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Namorados forretas

É todo um drama. Hoje, ao passar os olhos nas sugestões de roupa da Pipoca para o Dia dos Namorados, fiquei estupefacta com um comentário que dizia "Pipoca! Preciso de ajuda! O que fazer quando o esposo não dá prendas?!!? Anos/Natal/Dia dos Namoradas Nada de Nada! Fora o resto! Jantar fora.... viajar.... sair................ Pipoca!! O gajo tem tudo só é um mãos de vaca -.- Há 7 anos neste sofrimento!!".

Eu já tive uma amiga que vivia com este drama. O namorado era um forreta do pior, que não lhe pagava nem um café e que achava que irem para uma festa com 2 euros no bolso era uma coisa absolutamente normal e que uma simples moeda 'chegava e sobrava'.

Vamos por partes: eu não acho que os homens tenham de nos pagar nada. No entanto, gosto de cavalheirismo e gosto que, na fase da sedução, exista aquela delicadeza de se oferecerem para pagar algo, de vez em quando. Assim como nós podemos pagar algo, de quando em vez. Também passei por essa fase, numa altura em que tinha mais dinheiro e gostava de 'nos' mimar.

Como vivo em união de facto há mais de cinco anos e sou a 'gestora do lar', essa questão deixou de se colocar. Só temos uma conta bancária, cada um com o seu cartão. Fazemos as despesas que entendemos e apenas 'anunciamos' ao outro que levantamos dinheiro ou que pusemos combustível porque os tempos não são de fartura e uma pessoa tem de saber como andam as finanças. Também não temos mordomias na altura de pagar o almoço ou o jantar, porque o dinheiro é dos dois. 

No entanto, no nosso primeiro encontro, o meu rapaz conseguiu cometer a proeza de ir comigo ao Mcdonald's e não me pagar o Big Tasty. Uma grosseria, na verdade. No entanto, foi desculpado, porque nos tínhamos conhecido uma hora antes ao vivo (já vos disse que nos conhecemos no Facebook?) e, apesar de estarmos interessados um no outro, fingíamos que era só na onda da amizade. Depois, no segundo encontro, como já me estava oficialmente a 'fazer-me a corte', pagou a despesa. Quanto mais não seja, ele trabalhava e eu era uma estudante de mestrado sem trabalho, pelo que me parece normal ele ter pago.

Ah e tal, há quem diga que isto são coisas do 'antigamente', mas eu gosto destas gentilezas. Lamenta-se. Fui educada numa família em que as mulheres é que cuidam das finanças da casa, mas gosto que sejam cavalheiros comigo.

Não consigo sequer imaginar viver com uma pessoa forreta. Não tenho um homem propriamente romântico e que me compre prendas sem motivo, mas tenho um companheiro que faz um esforço por me comprar as prendas certas nas datas especiais. A primeira prenda que ele me comprou foi no meu aniversário, cerca de três semanas depois de começarmos a namorar... E o desgraçado conseguiu comprar-me um conjunto de luvas + cachecol de homem. De homem. Eu sorri e fingi que não reparei... Agora já me compra coisas que batem certo com os meus gostos, pelo que não me posso queixar. Tem sido sempre a melhorar.

Comentários

  1. O meu também não é a pessoa mais romântica de todos (mas sinceramente também não queria), mas quando quer e quando se dedica surpreende a 100% e ganha pontos para muito tempo.
    Quanto às despesas, no início até era eu que fazia questão de pagar, deve ser algum síndrome de mulher divorciada, mas depois com o tempo passou a ser 50/50.
    Interessa é a malta dar-se bem, não é?

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    1. Yap, o que interessa é que ambos se sintam satisfeitos com o método de divisão financeira que escolherem. ahah

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  2. Já me aconteceu namorar com um assim, forreta todos os dias. Durou pouco, confesso que esse foi um dos motivos que me fez perder o encanto. Nunca me pagou nada. Não podíamos jantar fora, "muito caro" (nem comigo a pagar a minha parte). Não podíamos viajar ou passar um fim de semana diferente, "dinheiro mal gasto" (mais uma vez, nem comigo a pagar metade). Prendas, até deu uma, mas do mais rasca possível. E a gota de água foi quando saímos num dia à noite, e o empregado de mesa do bar pousou a conta à frente dele (eu só tinha bebido um café) ele me disse "amanhã tens de me pagar um café para compensar este que te paguei hoje".

    Oi? Já não houve amanhã. E ainda hoje acho que o que lhe custou mais, foi não lhe ter pago o tal café.

    AnaC

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    1. AnaC, ui, isso é terrível... Uma vez eu andava a sair com um homem (tão inesquecível que nem me lembro o nome dele) e sei que ele tinha uma bolsa de doutoramento e que tinha uma boa 'mesada' (ou lá o que era) da bolsa. Eu estudava. Eu não tinha fontes de rendimento, a não ser a pequena mesada da minha mãe. Ele sabia disso. Convidou-me (convidou-me!!!) para ir ao cinema. Ele andava a cortejar-me, eu não estava assim muito interessada, mas dei uma hipótese. Pois convidou-me para ir ao cinema e quando o senhor disse "são 11 euros (ou 12, não me lembro)", o gajo saca de uma nota de CINCO EUROS e espeta com ela no balcão. Claramente era suposto eu pagar a minha parte e ainda a restante parte dele. Fiquei tão envergonhada que me pus a comprar uma Fanta de Laranja, para disfarçar. Paguei a despesa que faltava e a minha bebida. Ele bebeu-me a bebida toda. ahahah

      Sabes qual era o filme? "He's Just Not That Into You", de 2009. Adequadíssimo. Nunca mais me pôs a vista em cima!

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    2. Ahahaha aconteceu-me uma parecida! Nunca mais me viu nem nas redes sociais!!!

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  3. Eu tambem nao conseguiria viver com um homem como este da senhora do comentario, para mim isto se encaixa no famoso falta de amor proprio, o aturar esta situacao. Mas que se pode fazer? Cada um sabe de si, se ela aguenta entao va la.

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    1. Se ela não ligasse à falta de prendas, encantada da vida... mas claramente a senhora sofre com isso. Acho um horror o homem não se tocar!!

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    2. Também acho, e acho mais horror ainda ela submeter-se a isso, e por tantos anos. De forma que nem "pena" consigo sentir.

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    3. Uma pessoa não espera prendas diárias, mas há mínimos olímpicos... nem no aniversário? Meu Deus. :/

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  4. Eu por acaso gosto de ser eu a pagar as minhas coisas, especialmente nos primeiros encontros. Se eu quero ser igual em tudo tenho que estabelecer isso logo ao início. Afinal, não há (para mim) nenhuma razão para ser o homem a pagar. Depois, já no contexto de uma relação, acho simpático termos pequenos gestos com o outro - um dia posso pagar-lhe um jantar, outro dia ele a mim. Mas não para ser cavalheiro, deus me livre e guarde :P

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    1. Nádia, eu gosto de cavalheirismo, com tudo o que isso inclui. Assim como eu gosto de cuidar dele. :)

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    2. Penso como a Nádia :) No primeiro encontro com o meu actual namorado fomos a um barzinho. Pedi um cocktail e ele um café. Ou seja, a minha bebida cusyo uns 5/6€ e a dele menos de 1€. Cada um pagou a sua parte. E para mim nem outra possibilidade se colocava, sob pena de me sentir a abusar. Além disso, ambos estudávamoa e não tínhamos rendimentos. Oferecer coisas com o nosso dinheiro é uma coisa, oferecer com o dos pais é outra bem diferentes. Moral da história é que fiz muito bem, que o rapaz estava teso como um carapau! :P Mas mais tarde fomos ao cinema e ele fez questão de pagar e eu agradeci e acabei por aceitar.

      Hoje oferece-me muitos mimos, nas datas especiais e fora delas :)

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    3. Mel, respeito totalmente os diferentes pontos de vista. Para mim não é a questão de nós mulheres gostarmos que nos paguem coisas (com os meus dois primeiros namorados, que trabalhavam enquanto eu estudava, estive mal habituada, pois nunca gastei um cêntimo.-..), é mesmo a forretice. Acho que pagar um café a alguém, de vez em quando, só cai bem. Até com a minha colega favorita de profissão faço isso. De vez em quando ela paga, outras vezes pago eu. :)

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  5. O meu protesta, mas a verdade é que nunca me nega nada... =P

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  6. Eu não me posso queixar, não recebo prendas todos os dias mas poupamos muito para fazermos coisas a dois, passear, jantar fora e etc.

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  7. Loooool achei um piadão a este post ehehe lá em casa o dinheiro também é dos dois mas ficamos sempre com algum para nos para quando sao as prendas e tal, mas na verdade acabamos sempre a "precisar" desse dinheiro e la vai loool
    Mas jamais conseguiria estar com uma pessoa forreta assim. Alias a forreta la de casa sou eu, não nas prendas que isso adoro, mas as vezes ele não entende que é melhor nao irmos jantar fora...que é melhor não comprarmos não sei o que...vida de pobre é o que é. O maior fail do namorado foi um anel que por acaso era lindo mas era tão gigante que tive que lhe perguntar o que é que me punha np dedo quando fosse para pedir em casamento eheh

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    1. Coquinhas, eu costumo ser a voz da razão. Muitas vezes ele diz para irmos jantar fora - praticamente todas as semanas - e eu tenho de dizer 'calma, que não podemos'. :) Gosto de ser a gestora e, acima de tudo, ele pediu-me que o fosse. Portanto eu é que giro. ahah

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  8. Por aqui o homem não é forreta e até tem muito bom gosto nas prendas que oferece. Mais do que eu, quer ofereço coisas úteis ou tiros ao lado. :P
    Mas, em relação a jantares e isso, não ficaria indignada se ele não pagasse nada. Ele paga umas vezes, eu pago outras, ele pagará mais do que eu porque terá mais "poder económico". :) Cá em casa dividimos tudo a meio - faço questão - porque os nossos salários são muito diferentes e, por algum motivo, não me parece justo que ele contribua com mais porque ganha mais (também trabalha mais). Acho que fui homem na vida passada porque sou a aúnica pessoa que conheço que vive neste sistema de finanças por gosto. :P

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    1. Carla, isso são opções de cada um e eu não me meto nelas. No nosso caso, sempre juntamos a conta bancária, mesmo quando ele ganhava o dobro de mim ou quando eu não contribuía em nada para a casa. ahah

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  9. Considero-me uma pessoa muito moderna mas as coisas do antigamente, no que toca ao romantismo, ainda me fazem muito sentido. Valorizo um homem que toma iniciativa para pagar no primeiro encontro. Já saí com um rapaz que no primeiro encontro não me pagou um café, um simples cafezinho ahah e senti-me desconfortável. Gostei da forma como tu e o teu namorado se conheceram, a parte das luvas masculinas não gostei assim tanto ;ppp) Daniela Torres

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    1. Hoje em dia partilhamos a conta bancária, como referi, mas na maioria das vezes continua a ser ele a levantar-se para pagar os nossos cafés. Eu gosto disso. Assim como gosto que ele vá buscar o carro para eu não apanhar chuva. Ou que se ofereça para passear o cão quando está frio. Gentilezas. ;)

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  10. o meu namorado é um forreta e eu não consigo perceber essa parte dele! Não sou nada assim e se pudesse, era a primeira coisa que mudava nele. Eu sei que eu o devia amar incondicionalmente. Mas devemos amar não só pelas qualidades, mas apesar dos defeitos. Eu só gostava que ele fosse menos picuinhas com o dinheiro...

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    1. Pois, isso é um chatice... para mim, é algo que faz confusão. Mas desde que cumpra os 'mínimos', não há motivo para chatices maiores. :D

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  11. Pois eu tenho que confessar que não gosto de cavalheirismo, chega a incomodar-me. Gosto de gestos românticos (gosto muito), gosto de educação e gentileza, mas cavalheirismo só porque eu sou mulher? Não obrigada. E mantenho a minha posição no que toca a pagar seja o que for: que façam questão de me pagar um lanche ou um café porque convidaram (homem ou mulher, seja em que circunstância for) aceito (muitas vezes contrariada) mas coisas mais caras tipo jantar, com ou sem convite, nunca esperei nem quis que um homem me pagasse só por puro cavalheirismo. Incomoda-me mesmo. Manias...cada um com as suas :)!

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    1. ahahah Manias, mesmo... para mim é inconcebível um homem não me abrir a porta ou não me oferecer o seu casaco quando está mais frio. Manias minhas!

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  12. Opaaaaa. Não sei. Eu e o meu somos do género de "vamos dividir as coisas" e está feito. Geralmente chateamos porque um não quer que o outro pague. ;p Quanto a prendas, nenhum dos dois é adepto...Ja gastamos muito para estarmos um com o outro.

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    1. É o melhor que fazem. Prendas apenas nos momentos especiais. Cá por casa é nos aniversários, Natal e pouco mais. ;)

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  13. "(...)Não consigo sequer imaginar viver com uma pessoa forreta."

    Somos duas. Já me bastou ter convivido na infância com um pai forreta que fazia questão de contar quantos iogurtes tinha no frigorífico e se faltasse algum, queria saber quem é que tinha bebido (Deus me livre e guarde!) e isso gerou tantas brigas entre ele e a minha mãe que ela pediu o divórcio quando eu tinha 3 anos. Jurei que nunca teria um marido assim.

    É impossível a convivência com uma pessoa desse calibre e já nem estou a falar de gente que não oferece prendas ou assim, estou a falar de gente miserável que tem imenso dinheiro (caso do meu pai) mas que tem pena até de comer porque um dia vai ter que cagar (desculpa a expressão mas é tão triste...). É assunto que me revira as entranhas.

    Cá em casa também somos como tu: conta conjunta, dinheiro todo junto e vamos gerindo os dois. O que é dele é meu, o que é meu é dele, não tem cá isso de 'hoje pagas tu, amanhã pago eu', é tudo nosso, não há sentido andar a dividir a conta. Felizmente calhou-me na rifa um gajo que nunca, nos 13 anos de relacionamento que temos, me proibiu de comprar o quer que seja (já revirou olhos, já fez cara feia mas cede sempre). Nos tempos de namoro sempre se chegou a frente e ficava irritadíssimo se eu insistisse em pagar (faz algum sentido, ele já estava a terminar o mestrado e eu era uma caloura que trabalhava em part-time aos fds). Acho feio um homem que insiste em dividir a conta no restaurante, que anda ali a fazer divisões mentais para saber quem paga o quê, para mim perde logo o encanto.

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    1. eheheh Garota de Ipanema, o meu rapaz nem pia no que toca a despesas. Eu também sou lúcida, não gasto o que não tenho. No máximo, diz-me um "mas nós não andávamos a conter as despesas?". Mas eu invento qualquer justificação pateta para ter comprado uma camisola e ele não se importa. :) Já ele é uma pessoa que não faz despesas, só mesmo cafés e euromilhões. ahahah

      O teu pai parece-me um caso mais extremo e isso é triste... a vida é para ser vivida. Eu admito que há fases em que me faz 'espécie' ir jantar fora porque estamos a reduzir despesas e a comida efectivamente 'come-se e caga-se'. No entanto, ainda ontem fomos ao nosso restaurante de eleição. A vida é para ser aproveitada... :)

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  14. Eu gosto de cavalheirismo (o pagar o jantar, o abrir a porta do carro, o ajudar a levar as coisas que tenho nos braços, etc), mas quando foi com o Jack nos primeiros encontros era tudo dividido a meio e nem boleia eu aceitava que ele me desse. Ia no meu carro até ao ponto de encontro. Acho que se passaram algumas semanas até finalmente aceitar que ele pagasse qualquer coisa e me desse boleia. :) Eu queria apenas marcar a posição de que era independente e que não estava com ele apenas para que me pagasse jantares. :)

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    1. Tété, isso é diferente, era uma posição tua. Admiro que o façam, quando efectivamente querem marcar uma posição. Eu como sempre saí com pessoas mais velhas, nunca tentei marcar posição, pois eu era estudante e - regra geral - eles não. Mas já saí com homens com os quais dividia despesas e não me caía nada ao chão. Apenas aprecio a delicadeza de, de vez em quando, quererem mimar-me. :)

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  15. Quando começamos a namorar éramos duas crianças, nenhum de nós tinha dinheiro. Mas talvez por ensinamento dos pais dele, se saíamos, ele insistia para pagar a minha parte. Eu levava o meu dinheiro e sempre quis pagar pelo menos a minha parte, mas no início nem sempre ele aceitava. Depois começamos num sistema mais tipo "hoje tu, amanhã eu". Depois eu comecei a trabalhar e insistia para pagar eu tudo. Então se ele não trabalhava e eu sim, porque razão haveria de ser ele a pagar? Só porque é homem e isso é esperado? Esperado porquê? Já não estamos nesse tempo!

    Valorizo a ATITUDE de querer ser ele a pagar, mas valorizo ainda mais a igualdade e nunca me armei em donzela, ele que pague porque sou mulher. Detesto isso. Se queremos igualdade, temos que ser iguais em tudo, não é só no que dá jeito. O cavalheirismo vem noutras coisas, não é só nisso de pagar contas.

    Mas compreendo o que queres dizer e estes exemplos que surgiram nos comentários. Sendo homem ou mulher a pagar, detesto pessoas forretas. Se não querem gastar dinheiro, que não saiam de casa nem se dêem com pessoas. Claro que a base das relações nunca serão as saídas e as prendas e as coisas que se pagam ou não, mas "chorar" um café, "paguei-te isto, amanhã TENS que me pagar tu", etc, deixa-me fora de mim. Que falta de chá. Mais vale avisar logo que cada um paga o seu e pronto (que até é o sistema mais justo e que menos dá azo a problemas). E prendas nos dias "supostos" também fazem parte do mimo numa relação. Obviamente que não é o tipo de prenda ou a prenda em si que me faz amar mais (ou menos) a pessoa, mas a atitude, a gentileza, o ter-se lembrado, o querer agradar e escolher as coisas certas que demonstra que nos conhecem bem... isso sim, é bom. Como eu faço isso com os outros, gosto que façam comigo. Há pessoas que depois de casar ou estarem juntas há muito tempo, pensam que já podem acabar com as prendas e os miminhos. Se ambos concordarem, tudo bem, mas parece-me um desleixo total, tipo "já estás no papo, já nem tenho que te conquistar nem fazer fretes com prendas". Toda a gente gosta de prendas! Ninguém me venha com essa de que não gostam porque não é verdade. Toda a gente gosta de receber coisas e quanto mais "fora de horas" melhor ainda. Numa relação não tem que haver cavalheirismo e dedicação e atenção e mimos só enquanto é tudo fresco e novo. Estas pequenas coisas fazem muito diferença numa relação duradoura.

    (Sorry pelo comentário gigante!)

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    1. M, concordo em absoluto. As relações precisam de mimo, e esse mimo podem ser prendas, poemas, gestos, um jantar feito em casa, pode ser qualquer coisa. Mas uma relação precisa de mimos. :)

      Na fase inicial, eu sou 'à moda antiga' e gosto que me conquistem. Acho bonito. :) Obviamente que se percebesse que a outra pessoa não tinha direito, até me sentia mal em deixar que pagasse algo!!

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  16. O meu no primeiro encontro também não me pagou o almoço ahah mas hoje em dia não temos esse problema, ora um paga uma vez e o outro paga da outra :)

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  17. Luvas e cachecol de homem, é muito romântico. eheheheheh
    E não te oferecer uma grava, foi uma sorte eheheheh.

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  18. A nossa primeira discussão foi meia hora depois de termos começado a namorar xD Sobre as despesas. Ele sempre pagou tudo as antigas namoradas e queria fazer o mesmo comigo e eu tive de por os pontos nos i's. Quando se divide ao meio o dinheiro multiplica-se e podemos fazer muito mais coisas juntos. especialmente quando se está em mestrado e não se trabalha. Ficou acordado que excluindo o nosso primeiro jantar e o nosso aniversário era sempre pago uma vez um, outra vez outro.
    Acho importante esta divisão. Quando ele ganhou era ele que pagava mais vezes. Deixou de ganhar porque conciliar a tese com emprego era complicado, voltamos ao sistema antigo.

    Mas gosto de algum cavalheirismo. Ele nunca passa antes de mim numa porta e se eu abro a porta ele vem sempre por trás agarrar para passar eu primeiro. Acho alguma graça. E se tenho frio dá-me sempre o casaco dele. Acho isso fofo!

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  19. No meu caso, quando começámos a sair/namorar, foi uma guerra, porque ele não queria que eu pagasse nada. E eu insistia. Até ele ceder. Mas sempre a espernear. Porque acho que não tem jeito nenhum ser sempre só um a pagar. Porque não à vez? Porque não a meias? Nenhum tem que sustentar as despesas do outro. Quando viemos morar juntos, passou a nem haver essa questão. O que entra em casa é de ambos, mas fazemos como vocês, regra geral. Informamos do que foi gasto, só para termos noção do dinheiro que sai e o que ainda temos.

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  20. Luvas de homem! Muito bom; comprou ao gosto dele, coitado...

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  21. O meu namorado é um forreta, da minha perspectiva... Mas não a esse ponto de ir para uma festa com 2€, calma. Isto é uma coisa que me faz tirar do sério, mas acho que me passava mais se ele fosse exactamente o oposto e esbanjasse tudo o que apanha. Seja como for, também sou super a favor de divisões! Eles que se ofereçam umas vezes para pagar, nós outras... Outras simplesmente divide-se. A coisa funciona bem assim! Em relação a prendas, pois... Sei que leste o que escrevi lá no blogue xP Pior do que ser forreta, é mesmo ser despreocupado e um pouco insensível nisso.

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    1. Yap, infelizmente o meu rapaz é algo despreocupado. :P

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  22. Bem quanto a namorados não me posso queixar, também é (e foram) na base da divisão ou hoje eu amanhã tu :) já em questões de amizade a coisa não funciona tão bem, ora para resumir, a "amiga" queixava-se sempre que era a que ganhava menos de nós todas (esquecia-se era de referir que igualmente era a que tinha o trabalho menos esgotante e mais próximo de casa)não podia ir a tantos sitios como nós nem a jantares e se nós queríamos mesmo a companhia dela também podíamos entre todas pagar o janatr dela (oi??????) bem passou na primeira por estarmos desprevenidas e passou na segunda pois como tinhamos ido para a praia no carro dela e não pediu dinheiro algum lá se pagou o petisco pós-praia...quanto o assunto eram saídas sempre a choramingar-se com o dinheiro mas depois era malinha nova da Tifossi (eu que ganho mais - palavras dela que não tinha problema algum em referir isto a ainda se vitimizar - e compro malas na feira e no chinês sem problema algum] casaco da Desigual...enfim, posso dizer que actualmente a relação já não é o que era, atenção que relativamente a outras situações não tenho nada que apontar mas este pequeno defeito ou nem sei bem como lhe chamar acabou por resfriar a amizade pois ninguém aguenta andar sempre com uma pendura atrás!!

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    1. Isso é conversa de estúpida. Uma coisa é um amigo que ganha mesmo um terço do que tu ganhas, e admite que não consegue ir a todas as saídas ou férias, etc. Aí, até mesmo os amigos fazem questão de oferecer, de vez em quando. Agora, conversas de quem ganha só um pouco menos ou tem horário de princesa e se põe com coitadismos -e a exigir - palhaçada! Tenho um amigo que nos fez essa brincadeira duas vezes - coincidência... - nunca mais fez. Que se controle nos gastos, como essa tua "personagem". Beijos solidários! ;)

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    2. A minha alma fica chocada com a lata alheia!!

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