Como disse no último post, a minha família é bastante protectora. No entanto, apesar de me proteger, a famelga sempre me deu liberdade para viver a vida na sua plenitude. Deixam-me sair à vontade, nunca me prenderam ou proibiram de fazer o que quer que fosse.
Como se sabe, o fruto proibido é o mais apetecido. Talvez por sempre ter usufruído dessa liberdade, nunca me senti tentada a fazer coisas "mais incorrectas". Nunca experimentei fumar, nunca experimentei drogas e também não sou menina que aprecie álcool.
Nunca me senti inclinada para certas coisas, porque sempre me foi dada liberdade para as experimentar. Sempre me senti diferente dos meus colegas por causa disso.
Em contrapartida, há crianças que são criadas em redomas de vidro, como se fossem frágeis e se partissem a qualquer momento. Nunca puderam sair, nem aproveitar a sua juventude.
O problema deste cuidado excessivo é que, à primeira oportunidade de libertação, agarram-se a esta com unhas e dentes. É por isso que tanta gente se perde quando vai para a faculdade, quando está longe dos pais.
Tenho uma amiga assim. Andou em colégios privadas e foi das melhores alunas do liceu. Marrava imenso, não aproveitava a vida. Para os pais dela, um teste em que tivesse menos de 19 era um mau teste. Exigiam demasiado dela e ela tentava agradar-lhes em todos os sentidos.
Quando entrou na faculdade, a sua atitude mudou. No primeiro ano ainda se portou em condições mas de repente mudou radicalmente. Quando arranjou um namorado, foi a loucura.
O namorado não é nenhum maluco, longe disso. Mas ela está demasiado presa a ele e esqueceu as amigas. Mudou imenso.
As notas começaram a baixar vertiginosamente. Soube recentemente que já teve tantas negativas que não vai conseguir fazer o curso nos 4 anos supostos. Pelo menos vai ter de ficar mais um ano no curso, pois tem demasiadas cadeiras em atraso.
Mais recentemente, fez um piercing sem dizer aos pais. Chegou a casa e foi um choque, claro. Ralharam-lhe, claro. Mas pelos vistos não surtiu qualquer resultado.
Há uns dias apareceu na faculdade com uma bruta tatuagem nos ombros. Assim, sem mais nem menos. Sem nunca sequer ter falado nisso. Os pais? Não sabem. Não lhes disse e anda a esconder o facto. "A minha mãe não tem nada a ver com isso", diz ela. "E ela que nem ouse reclamar". Triste.
Agora decidiu que quer fazer uma tatuagem pela barriga abaixo. Está maluca. Quem a conhecia há uns anos atrás, não consegue reconhecer a pessoa que ela é agora.
Deixou de falar comigo e com a minha irmã porque o namorado não gosta de nós. Eramos as irmãs que ela nunca teve, dizia. Pelos vistos mudou de opinião.
Sinceramente, preocupa-me o futuro dela.
Sinceramente, preocupa-me o futuro dela.
E tens toda a razão para isso!
ResponderEliminarEu comparo essas situações a pendulos. Se se prende um pendulo numa posição de altura máxima e se larga é óbvio que ele vai disparado para o outro extremo.
Não há nada melhor do que manter o equilíbrio, o melhor que se possa.
Beijinhos
São
ela não é caso único... e o pior é que não adianta dizer nada, nem tentar fazer ver onde se estão a meter, resta continuar a ser amigo e estar lá quando for necessário!
ResponderEliminarLá está, é como tu dizes... Foi tão "sufocada" pela educação rigorosa dos pais que, na primeira oportunidade de liberdade passou-se literalmente da cabeça... os meus pais não são propriamente liberais mas sempre os alertei para esse perigo: quem sufoca os filhos depois perde-os... é lamentável o que aconteceu com essa rapariga...pode ser que ganhe juízo..pode ser que não.. de qualquer das formas, é pena...
ResponderEliminar"Beggin" pedem os estudantes
ResponderEliminarAcho que temos algumas coisas em comum:)
ResponderEliminarRealmente é trsite...pode ser que aprenda qualquer coisinha com tanta "asneira"!
ResponderEliminarÁs vezes quanto mais os pais sufocam os filhos pior é...na primeira oportunidade querem agarrar tudo e viver tudo de uma vez!
ResponderEliminarbjs
_malinha
Trago-te uma lembrança para o Dia da Mulher
ResponderEliminarCódigo para copiar e colar em modo HTML
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2657dffpxz7w_b"/>
Realmente é triste. Sobretudo porque não se pode fazer nada para lhe meter algum juízo na cabeça.
ResponderEliminarPara se encontrar o equilíbrio tem que se passar pelos dois extremos. A super protecção dos pais resultaram em duas coisas: Raiva, por não a terem deixado crescer em liberdade e falta de maturidade, que agora vai ganhar à força. E isso de começarem a ficar parvinhas com o namorado a deixar de falar às pessoas dá sempre em mau resultado. Se ele a mandar atirar-se para a linha do comboio também se atira? Pfffff
ResponderEliminarAmiga!
ResponderEliminarAgora trago, para colocar na barra lateral sem ficar cortado.
Código HTML do selo para o Dia da Mulher em tamanho pequeno:
<img src="http://docs.google.com/File?id=dc6xjkpj_2659c29qqwc7_b"/>
Beijinhos
São
Infelizmente esse é apenas um dos muitos exemplos que existem; também eu conheço algumas pessoas que de tão sufocadas que foram sempre pelos pais, quando tem um pouquinho de liberdade não sabem reconhecer os seus limites.
ResponderEliminarMas eu creio que são apenas fases :)
Enfim...
ResponderEliminarTriste quando se perdem assim.
ResponderEliminarNão será, infelizmente, a única, mas entendo a tua preocupação como amiga! Essa pressão dos pais deve ter sido determinante para o comportamento dela, mas não acredito que seja o único. Ela não teria necessariamente que optar por esse caminho. Tu, tal como dizes, sempre tiveste liberdade e não foi por isso que experimentaste certas coisas; as pessoas fazem-no porque querem, com mais ou menos liberdade, mais ou menos preocupação/pressão dos pais. Bjs
ResponderEliminarÉ por isso que acho que nem liberdade a mais, nem a menos.. Nunca tive problemas em sair quando quisesse... E olha, que não sou nenhuma "maluca.."
ResponderEliminarQuanto mais se restringe pior... Tenho um exemplo em casa da minha cunhada... Á primeira hipótese agarrou-se a alguém que lhe permitia essa "fuga"...
Enfim...
beijinho.
hoje é para descansar??!! já estou com saudades de um post teu! :)
ResponderEliminarContinua amiga dela, há-de haver um momento em que ela vai precisar de ti, acredita!
ResponderEliminarContinua assim, mulher e, como diz o selo do teu blogue, "bem resolvida"!
Beijos
Você não estar perdendo muita coisa...Liberdade é isso, é saber leva-la da maneira mais correta, e não desvairada como os outro confunde e tropeça...Você não é diferente, você é normal, os outros é que não sabem andar pela vida com as asas abertas sem que pulem de um penhasco uma vez se quer...O problema é que mesmo arrebentado, eles ainda se jogam...
ResponderEliminarUm beijo
É a tal de "overprotection" que abafa mais que outra coisa... vais ver que dentro de alguns meses, ela vai querer voltar atras... ou entao quando o namorado - que hoje parece-lhe ser como um Deus - lhe fizer algo que ela goste menos e que lhe relembre o que no passado tinha conforto...
ResponderEliminarBeijo meu ♥,
A Elite
É triste ao longo da vida perdermos amigos de longa data...
ResponderEliminarEla optou por "rescindir" do vosso apoio, foi uma opção!
É pena, mas acontece todos os dias!
Que seja feliz depois da sua opção.
E vocês também...
Nada melhor do que termos a liberdade e aprendermos desde cedo a lidar com ela..para o bem e para o mal...
ResponderEliminarTambém tive uma educação muito liberal que me permitiu ser a Mulher que sou hoje.
BEIJO
... isso passa-lhe... Só resta esperar que, até lá, a tua amiga não se dê mal com as suas opções.
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