A 10 de Agosto era publicado um cartoon no Diário de Notícias sobre o ébola. Mais do que retratar a violência do vírus, sublinhava a diferença com que os casos registados em África e no Ocidente são tratados pela comunicação social. Ultrapassou fronteiras e chegou a vários países, sob o olhar atento da imprensa, a própria que era alvo de crítica. Nas redes sociais, o cartoon tornou-se viral. Era uma representação “perturbadora”, “precisa” e “verdadeira” de uma realidade que deixou de ser distante e já está na Europa e nos Estados Unidos.
O cartoon de André Carrilho, comentado pelo Público.
Em pequenas coisas se vê como o mundo, esse sacana, é preconceituoso. Enquanto o ébola estava só em África, ninguém ligava. Dezenas, centenas, milhares de casos - tudo calmo. Um caso, dois casos, três casos na Europa - o pânico.
É verdade, agora já todos ligam e se preocupam...
ResponderEliminarTens toda a razão!!!!
ResponderEliminarÉ horrível ver estas diferenças....
ResponderEliminarCompletamente verdade. É triste que em pleno século XXI ainda existam diferenças tão grotescas entre povos.
ResponderEliminarHá coisas que (infelizmente) não mudam.
ResponderEliminarHá 10 anos atrás queixava-se o meu pai que o racismo dos media lhe metiam nojo. Racismo esse mostrado quando, no tsunami na Tailândia se mostravam imagens de corpos espalhados no chão -de adultos, idosos, crianças - desde que fossem dos nativos... quando era para mostrar os corpos de ocidentais brancos as imagens eram distorcidas. 10 anos depois e a vida dos outros continua a valer menos que a "nossa"... ou pelo menos, dão essa ideia.
É tão triste.
Este mundo que vivemos não tem emenda...
ResponderEliminarÉ tão triste. Sabes que (não tem nada a ver... mas pronto) o meu pai faleceu de lupus, com 36 anos. É uma doença auto imune que ocorre com muito mais frequencia em paises africanos. Ele faleceu ha 22 anos atrás. Tudo o que se sabia na altura era que era auto-imune, que não era contagioso, que não tinha cura, e que ocorria em paises africanos com maior incidencia. Ou seja... os estudos eram nulos. Desde que começou a atingir Estados Unidos, Europa etc , já é uma doença muito menos "mortal" . Existem já diversos estudos... embora não seja epidémico. Isto concluindo que é preciso atingir o "primeiro mundo" para que algo seja feito. Enquanto é "lá longe" ninguem quer saber. Que morram... Como lido com a perda desde muito cedo... é algo que me transcende e revolta profundamente. Beijinhos.
ResponderEliminarTodos os casos são preocupantes.
ResponderEliminarMas obviamente se há suspeitas (ou pior, confirmações) da presença do vírus num determinado país, esse país tem que tomar medidas e aumentar o nível de precupação e de emergência sob o caso. Não faz sentido sabermos que há casos em portugal e não ligar nenhuma...
O ser humano é um "povinho" muito pouco humano
ResponderEliminarO pânico é tão grande pela Europa que na aqui na Europa Central, acompanhei uma amiga ao hospital com sintomas semelhantes ao Ébola, ela ficou em total isolamento durante quatro dias e mandaram-me ir embora sem fazer qualquer teste, mesmo sabendo que estava em contacto directo com uma possível infectada por Ébola. Felizmente foi uma gastroenterite bem chata.
ResponderEliminarComo ouvi por algumas vezes no metro " O Ébola é uma doença de pretos". Posto isto, não há muito mais a comentar. Enquanto existirem estes preconceitos, nada muda.
ResponderEliminaré f*dido -.-
ResponderEliminarIsto preocupa...
ResponderEliminarE desconfio que irá ser sempre assim, não é justo, mas mudar estes tipo de pensamentos demora gerações, no meio desta miséria de mentes haja pelo menos o reconhecimento ao André.
ResponderEliminarbeijinhos
Sim, chega a ser indecente!
ResponderEliminarHá várias espécies de seres humanos...
ResponderEliminarE eu sempre hei-de afirmar... continuamos a ser senhores coloniais! Enfim...
ResponderEliminarPena as pessoas não repararem noutras epidemias mundiais tão ou mais graves que o Ébola...
ResponderEliminar