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(meu bebé)

Tens aquele confronto com a realidade e percebes que o bebé já se foi, surgindo um menino inteligente, quando, ao jantar, ele te dá respostas como...

"Não me apetece mais".

Mas tens de comer.

"Não me apetece. Estou cheio. Estou muito cheio da mousse de chocolate que comi na casa dos tios".

A minha mousse de chocolate tem efectivamente sido um sucesso junto da criançada! :) Mas é engraçado começar a ouvi-lo estabelecer a relação causa-efeito.

Diz frases inteiras. Fala imenso. Desde  os dois anos que diz frases curtas, mas ultimamente diz cada coisa que não lembra ao Diabo. É capaz de dizer "esta mota é muito original e diferente" ou começar a meditar, durante um passeio, relevando que "vou ter muitas saudades de quando estivemos todos fechados em casa". 

Segundo o marido, aqui há uns dias começou a queixar-se que "a mãe está sempre a trabalhar... não gosto, a mãe devia estar em casa"... o que parecia muito querido, até desenvolver a conversa com "às vezes a mãe é má comigo, ralha e bate-me". Uma pobre criança violentada com 'enxota-moscas'.

Não sou saudosista. Gosto muito mais de ter um menino do que de ter um bebé. Sou é, cada vez mais, uma mãe orgulhosa.

Comentários

  1. Orgulhosa de quê? Só revela ser mal-educado, impertinente e mimado. E também um grande machista. Quem sai aos seus...

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    1. Eu ia responder, mas visto que está a falar de um bebé de três anos dessa forma, dá para perceber que não há resposta possível. É uma triste.

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    2. Tenho muita vergonha alheia deste comentário S. Machista uma criança de 3 anos 😂

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    3. Anónimo, uma criança de 3 anos que diga que a mãe não deve trabalhar e deve estar em casa não é machista. Ela quer é passar mais tempo com a mãe. Que diria o anónimo da minha filha que acha que ambos os pais no deviam trabalhar e deviam ficar em casa a brincar com ela. :)
      Não querer comer mais porque já está cheio não é ser mal educado, é saber explicar-se e conhecer os seus limites. Ajudará até a evitar birras à mesa pois poderá explicar porque é que não quer comer mais e os pais poderão compreender e aceitar.
      O explicar que também não gosta de algumas atitudes da mãe também poderão ajudar a Sónia, quer explicando porque razão o faz quer repensando noutras maneiras de resolver certas questões. :)

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    4. Pensei que já tinha lido muitos comentários idiotas, mas o do anónimo das 20:10 leva a palma. Que fdp de anormal, pqp... (desculpa a linguagem, mas não me contive...)

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    5. Claramente que o menino só quer passar mais tempo com a mãe. Teve a mãe em casa mais de dois meses e depois a mãe voltou ao trabalho. Achar isso machismo é completamente sureal.

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    6. Tété, juro que foi um abre-olhos. Eu não bato no meu filho. Mas, às vezes, sou mais firme e falo de forma mais dura. Pelos vistos ele não aprecia - o objectivo não era que ele apreciasse, claro, mas sim que respeitasse. Mas fiquei um pouco de coração partido quando soube que o disse. :)

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    7. Bom, não acho que haja alguma criança que goste que os pais imponham limites ou ralhem com ela. Até mesmo nós adultos não gostamos de ser chamados à atenção, ahah. Mas é daquelas coisas necessárias, não há muito a fugir a isso. Podes quanto muito ver se não estarás a fazê-lo muitas vezes, se não poderias ser mais branda nalgumas situações, não sei, cabe-te a ti avaliar porque aqui ninguém sabe o que se passa em tua casa para estar a dar grandes palpites. :) Quanto ao bater, provavelmente ele referia-se aos "enxota-moscas", que não tendo a mesma gravidade e dor que uma palmada com força, é compreensível que ele não goste na mesma e sinta que as coisas poderiam ser de outra forma. :)

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    8. Anónimo das 10h39, tal e qual. Sim, admito que há dias em que não tenho paciência. Daí ter-me sentido mal quando soube que ele o disse.

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    9. Fui que fiz o comentário das 10h39. Esqueci-me de assinar. :) Isto de ser mãe é uma aprendizagem, tanto eles connosco como nós com eles.

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    10. What??? A sério??? Eu não sei como tens pachorra para manter este blog S*, a sério. Parabéns pela tua coragem em aturar gente assim. Ainda bem que o covid nos veio tornar pessoas melhores :x

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  2. Se a criança, nesta idade, diz que a mãe trabalha demais e devia estar em casa, é porque está a ser influenciada nesse sentido, por conversas ou comentários que ouviu. Nesta fase de desenvolvimento cognitivo e expressivo, a criança não tem capacidade de análise crítica e comparativa para fazer tal juízo por si própria.

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    1. Leonor, não acho que seja nada nesse sentido. Acho que são puras saudades. :) Quando ele fala na mãe, o pai explica que a mãe tem de trabalhar para ganhar dinheiro. E a resposta é sempre "não, não tem". Ele quer é a mãe em casa...

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    2. Não será tanto assim, mas percebo que queira acreditar nisso! E já agora, a mãe trabalha para ganhar dinheiro, ou porque todos devemos desempenhar um papel produtivo na sociedade? Se calhar, ainda que sem maldade, não se está a passar a melhor ideia à criança...

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    3. Concordo com a Leonor. Será mesmo necessário incutir logo nas crianças que as pessoas trabalham simplesmente porque precisam de dinheiro? E realização profissional, não existe?

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    4. Leonor, com 3 anos não é capaz de comparar o tempo que a mãe passou em casa durante a quarentena com o tempo que passa agora que está a trabalhar fora, querendo obviamente que ela estivesse mais tempo por casa com ele? E se fosse o pai? É que aqui por casa, pela minha filha nenhum de nós trabalharia e passaríamos o dia em casa a brincar com ela. Com 3-4 anos acho é complicado explicar que a mãe e o pai têm de trabalhar para desempenhar um papel produtivo na sociedade. A minha não entenderia, isso é certo. Entende um pouco melhor a questão de termos de ganhar dinheiro, embora ainda não entenda sempre estas noções básicas de economia. :)
      P.s; já agora, embora isto seja claramente uma opinião pessoal, há famílias em que só um dos elementos trabalha, não porque o outro não é produtivo, mas porque por opção do casal, se optou por um maior acompanhamento dos filhos, por exemplo. Não sei se gostaria de ensinar a minha filha que as mães a tempo inteiro, as cuidadoras de familiares, etc, não estão a cumprir os seus deveres na sociedade e não são produtivas...

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    5. Leonor, muitas pessoas trabalham para ganhar dinheiro, no sentido em que se não precisassem não trabalhariam. Sei que não é o caso da Sónia, que já referiu muitas vezes gostar de trabalhar, mas eu se pudesse estava-me a marimbar para o papel produtivo na sociedade (e nem sequer tenho filhos para criar).

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    6. Concordo com a Leonor.

      Eu e o meu marido explicamos à nossa filha a importância de trabalhar e como ambos gostamos. É como ela ir para a escolinha, também explicamos a sua importância nesta fase da vida dela.

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    7. Muito sinceramente, estamos a falar de um menino de 3 anos. Parece-me mais sensato dizer que "a mamã vai trabalhar para termos dinheiro, para comprar comida, roupa, brinquedos", etc. Ele entende perfeitamente e até diz "a mãe vai trabalhar para comprarmos nestum". Estar a dizer que é pela realização pessoal, a uma criança de 3 anos, não me parece fazer qualquer sentido... Pelo menos não vejo o meu filho a entender tal coisa.

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    8. Fiz um dos comentários anteriores mas não era uma crítica à Sónia. Simplesmente me faz confusão que as crianças cresçam com a ideia de que se trabalha para ter dinheiro.

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    9. Anónimo das 14h08, eu sou uma sortuda que trabalha no que ama. Mas a maioria das pessoas, julgo eu, trabalha para ganhar dinheiro. E se eu fosse milionária não trabalhava certamente a tempo inteiro. :)

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    10. Fui eu que fiz o comentário das 10h48. Eu não acho incompatível explicar que se trabalha para ganhar dinheiro e se gosta do que se faz. Nós falamos todos os dias do que fizemos no trabalho, de como nos sentimos desanimados por ainda não ter conseguido fazer algo ou orgulhosos porque atingimos um objectivo, e ela fala da escola. Mas mesmo gostando do que faço, que gosto, trocaria na boa por menos horas todos os dias a receber o mesmo salário. Porque também gosto de ser mãe, porque também tenho interesses pessoais, papéis aos quais também gostaria de me dedicar mais horas por dia. :)

      Tété (não vá isto aparecer como anónimo outra vez)

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    11. A Leonor que me desculpe, mas uma pessoa que não trabalha, que cuida do lar, dos filhos, da família, por opção "não desempenha um papel produtivo na sociedade"? Leio com cada uma...

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    12. Ótimo, esfalfe-se a trabalhar, quem a impede? Eu, repito, se não precisasse, não fazia aponta dum corno. E depois? Somos todos obrigados a pensar o mesmo? Quanto à lição de moral, ó santinha, eu já cheguei aquela idade em que não recebo lições de moral de ninguém, muito menos de quem se acha dono da verdade e superior aos outros...

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  3. Papel produtivo na sociedade, que treta... Às tantas, se tivesse oportunidade, era a primeira a não fazer nenhum. Era o que eu faria, trabalho porque preciso mesmo de ganhar dinheiro e não tenho feitio, nem moral para a marginalidade.

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    1. Não era o que eu faria mas nada contra. Podia ter muito dinheiro mas iria continuar a trabalhar. Somos diferentes e há que aceitar isso. Agora, se não consegue aceitar diferentes pontos de vista e diferentes perspetivas, acho que está na altura de aprender.

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    2. Relativamente à sua afirmação "Às tantas, se tivesse oportunidade, era a primeira a não fazer nenhum.", lamento que, sem me conhecer de lado algum, se aventure a tal juízo de valor... Não tendo, de todo, que me justificar, esclareço que felizmente, se não quisesse trabalhar, economicamente ser-me-ia suportável. Ainda assim, continuo a desenvolver o meu trabalho. Porque considero que independentemente de se ser homem ou mulher, se deve ser ativo. Assim vi sempre fazer na minha família e para isso sempre eduquei os meus filhos (e filhas).

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    3. Como eu :)
      Não gosto de trabalhar, e não é por não ter encontrado algo que goste de fazer. É porque o que gosto de fazer é comprar roupa, viajar e frequentar restaurantes, e infelizmente não me pagam para isso.

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    4. Há quem trabalhe para poder viajar, conhecer o mundo, aprender coisas novas. Isto é, realmente a falta de "vontade" de trabalhar não implica que a pessoa só queira estar em casa de barriga para o ar a olhar para a televisão todo o dia. :)

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    5. Ótimo, esfalfe-se a trabalhar, quem a impede? Eu, repito, se não precisasse, não fazia a ponta dum corno. Quanto à lição de moral, ó santinha, eu já cheguei aquela idade em que não recebo lições de moral de ninguém, muito menos de quem acha que tem mais ética e é superior aos outros.

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  4. Que seja sempre assim. Desejo-vos as maiores felicidades.

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  5. É delicioso ver a descoberta dos pais em relação aos filhos...
    Aos 3 anos são uma verdadeira esponja de tudo o que os rodeia. Absorvem muito mais do que aquilo que (alguns) pais se apercebem.

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  6. S* no caso de saudades do bebé... essa é fácil, é só mandar vir a cegonha! :D
    Na idade em que o teu filho está é normal eles virem com essas saídas ou comentários. É uma fase gira.

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    1. A Sónia é um bom exemplo de que não se deve fazer comentários desse género. Para si pode ser fácil mandar vir a cegonha , para a Sónia é muito complicado.

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    2. Oh haja paciencia. Esse tipo de comentários deve sempre ser evitado. Não sao so os problemas de saude, há quem queira ter mais mas seja dificil por dificuldades financeiras, ou por motivos profissionais, ou porque quando tiveram o primeiro tinham ajudam familiar e agora nao têm, ou porque simplesmente não querem mais.

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    3. Concordo com as outras comentadoras, para além de achar meio tontinho ir fazer um filho só por se ter saudades da fase de bebé. Uma decisão tão importante tomada com base num sentimento de nostalgia? O que me diria a mim, que gosto muito de bebés e não quero ter filhos 😂

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    4. Eu sei que a S* não quer ter mais filhos e estava a brincar com ela.
      Toda a gente percebeu que a S* falou do menino dela enquanto bebé e não de mandar vir outro bebé ou a cegonha.
      Não tragam os problemas de saúde à baila ou ataques descabidos é desnecessários para o caso.
      Obrigada. De nada!

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    5. Sabe quanto tempo é que a Sónia esteve para engravidar? Sabe que ela fez tratamentos? Sabe se ela não quer ter mais filhos exatamente pelas razões anteriores?

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    6. Não vale a pena insistir nesta discussão. Tenho um filho e sinto que sou mãe de um filho só. No entanto, também nunca quereria voltar a viver o que vivi para ser mãe. Estive dois anos e meio a lutar, fiz tratamentos, sofri muito psicológica e fisicamente. Não me incomoda que façam questões sobre mais filhos... Mas eu não quero.

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    7. Entendo que a ti não te incomode mas de facto a outras mulheres pode incomodar, daí acima terem chamado a atenção. Eu quero muito um segundo filho mas monetariamente não há estabilidade para isso e não é assunto que queira andar a discutir com os outros. Por isso, quando insistem comigo quando é que tenho outro filho, ou para chamar a cegonha, etc, a mim incomoda-me porque não é por não ter vontade. E como não digo a razão, as pessoas tendem a insistir, a insistir, a insistir. E não vale a pena mentir e dizer que não quero porque depois insistem como é bom ter irmãos. E eu que sei que sim,daí querer outro filho, tenho de estar a ouvir aquilo.

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    8. Sei que a S* passou por esse processo doloroso sim.
      E lamento de verdade.
      Mas ela tem um miúdo giraço e saudável e isso é que importa aqui para a questão.
      Não referi os problemas de saúde por algum motivo não acha?
      Não insista, já chega.
      Toda a gente entendeu.
      Encontre o humor mesmo nas situações mais complicadas. ;)

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    9. Até pode não ter feito por mal mas a escolha das palavras não foi feliz. Ainda por cima se sabia dos problemas da Sónia, foi mesmo muito inconveniente.

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