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Violência

Quando ouço falar de vítimas de violência doméstica, seja ela física ou psicológica, um dos primeiros pensamentos que tenho é "não têm família"?

Não têm família na qual podem confiar? Não têm família daquela mesmo boa, para lhes deitar a mão? Amigos?

Tenho a certeza absoluta de que se um dia tal me acontecesse tinha uma mãe e uma tia com personalidade tramada, daquelas que não admitem nada a ninguém. E tenho um tio hiper protector, uma irmã muito presente. Nunca sentiria que tinha de passar por uma situação assim sozinha. Não estou a culpabilizar a família, pelo amor da santa, a família não tem culpa... mas se eu sequer imaginasse que alguém da minha família ou alguma amiga passava por algo assim, era terminantemente incapaz de ficar quieta. Chocam-me as pessoas que nada fazem para ajudar.

Comentários

  1. Penso o mesmo. Mas às vezes a família não sabe.

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  2. Obviamente que analisas este problema de forma básica, uma pessoa que sofra de violência doméstica tem uma percepção alterada da situação em que se encontra e muitas vezes é ela que não aceita ajuda.

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  3. S*,
    Apercebi-me recentemente que há quem durante anos a fio não cultive relações com a família nem com os amigos, quem sistematicamente viva de forma egoísta e ensimesmada e depois, quando confrontada com a necessidade de ter alguém em quem realmente confie, olha em volta e já não tem lá ninguém.

    Mais do que triste ou do que condenável, é um reflexo da maneira como o nosso comportamento define quem somos, para o bem e para o mal.

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  4. Oh S* há uns anos cheguei à conclusão que há quem goste... Só pode. Ajudei uma amiga numa situação assim. Passado pouco tempo ela voltou para ele e eu passei a ser a má da fita. Da amizade, por vontade dela, sobrou 0!!

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  5. E a mim. Há um caso no meu prédio que durante anos uma vizinha apanhou altos tareões, chegou a abrir a porta a gritar por ajuda e nem uma alma saiu de casa (possivelmente com medo da besta do marido). Mas ali a família não ajuda, visto que quando não era o marido era a mãe e hoje em dia se for preciso é o filho...

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  6. E tens outras situações.

    Por exemplo aquela em que alguém iniciou uma relação sem dizer nada a ninguém, ou porque a família e os amigos eram contra, ou porque a pessoa achou que ninguém tinha nada de saber da sua vida, e agora sentem vergonha de ir dizer à família e aos amigos que precisam de apoio e de ajuda.

    Nem se trata de a famílis ou os amigos não ajudarem. É a própria vítima que não pede ajuda.

    Porque há pessoas assim, para quem aquilo que os outros pensam e o facto de poderem "dizer mal" é mais importante que tudo.

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  7. jacintogerbera

    claro que analiso de forma básica. Felizmente não é uma situação com a qual me tenha confrontado, graças a Deus. Mas isso não me impede de ter uma opinião sobre a mesma... e é de lamentar que, muitas vezes, os familiares e os amigos pareçam não querer saber.

    Quantos de nós já ouvimos falar "a senhora X leva porrada do marido". Ai sim? Ai leva? E o que fizeram para resolver a questão? É fácil falar.

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  8. Concordo.
    Mas faz-me ainda mais impressão esta questão de sera própria vítima a esconder e a ocultar a situação. O que se passará na cabeça daquela pessoa para se calar perante tamanha brutalidade.

    Há relações doentias e é por isso que quando oiço alguém dizer "não seria capaz de viver sem ele/ela" fico sempre angustiada e que para mim os ciúmes nunca têm uma medida certa, porque rapidamente o valor dessa medida pode ser alterado sem aviso.

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  9. Completamente de acordo!
    Mas agora fizeste-me pensar, porque tenho uma amiga que está com uma perturbação psicológica vs alimentar, e não sei bem o que fazer "com ela", e o que mais me parece é que a família está ceguinha de todo, coisa que me choca, pois parece uma família muito presente.. Enfim!

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  10. Tenho um casal de vizinhos que brigam a toda a hora e nós sabemos que ele bate na mulher. O meu pai bateu à porta certa noite, eram altas horas da madrugada, e disse que ia chamar a GNR. Sabes qual foi a resposta dela? "Meta-se na sua vida, que eu nunca me meti na sua!".

    O meu pai acabou por chamar a GNR, alegando o barulho que ecoava pelo prédio, e quando lá chegaram atendeu o marido e desmentiu toda e qualquer agressão, sendo super educado com as autoridades.

    Há quem não aceite ajuda, pura e simplesmente. E há quem não possa aceitar!

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  11. Não é uma questão assim tão linear! As vitimas de violência doméstica vivem-no muitas vezes em silêncio por vergonha e medo.
    O que alegadamente aos olhos da sociedade seria uma coisa tão simples como fazer as malas e vir embora geralmente não o costuma ser. Ou porque há filhos e existe o pavor e as constantes ameaças de lhes raptar os filhos, ou por dependência económica...Até porque muitas vezes essas pessoas chegam a um estado mental lamentável... em que a auto-estima fica completamente de rastos e habituam-se a viver aterrorizadas.
    A família muitas vezes também tem medo do agressor...ou nem sabe... existem muitas variantes...o que leva a que não seja tão simples como sair ou ficar em casa!

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  12. S*, tu que acompanhas o meu blogue sabes que durante largos anos acompanhei de perto situações de violência doméstica. Na maioria das vezes, as vítimas sofrem "em silêncio" e escondem a situação principalmente da própria família. A maioria dizia-me que tinham vergonha que se soubesse. Parece mentira mas é verdade.

    Beijos

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  13. Só uma adenda. Depois existem aquelas mulheres para as quais serem "vítimas" de violência doméstica significa que são amadas.

    Finalmente, note-se que a violência doméstica não incide apenas sobre as mulheres.

    Bjs

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  14. NI, bem sei... mas vergonha do quê, valha-nos deus?! Confio tanto na minha família, sei que só querem o meu bem... não entendo esse tipo de pensamento.

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  15. A justiça portuguesa não protege a vítima... Não protege a vítima nem protege quem denuncia este tipo de situação.

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  16. O problema é que elas têm vergonha. Nunca percebi bem essa parte da vergonha de pedir ajuda a quem nos ama. Mas é o que as vitimas dizem sentir. Vergonha de assumirem o qão humilhadas são.

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  17. Acredita que à quem não tenha uma família à altura desta situação e muito menos amigos. Ainda à quem pense que entre marido e mulher não se mete a colher. E nós, quando estamos sozinhas a ajudar não conseguimos fazer muito. Sinto isso agora mais do que nunca e talvez ela também não queira muito ser ajudada. Tenho andado atrás, tenho feito tudo tudo o que posso mas não sei mais para onde me virar.

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  18. Não se trata de "não ter família", muitas pessoas que passam ou estão a passar por este tipo de situações, a maior parte das vezes tenta ocultar.

    Felizmente nunca passei por uma situação destas, mas se tal acontecesse, duvido bastante que deixasse a familía ou amigos resolver um problema que teria que ser única e exclusivamente eu a resolver.

    Os problemas na vida têm que ser encarados de frente e ir à luta, e penso eu nunca deixar ninguém resolvê-los por nós.

    A emotividade nunca foi boa conselheira, e aí pessoas muito próximas de nós podem não agir da melhor forma.

    Deve-se é procurar apoio dos professionais respectivos.

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  19. maria madeira, uma situação destas afecta todos os que nos rodeiam e amam. Ia precisar muito do apoio da família se passasse por isto. Ia precisar de uma nova casa. Ia precisar de apoio emocional. Ia precisar de ajuda, de abraços, de carinho, de palavras de apoio.

    Não me parece que uma vítima de violência tenha de lidar com isso sozinha.

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  20. Olá S*,
    As vitimas de violência doméstica raramente admitim que o são...muitas vezes as famílias sabem, mas a pessoa desmente sempre pois acham que um dia o agressor vai mudar.
    Muitos agressores para a familia, amigos e conhecidos são pessoas normais, mas depois em casa transformam-se!
    Não se pode dizer que uma vitima gosta de apanhar, ninguém gosta!! Mas às vezes são tão ameaçadas que têm medo de fugir ou de denunciar.
    Muitas vezes os agressores ameaçam a própria família, se a vitima contar alguma coisa...
    O assunto violência doméstica é muito delicado.
    É como os drogados ou os alcoolatras que só se curam de verdade quando querem e não quando os outros querem.
    Na violência doméstica também é assim. Só podemos ajudar quando as vitimas querem ser ajudadas. E eu sei que custa muito porque a minha mãe foi vitima durante muitos anos. Foi e é a luta da minha vida, até porque mesmo divorciada as coisas não têm sido fáceis...
    Outra coisa, quando se ouve uma discussão entre casais em que sabemos que há violência, em que ouvimos pedidos de socorro devemos chamar a policia. Não nos devemos meter a não ser que dominemos as artes marciais, pois pode ser pior para a vitima e ainda sobrar para nós!

    Beijinhos,
    XSs

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  21. Infelizmente é verdade!! Muitas têm familia, mas que só piora a situação, ainda acham e incentivam à submissão da mulher e que assim é que deve ser, que a mulher tem mais é que aguentar e que é uma verdadeira vergonha o divórcio mesmo pelas razões que mencionas-te!! Parece mentira mas ainda existe gente com estes pensamentos! :) kiss

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  22. S*, com certeza que não se tem de lidar com a situação, completamente sós, só que existem famílias diferentes da tua e maneiras de estar na vida também diferentes.

    Eu tenho uma amigo que apesar de já ser grandinho, precisa da mãe para tudo. A mim faz-me confusão.

    Este caso de violência doméstica, é completamente diferente por ser bastante grave, mas todos nós temos maneiras diferentes de encarar e resolver problemas.

    Confesso que sempre que tive problemas graves na minha vida, só contava aos meus pais depois de ter resolvido tudo. E quase sempre ficavam zangados comigo por não ter contado antes e não ter pedido ajuda.

    Se está errado, sei que está. Mas olha existem pessoas que são assim.
    Nem melhores, nem piores, apenas diferentes.

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  23. Também penso assim, e também fico chocada.
    Fico chocada muitas vezes, sem palavras, sem reacções térmicas, quando me apercebo que ainda há por aí muita mulher vítima de violência doméstica, mulheres que vivem diariamente cheias de medo, em constante sobressalto, fico chocada, e muito!

    http://viradadoavesso-katie.blogspot.pt/

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  24. Atenção:

    Eu não digo para se meterem NO MEIO da discussão, pois o homem (ou mulher, se for a mulher a agressora) pode passar-se de todo. O que eu digo é para:

    1. Se ouvirem gritos e pedidos de ajuda, chamem a polícia.

    2 - Toquem a porra da campainha. Gritem. Mostrem que estão a ouvir tudo!

    3 - Tentem falar com a vítima quando o agressor sair. ofereçam ajuda. Ofereçam casa, comida e roupa lavada. Mostrem-se disponíveis para ajudar.

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  25. nunca leste sobre violência doméstica nem estiveste perto de uma situação dessas. é o mal das opiniões banais de senso comum que nem sequer compreendem a lavagem cerebral que alguém leva até chegar ao ponto de ser incapaz de pedir ajuda ou compreender que é digna de uma vida melhor. Os agressores não batem na mulher no primeiro dia de namoro, constroem a relação, alimentam-na e destroem lentamente a sua auto-estima e independência. Achas que serias capaz de resistir a uma situação destas e, no entanto, nem sequer és capaz de compreender que não te aperceberias que estás nessa situação até ser tarde demais. Quem te ofende é alguém que te ama (supostamente) e a quem tu amas, logo tu depositas verdade naquilo que ele te diz e crês que as suas afirmações sejam de facto para alimentar o teu bem-estar. Ninguém está isento de sofrer de violência doméstica, seja ela psicológica ou física.

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  26. S*,
    É um assunto complexo. Antes fosse tão fácil de resolver como o teu post faz parecer.
    Além das razões já invocadas nos comentários anteriores, não te esqueças que, geralmente, a primeira coisa que o agressor faz, ainda antes (ou a par) das primeiras agressões, é isolar a vítima. Os contactos com a familia e amigos tornam-se, se não raros, superficiais. Quando chega o momento de pedir ajuda (e esse momento é dificil de identificar, pois como já foi dito acima, há sempre a esperança de que as coisas mudem e quando se adquire verdadeira consciência de que esse momento já passou há muito, geralmente a vítima já não é uma pessoa, é um farrapo), dizia eu que quando chega o momento de pedir ajuda, já não há por onde, a vitima sente que não tem ninguém. E na verdade não tem, há muito que foi afastada de quem lhe podia valer.
    A primeira coisa que o agressor consegue, acredita, é destruir a personalidade do agredido. E nem precisa de se esforçar muito, é uma consequência natural do tipo de relacionamento que se vai instalando entre os dois.
    É um assunto complexo, repito.

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  27. nêta por isso mesmo acredito que este é um mal (bota mal nisto...) que deve ser evitado logo desde o início. Não aceitando ciúmes injustificados. Não tolerando afastamentos de familiares. Não admitindo actos possessivos e doentios. Acredito que a maioria dos agressores vai dando "sinais" de que não é boa pessoa antes de passar ás agressões propriamente ditas.

    Nunca disse que seria fácil. Bem sei que não é simples. Quero é que as pessoas percebam que é sua OBRIGAÇÃO denunciar casos destes. Que é sua obrigação, enquanto seres humanos e com sentimentos, tentar dar a mão a quem precisa de ajuda.

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  28. Vamos lá ver uma coisa, jacintogerbera... que não concordes com a minha opinião, é uma coisa. Agora que me digas que nunca li sobre o assunto? Mas como é que sabes que nunca li sobre o assunto? Por acaso até já li bastante sobre o assunto. Já li uns artigos científicos e devoro tudo o que saia na imprensa sobre o assunto - justamente porque me interessa. Não concordas, óptimo. Agora dizeres que é uma opinião banal, alto e pára o baile. Fica com a tua e fica com a minha. Eu respeito a tua, se faz favor respeita a minha.

    Tal como disse acima, nunca lidei com uma situação do género, mas sei que se notasse algo de estranho num familiar ou numa amiga faria TUDO para a ajudar. É a isso que se refere o meu post. Pedir às pessoas para que ajudem as vítimas.

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  29. Mimi tens amigas. Eu gosto de ti. Bem sei que raramente estamos juntas, mas gosto de ti e ajudo-te no que precisares.

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  30. Querida S*,
    conheço uma pessoa da minha idade vitima de violência doméstica e a última coisa que lhe falta é o apoio da familia e amigos. Por muito que chamem à atenção ela não o deixa. Às vezes até podem chamar a policia mas se a vitima negar nada serve.
    Julgo que o problema dessas pessoas consiste na falta de auto-estima, do medo de ficar sem ninguém porque pensam que não prestam para nada. Muitas vezes os próprios companheiros as rebaixam para ficarem dependentes deles, como se fossem os únicos a aceita-las. Enfim ... é um assunto dificil.

    Bjokas

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  31. mesmo, mas por vezes a família está longe, a pessoa fica com medo,é ameaçada...mas porra, n tem k aceitar isso.
    Conheço um caso e quem sofre são os filhos, que vem contar n sua inocência o que se passa.

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  32. Também penso muitas vezes assim,mas...será que têm uma família com quem contar?

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  33. Eu até posso entender a posição dos amigos em não se quererem "meter" no assunto, agora a família...uma mãe, um pai, um irmão...não entendo mesmo.

    http://chicca-maria.blogspot.pt/

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  34. Infelizmente fofa não falta gente que não tem família, para além disso vive num jogo doentio de coação e a violência psicológica, a humilhação, as ameaças, muitas vezes impedem até quem tem família e amigos de falar... De partilhar, de acusar o agressor/a.
    É um assunto assustador, e muito complexo...

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  35. Para além da vergonha de assumir o que se passa, de acusarem alguém que pensam amar porque a sua visão do que é amor está totalmente distorcida...
    Haveria tanto para dizer. bjos

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  36. é simples o meu raciocínio: se tivesses lido sobre o assunto, não poderias escrever algo banal sobre violência doméstica porque quem aborda a temática sabe que é muito mais complexo do que aquilo que referiste.

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  37. Eu infelizmente tenho pessoas próximas que passaram por isto e vivi de perto todo este processo. Digo-vos que a coisa não varia assim tanto de caso para caso.No fundo a vitima tem querer saltar fora caso contrário vamo-nos meter na confusão para nada e em x de se estar a ajudar, está-se é a prejudicar.
    É fácil falarmos quando estamos de fora da situação, mas se estivessem dentro acreditem que se iam espantar e cometer (talvez) os mesmos erros.Estar perto da pessoa - Sempre, sabermos demonstrar que estamos ali sempre que presente - Sempre, fazermos ver que há formas de sair da situação - Sempre, mas se ela não quiser sair dali, armar-mo-nos em herois não adianta de nada.

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  38. Bem posso dizer que já sofri de violência (quase) doméstica, olha nem sei o que lhe chamar. Ainda assim, na altura, contei a poucas amigas que...umas por me estarem sempre a ouvir dizer que não queria que fizessem nada se afastaram. E outras que por estarem fartas de me ouvir falar, estiveram a um triz de ligar para a polícia ou assim. Mas acabou tudo em bem e não envolveu policia!! ;)

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