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Vergonha alheia

Sinto muita vergonha alheia quando vejo, numa loja, as pessoas a pegarem numa peça e a exclamarem alto e bom som "Ui, que caro!". O conceito de caro é relativo. Para quem ganha bem, gastar 50 aérios numa blusa não é nada caro, até é baratinho. Para quem é teso ou remediado, pois claro que é caro.

Na internet, com a proliferação de negócios online, estes comentários pululam como cogumelos. E eu sinto tanta vergonha. Posso ser uma grande tesa, mas mantenho o meu ar absolutamente tranquilo, nem que vire a etiqueta e veja que a blusa custa metade do meu salário. Volto a pousá-la no lugar e, no limite, se me perguntarem, digo que não é para a minha carteira. Agora criticar os preços, como se fosse crime vender produtos de preço mais elevado (e, supostamente, qualidade mais elevada)... Haja vergonha na cara.



Nota: Sim, hoje fiquei a trabalhar na loja da minha irmã. E isto de ter de levar com "Ui, que caro!" quando se trabalha numa loja - que, ainda por cima, não é cara - é meio chato.

Nota 2: Tenham mas é vergonha de não me seguirem no Facebook. Ide lá

Comentários

  1. Se for caro, faço o mesmo que tu, pouso discretamente e venho-me embora.

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  2. Parece-lhe mesmo que bugigangas da Minnie e da Sininho a 50€ a peça é barato?

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    1. Se não sabe o que são peças Disney, informe-se.

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    2. Sr. João
      deixe-me lhe dizer que a loja da irmã da S* tem artigos de Excelente qualidade, bugigangas é o que têm as lojas ditas dos chineses nas quais não tenho qualquer problema em dizer que compro lá artigos, mas não queira comparar as verdadeiras marcas e a qualidade presente, e olhe que eu sei do que falo, só tenho pena de não ganhar muito mais para aumentar as minhas caixas e música:)

      Beijinhos

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    3. Sandra, vou acreditar que é puro desconhecimento do senhor João. ;)

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    4. As bugigangas custam-me 1€ cada, eu depois vendo a 50€ só porque me apetece e porque gosto de enriquecer. Aliás, recentemente estive para comprar um Panamera mas depois achei melhor comprar um Honda Jazz para disfarçar a riqueza toda que advém das bugigangas caras que vendo e que me trazem imenso dinheiro. Ou então não.

      Mas, uma vez mais, compra quem sabe apreciar e quem tem dinheiro para gastar nesses gostos pessoais. Graças a Deus, ainda são algumas pessoas. :) Agora, com certeza, se não se tiver dinheiro para o necessário (comida, rendas e contas), não comprem do que vendo porque em situações de fome não dá para comer uma Sininho ou uma sereia Ariel. Salvo seja. :)

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  3. Oieee, te convido a conhecer meu cantinho, nele conto como estou fazendo para conseguir engordar (sim, engordar!!! rs). Passa lá pra conhecer minha história.
    Te espero.
    http://blogqueroengordar.blogspot.com.br/
    Um beijo!

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  4. Quando é caro faço o mesmo que tu... Não há necessidade de mostrar quue não podemos comprar o que está em causa...

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  5. Eu raramente compro roupa, mas se acho caro não digo "Ui", mas digo que é caro para mim, e não estou com isso a censurar o preço das coisas , mas a mostrar como sou uma "tesa"...:-)
    xx

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  6. Por acaso também acho os preços da loja da tua irmã um pouco puxados... Mas jamais faria uma cena dessas. Quem quer, compra. Quem não quer (ou não pode) não compra. Simples. Há pessoas que não têm noção das coisas!

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    1. Tendo em conta que é a loja mais barata do ramo, claramente não conhece a realidade do mercado. :)

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    2. Desculpe lá S*, se as pessoas acham a loja da sua irmã cara, é apenas uma opinião. Toda a gente tem direito à sua. Vir dizer que não se conhece a realidade do mercado, e que é a mais barata do ramo, não significa que a pessoa fique a achar que é barato. Se as pessoas não têm poder de compra, ou não valorizam o produto o suficiente para o preço tabelado na loja, só faz com que as outras lojas, que são mais caras, sejam isso mesmo, MAIS caras. Há que saber aceitar a opinião das pessoas. Os leitores do blogue poderão não ser o público alvo da loja da sua irmã...

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    3. Não, Ricardo, não tem razão. Podem achar que não querem dar 30 ou 40 euros por uma peça de decoração, estão no seu direito. Podem achar um desperdício gastar euros em peças que "não servem para nada".

      Mas o conceito de "caro" é algo diferente e que não se aplica.

      ca·ro
      adjectivo
      1. Que custa mais dinheiro que aquele que se pode ou se quer gastar.
      2. Que custa mais dinheiro que habitualmente.
      3. Que exige grande despesa.
      4. Que custa sacrifícios, perdas, etc.
      5. Querido, estimado.

      "caro", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/caro [consultado em 03-02-2014].

      "2. Que custa mais dinheiro que habitualmente."

      Atente neste ponto. Não corresponde à verdade. Quem conhece o mercado, quem sabe o que são produtos de qualidade, sabe que não é caro. Pode até custar a dar o dinheiro, mas não é caro. ;)

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    4. Ou seja, o ricardo tem razão. Ele diz que se pessoas não têm poder compra então podem achar cara uma determinada peça, sem que isso signifique não conhecer a realidade do mercado. E como diz a S* "caro é algo que custa mais dinheiro que aquele que se pode gastar ou se quer gastar".

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    5. Obrigado Anónimo.
      S* talvez seja uma questão de perspectiva. A minha é a de Cliente de uma loja, seja ela qual for. O importante para mim é o meu poder de compra. A sua perspectiva é a de comerciante, de comparação dos seus produtos com outros semelhantes... Agora coloque-se no lugar de Cliente, que o é, em variadas situações.

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  7. Eu digo: - desculpe, não era bem isto que queria. xD

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  8. Tanto exclamo "é muito caro" como "é muito barato". Quero lá bem saber se vão achar que sou isto e aquilo. Para mim o preço é uma característica de um produto como qualquer outra (bonito/feio), daí que não veja graaaande problema em expressar a minha opinião.

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    1. Pois eu também não tenho pudor nenhum. E sim, há lojas que realmente exageram nos preços, coisas que se vê não terem qualidade nenhuma têm preços exorbitantes. Faço questão de o anunciar lol

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  9. Eu também opto sempre pela discrição...compramos o que podemos...ninguém tem de ser culpado ou acusado por isso!!!
    Bjs
    Maria

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  10. Isso e no meu local de trabalho, experimentam tudo e mais alguma coisa e viram-se para mim e dizem que é tudo feio/horrível!!! Custa-me ouvir estas coisas... Eu sei que cada pessoa tem o seu gosto, mas dizerem que só tenho artigos horríveis revolve-me com as entranhas...

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  11. A sério que disseram isso? Eu ao menos guardo a opinião para mim mesma. O conceito de caro/barato é muito relativo, depende quer da qualidade do produto, quer da carteira que o compra.

    http://miscelaneathesecond.blogspot.pt/

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  12. Isso é uma coisa muito portuguesa... Se calhar pensam que por dizer isso o preço vai baixar.
    No meu caso, quando acho caro, pura e simplesmente coloco no sitio e vejo outras coisas...

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  13. Eu também guardo a minha opinião para mim...
    Mas também houve uma vez que me "passei".. Então costumo comprar uma marca a um determinado preço, entro numa loja que vende essa marca, "ok"! Vejo um cesto cheio de produto que não dizem o preço apenas diz "35% de desconto"...
    Pego num produto que costumo comprar com a intenção de levar, chego à caixa e...? O preço com o desconto é muito superior ao que eu costumo comprar sem desconto.
    Fico muito admirada e sai-me "não vou levar, costumo comprar mais barato." Claro que me arrependi de imediato, mas às vezes acho que estão a enganar as pessoas e isso irrita-me.

    Já na net, não comento está claro. Mas a quantidade de lojas que vejo que vendem coisas do ebay, já vi coisas que custam 0,75 euros a serem vendidas pelas por 15 euros. Fico chocada.
    Claro que só compra que quem, mas também há quem não saiba e acabe por ser enganado.

    Falo destas situações claro.
    Porque se entrar numa loja tipo PEP JEANS; óbvio que sei que pago mais caro, mas estou preparada para isso e sei que a qualidade vai compensar!

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  14. também sinto vergonha quando ouço alguém a dizer isso!

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  15. caro é relativo... 20€ pode ser caríssimo e uma blusa de 10€ pode ser muito melhor que uma de 100€ (experiência própria).
    Mas concordo que não se deve comentar..eu, por norma, não retorno aos lugares que acho que praticam preços exagerados para a qualidade que vendem.

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  16. Facebook...e entao no instagram? Uma pessoa le-te aqui e qdo te envia pedido para te seguir no ig tu recusas.... :(

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    1. Apenas não aceito convites de pessoas sem publicações. ;)

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    2. Como assim, sem publicações? Queria seguir-te no instagram, mas não percebo nada disto.....

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  17. Não percebo em que medida exclamar "Ui, que caro!" é uma crítica ao preço praticado ou deva ser motivo de vergonha. A pessoa gritou tão alto que se ouviu na bobadela? Espantou os demais clientes? Eu acho que é uma constatação pessoal, com base na capacidade de compra de cada um. Se se deve ser mais discreto? Na minha opinião, sim. Mas há quem não consiga ser discreto (a vestir, a falar, a gesticular). Além disso, no post a sensação que dá é que 'ser teso' é o motivo da vergonha. Que é melhor falar baixinho, esconder, virar a etiqueta e nem reagir, enfim. Acho má educação é dizer que é feio, que não presta, que não vale o preço, etc. Dizer que é caro não me parece o fim do mundo mas as sensibilidades às vezes doem-se por qualquer coisinha.

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    1. Leonor, vergonha em ser pobre? Nunca.

      Vergonha mas é em ser pobre de espírito e tentar denegrir o negócio dos outros dizendo, alto e bom som, em tom de crítica, "ui, que caro!".

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    2. S*, lá está, baseei-me no que escreveste numa primeira abordagem ao tema. Se existiu um tom depreciativo, concordo que a pessoa em questão fique a dever um bocado à boa educação, mas acho que não deverias ter desenvolvido o texto com menção ao poder de compra, ao ser teso e a como achas que se deve agir quando se é teso. Leva a outra interpretação. No entanto, alguém dizer "Ui, que caro!", seja em que tom for, não é denegrir um negócio. É falta de chá, é má educação, é menosprezar a qualidade do produto face ao preço, mas daí a denegrir, vai alguma distância.

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    3. Leonor, eu sinto vergonha quando me deparo com essas atitudes. E acho um desrespeito pelo negócio, sim. Suponho que, na crise actual, ninguém coloque preços exorbitantes nos produtos que vende... Por isso, só temos é de pensar que, se calhar, o lojista não consegue fazer mais barato. E se acham caro, pois que não comprem.

      O lojista tem o direito de fazer o preço que entender. E essa escolha do preço deve ser respeitada (mesmo que achemos caro).

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