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Infidelidade II

Não é uma resposta fácil. Não é algo a que possamos responder com 100% de certeza.

Sou muito orgulhosa. Muito nariz empinado, segura de mim mesma e sei o valor que tenho. Mas já tentei perdoar uma traição. Já fui traída (e bastante traída, diga-se de passagem). Doeu imenso, claro que doeu. Não aceitei as desculpas dele porque não passavam disso... de desculpas.

No entanto, tentei perdoar. Porque gostava imenso dele, porque achei que seria capaz de o conquistar e de ser conquistada de novo (estupidez tremenda...) . Porque acreditei que as pessoas são capazes de mudar.

Se valeu a pena? Não. É a resposta mais franca que posso dar, não valeu nada a pena. Se fosse hoje, tinha-lhe calçado os patins no segundo em que descobri.

Se hoje era capaz de tentar perdoar outra pessoa? Creio que não. A experiência já me mostrou que uma relação que sofre esse abalo dificilmente consegue recuperar. As discussões tornam-se constantes, os ciúmes aumentam exponencialmente. Toda e qualquer discussãozinha pequena serve para lhe atirarmos à cara a dor que nos causou.

Talvez um dia volte a pensar diferente, talvez um dia a vida me mostre que vale a pena perdoar... talvez um dia as circunstâncias sejam diferentes. Por agora, não perdoo. Sinto-me incapaz de lidar com essa falta de respeito. Ninguém quer uma relação amarga, cheia de rancor. Era isso que eu sentia.

Comentários

  1. Verdade.

    Há três coisas que nunca podem falhar numa relação: confiança, respeito e amor próprio.

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  2. Faz sentido, sim senhora! Acho MESMO (e apesar de estar numa relação há muitos anos, ou talvez também por isso) que não perdoaria uma traição. Isso matava a relação por completo. A confiança, o respeito, o carinho, a amizade, a preocupação, tudo!

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  3. Lá está, nesse caso foi assim porque ele se calhar não mudou suficientemente a tua forma de pensar e sentir. Mas assim como há relações que têm um término porque se acha que não dão mais e voltam a recomeçar, acho que há a possibilidade de se superar um momento desses. Depende muito da relação, depende muito da pessoa de que se trata, depende muito do momento que vivemos na vida. E não acho que retomar a relação seja humilhar-nos ou, como referes, ter que conquistar a pessoa que nos traiu. Ela é que tem que nos conquistar de novo.

    Eu acredito que haja casos de sucesso, acredito. Acredito que há situações em que se calhar até prova realmente os sentimentos, é um abanão. Também acredito que haja situações em que é uma valente borrada e só há um remédio. Depende. Depende se depois disso olham ambos na mesma direcção ou se jogam um contra ao outro. Atenção que, como disse, eu não perdoei, não esqueci, acho que não é desculpável. E após esse acontecimento vivi três anos feliz, com os meus fantasmas, sim, mas sempre partilhados e resolvidos a dois.

    Hoje olho para trás e sabendo da história toda e do seu final e, por momentos, na raiva, posso maldizer o dia em que aceitei continuar. Mas na altura foi a decisão certa, tomada em consciência, pelos dois. E não tive que abdicar da minha dignidade para seguir em frente. Sempre disse o que me ia na alma e fiz o que conseguia e deixei de fazer o que não conseguia. Porque estive algum tempo até sem lhe conseguir tocar, fisicamente. Se é triste, é. Mas tive os meus tempos e tudo se compôs. Erros todos nós podemos cometer, ninguém está livre, por pior que isso seja à distância. Mas ressalvo, é das piores coisas que pode existir, é. É uma falta de respeito tremenda. Mas acho que é ultrapassável dependendo de cada caso em concreto. No meu foi.

    Beijocas minina :)

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  4. Gostei imenso destes posts. É um tema tão delicado este... Eu acho que também teria essa forma de actuar...

    Acho que esta frase resume isto tudo: "Trust is like a mirror, you can fix it if its broke, but you can still see the crack in that motherfuckers reflection"


    XXX Fashion Victim Portugal

    http://fashionvictimpt.blogspot.com/

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  5. É muito difícil esquecer uma traição. Mas quem sabe o que faria sem passar por isso?

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  6. Não querendo falar da minha experiência pessoal (e que eu saiba nunca fui traída) há casos de sucesso... mas quando não vale a pena não vale.

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  7. Eu sou muito racional. Mesmo no amor. E não digo que seja impossível apaixonar-me por outra pessoa que não o meu marido. Mas do que tenho a certeza, é que nunca me envolverei fisicamente com ninguém enquanto estiver com ele. Se o que sentir por outra pessoa for calor do momento e apenas isso, fico-me por imaginar como seria e acabou. Se realmente crescer um sentimento mais forte, poderá aguardar por uma conversa séria com o meu marido, explicando tudo o que se passa sem lhe faltar ao respeito. Desta forma, não espero menos do meu parceiro. Quero sinceridade e respeito. Mesmo na fase pré-traição. Porque não conversar sobre essas tais situações que podem levar o outro a ponderar, muito antes de chegar a extremos?

    Enfim... acho que a pessoa com quem eu estiver tem que ter cabecinha suficiente para controlar esses impulsos. E atenção que, ao contrário do que leio muitas vezes, não considero traição coisas não físicas ou pelo menos não verbalizadas. Se ele fantasiar com outra pessoa em determinada situação...para já é provável que ele não admita e eu nunca vou saber. Depois, é complicado controlar essas coisas. Por isso para mim a parte mais importante é "controlar-se" quando é preciso:) E falar, falar sobre tudo!

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  8. Também já fui traída. E terminamos tudo. Mas depois voltamos e hoje arrependo-me de ter "perdoado" esse falta de respeito.

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  9. A traição é um tema muito delicado... eu acho que nunca seria capaz de perdoar, mas só quando vivemos a situação é que sabemos o que fazer... e há coisas que conseguimos perdoar, mesmo que para os outros pareça impossível. chama-se amor. e isso tem tanto que se lhe diga!

    =) beijinho

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  10. Pois!!

    Tenho a mesma opinião..

    :)

    Beijinho*

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  11. Não deve ser fácil aceitar uma traição...e viver sempre a pensar nisso ainda deve ser pior...

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  12. Concordo, se falha a confiança é difícil voltar a acreditar e mesmo que se pense que sim a dúvida vai pairar sempre no ar.

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  13. S*, estou inteiramente da tua opinião.
    Uma traição pode ser perfeitamente comparada com aqueles casos comuns de violência doméstica.
    Supôe que numa discussão mais acesa, o marido fica tão furioso que decide agredir fisicamente a sua esposa.
    Ele irá jurar que foi um acto isolado, totalmente irreflectido e que jamais voltará a cometer esse horror.
    Mas isso é tudo treta. Nunca se pode confiar nessa pêta.
    Ao agredir a primeira vez, ele acabou por pisar um risco, franchiu um limite...A sensação ou a adrenalina criada pela situação vai lhe provocar um sentimento de grande satisfação, de poder!...e na próxima "briga" que houver, acreditem que ele voltará a agredi-la fisicamente.

    Nunca se pode perdoar essa coisas. É preferivel riscar desde logo essa pessoa da nossa vida.

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  14. Trair não tem perdão. Seja por que razão for.

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  15. Também já passei pelo mesmo. Fui traída, a pessoa em questão acabou por me confessar, eu achei que conseguia perdoar porque gostava muito dele e que iria ficar tudo como antes. Não ficou. Não conseguia confiar outra vez a 100% e andava sempre de pé atrás, até por outras coisas que nada tinham a ver..

    Acho que agora não voltava a perdoar, depois da má experiência passada..

    beijinho*

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  16. quando se passa pelas situações tem-se uma noção muito maior e exacta daquilo que se poderá voltar a sentir.....
    E assim tomam-se decisões mais sensatas. beijos

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  17. No fundo, queremos todas um direito fundamental: a exclusividade. Quando a perdemos, é porque algures pelo meio do caminho, já perdemos tudo o resto que valia a pena.

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  18. É o perdão é um exercicio mesmo.
    Acho q só praticando pra um dia atingirmos o pleno.
    Por enqto eu taco lhe é fogo!

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  19. Eu acho, que uma traição, é uma falta de respeito para com o parceiro. Mas continua a não ter opinião formada!!

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  20. apesar de contigo não ter corrido bem, nem comigo ... felizmente, conheço casos de sucesso ... lá está para toda a regra há a excepção ... :) :)**

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  21. eu penso como tu. no fundo, tentaste perdoar até perceberes que era um esforço inglório. não me consigo imaginar passar por isso e esperar que as coisas voltem ao que eram.

    beijo

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  22. Mas é sempre isso que acontece, S*. Quando se tenta perdoar (alegadamente sob a ingenuidade do ah e tal toda a gente erra na vida), o que acontece é que todas as contrariedades servem para trazer o assunto à tona, ora porque não se tem mais argumentos à discussão, ora porque o assunto nos perturba deveras e há necessidade de destilar veneno (leia-se o rancor acumulado). Nódoa no pano imaculado? Pano novo! Não há lavagem nem detergente tão poderoso capaz de apagar os vestígios que uma traição traz a uma relação. Além disso quem trai não ama! E se não está bem, muda-se!

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  23. Lá está ! Eu tinha razão. Punhas-lhe os patins, logo, fazias patimjacking !!

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  24. Os meus pais passaram por essa situação e por uma separação de 3 anos e depois reencontraram-se e hoje estão muito bem.

    Apesar disso acho que era incapaz de perdoar uma traição. Se as coisas estão mal tentam-se resolver através de diálogo, se não der...
    Não consigo acreditar em escapatórias,saídas fáceis ou em colmatar uma falta, num determindo momento, com a obtenção de prazer e reconhecimento noutro lado qualquer.

    Bjs

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  25. Também tentei perdoar, acabei vazia por dentro. Não vale a pena tentar manter uma relação quando a confiança é quebrada. Bjs

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  26. Costumo dizer que as desculpas não se pedem mas evitam se.
    E tenho convicção que o ser humano é um ser de hábitos, por mais que se queira mudar não muda evoluímos mas não mudamos.

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  27. Ui! Questão difícil essa! Já fui radical e pensei que nunca na vida perdoaria, neste momento já não penso bem assim.
    Mas é uma situação que nunca tive que enfrentar e não sei até que ponto iria conseguir ultrapassar. Ter a capacidade de perdoar ao ponto de não "atirar" com isso à mínima discussão é uma meta complicada de atingir.

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  28. Eu não posso dar uma opinião certa sobre o assunto... Que eu saiba nunca fui traida... Sempre disse que se fosse jamais perdoria mas agora não tenho tanta certeza. Já perdoei outras coisas não tão más mas também más... Quando se ama alguém é dificil mandá-lo embora do nosso coração e da nossa vida... Mas comcordo contigo quando dizes que dificilmente uma relação consegue superar uma traição... Pode-se tentar mas no fim não se aguenta estes fantasmas todos na cabeça...

    Mas uma mulher é forte e uando menos se esper há outro melhor do que aquele que enganou e que nos dá valor e se sente completo connosco... Ainda existem homens com H grande...

    Beijinhos

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  29. Alguma vez fizes-te a pergunta...
    porque ele feito isto?

    so por curiosidade...

    rui sousa

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  30. para mim era impossível perdoar uma traição. por muito que ainda haja amor, porque não acaba de um dia para o outro, a confiança acabava ali. e a confiança é tão importante como o amor para as relações.

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  31. Olá S*.

    Tenho duas coisas para te dizer:

    "a primeira vez que me enganes, a culpa será tua. A segunda vez, minha..."

    e ainda

    "Tudo o que acontece uma vez pode acontecer uma segunda. E se acontece uma segunda, de certeza que acontece uma terceira."

    Mais importante: serias capaz de trair alguém? Seja porque julgas que não te dão o que queres, porque em certas alturas o trabalho parece ocupar um papel mais importante na vida do outro, seja o que for, serias capaz de enganar?

    Se não serias capaz de o fazer, porque terias de perdoar a quem o faz?

    Um caso prático - mais um entre tantos outros - um rapaz e uma rapariga, tudo amor e carinho, planos para o futuro, etc e tal. De repente, por circunstâncias várias, ele começa a dar-se mais com outra rapariga e a descurar a responsabilidade que já tinha. A primeira percebeu e falou-lhe a verdade: não aceitava dividi-lo com mais ninguém. Aceitava que ele tirasse um tempo só para ele, para se aperceber de qual das duas sentia falta, para assim escolher e não estranhou quando ele não a procurou por uns dias.
    Mas depois pensou: "vou falar com ela, ver se gosta mesmo dele. Se assim for, saio de cena, porque se gosto dele, quero é que ele seja feliz."
    E quando lá chegou, elesestavam juntos. E a outra mostrou logo o seu veneno: ele tinha estado consigo todos os dias.
    Portanto, é assim: deveria perdoar?
    Nunca na vida. Ela não era perfeita, muito menos uma santa. Se em tempo de namoro ele não a respeitava, como seria se avançassem para um compromisso mais sério?
    Doeu? Claro.
    Chorou? Lágrimas de dor e de revolta por se ter preocupado com ele quando ele não o fez com ela. Por o ter amado e ele já não a amar.
    Morreu? É claro que não.
    A vida parou por isso? Não me parece.
    Resultado: depois de fazer o luto dessa relação, porque o luto é sempre necessário para se encerrar um capitulo como este, cresceu e percebeu que ainda tinha valor, muito valor. Que os seus ideais é que estavam certos. Quando estamos numa relação devemos lá estar de corpo e alma.
    E hoje tudo isso já passou e ela é feliz e tem tudo o que sempre sonhou.

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