Ontem à noite fui ao cinema. Quando me foi perguntado "que filme queres ver?" eu comecei a maturar. Tenho sono como o caraças, tive um dia estafante, quer-me cá parecer que vou ter de escolher um filme mais relaxante.
"He is not that into you" é uma comédia romântica que reúne várias histórias de um grupo de pessoas de Baltimore. Acho que é impossível sair daquele filme sem nos identificarmos com pelo menos uma das personagens. É um filme que foge ao cliché. Correcção: o filme tenta fugir ao cliché mas no fim vai dar tudo ao mesmo. :P
Mostra-nos os problemas que existem nas relações amorosas. Foge aos romantismos exagerados e aos "e foram felizes para sempre". Claro que no fim alguns casalinhos ficam juntos e muito felizes. Mas, mesmo assim, pareceu-me um filme bem realista.
Uma mulher à espera de um príncipe encantado, Gigi. A Gigi é daquelas mulheres que acredita no príncipe encantado, que se apaixona diversas vezes. Meio obcecada, parece não entender os sinais de que "ele não está assim tão interessado em ti". Se ele não lhe telefona, ela convence-se de que existe alguma justificação plausível para isso. É uma rapariga que procura desesperadamente o homem da sua vida. Acaba por se iludir e cria à volta de cada encontro ou simples conversa, uma ilusão de que ele está interessado nela.
Um casal que luta para manter a relação estável. Namoraram 7 anos, viviam juntos. Ele estava bem sem papéis e assinaturas. Mas ela quer ter o mesmo que as irmãs têm. Quer dar o next step e casar com o homem da sua vida. Mostra-nos a importância da cedência mútua.
Janine vive um casamento aparentemente feliz. Dão-se bem, não se zangam. Ela começa a suspeitar das mentiras do marido e de uma relação que parece estar a andar para trás. O marido Ben depara-se com uma tentação extraconjugal. Tinha um casamento jeitoso, com uma mulher jeitosa. Mas a Scarlett Johansson engatou-o. Nesta relação temos dois erros: o dele, por ter posto em causa o seu casamento por uns passeios por fora. E o da "amante", que se fez a ele forte e feio. A mulher perdoa-lhe a traição. Mas não lhe perdoa o facto de lhe mentir. Ele dizia-lhe que não fumava, mas fumava. Foi a gota de água numa relação pautada por mentiras.
A amante era Anna. Ela era a típica mulher que quer sexo. Uma mulher insatisfeita, sedutora, que não consegue decidir entre o homem casado que trai a esposa e o homem certinho que gosta dela. Tinha o seu melhor amigo apaixonado por ela. Um homem que a apoiava, que cuidava dela e lhe dava toda a atenção do mundo. Mas bah, não tinha piada. Engatar um casado deve ser mais giro.
Alex é gerente de um bar. Totalmente desacreditado no amor. Sabe perfeitamente quais os passos que existem numa relação homem-mulher. Torna-se amigo de Gigi, a desesperada pelo amor da sua vida.
Para este céptico, a regra é uma mulher ficar desiludida quando espera um telefonema que nunca chega. Segundo ele, as mulheres adoram dramas e por isso imaginam um interesse que nunca existiu. A excepção é o homem estar realmente interessado na mulher. Quando ele está interessado, ele mostra-o. Fugindo ao que diz, Alex acaba por se interessar pela maníaca Gigi. Apaixona-se pela mulher com quem não houve qualquer "faísca", mas que pode muito bem ser a tal.
Portanto, mulherio. Não criem ilusões.
Queremos acreditar ser a excepção. Mas, na maioria das vezes, somos a regra.
Já tenho esse filme no computador, prontinho para ver no fim-de-semana ;)
ResponderEliminarOlá ;) Fui ver esse filme há algumas semanas e até fiz um post sobre ele. Discordo contigo quando dizes que ali não há clichés. para mim, o que há mais no filme é mesmo isso. E, sinceramente, não me identifiquei com ninguém do filme. Mas são opiniões ;)
ResponderEliminar***
Branquinha, sim. Corrigido no texto. :P O objectivo era fugir ao cliché mas acabaram por ir lá parar na mesma.
ResponderEliminarEste post vem dar-me razão! Tenho de ir ver esse filme =))
ResponderEliminarBem...
ResponderEliminarAte me criaste curiosidade sobre o filme, lol, mas odeio ir ao cinema.. :)
La terei q esperar para ver em casa..
beijinhos
Trust on the good times
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=faXwJ9TfX9g&feature=related
Já opinei sobre esta "pelicula" há uns temos no extinto blogue "quadripolaridades" e pelos vistos não me enganei, fazendo fé no relato.
ResponderEliminarTudo certo até porque ao que parece o filme afinal revela também as incoerências femininas. Mas pelos vistos a tal regra e excepção continuam demasiado próximas do cliché. Já há homens que gostam de também sentir que os querem. A lei da mulher sentada e o homem que se mexa começa a acabar. E as mulheres que não o perceberem, sobretudo se forem Gigis, ainda estão mais tramadas do que estavam antes.
Não podiam aliás esperar que todo o paradigma do ser homem e ser mulherem mudasse tanto como mudou nas últimas décadas e esperar que esse razoável "ponto de conforto" se mantivesse estável.
Não tendo visto o filme aposto que é aí que falha, pois tenta estabelecer uma regra de hoje baseada no homem de... ontem.
Eu só tenho a dizer...vão ler o livro:) é de cair pó lado!!! ah ah ah
ResponderEliminarConheço gente que já viu e adorou :)
ResponderEliminarBj,
(i)
Não vou ver esse filme. Comédias românticas? pra me rir? mas só me apetece é chorar eheheh.
ResponderEliminarNão posso dizer mais nada, porque não vi...
Beijinho
humm! Fiquei com vontade de ver!
ResponderEliminarBeijinhos
Fiquei com curiosidade. Não contes o fim do filme :D
ResponderEliminartb vi e gostei.
ResponderEliminaré daqueles filmes q fazem pensar. no fim não chegamos a grandes conclusões mas fcamos a querer ser a excepção lol
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