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Presente!

Se há coisa que esta pandemia me trouxe, foi a vontade de me mostrar próxima das pessoas de quem gosto e de lhes fazer sentir que gosto delas. 

Nunca fui de falar diariamente com as amigas. Nunca fui de meter grandes conversas. Nunca fui a que incentivava, que marcava cafés, almoços e jantares. Dizia que "sim" a tudo, mas ficava sempre na retaguarda.

Com as restrições, as distâncias e o corte radical de contacto físico com as pessoas que ajudavam a tornar os dias mais bonitos, fiz um esforço para me ajustar. Para me fazer sentir presente. Para mostrar que gosto. Para revelar saudades. E tem sido tão bom. Sinto-me ainda mais próxima das amigas, mesmo nunca tendo estado fisicamente tão ausente.

Comentários

  1. Diria que estás no bom caminho, isto é, no caminho de seres verdadeira a 100% contigo e com os demais.

    A pandemia, a meu ver, não veio de todo por acaso. Trouxe um propósito é muita gente tem sentido maior vontade de ser autêntica.
    Por sua vez, infelizmente, também há casos de quem nada aprendeu com uma pandemia. As máscaras estão a cair e muitos estão a revelar-se (pela negativa).

    Eu nunca fui de dizer “sim” a tudo e a todos.
    Já não estou para grandes fretes.
    Às vezes para dizeres SIM a ti própria é necessário saber dizer NÃO aos demais e aprender a estabelecer limites.
    Tento ser sempre verdadeira comigo, com os outros e com o que me rodeia.
    A pandemia mostrou-me exactamente o que eu já intuía.
    Sinto-me muito, muito bem a incentivar pessoas e a ajudar. É uma satisfação enorme ajudar.
    Tenho cada vez mais a certeza de que, ainda vou acabar por trabalhar numa profissão que me permita sim receber o meu ordenado, mas que também me possibilite ajudar, ajudar alguém.
    Nem que seja fazer a diferença na vida de uma só pessoa... já valeu a pena.
    Passar por esta vida e deixar uma marca positiva, algo que me faça sentido.

    Contudo, sou muito selectiva e já não faço questão de dizer que tenho saudades ou de ser sempre eu a incentivar ou dar o meu melhor quando, de algumas pessoas, vejo o oposto.
    Quando vejo que não há vontade, quando dão a amizade como garantido, para mim não dá!
    No more...

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  2. Senti isso no primeiro confinamento. Neste não. :(
    Parece que não há mais nada para contar. Seja nos grupos de amigas e de familiares, seja no grupo de colegas de trabalho.
    Espero que quando nos voltarmos a reunir presencialmente volte tudo ao que era, já que temos uma festa de arromba marcada para Março de 2023. :)
    Por outro lado, apesar de estar em casa com o meu marido, ambos em teletrabalho e cada um na sua divisão da casa (há dias que só nos vemos às refeições). Sinto-me a afastar emocionalmente. Mesmo agora, com os miúdos na escola.
    Sei que sou uma privilegiada (e agradeço por isso), mas a minha mente não concorda.
    Infelizmente com as restrições de mobilidade não visito os meus pais desde o verão. Também passamos o natal e ano novo em casa os 4, em isolamento profilático. Desde aí que perdi a vontade de fazer planos.
    Já me conformei, mas estou cansada de estar "presa" por um crime que não cometi.
    Veremos o que a vida nos reserva.

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    1. Restrições de mobilidade desde o verão?!?!?!

      Nem voce cometeu o crime nem ninguém.
      Resta ter paciência e não cair no desânimo. Está a ser um processo lento mas as coisas vão melhorar.
      Pensar negativo não ajuda em nada.

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    2. Está a planear uma festa para 2023??????

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    3. Até que a compreendo, anónima das 12:23h.
      Junte-se a isso um processo de luto.

      E sim, há quem não tenha sentido à vontade de sair, nem no verão.

      Esperemos que a festa possa ser antecipada para 2022.
      É bom sinal. :)

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    4. Não sentir à vontade para sair desde o verão passado? A não ser que agora fiquemos todos na prisão domiciliária.
      Cumprir as normas sim, mas também não abusemos.
      Há quem tenha aproveitado a onda pandémica para não ter que fazer o “favor” de visitar pessoas.
      Não digo que seja o caso da anónima, não sei.. mas desde o verão.. também não deve ser caso para isso, digo eu!!!

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    5. Não visita os pais há quase um ano, mas de certeza que durante um ano foi ao supermercado, à farmácia, ao pão, ao quiosque, à oficina tratar da avaria de última hora do carro, tratar de papelada, ao hospital se for mesmo urgente e não puder adiar, levar os miúdos à escola que lidam com várias pessoas e depois vão para casa, etc.
      Pois então pense que tem lidado com várias pessoas que lidam com outras pessoas que desconhecemos, portanto, fico-me por aqui...
      Basta ir ao supermercado, estar numa fila e já está próxima de pessoas.

      Logo, quem tiver os devidos cuidados, quem pode ir ao supermercado também pode estar com os pais.
      A regra é a mesma.

      Restrições de mobilidade durante um ano não houve.
      Houve em alturas específicas, como agora por exemplo.

      Se a pandemia durasse mais um ano seria mais um ano assim fechada no lar?
      Cumprir as normas e evitar ao máximo os contactos sociais mas também cuidar da saúde mental e psicologica para evitar os desânimos que refere.

      E já agora nem todos os trabalhos permitem estar em teletrabalho, portanto, de novo, basta pensar um pouco de forma lúcida e serena.

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    6. Anónima das 22:12, é preciso ter noção do que se diz porque a vida das pessoas não é toda igual. Eu desde Novembro até agora também só vi os meus pais que moram no concelho ao lado( 40km) do meu no Natal, e sim vejo mais as outras pessoas do que a eles, porque desde o inicio de Novembro que era proibida a circulação ao fim de semana a partir das 13:00, e desde Janeiro que estamos em confinamento, ou seja não é permitido sair de casa para visitar outras pessoas. Além de que durante a semana estou todo o dia a trabalhar e quando as escolas fecharam estava com o meu filho em casa todo o dia a ter aulas e fazer os trabalhos exigidos pelo professor....

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    7. Anonimo das 22:12
      não percebi a sua logica

      eu tenho 35 anos, não tenho doenças, não sou de risco. tenho seguido todas as normas à risca, mal tenho saído. Mas como diz e bem, tive de ir à farmacia, ao supermercado, hospital e mais importante que isso vou trabalhar todas as semanas em que estou em contacto com muitos colegas, claro que com mascara e com distanciamento dentro do possivel mas o risco está lá.
      Os meus sogros têm 70 anos, algumas doenças e por isso não os vemos desde o verão. Porque eles estão praticamente fechados em casa, reformados obviamente, numa aldeia pequena, têm muito medo do Covid, e têm medo que eu o o meu marido possamos estar contaminados pela vida que temos e que lhes passemos alguma coisa. Por isso no verão até fomos lá a casa (havia poucos casos e mesmo assim foi sempre de mascara e com distanciamento), e quando chegou ao Natal com o aumento de casos que houve eles optaram por passar o Natal sozinhos. Agora que os casos estão a descer, até gostavam de nos ver mas infelizmente ainda não dá para circular entre concelhos por isso vamos ter de esperar mais tempo.

      Daí que não percebi o raciocinio de quem faz a sua vida e sai por outros motivos que tambem devia estar com os pais. Para mim é o oposto: quem faz a sua vida, PRECISAMENTE por isso pode ser um risco acrescido para os pais e por isso alguns preferem evitar.

      São opinioes, por isso cada um faz como entende. Posso dar o meu exemplo que do lado da minha mae, quem tem 60 anos e ainda trabalha, sai mais, e precisamente por isso continua a estar comigo (sempre com mascara e com distanciamento).

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    8. Que raio...
      É óbvio que não estamos presos em casa, mas não podemos (ou melhor, não devemos) passear como antes, nem conviver como antes. Por isso sim, sinto-me presa.
      Saio de casa todos os dias, mesmo no confinamento total e até vou ao concelho ao lado.
      Mas ao fim de um ano disto já estou em cansada. Posso estar, certo? Ou até disso estamos privados?
      Para não me alongar em explicações, vou contextualizar:
      - os meus pais vivem longe e com a minha avó acamada (não os visitava todos os meses)
      - tenho um filho na primária
      - os meus filhos adoram os avós e vice-versa (não posso impedir o contacto físico, por isso visitá-los não é como ir ao supermercado)
      - estivemos em isolamento profilático quando o governo permitiu circulações entre concelhos (e iamos visitá-los). Mas...
      - não quero contribuir para a disseminação do virus, apesar de achar algumas medidas um exagero
      - quanto à festa. Não é todos os anos que fazemos X anos. Terá de ser em 2023 senão só 10 anos depois.
      - no verão fui de férias e irei novamente e será um verão "normal"
      - fui trabalhar presencialmente, de transportes públicos, quando foi permitido (e irei sem medos)
      - ...
      Descansem que não estou enclausurada. ;)
      Sejam felizes! Que eu também sou, apesar de ter momentos em que estou FARTA!

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    9. E quando pensamos que podemos desconfinar (um bocadinho) somos confrontados com um email da escola a pedir para os meninos fazerem testes. E não é que têm turmas com quase todos os meninos positivos? Alguns até usavam máscara.
      Prefiro falar com os meus pais por telefone a correr riscos.
      Hoje sim, estou mesmo FARTA. Mas de consciência tranquila.

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  3. Desde o natal também eu não vejo os meus pais e alguns amigos.
    Mas desde o Verão passado...........
    Btw, boa tarde

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  4. Desde o primeira vaga que todos sabíamos que provavelmente teríamos novas vagas, portanto, acho estranho alguém dizer que nunca conseguiu deslocar-se entre concelhos quando não estivemos em pleno pico de contágio.
    Houve quem tivesse aproveitado esse tempo, já que depois sabíamos que íamos ficar novamente confinados.
    As vidas são todas diferentes, mas acho estranho. Posso?

    Oxalá não aconteça nada a essas pessoas que não visitamos para que depois não haja arrependimentos.
    Cada um que faça como quiser..

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    1. Tanto pode acontecer alguma coisa a essa pessoas como a nós, e não é por isso que os vamos colocar em risco ou a nós em risco. Se não é permitido circular e as pessoas estão a trabalhar quando se podia como é que se vai visitar alguém que está longe? E além disso estar presente não é fazer visitinhas e olhar para as pessoas vai muito além disso...

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    2. Eu (entre tantas pessoas) estive e estou a trabalhar e consegui deslocar-me ao ponto de não estar sem ver os meus quase um ano, já a contar que agora seria totalmente impossível.
      Houve alturas em que deu para circular entre concelhos, como bem sabe.

      Por isso mesmo, tanto pode acontecer algo connosco ou com os nossos que estão longe, daí que as visitinhas tenham a sua importância, a meu ver.
      O que conta é o gesto e não o tempo de permanência.
      Ninguém falou em não cumprir as regras.
      Ninguém falou em visitas “normais” sem cuidados ao ponto de alguém sair prejudicado.

      Mas, lá está, não vamos estar aqui a puxar o fio à meada infinitamente ♾
      Eu tenho a minha opinião tal como a senhora tem a sua.

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    3. Já penso que é precisamente por as pessoas "aproveitarem" esses tempos antes de uma nova vaga que a vaga acabar por acontecer mesmo?

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    4. Aproveitar não é sinónimo de festejar.
      Leu a parte onde diz cumprir as regras?

      Óptimo.

      Boa tarde

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    5. Todos estamos sujeitos a apanhar o vírus, mas não venha distorcer o “aproveitar” porque se leu o que foi escrito entendeu na perfeição.
      Aproveitar não significa festa e festejos...

      Mais, aqueles com quem convivem ainda podem dizer onde estiveram, com quem tem estado ou que tipo de vida levam, sejam pais ou amigos de verdade.

      Já os desconhecidos ou colegas com quem cruzamos ou lidamos diariamente, seja na rua, no trabalho ou nas escolas, não é bem assim.

      Se as pessoas pensassem com a própria cabeça era perfeito... 👌

      O governo é claro que precisa de colocar limites e faz sentido que assim seja pois se assim não fosse o pessoal abusa e ninguém cumpre coisa nenhuma.
      Agora, não percebo a ideia de acharem tão perigoso “ir lá a casa da família” mas depois acham que é menos perigoso lidar com “os outros”, como se na rua, nos trabalhos e no hipermercado não houvesse idosos, pessoas doentes de vários tipos e idades e pessoas que nem sequer o raio da máscara usam.


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    6. Olhe eu tenho estado sempre à vontade com os meus pais que estão reformados, precisamente porque não estou com "os outros". Estou com o marido em teletrabalho há 1 ano e a nossa filha sem creche (cancelámos logo na 1a vaga). Todas as compras, incluindo supermercado, fazemos online. Por isso com os "outros" só contacto nas idas a parques e nós adultos estamos sempre de máscara (e em Lisboa vejo a maioria das pessoas a cumprir). Com amigos só estivemos para aí uma vez em cada mês, sempre ao ar livre também e sempre de máscara todos (só um casal/um amigo de cada vez). Por isso, não, não me preocupo muito com as interações que tenho com "outros", porque são bastante limitadas e com cuidados.

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  5. Imagine o seguinte cenário: decide não ir a casa dos familiares e eles não vão à sua por meio ano ou quase um ano... são opções e percebo perfeitamente.
    Mas de repente, imagine que, sem combinar, encontram-se no supermercado no meio de tantas outras pessoas. Veja lá a coincidência...
    Percebeu a ideia?

    Ou não viaja para mais longe, cumprindo as regras... mas de repente vê-se obrigado a lidar com um dos seus familiares que entretanto está no hospital ou que entretanto faleceu (vamos bater na madeira).
    Se calhar, nessa altura, deixa tudo para trás e aí já pode viajar...
    Pois é!

    E já que falaram em idosos e pessoas de risco, o que mais tenho visto é idosos na conversa no parque ou nos bancos do mesmo ou no supermercado, nos lidls e companhia lda. Lol não sei se tem piada mas é o que vejo, não inventei nada.

    Enfim, saúde para todos.

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    1. Mas idosos não são um todo. Fazem parte, tal como muitos jovens, de uma percentagem que não tem tantos cuidados. :) Os idosos e as pessoas de risco da minha família não andam à conversa nos supermercados, por exemplo, e por isso também é meu dever protegê-los. :)

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  6. A Amizade, a verdadeira, resiste a tudo.
    Aliás, combate Tudo!

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  7. Vivo com os meus sogros, por isso estou com eles todos os dias. Com os meus pais, estou uma vez por semana. Amigos não vejo desde Outubro e outros desde Dezembro porque estamos em concelhos diferentes e é impossível a circulação. Somos todos adultos, em teletrabalho, responsáveis e saudáveis. Temos todos os cuidados possíveis.

    Na primeira vaga, em Março do ano passado, cumpri à regra tudo o que era pra cumprir. Saí de casa em Maio e cheia de medo. Depois a vida foi regressando, com os devidos cuidados. Este ano, já percebi que a vida seria a mesma... Por isso tenho aproveitado para fazer o que preciso, sempre de máscara, sempre com distanciamento, e sem histerias. Não ando aí na vida louca, entre festas e grupos de gente, mas não me posso privar mais dos meus pais, de ver a criança da minha vida a crescer e eu longe. Com os devidos cuidados, se formos todos responsáveis, podemos continuar presentes na vida uns dos outros, mesmo fisicamente. A pandemia não pode ser desculpa pra negligenciarmos as nossas relações. E claro que as mesmas podem (e devem) ser alimentadas à distância, mas uma vez por outra, ver fisicamente as pessoas, é essencial. Com máscara, com distanciamento, ao ar livre...Há sempre forma de contornar as coisas. Em Maio do ano passado vi a minha avó da janela, eu em baixo de máscara e mais distante. Mas vi e foi essencial olhar olhos nos olhos, ouvir a voz sem ser no telemóvel. Nunca me perdoaria se lhe acontecesse algo por minha causa, mas também não ficaria bem se lhe (ou me) acontecesse alguma coisa e já não a visse presencialmente há meses e meses...

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    1. mas isto para mim continua a ser muito violento do ponto de vista emocional. estou com a minha mae todas as semanas, às vezes 1 dia, outras vezes 2 ou até 3 dias. mas continuo a sentir a falta dela, a desejar um abraço apertado, um beijo. Estar com ela, mas estar com distanciamento, com mascara, sem poder tocar é horrivel. Estou a começar a sentir os efeitos da tristeza/depressão de estar há mais de 1 ano sem tocar ninguem para alem do meu marido :-(
      Neste periodo houve um tio-avô que morreu, poucas pessoas puderam ir ao funeral, so quem mora cá. A minha tia estava no banco à frente do caixao, completamente SOZINHA (os filhos moram em Lisboa por isso nao podiam ca vir), as lagrimas de dor a cair pela cara abaixo, e eu noutro banco mais distante a olhar para ela, completamente impotente sem poder fazer nada. Nem um sorriso meu ela via pois estavamos obviamente de mascara. O que me doeu não puder abraça-la e o que lhe doeu naquele momento sentir-me completamente desamparada e sozinha.

      Por isso quando diz " Com os devidos cuidados, se formos todos responsáveis, podemos continuar presentes na vida uns dos outros, mesmo fisicamente. "
      Não. Não é a mesma coisa. E eu pessoalmente estou a um ponto de explodir com isto tudo.

      PS: e antes que comecem a criticar. sim, eu sei que o horrivel é estar num hospital internado com Covid, horrivel é o que os medicos passaram no pico sem conseguir atender todos os doentes fisicamente e que eu tenho sorte de estar viva, com saude, não ter sido afectada pelo covid e com o salario na mesma. é precisamente por isso que eu vou aguentando, que a minha mae e a minha familia continua a seguir escrupolosamente as regras, mas pronto, é dificil.

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    2. Concordo.
      Exactamente o que eu tentei explicar nos comentários anteriores, mas as pessoas não entendem ou não querem entender.
      Também nunca me perdoaria se acontecesse algo com os meus e eu tivesse estado todo este tempo sem contacto.
      Com responsabilidade, obviamente, dá para ir regressando à normalidade, sem atitudes de 8 ou 80. :)

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    3. Concordo com o comentário das 09:56h.

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    4. Anónima das 11h58

      Como a entendo. Este mês de Março está a custar-me mais do que todos os outros porque também eu sinto falta de um abraço dos meus pais. Infelizmente ao contrário de si, não os vejo ao vivo desde Agosto pois vivo noutro país. E se antes havia viagens com frequência e estávamos juntos praticamente a cada 2 meses, todos estes meses de ausência física começam agora a pesar-me. A última vez que os abracei foi em Janeiro de 2020. Num ano inteiro viram a neta apenas em Agosto. Está a ser duro para eles e para mim. Também não acho que com as devidas precauções dê para fazer a vida de antes. Porque há sempre algum risco e nalguns casos esse risco pode ser fatal. Não me perdoaria se por saudades, fizesse a minha mãe correr um risco demasiado alto. E por isso ficamos assim à distância, mas com muitas saudades de um bom abraço. <=)

      Tété

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    5. Tété, há emigrantes que mesmo sem pandemia não tem a sua sorte de vir ao país de origem com tanta regularidade.
      Uma, duas vezes no ano é a normalidade de muitos.
      Considere-se abençoada pois se está no estrangeiro e costumava vir de 2 em 2 meses, tem muita sorte.
      Entendo que seja difícil, ainda mais nestes tempos instáveis que atravessámos, mas o pior já passou, espero eu.

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    6. Eu não viajava de dois em dois meses. E não precisava de uma pandemia para saber a sorte que tinha nem me sentir abençoada, nem de me comparar a outros emigrantes porque cada um de nós tem a sua vida e as suas escolhas. :) Também acredito que o pior já passou, espero ansiosamente pelo momento em que a família esteja toda vacinada, mas até lá sinto muitas saudades de um bom abraço dos meus. :)

      Tété

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    7. anonimo das 22:00

      esta conversa das comparações ja chateia. a Tete é abençoada por ver a familia de 2 em 2 meses? então quem trabalha em Lisboa e pode ir de 15 em 15 dias à terrinha ver a familia é o quê? E comparados a esses quem como eu mora a 2km da familia e posso-a ver todos os dias conforme me apetece sou o quê? Há sempre alguem melhor ou pior, e depende de cada um saber o que isso lhe impacta. Eu não teria uma vida como a da Teté, aliás saí de Lisboa após 1 ano de trabalho e voltei para a terrinha precisamente porque nao aguentei a distancia.
      Mas olhe há pessoas em muito pior situação do que o tipico emigrante portugues que vem ca 1/2x ano, por ex, alguns brasileiros ou da europa de leste, gente muito pobre que veio para Portugal à procura de uma vida melhor e que amealham cada centimo para enviar à familia que ficou e devido aos custos com as viagens aos paises de origem passam 3 ou mais anos sem ver a familia.

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    8. É pá, desculpem lá mas já não dá mais...
      Alguém fez comparações?
      E não estamos a falar de pessoas que moram em Portugal e tem a família no mesmo país.

      Às vezes estamos tão centrados na nossa realidade que não vemos as restantes.
      A Tété tem direito a ter saudades tal como eu, você ou o mundo inteiro... a questão dos emigrantes que referi não deixa de ser verdade.
      Às vezes quando estou exausto gosto de observar outras realidades e percebo que, no fundo, tenho mesmo sorte.
      Comparações é outra coisa e eu não comparei ninguém até porque também não aprecio.
      Acho que todos temos o nosso caminho a percorrer, mas não custa nada às vezes perceber a sorte que temos... naqueles dias em que achamos que não conseguimos mais.

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    9. Anónimo das 12h09

      Falou-se de comparações ao referir a minha realidade e a realidade de outros emigrantes como se eu tivesse mais sorte do que eles (conheço emigrantes que vão apenas uma vez por ano a Portugal ver a família e é a escolha deles. Têm menos sorte que eu em quê?). :) Estamos a comparar o quê exactamente? :) Eu entendo o que quer dizer, de olhar à sua volta para entender a sorte que tem ao perceber que outros têm vidas e escolhas que para o anónimo não o fariam feliz, mas nem todos precisamos de fazer isso para nos sentirmos bem. :) Eu posso sentir-me afortunada por ter 2 galinhas sem precisar de ver que o vizinho tem apenas 1. :) Até porque o vizinho pode ter apenas 1 mas ter mais 2 porcos e 2 macieiras que eu. Daí que “este olhar em volta” nem sempre faça sentido. :) Passar de ver frequentemente a minha família para uma única vez num ano não deixa de me custar por saber que outros fazem isto sempre, porque as razões pelas quais que me custa, eles se calhar nem as têm. :)

      Tété

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    10. Emigrantes que vêm apenas 1 vez por ano a Portugal por escolha própria, certamente alguns escolhem assim, mas acredite que a maior parte não é por escolha própria.
      O que eu penso já disse, portanto, não vou repetir.

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    11. Certo, imaginemos que assim será. Não invalida o que eu disse. As razões pelas quais me custa, eles poderão não ter. Valerá a pena comparar sortes ou sofrimentos? Mas como lhe disse, entendi o que disse, é a sua maneira de ver a vida e de gerir quando os dias lhe parecem mais negros, e está tudo bem. Só não faz sentido nem se aplica a toda a gente (como a mim), foi também apenas o que lhe tentei explicar. :)

      Tété

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    12. "Acho que todos temos o nosso caminho a percorrer, mas não custa nada às vezes perceber a sorte que temos... naqueles dias em que achamos que não conseguimos mais."

      concordo com a resposta que a Teté deu, muitas vezes são as opções das pessoas que levam a esse caminho, não é sorte.

      exemplo1) Eu como disse optei por sair de Lisboa, entre outras razoes, para estar perto da familia e estar na terra onde nasci e cresci. Tenho uma amiga que optou por ficar em Lisboa com o namorado, e vem ca uma vez por mes e queixa-se que é sempre a correr, que mal tem tempo para a familia, que é uma canseira...pois, foi ela que escolheu assim.
      exemplo 2) Tenho outra amiga cujo namorado decidiu que queria emigrar para Inglaterra. Ela para nao perder o namoro foi atrás. depois ele decidiu que queria ir para a empresa X, que fica la numa zona industrial e queria um apartamento perto. Optimo para ele mas ela tem muito menos hipoteses de emprego pois nem sequer têm carro, lá apenas havia fabricas de negocios mais tipo industria e ela sempre trabalhou mais em serviços, nao conseguiu arranjar la nada. Resultado: está em casa, faz-lhe o comer, faz a lida toda a casa, ele nao tem de fazer nada quando chega a casa e ele é que a sustenta financeiramente. Ele está contente porque é uma pessoa conservadora e gosta deste estilo de vida (o homem ganha o dinheiro, a mulher faz tudo em casa e ele é tratado como um rei). Ela está lá sozinha, isolada e frustrada porque sempre foi uma pessoa activa, gostava de trabalhar fora e não foi feita para o trabalho domestico. Mas tudo o que aconteceu foi escolha dela, a partir do momento em que o seguiu e foi aceitando todas as decisoes de vida que ele tomava.
      exemplo 3) passo grande parte dos sabados a tratar do jardim e do quintal. Fui eu que escolhi estar na aldeia, comprar um terreno grande e ter estas tarefas. às vezes os colegas no trabalho que moram em apartamentos dizem "ai coitadinha, que horror perderes tanto tempo com isso"....mas, fui eu que escolhi. claro que preferia poder pagar a alguem que me fizesse o trabalho todo e eu so tivesse de usufruir do jardim, lol, mas olhem, não podendo , fiz uma escolha consciente em ter este tipo de vida.

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    13. Pois eu também tenho amigos de vários tipos.... se vamos por aí então nunca mais saímos dos exemplos diversos.
      Tenho amigos emigrados, nas ilhas, nas grandes cidades ou nas pequenas aldeias...

      Falou-se foi no caso de quem está lá fora e vem uma vez por ano ou no caso de quem vem/está com familiares de 2 em 2 meses.

      Quanto ao jardim/quintal olhe também tenho, não passo grande parte dos sábados mas passo algum tempo e prefiro mil vezes ser eu a tratar dele.

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  8. Acho que está toda a gente cansada da situação porque fomos obrigados a parar mas não é um abrandar tranquilo.
    Foram meses de pausa com ansiedade.
    Uns porque viram partir outros, alguns foram despedidos, outros despediram, há quem tenha fechado negócios e outros estão em vias de fechar.
    Tudo isto causa desgaste.
    Eu estou em Portugal e com horário rotativas, às vezes passo mais de 2 meses sem ver os meus pais, mas é a vida que escolhi.

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  9. Espero que você e sua família 👪 estejam bem, Sônia! 😊

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