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De Paris, sempre com amor

Eu não sei. Só sei que não gosto de radicalismos. Não gosto que as pessoas usem estes ataques terroristas para atacar refugiados e emigrantes. Mas também não gosto desta sensação crescente de insegurança e de pensar que, com gestos de solidariedade, podemos estar a enterrar-nos ainda mais.

Ontem fiz um jantar de aniversário. Para celebrar o meu aniversário com os meus colegas de faculdade. Quando começamos a jantar, começam a cair as notícias. Ninguém mais largou o telemóvel. Todos queríamos estar a par, saber. Absolutamente arrepiante.

Cheguei a casa depois da 1 da manhã. Sentei-me no sofá a ouvir as notícias, a ver imagens, até às 3 da manhã. Calhei de acordar quando ainda não eram 6 horas... peguei no telemóvel, liguei a net, entrei na Lusa, estive a ler o que tinha acontecido, nos entretantos.

Os vídeos são desoladores. O Facebook lançou uma aplicação para que os "amigos" pudessem dizer que estavam seguros. Meu Deus, eu tinha uma dúzia de "amigos" em Paris, ontem. Alguns apenas conhecidos, mas outros que foram colegas de curso.

Este medo começa a estar demasiado próximo de nós. É terrível, mas só sentimos realmente a dor quando ela chega perto de nós. E eu sinto cada vez mais medo. 

Comentários

  1. Comecei a ver notícias sobre tiroteios em Paris nas redes sociais. Não liguei muito. Até ser impossível não o fazer…
    À noite liguei a televisão para ver as notícias (coisa que nunca, mas nunca mesmo, faço). Passados 20 minutos desliguei a televisão. Aqueles comentários especulativos não me pareciam acrescentar nada.

    Julgo que não vale a pena falar aqui do óbvio: do choque, do medo, da tristeza profunda, da compaixão, da empatia, da dor partilhada… A única coisa que não sinto é desejo de vingança ou raiva. Pode ser estranho, se calhar chocante, mas não consigo sentir raiva. Acho que, com tudo o que tem acontecido no mundo, a raiva é um sentimento demasiado inútil e pernicioso.

    Ainda estou a tentar perceber o que aconteceu e porquê. Não percebo mesmo. Nunca vou conseguir perceber como é que se matam inocentes em nome de alguma coisa, seja lá o que for. Não entendo de todo.

    Neste momento só me consigo debruçar sobre questões como:
    O que fazer para que não volte a acontecer?
    O que fazer para que os objetivos dos terroristas não se concretizem, quando desconfio que grande parte das pessoas tem o pensamento e comportamento semelhante ao de ovelhas?
    O que fazer para que os regimes de extrema-direita não floresçam como ervas-daninhas, prontos a acabar com “os outros” e a fazer prevalecer “os nossos”?
    O que fazer para que as pessoas não passem a olhar para todos os que são diferentes como potenciais inimigos?
    O que fazer para dominar o medo e agir com coragem e dignidade, todos os dias, em cada momento da nossa vida: nas nossas casas, nas nossas famílias, nos nossos trabalhos, em todos os locais onde nos cruzamos com um semelhante e, porque não, mesmo quando estamos sós?

    Uma coisa é certa: aqueles homens têm objetivos bem definidos. Eles pretendem ser vistos por todos e a divulgação dos seus atos é a sua arma mais forte. Eles querem provocar o medo e querem provocar, sobretudo, as consequências desse medo.

    E nós, o que vamos fazer?

    Acredito que temos que, tanto quanto possível, nos livrar da enormidade de emoções que estamos a sentir, rever a história do mundo, e tentar não cometer os erros do passado.

    Temos que preparar o futuro, de uma forma mais fria e racional.
    Temos que assumir em nós a responsabilidade que nos cabe. A responsabilidade de não responder a provocações como touros cegos de raiva, agredindo tudo e todos à nossa volta, que sejam minimamente diferentes de nós. Sejamos inteligentes e calculistas na preparação da nossa segurança.
    Tentemos perceber porque é que isto aconteceu. Quem os armou? Quem os deixou passar?
    O que querem eles que nós pensemos e que façamos?

    Ontem existiram centenas de vitimas em Paris.
    Todos os dias, existem milhares de vítimas no mundo vitimas de diferentes tipos de terroristas.

    Sejamos intolerantes com todo o tipo de violência, em qualquer parte do mundo.
    Acredito ser essa a melhor forma de nos protegermos.

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    1. A primeira coisa que deve fazer é manter-se informada em vez de desligar o noticiário como se não fosse nada consigo.

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  2. O medo não nos vai salvar de nada; só vai impedir que ajudemos quem precisa. Já houve muitos ataques terroristas antes dos refugiados... não me parece que eles venham agravar nada. Aliás, os refugiados vêm a fugir do estado islâmico! Não tem sentido nenhum acreditar que eles sejam terroristas!!!

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  3. Sinta medo se algum dia ouvir explosões e/ou armas a disparar. Antes desse momento (que provavelmente nunca acontecerá) sentir medo é dar-lhes a vitória (aos terroristas).

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  4. Viver com medo de nada adianta, vivemos num mundo onde existem pessoas boas, más, pessoas que por religião ou ideais políticos são capazes de tudo. Por todo o mundo isso existe, até no nosso país, ainda não houve por cá atentados dessa natureza, mas temos de estar preparados para tal.
    Beijinho e bom fim de semana,

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  5. Infelizmente é mesmo assim. Eu tenho familia em França mas ainda bem que não estavam em Paris ontem. Tinha uma colega no estádio e ainda bem que saiu bem. Mas é triste, é triste porque ainda não aprendemos com a história, e é triste o ser humano assim. Ainda ontem estava a falar com o meu pai, que ele dizia que o ser humano é mesmo algo magnifico tendo a sua maior façanha sido colocar o homem na lua ou mesmo criar um satelite com rotas projetadas para 20 anos. Ao qual eu respondi simplesmente: para mim a maior façanha do homem é mesmo quando em situações de sobrevivência mostrar o seu lado pior sempre pondo em perigo mesmo o total só pelo valor pessoal.

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  6. Eu tenho uma amiga de infância lá emigrada há 2 anos. Está tudo bem com ela, estava em casa como namorado. Estavam assustador, obviamente, mas é a primeira a dizer que não devemos prescindir da nossa liberdade. Isso é o que eles querem.
    O que se viveu ontem em Paris vivem os refugiados todos os dias na Síria e Iraque, e por isso tiveram de fugir. Ainda ontem morreram também 200 pessoas no Iraque, mas disso ninguém quer saber, não nos toca porque é "lá longe". Isso é normal no ser humano, preocupamo-nos mais quando há proximidade. Mas lá está, há pessoas a sofrer e a morrer diariamente nas mãos do estado islâmico, não culpemos os refugiados pelo que se passou ontem, eles fogem disto mesmo. É preciso actuar lá, na origem do problema, e mesmo assim não ficará resolvido, pois eles estão bastante disseminados e há celulas por todo o lado.

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  7. Já andam por aí a dizer que a culpa é dos refugiados. Esses malandros não têm dinheiro para comer, porque gastam tudo bombas e espingardas.
    Há mentes tão mesquinhas, tão pequeninas, que só não metem dó, porque metem raiva.

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    1. Supõe-se que um dos terroristas tenha passado por refugiado, supostamente entrou através da Grécia...por isso...

      a mim não me espanta que no meio de quem é refugiado venha quem só queira fazer m****. Por isso é que acho bem que se faça uma triagem inicial e se depois existirem frutas podres pelo meio é recambiar quem só vem fazer asneiras para o local de origem.

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    2. frutas podres?? são pessoas anónimo, PESSOAS.

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    3. É essa triagem que a Europa não está a saber fazer. Aliás, a Europa parece que não sabe lidar com nada. As medidas, quando as há, vêm ao sabor das desgraças. Depois surgem as medidas radicais daqueles países que já se esqueceram que há pouco mais de duas décadas, também foram refugiados dos govenos de inspiração soviética. A própria Merkel devia ter vergonha na cara porque, como oriunda da RDA, devia lembrar-se que foi a União Europeia que pagou a integração desta na RFA, dando origem à Alemanha que conhecemos hoje.

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    4. Não anónimo das 16.03h quem fez aquilo em Paris não são pessoas, são animais, são bichos que não valem m*** nenhuma! Psicopatas incapazes de sentir qualquer empatia e ter noção do que são valores humanos.

      Se eles querem tanto matar que se matem a eles primeiro e deixem os inocentes em paz!

      E quando falei em frutas podres falo em todos aqueles que entraram na Europa só para receber regalias, assaltar, violar e tentar fugir à lei. Não falo dos pobres coitados que são boas pessoas e que querem somente encontrar paz.

      Veja as noticias de Calais e procure pelas agressões a policias, procure por policias hospitalizados derivado a esses "coitadinhos e PESSOAS" (a policia não são pessoas, pois não?), procure pelo esfaqueamento dos camionistas que passam as fronteiras e se recusam a ajudá-los a violar as leis, procure as noticias dos assaltos violentos que fazem na zona a tudo e a todos (falo de bens de luxo como ipads, iphones, tablets, etc e não de bens de primeira necessidade). Procure nas noticias quando começaram a aumentar as violações e as mortes nos países que os acolheram e, mais importante, onde acontecem e quem as faz...

      Pare de ver somente aquilo que a televisão portuguesa lhe mostra e leia e veja (como no youtube) o que muitos fazem à policia e a quem só anda a trabalhar.
      Para mim essa escória era recambiada para o buraco de onde saiu!
      E falo dessa gente e SOMENTE dessas aventesmas que nada valem. Não me estou a referir a quem está realmente a fugir da guerra, a quem vem, procura ajuda e aceita o que lhe podem dar.
      Mas refiro-me aos intolerantes, aos que metem comida fora, aos que violam mulheres nos campos somente porque são cristãs e não muçulmanas ou naqueles que mandam cristãos borda fora em alto mar só "porque sim".

      Veja as noticias internacionais, informe-se e depois talvez perceba porque é que alguns acham fundamental existir uma triagem e uma distinção clara entre refugiados e a escória da sociedade deles que está a tentar vir para cá.

      Por exemplo, o pai do menino Aylan vivia bem na Turquia, vivia fora dos campos de refugiados, tinham um apartamento, segurança, comida,etc. Mas por pura ganância enfiou os filhos e a mulher num barco sem condições nenhumas com o intuito único de chega à Europa e depois conseguir um voo para o Canadá onde a irmã vive com todas as mordomias e mais algumas. Todos os noticiários em Portugal mostraram o homem a chorar a morte desse "pai" e a sua "dor" mas nenhum disse que ele só o fez por pura ganância, porque ELE queria um implante dentário, ninguém disse que ELE era o único da familia de 4 que trazia um colete salva-vidas posto...coincidência? Pois sim... na religião deles o pai de familia é o membro mais importante...

      E agora suspeita-se que uma daquelas "PESSOAS" que passou a fronteira da Grécia como "refugiado coitadinho" afinal aproveitou a estadia em Paris para matar e aterrorizar os inocentes

      Se estas "PESSOAS" não são frutas podres não sei o que são. Aliás sei: para mim são a escória da humanidade, são pessoas em tudo similares ao Hitler e afins. Pessoas que, se tivessem oportunidade o matariam a si anónimo das 16.03h, aos seus pais, irmãos e filhos... e no final iriam gritar pelo "Allah" deles e iriam festejar como se tivessem feito a melhor acção das suas vidas. Mas não se preocupe porque eles matariam também qualquer muçulmano que não siga exatamente aquilo que, segundo eles, o profeta lhes mandou fazer.

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    5. Ora nem mais! Está na hora de separar o trigo do joio, ou melhor, os "coitadinhos" das pessoas que realmente necessitam e merecem ajuda.
      E não me venham dizer que todos merecem, por que quem rouba, mata e viola só tem é que voltar para donde nunca devia ter saído.

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  8. Assustador, mas medo, medo é melhor não ter... é o que eles querem.

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  9. Nem me digas nada :/ Tenho a minha mãe ali.... Estou triste, preocupada, desolada... :(
    Beijinho

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  10. Eu estava a preparar a minhas ferias ai funchal quando comecei a ver as noticias em toda a internet. E vivendo em Londres , tenho medo... que aqui seja o proximo alvo que tenha sempre de olhar por cima d ombro cada vez q sair de casa.
    Não sei como vai ser aseguir... hoje fecharam um dos aeroportos aqui.ameça de bomba! Sei q pa semana quando for apanhar o avião pa portugal ja nao vou ir descansada , !

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  11. Não podemos fingir que o problema não é nosso. Não nos podemos esquecer que fomos nós que andamos a meter o nariz no Médio oriente. Isto é a consequência... A Europa tem de agir. Os refugiados, esses, só temos de os aceitar. É por culpa nossa que eles estão a precisar de sair dos países deles. Os terroristas tanto entram pelas fronteiras a pé como por avião. Culpem a Europa, os Estados Unidos a Rússia etc pelo que aconteceu em Paris. Esses são os verdadeiros culpados. Talvez também sejamos terroristas...

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  12. Estamos todos com medo. Há tanta coisa a mudar neste mundo doente, que é difícil saber por onde começar...

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  13. Eu estava no trabalho quando começaram a sair as noticias. Metade da minha familia vive em Paris, como deves imaginar nunca mais descansei até saber que estavam todos bem. Felizmente estavam, mas cento e tal familias não tiveram a mesma sorte. Não quero também ser extremista, mas acho que chegou a altura de tomarmos uma posição a sério contra estes insectos. Não quero que a próxima ve seja á minha porta ou á porta dos meus.

    Um beijinho **

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  14. Tenho família em Paris, foi um momento dificil :( só queria saber se estavam todos bem e felizmente tiveram a sorte de nao ter acontecido nada! Não sei como existem pessoas capazes de tal crueldade :(

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  15. assustador e muito triste o que fizeram em Paris

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  16. Não tenho medo de nenhum homem, nenhum mesmo, mas estes seres não são humanos. Já fui a Paris estive lá quase uma semana e andei sepre a butes. Podia-me ter calhado a mim a fava, e eu nem hipótese de me defender de igual para igual poderia. Porque "eles" pessoas não serão.

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  17. São uns cobardes, atacam pessoas sem estas terem as mesmas armas
    Mark Margo
    www.markmargo.net (site cor de rosa de celebridades e cinema)

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  18. sinto o mesmo que tu, cada vez mais medo

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  19. Eu adoro um filme francês chamado Amelie Poulain, ou melhor: O fabuloso destino de Amelie Poulain. Uma frase desse filme que nunca me saiu da mente diz que são tempos difíceis para os sonhadores, e todas as vezes que vejo as barbáries que ocorrem pelo mundo, reafirmo que são tempos realmente difíceis para os sonhadores, ah, como são! O que mais me assusta é perceber que muito sangue tem sido derramado em nome de uma fé, de uma crença, ou de um sei lá o quê... Infelizmente, estamos muito longe do que cantava John Lennon com "Imagine", mas eu ainda sou uma sonhadora e sigo com fé de que um dia teremos de fato a união dos povos, "living life in peace". Quem sabe um dia...

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