Fiquei mesmo chateada com a reportagem da Sic, desta noite. Não sei qual era a cunha da rapariga, de quem é que ela é amiga ou o raio. Mas a reportagem foi feia, de mau gosto e, de certa forma, ofensiva.
Ora bem, a reportagem rodava em torno de um livro escrito pela Marta, uma rapariga de 16 anos. No livro, a rapariga falava de como teve de aprender a lidar com a paralisia cerebral da irmã mais nova. Até aqui, tudo bem.
Mas não gostei (mesmo) do tom da reportagem. Como se a Marta fosse uma heroína. Como se a Marta tivesse feito algo de especial. A Marta limitou-se a lidar com a deficiência da irmã. Que mais poderia fazer? Deitá-la fora?! Todas as pessoas decentes amam a sua família, com ou sem deficiência. Todas as pessoas decentes cuidam dos "seus", doentes ou não.
A Marta disse que ela e os pais "abdicaram de muita coisa" para cuidar da irmã. Não era suposto tê-lo feito?
A Marta não é heroína. A Marta limitou-se a ser uma irmã como deve ser. Heroína, no máximo, é a irmã da Marta. A menina que nasceu com paralisia cerebral. A menina que não fala, não anda, não se expressa... a menina totalmente dependente. Essa sim, merece louvores. O esforço da Marta é nobre e merece elogios, mas não é uma coisa espectacular. É o normal, entre pessoas que se amam.
Fiquei ainda mais indignada com o pedido final... Ui coitadinha da Martinha, que quer tanto estudar investigação forense (como os CSI) e os pais não têm dinheiro para a pôr numa privada. Mas a Marta quer tanto... quer tanto estudar aquilo... Estão a gozar comigo? O que raio tem o cu a ver com as calças? Reportagem feia e obviamente encomendada. Revoltou-me o tipo de jornalismo.
Ora bem, a reportagem rodava em torno de um livro escrito pela Marta, uma rapariga de 16 anos. No livro, a rapariga falava de como teve de aprender a lidar com a paralisia cerebral da irmã mais nova. Até aqui, tudo bem.
Mas não gostei (mesmo) do tom da reportagem. Como se a Marta fosse uma heroína. Como se a Marta tivesse feito algo de especial. A Marta limitou-se a lidar com a deficiência da irmã. Que mais poderia fazer? Deitá-la fora?! Todas as pessoas decentes amam a sua família, com ou sem deficiência. Todas as pessoas decentes cuidam dos "seus", doentes ou não.
A Marta disse que ela e os pais "abdicaram de muita coisa" para cuidar da irmã. Não era suposto tê-lo feito?
A Marta não é heroína. A Marta limitou-se a ser uma irmã como deve ser. Heroína, no máximo, é a irmã da Marta. A menina que nasceu com paralisia cerebral. A menina que não fala, não anda, não se expressa... a menina totalmente dependente. Essa sim, merece louvores. O esforço da Marta é nobre e merece elogios, mas não é uma coisa espectacular. É o normal, entre pessoas que se amam.
Fiquei ainda mais indignada com o pedido final... Ui coitadinha da Martinha, que quer tanto estudar investigação forense (como os CSI) e os pais não têm dinheiro para a pôr numa privada. Mas a Marta quer tanto... quer tanto estudar aquilo... Estão a gozar comigo? O que raio tem o cu a ver com as calças? Reportagem feia e obviamente encomendada. Revoltou-me o tipo de jornalismo.
Eu vi essa reportagem e achei exactamente o mesmo. Os meus pais "ai coitadinha da miúda" e não sei quê. E havia certos queixumes sem fundamentos, queixaram-se que estavam sem dinheiro e têm uma casa tão grande. Aquilo que eu achei mais flagrante foi mesmo dizerem que são pessoas de coragem por terem uma filha assim e por viverem bem com ela e não a trocarem por mais nenhuma. Primeiro, que remédio. Segundo, é puro egoísmo aquela rapariga não ter tido a vide interrompida. Os pais não queriam perder a filha. Mas alguém pensou nela?Pensaram foi neles. Alguém pensou na vida de porcaria que ela leva?
ResponderEliminar**
Penso que ambas as partes estão vivendo uma luta além do que nos é imposta no dia a dia. Nem sempre os que lutam tem sua glória. A vida muitas vezes é bem dura.
ResponderEliminarnão podia estar mais de acordo...
ResponderEliminarEu acabei de ver a apresentação da reportagem no facebook e não entendi o motivo dela. Mas ainda não vi. Tenho que a procurar.
ResponderEliminarHum, não vi a reportagem.
ResponderEliminarnão vi a reportagem, mas fogo, pelo que descreves é mesmo vergonhoso! eu também já passei por muito e não vou para a tv fazer uma reportagem sobre a minha vida, ah e tal coitadinha de mim. ah porra. e se a martinha quer estudar ciências forenses, pode vir para a universidade do porto, faculdade de direito, não é privada, e existe esse curso. só tem de ter boa média.
ResponderEliminarLyn, parece-me que eles não tiverem opção...foi uma falha na alimentação por falência da placenta às 38 semanas.
ResponderEliminarReportagem pareceu-me de facto confusa, mas para quem filhos com problemas (paralisia e fases más da adolescência...)é sempre bom ver estes casos...
Casa grande já tinham, provavelmente, não? Não sabemos detalhes. Talvez tenham conseguido mantê-la. Qual a vantagem de vender? Alugar pode não resolver, depende do q pagam.
Filipa, certamente. Estudei ao lado da FDUP e lembrei-me logo que têm o curso. Sacrifícios... venha para o Porto e estude na pública. E se não tem dinheiro, peça bolsa.
ResponderEliminarNão vi, não sabia que ia dar e mesmo que soubesse não via, porque não gosto de ver esse tipo de reportagem, onde as pessoas são "vitimizadas" ou se "vitimizam".
ResponderEliminarPois claro que os pobres vivem com dificuldades. E no caso desses ainda será mais difícil. No entanto o pseudo jornalismo gosta de fazer da desgraça um "pugrama recreativo" e há quem se preste a isso.
Faculdade privada, para quê? Por ser "fino"?
Quem quer muito uma coisa, luta por ela. É bom que os pais mentalizem os adolescentes que a média do secundário é uma coisa séria que pode fazer a diferença entre tirar um curso, ou ir lavar o chão de Centros Comerciais.
Eu dizia à minha miúda:
- Estás a ver aquelas tipas ainda novas, que andam ali, a varrer a rua?
Se não te agarras aos livros, compro-te um fato amarelo e verde e uma vassoura eheheh.
Pela lógica, tirando a parte do livro e da deficiência da irmã... (quase) TODOS nós que por aqui anda-mos e queremos (ou temos) um curso superior temos de fazer sacrifícios...
ResponderEliminarEu se entrar não irei para muito longe, venho todos os dias para casa, mas e aqueles que vão para lá do longe que só são a casa de 15 em 15 dias?! sabe-se lá o esforço que os pais fazem para que eles permaneçam a estudar... É muito mau haver gente que se aproveita de umas coisas para meter cunhas na vida futura..!
Não vi o noticiário da SIC, mas pelo que dizes, parece mesmo um exagero...
ResponderEliminarNão concordo nada. E o que ela fez, não é especial? O facto de ser a obrigação dela como irmã não torna o facto dela ter de trocar a descontracção dos brinquedos pelo aspirador de secreções da irmã menos especial. O facto de ser o dever dela como irmã não faz dela menos "heroína" por crescer com responsabilidades que os outros miúdos não têm. É extremamente difícil lidar com aquilo que nos é imposto, e que não escolhemos. A deficiência nunca é uma escolha, e como tal, não é nada, nada fácil cuidar de alguém com deficiência, e todos os que o fazem, incluindo a Marta, são, a meu ver, heróis. E acho um bocado injusto reduzir o esforço e o sacrifício destas pessoas (nesta reportagem representadas pela Marta) a "ser a obrigação delas ou o papel delas como familiares".
ResponderEliminarPeço desculpa pelo comment tão longo =)
Ahh? cunha na certa.... não podia concordar mais.... Mas pronto... nada de novo, reportagens parvas e sensacionalistas como se gosta por aqui..... Coitadinha da Marta, que tal trabalhar, que tal sair de casa e ir à luta??? Ohhhh meu Deus....
ResponderEliminarA miúda que deixe de ver o AXN, que isso passa-lhe. Só estranho isso ter dado na SIC, pois parece-me mais como o material típico da TVI.
ResponderEliminarordinarygirl, penso que não entendeste a totalidade do meu texto. Eu não disse que o esforço dela (e dos pais) não era louvável... disse sim que esse esforço era obrigatório. Pelo menos para mim, que amo a minha família, é um esforço óbvio, nem sequer se poderia colocar outra hipótese. E, quando se ama a família, não é uma coisa que se faça de má vontade... faz-se e pronto. Não invalida o facto de ser um esforço custoso (certamente que o é).
ResponderEliminarNo entanto, a minha crítica vai para o facto de a reportagem tentar enobrecer a ajuda dada à irmã. É um acto nobre, claro, mas também me parece um acto óbvio, para com alguém do nosso sangue. Não acho que seja uma novidade digna de louvor.
Pior pior foi a referência ao facto de a Marta querer ir estudar para uma faculdade privada... isso foi um uso claro e óbvio do sofrimento da irmã. Achei feio e repito: foi feio. A reportagem devia ter por base o livro da Marta e os sacrifícios da família... nunca deveria ser para pedir ajuda para a menina poder ir para uma privada. Ainda por cima, para uma privada. Existe uma pública (a FDUP, no Porto) com o mesmo curso.
é por estas e por outras que eu e a televisão cortámos relações...
ResponderEliminar"Como se a Marta fosse uma heroína. Como se a Marta tivesse feito algo de especial. A Marta limitou-se a lidar com a deficiência da irmã"
ResponderEliminarMas mais uma vez, o facto de ser um esforço óbvio, como dizes, também não deve implicar que não possa merecer enaltecimento e louvor, que não seja especial. O facto de ser obrigatório, a meu ver, não deve poupar elogios, não torna o gesto banal. Acho que é natureza humana admirar e aplaudir as coisas difíceis. Até dou um exemplo (despropositado ou não, é o melhor que encontro agora): um bombeiro, que recebe um louvor público, por causa de determinado salvamento. É a profissão dele, a obrigação dele, e recebeu formação para isso. Mas as pessoas admiram, louvam, e agradecem na mesma.
Percebo a tua crítica relativamente ao assunto do curso superior. Se alguém quiser ajudar a miúda, não me faz grande confusão. A mim não me pareceu uma reportagem "encomendada" nesse sentido, mas caso assim seja, também acho mal.
uma boa semana =)**
Não vi...mas se assim foi...caiu mal, certamente.
ResponderEliminarHá tanta gente que, pelos mais diversos motivos, tem de "cuidar dos seus"...como é e deve ser...e, no entanto, permanecem no anonimato: pessoas que vivem um cancro de um fmiliar, ou as mazelas de um jovem marcado para a vida depois de um acidente, por exemplo...e é com força de vontad, dignidade e muito amor que o fazem. nao carecem de vir para a "via pública" anunciar os sacrifícios, eu acho!
Mas como disse, não vi...não quero dizer muito mais....
O sensacionalismo é o que vende e aposto que neste momento a conta da dita família está já carregada de Euros! Não tarda vão a Cancun!
ResponderEliminarOrdinary, claro que o acto não deixa de ser louvável. Uma pessoa boa merece sempre elogios. Mas quando uma pessoa se gaba dos sacrifícios que faz, começo a torcer o nariz. ;)
ResponderEliminarEu também achei a reportagem feita por encomenda. Não deixo de louvar a Marta pelo livro, mas a certo ponto...perdi-me. Afinal não era sobre o livro?!Sacrificios na vida todos fazemos, e especialmente quem tem de lidar com deficiencias é posto à prova todos os dias (e eu vivo com isso toda a vida), mas nem por isso me vitimizei ou fiz loucuras. Estudei a 200kms de casa, quando nem sequer tinha idade para tirar a carta, quando nem sequer havia transportes que me levassem lá directamente e demorava um dia interinho a precorrer quase 500kms de autocarro para ir a casa.E olha, não morri, tive o smeus sonhos e conquistei-os, mais depressa ou mais devagar mas conquistei e nunca pedi nada a ninguém. A tal Marta não é um ser superior a qualquer um de nós só porque tem jeito para a escrita. E gostava de ir para uma faculdade privada?!Olha eu também de ter tido muita coisa. Não deu, mas fui por outros caminhos que me conduziam ao mesmo fim! :)
ResponderEliminarNão deve ser fácil ter um familiar com deficiência. A vida muda 180º e as prioridades passam a ser as da do familiar deficiente e não as deles. Imagino que a Marta não tenha uma vida fácil, nem a sua familia. E asmitir isto não quer dizer que não amem a irmã.
ResponderEliminarAcho que o livro pode ser também uma fonte de rendimentos, e que se ajuda tanto outras causas porquê não ajudar a Marta? ainda agora todos nós vamos pagar pelo BPN e não se ajuda a Marta?
Concordo que o tom da reportagem não tenha sido o melhor e que o jornalismo esteja a não ser isento, nem o mais profissional possivel, mas isso não impede que se chame à atenção para a Marta e para a famíla dela, que tem o pai desempregado e que o subsidio que o estado dá à irmã no futuro venha a ser cortado.
Subscrevo a 100%!!
ResponderEliminarAcho terrível utilizarem a doença de uma criança para enaltecer outra, desta maneira assim tão pública. Acho que a Marta, e os pais, não fizeram mais que a obrigação e o que acho estranho é pensarem que têm de trazer isso à praça pública. Iam ignorar a filha? Não terá sido uma vida fácil e simples, mas daí a terem esta atitude... não entendo.
ResponderEliminarE já agora, peço desculpa, mas o curso de Ciências Forenses só existe em duas faculdades em Portugal, sendo ambas privadas, uma em Lisboa e outra no Porto. A do Porto a que se referem, e que é pública, tem apenas um Mestrado e não uma Licenciatura.
(Sei isto porque frequento o curso de Ciências Forenses, em Lisboa) :)
Alexandra, a FDUP tem uma licenciatura que é em Criminologia, que já agora deve ser super gira. ;) Realmente não é o mesmo... mas vai lá dar. :)
ResponderEliminarE concordo exactamente contigo. Fizeram a sua obrigação.
Concordo plenamente contigo.
ResponderEliminarParece é que a miúda se quis servir da deficiência da irmã para ganhar alguma fama e dinheiro para o tal curso.
A Criminologia é a vertente mais ligada ao Direito e à Sociologia. Trust me, Ciências Forenses é muiiiiiiito mais giro! :) (Sou suspeita mas o curso é só brutal!)
ResponderEliminarJá te leio há um bom tempo mas só hoje é que me deu para comentar. Não costumo fazê-lo mas já agora, digo que gosto muito do que escreves e da forma como o fazes. :)
Alexandra, acredito... deve ser um curso super interessante. É uma área que me fascina. :)
ResponderEliminarObrigada... volta sempre. :)
A reportagem foi uma bosta. Sim, uma rubrica que até costuma ser muito interessante, desta vez foi uma feira de enchidos. D'accord.
ResponderEliminarAgora... "a menina totalmente dependente. Essa sim, merece louvores."? Louvores por ter nascido disfuncional? Ou por aguentar estoicamente os litros de baba que lhe escorrem do queixo? Essa merece pena, só. Mais nada.
E só porque com estas coisas não se brinca é que não acho que a reportagem mereça tal repúdio. De certa forma até pode encaixar na gaveta da caridade.
Para além de que temos todos pelo menos mais tres canais, basta carregar no botão. Ou ir ler um livro. Olha, agora ando cá com o García Marques...
Ah Wolve, não eram louvores no sentido literal da palavra... pena sim, o mais indicado.
ResponderEliminarMuito sinceramnte faz-me mais cócegas que o governo, depois de ter comprado o BPN, agora ainda tenha que pagar para que lhe fiquem com ele, do que a Sic tenha gasto 40 minutos a fazer publicidade para que uma miuda com uma irmã estragada possa ir para a universidade como faria se não houvesse aquela despesa...
ResponderEliminarWolve, uma coisa pouco se relaciona com a outra. :) Mas entendi o teu lado... de facto, nada tem de mal. Mas é tendencioso e o jornalismo não o deveria ser. Defeito de profissão, reparar nessas coisas.
ResponderEliminarBem, um amigo meu clama a toda a hora que o unico presidente não eleito do mundo é o que manda mais em todos nós (o do BCE), e que a britney spears é uma ferramenta de controlo criada pela CIA, ao mesmo tempo que brada aos céus que os media só servem para nos dizer o que não nos serve de nada saber. Uma espécie de "esconder a verdade contando-a".
ResponderEliminarNão vejo como é que podemos clamar por bom jornalismo quando as 4 estações e todas as rádios (e disto deves saber bem) compram as notícias a apenas duas agências - até porque não deve haver muitas mais...
Ah, já agora, o Echelon continua a funcionar, e os teus mails são todos lidos tanto por americanos como por chineses, tem cuidado com as correntes!...
Wolve, no que toca às rádios... A rádio nacional onde estagiei lidava com 4 ou 5 agências, uma nacional e as restantes internacionais. :)
ResponderEliminarQuanto ao sítio onde estou, só trabalhamos com a agência nacional. :) E não preciso de mais nenhuma... as minhas notícias sou eu quem as faz, recuso comprar feito. Só compro aquilo que não consigo fazer. ;)
Mas lá nisso, dou-te razão.
ena, haverás de me dizer em que rádio estás, sinceramente quero ouvir! E como é que recebes as notícias? (dsc, sou um curioso nato...) A rádio tem alguma espécie de licença ou contrato com as agências? recebem pacotinhos de notícias?
ResponderEliminarSinceramente eu sempre que quero saber alguma coisa de Portugal, leio imprensa estrangeira, maioritariamente na Net. Basta que as tvs passam todas o mesmo telejornal, duas vezes no mesmo dia. em época de férias então é secante.
Bjinhos
Wolve, eu trabalho, como já referi várias vezes, num órgão nacional. Ambos sabemos que a Lusa é nacional. OK, tem uma secção mais regional mas não trabalha tantos temas regionais como um órgão apenas regional. Obviamente que um jornal ou uma rádio daqui vai buscar aqueles temas mais "pequenos" que a Lusa não pega. Parece-me simples de entender.
ResponderEliminarComo recebo as notícias? Em pacotinhos? Honestamente não gostei do tom de gozo. Estando tu ligado à área, sabes que recebemos dezenas e dezenas de emails por dia. Emails com informação e emails de agenda. Recebemos faxes. Cartas. Temos "informadores". Temos convites. Além disso, procuramos evidentemente notícias... um telefonema aqui, outro ali...