas se quando me apetece, o faço, qual é o problema? Vou deixar de andar de avião e de viajar por causa disso?

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    2. Não vale a pena discutir com quem não sente empatia. Haja mais compreensão no mundo.

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  19. Há coisas/situações que só quem tem filhos entende... pois eu só confio em mim para conduzir e lá está o pensamento vai sempre para o meu filho e em como ele ficaria se me perdesse.

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  20. Apesar de não me rever neste mal-estar/medo específico, consigo perfeitamente entender esse sentimento! Revi-me imenso em algumas expressões do post e atitudes e pensamentos que descreveu.
    Descobri à relativamente pouco tempo que sofro de ansiedade/fobia relacionada com outras coisas que não as que expressou neste post, e fico triste ao pensar que durante tanto tempo fui vivendo dessa forma sem perceber que era algo que podia ultrapassar/tratar com alguma facilidade, se o tivesse sabido identificar e admitir. Só quando a coisa se começou a tomar outras proporções é que resolvi dedicar-me a trabalhar isso em mim (e não precisei de procurar ajuda médica; coisas mais simples como fazer exercicio fisico regularmente, comer melhor, cuidar de mim, meditar.. e simplesmente realmente enfrentar esse sentimento e fazer um esforço real para o ultrapassar e superar - "Isto assusta-me? Então é isto mesmo que vou fazer, e vou conseguir").
    A vida tornou-se muito melhor (e eu já achava que era feliz antes!), e não sei como o explicar de outra forma, "maior". Coisas que antes evitava fazer e agora faço e até gosto de as fazer, e abriram-me novos mundos, deram-me muito mais liberdade para ser feliz - o que se aplica perfeitamente à sua questão com as viagens, o sair da nossa concha. Entendo perfeitamente quando diz, agora que já passou, que "não é assim tão grave" e está "na boa" porque também eu própria desmistificava a coisa dessa forma (até sorri ao ler as suas respostas aos comentários porque me ouvi a mim própria a dizer o mesmo antes). Mas por ter passado por isso é que concordo com quem diz que é importante não ignorar e "deixar andar" essas questões porque, acredite, não são mesmo normais, e só quando deixar de as ter é que vai perceber "o que andava a perder" :) E a vida vai mesmo começar a ter outro sabor! lembro-me de ter referido que o seu namorado tem medo de andar de avião, portanto é algo que também ele poderia trabalhar, podia ser algo a trabalharem em conjunto!
    É apenas um conselho de coração, e faço-o apenas porque gostaria que alguem mo tivesse dito antes, e tivesse puxado por mim, quando eu própria também me sentia assim sempre que tinha de fazer algo fora da minha zona de conforto.
    Mar

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    1. Mar, entendo perfeitamente o seu comentário, mas deixe esclarecer que eu NUNCA tenho problemas de ansiedade ou fobia. Sofri apenas destas duas vezes, com a perspectiva de fazer a viagem de carro. Se fosse de avião, era na boa... mas tenho medo de andar horas de carro com quem não conheço, pois não conheço a condução. Acho isso perfeitamente normal e aceitável, tenho de admitir... :)

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    2. Oh querida S*, normal não é. Podes aceitar mas não é normal. A ansiedade chega de mansinho, primeiro não parece nada de especial, como essas duas vezes que reconheces ter acontecido. Daqui a 10 anos falamos.

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    3. Desde os 18 anos que não gosto de andar de carro com quem não conheço. Sinto-me ansiosa, preocupada, com medo de ter algum acidente. Depois de ser mãe esse medo aumentou porque tenho medo de falhar à minha filha. Para mim é normal dado a maior probabilidade de acidentes. E agora com 35 anos continuo a evitar andar de carro com quem não conheço e a fazê-lo quando tem mesmo de ser. Por isso mais de 15 anos não sinto que a ansiedade tenha piorado ao ponto de me fazer viver de outra forma do que a que vivia com 18 anos. Há quem tenha medo de andar de avião e há quem tenha medo de andar de carro, não acho que tenha sempre de progredir para algo pior.

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    4. Se evitas andar de carro com outra pessoa, a não ser que nunca tenhas necessidade disso, então isso está a afetar a tua vida.

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    5. Ter medo ao ponto de não fazermos uma coisa, seja conduzir ou andar de avião, é um problema. Podemos achar que não é grave porque contornamos a situação e arranjamos soluções, mas não deixa de ser um problema. São medos irracionais e é preciso esmiuçar os motivos que levaram a tal.

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    6. Eu não evito andar de carro com outra pessoa. Ando perfeitamente de carro com colegas. Mas uma viagem de quatro horas é cansativa e fico com o coração mais apertado.

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    7. Eu sei qual a razão do medo e parece-me perfeitamente normal: a quantidade de acidentes que há e o mal que as pessoas conduzem. E isso não me leva a não fazer viagens de carro ou a não conduzir, coisa que isso sim afectaria a minha vida. Não acho de todo que seja um medo irracional: basta andar na estrada para ver as atitudes estúpidas e perigosas que outros condutores têm. E nunca tive um acidente ou algum familiar que tenha tido. Simplesmente não acho seguro a forma como vejo outros a conduzir. Acho que ter medo disto é tão normal como ter medo de me empoleirar numa varanda dado o risco de cair (e neste caso não me
      empoleiro mesmo....).

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    8. S*, o meu comentário (08h24) era para a anónima das 22h48 e não para si.

      De qualquer forma, correu tudo bem e isso é o que interessa.

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    9. S*, pela sua resposta acho que não me fiz entender. O que tentei explicar no meu comentário foi precisamente que eu também não identificava o que sentia como ansiedade. Também dizia, como me disse, que não sofria disso. A situação que descreve é ansiedade, ponto. Inclusive a questão de apenas relaxar quando escreveu uma carta (encontrou, e muitissimo bem, um mecanismo prático para sair desse estado).
      Agora, pode viver bem com isso ou não. A minha inteção foi apenas ajudar, mas admito que nem sempre estamos despertos para olhar para nós próprios. Para mim, sofrer dessa forma por causa de uma situação normalíssima do dia-a-dia de qualquer profissional, não é de todo normal nem aceitável, mas durante muito tempo foi (em relação a outras situações)!
      Mas se não se identifica de todo com nada do que eu escrevi, excelente para si :) O que interessa é que correu tudo bem, e espero que continue sempre assim!
      Mar

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    10. Mar, aquilo que escreveu está, na minha opinião, absolutamente certo. Acho que a maioria das pessoas não consegue identificar que sofre de ansiedade, o que é natural, até porque na maioria das vezes não sintomático ao ponto de impedir as pessoas de levar uma vida "normal". Mas aquilo que a S* descreveu é ansiedade e pode e devia ser tratado, até porque tem tendência a piorar. E para tratar ansiedade nem sempre é necessário medicação (algo que assusta bastante as pessoas), existem mil e uma estratégias que podem ser utilizadas. A resposta que obteve da S* e outros comentários que se podem ler aqui são o espelho da sociedade em que vivemos, uma sociedade em que a saúde mental não é valorizada, que é deixada para segundo plano sempre.
      Ana

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  21. Tu não conduzes? Não é possível seres tu a levar o carro?

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  22. Olhem para mim, olhem para mim....

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  23. Não entendo a razão de se tentar imitar a Pipoca há anos!
    Cão, pedido de casamento, medos ( que, na realidade, não existem, pois se existissem tratavam.se) e tantas coisas mais.
    Há dias li.te a dizeres à Vanessa que ELA seguia a mesma linha, na educação da filha, como tu.
    Imagino-a a revirar os olhos e a pensar " quem é esta para me dizer que EU, que sou mãe há anos, sigo o mesmo caminho?
    TU é que segues o dela. O teu filho tem 2 anos. O que sabes tu da maternidade?
    Tenho pena que sejas tão patética, às vezes.
    Para quem, acima, respondeu que o anónimo não tinha filhos, um grande sorriso. Que conclusão estupenda!

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    1. Dedique-se à comédia porque claramente tem imaginação para isso. Boa semana.

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