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Aos três anos...

A minha criança começou a dizer, de forma espontânea, que gosta "muito, muito, muito" de mim. 

Aqui há dois dias eu disse-lhe "gosto muito, muito, muito de ti" e ele, que geralmente me ignoraria, virou-se de costas, abraçou-me e disse "e eu gosto muito, muito, muito de ti". E agora tem repetido a mesma gracinha vezes sem conta.

Meu ratinho. Esta nova fase, mais comunicativa e meiga, está a ser a minha predilecta. 

Comentários

  1. E sabe tão bem.
    Devemos sempre dizer às crianças o quanto as amamos. Em gestos e não menos importante em palavras para que eles cresçam a saber expressar sentimentos, emoções.
    Há muitos pais cujos filhos sabem que são amados mas nunca ouviram em palavra um “amo-te”.
    Logo em adultos será mais difícil verbalizar o “amo-te” que nunca se ouviu dos progenitores.
    Não se aplica a todos os casos, obviamente, mas acho que deu para entender.
    É muito bom que o teu menino consiga dizer sem reservas o que sente por vocês.

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    1. Concordo plenamente. Eu sei que os meus pais me amam, sinto o carinho e cuidado que têm comigo e sempre tiveram. Mas nunca me disseram “amo-te” nem sequer um “gosto muito de ti”. Também não me abraçam abertamente nem nada que se pareça.

      Eu sou uma pessoa muito carinhosa e não tenho medo das palavras, mas tenho uma grande dificuldade com afecto físico, deixa-me muito desconfortável e demoro a conseguir estar à vontade com isso. :)

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  2. São uns queridos. Vai durar algum tempo.
    Beijinhos

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  3. Este blog é do caraças.
    Ou melhor as pessoas são demais!
    Se a S* falar de fatiotas e modas vem mundo e fundo comentar.
    Por sua vez sempre que a rapariga fala do miúdo dela ou de sentimentos nobres acontece o oposto, não sempre mas muitas vezes!

    No outro dia falou sobre os incêndios e silêncio absoluto do lado da plateia!

    Isto diz bastante de nós Humanos!
    Não sei... foi apenas uma observação.

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    Respostas
    1. Por acaso é verdade. Não me incomoda nada, admito... Mas ainda fico surpreendida com as coisas que dão estrilho neste blogue. Cestas? Roupas? Objectivos de poupança? Valha-me a Santa. Basta falar de euros que caem-me logo em cima. Se poupo, é porque não sei poupar. Se não poupo, é porque também não sei poupar.

      Emoções verdadeiras? De facto, não 'vendem'. Mas como o meu blogue funciona, para mim, muito como um depósito de histórias e sentimentos, continuo a escrever. E adoro reler o que já vivi e senti.

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    2. Eu tenho outra visão da situação (porque também reparei nisso :)). Eu acho que as pessoas têm maior tendência para comentar quando não concordam ou quando têm outro ponto de vista. Por isso, é normal que falando de gostos, de moda, de poupanças, em que é tão fácil ter opiniões bem diferentes, haja mais comentários do que em posts onde se fala sentimentos (como este) ou de algo com que dificilmente as pessoas não concordem (como os incêndios). :)

      Tété

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    3. Tété, concordo em absoluto e acho que nem é preciso pensar muito para perceber isso.

      Anónimo, e o seu comentário sobre isto, está onde? É que também não disse nada sobre o assunto.

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    4. eu sou daquelas que comenta sempre sobre poupança, modas e similares e nunca comentei um post sobre o miudo. na minha opiniao vejo 3 motivos:

      Um dos motivos é aquele que a Teté bem indica: comenta-se mais assuntos em que há opiniões divergentes. quando é sobre dinheiro eu farto-me de comentar e tenho debates bem acesos com outros comentadores. mas este tipo de posts sobre amor e sentimentos,...bem...ninguem é contra o amor certo?

      O outro motivo é que todos nós temos dinheiro ou falta dele, todos usamos roupa, etc mas nem todos temos filhos. Ou seja, haverá muitas leitoras da S* na casa dos 20 anos ou mais que não tendo filhos nada terão a dizer sobre estes posts. Se eu não tenho filhos o que posso comentar sobre esta demonstração de amor?

      E por ultimo são os limites de moral e o que consideramos demasiado ofensivo: eu não tenho qualquer problema em criticar a S* sobre a forma como poupa ou não o dinheiro ou sobre a forma como geriu as visitas durante a pandemia. mas eu seria incapaz de fazer um comentario negativo acerca do miudo ou de outro assunto "mais nobre". lembro-me quando a S* postou uma foto dele em casa que houve um unico comentário parvo que dizia que a roupa era fraca ou não estava passada a ferro. foi so 1 comentario estupido, a maior parte das pessoas não comentou e os poucos que comentaram fazem comentarios fofinhos. porque obviamente algumas pessoas mesmo que ate pensem que a roupa é má por norma não vão escrever isso.

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    5. Acho que a Tété tem toda a razão, no post dos incêndios quem é que não concordaria com o que foi dito.
      Relativamente aos posts dos filhos, lamento dizer mas só quem não tem filhos é que não passa pelo mesmo, quase todas as outras pessoas com filhos já passaram de uma maneira ou outra pelas mesmas coisas até porque são fases, e uns mais outros menos vai dar quase ao mesmo.
      Tenho 2 filhos uma com 18 e outro com 10 e apesar das diferenças de comportamento até porque tem sexo diferente noto que passaram mais ou menos pelas mesmas fases, suponho que com as outras pessoas também, por isso nada a acrescentar.
      Até porque lamento informar essas coisas só são importantes para nós porque são os nossos filhos a maior parte das pessoas está nas tintas para o que os filhos dos outros fazem.
      Muito sinceramente sem ser família chegada, sobrinhos afilhados etc, pouco me interessam as gracinhas dos filhos dos outros.
      Isto quase parece a moda de à alguns anos oferecem molduras com as fotos das crianças nos baptizados etc, quem é que sem ser a família chegada tem fotos dos filhos dos outros em molduras lá em casa.
      Desculpem o comentário enorme.

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    6. Anónimo das 9:42h o meu comentário é também o primeiro comentário (30 Junho às 8:01h).
      Satisfeita?
      Tal como disse foi só uma observação, gosto de observar o comportamento humano, veja lá.,.
      mas como também é típico há sempre quem venha atirar pedras sem necessidade.

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    7. Concordo com a tété e com a teresa. Principalmente na parte que as pessoas estão-se nas tintas para os filhos dos outros.
      Eu tive o meu filho bem antes de todas as minhas amigas, nunca exigi nenhum tipo de tratamento/comentário/etc por parte delas para com ele, mas agora que todas elas têm bebés, parece que eu tenho obrigação de comentar todas fotos - em que só muda o fatinho da criança, ver todos os videos das gracinhas - para depois pessoalmente poder falar-lhe disso e dar os parabéns (muitos sempre e por tudo), e trata-los como se eu gostasse tanto deles como elas próprias que são as mães.
      Começo a ficar farta, confesso. Elas tiveram um filho, não inventaram a maternidade. E se estão à espera que todo o mundo adore as crianças delas tanto como elas, vão levar com umas desilusões pela vida fora.
      Mas falar disso é tabu!

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    8. "Principalmente na parte que as pessoas estão-se nas tintas para os filhos dos outros."

      olhe eu nao tenho filhos, mas o que tenho mais ouvido é as maes a queixarem-se que os outros só querem dar conselhos, opinioes, criticas sobre amamentação, sobre o carrinho que usam, sobre a fralda que escolhem... se bem me lembro quando a Coco na Fralda escreveu no blog sobre o filho que nao entrou na Faculdade e foi fazer um ano sabatico, jesus, tantos comentários e discussão.

      portanto eu nao acho que as pessoas se estão nas tintas para os filhos dos outros.
      estao-se nas tintas se for para ver gracinhas e elogiar, porque se foi para mandar opinioes e criticas ate se atropelam.

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    9. Anónimo das 15h47, é diferente porque, nesse caso, é um tema em que se pode ter uma opinião. Neste caso em concreto, não é o caso. Por exemplo, se a Sónia fizesse um post sobre escola privada/pública, acho que teria comentários.

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    10. Por acaso vi esse post da Cocó e o que achei na maioria dos comentários foi opiniões, não propriamente sobre o filho mas sobre a situação, ter entrado ou não na faculdade e a maioria das pessoas a falar da própria experiência ou de pessoas chegadas, como mãe na mesma situação da Cocó achei muitos dos comentários bastante úteis e até mostrei à minha filha para ela não se sentir tão perdida, apesar de ter ficado mais um ano porque infelizmente ficou muito doente e perdeu boa parte do ano, os colegas seguiram em frente e ela não o que nem sempre é fácil de lidar.
      Agora muito sinceramente se o filho da vizinha da frente disse a primeira palavra, comeu a primeira papinha ou deu o primeiro passo não me interessa muito até porque já tenho 2 que passaram por isso e bem não é assim nada de extraordinário, milhões de pessoas no mundo deram as primeiras passadas em alguma altura da vida.

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    11. Na minha opinião isso não são amigos, não é amizade verdadeira.
      Pela forma como falou da situação dos seus filhos e dos filhos das “amigas”.

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    12. Anónimo das 15h47

      Ahah, são de facto coisas diferentes. :D Uma coisa é ouvir/ver/ler sobre as gracinhas e coisas boas dos filhos dos outros, que para quem tem filhos já passou por isso em primeira mão e portanto tem pouco ou nenhum interesse para as mesmas fases nos filhos dos outros. Outra coisa é comentar, dar conselhos, criticar, apontar o dedo, informar, etc, aí há sempre muita gente pronta para isso. Mas acho que voltamos um pouco ao mesmo: gracinhas são gracinhas, fases boas, giras e ternurentas são fases boas, giras e ternurentas. Não há muito a dizer, ninguém vai ter algo a dizer em contrário, como "não, esta fase em que falam e estão mais fofinhos não é nada boa!". Mas depois há assuntos com os filhos em que cada mãe/pai tem opiniões diferentes e nesse caso é normal que haja grandes discussões sobre o assunto. A S* teve pouquíssimos comentários neste tópico do Rafael e de sentimentos mas se escrever algo como "estou a pensar deixar o Rafael conduzir um bocado" ou algo mais inocente como "decidi que o Rafael irá entrar um ano mais tarde a primária", haverá com certeza maior debate mesmo sendo um post sobre o filho na mesma. :)

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    13. Ainda não tenho filhos mas uma das minhas amigas próximas foi mãe pela primeira vez (a primeira das amigas da minha idade) este ano e tenho primas e outras amigas mais velhas também com filhos. Recebo quase diariamente fotos da filha de uma das minhas primas, que trato como sobrinha. Das outras amigas/primas vou recebendo notícias amiúde, um video ou outro com alguma gracinha das crianças, fotos fofas aqui e ali...

      Claro que para quem está de fora nem sempre são coisas engraçadas ou interessantes. Não amo os filhos delas como elas os amam, obviamente, mas amo um bocadinho todos eles porque também já amava as mães. E se queria saber das coisas das vidas delas, claro que gosto de saber dos filhos. Se está tudo bem, se estão a crescer bem, as fases engraçadas, as primeiras palavras. É óbvio que estas coisas não têm para mim o impacto que têm para as mães das crianças, mas fico feliz por elas, pelos filhos e por poder partilhar mais esses momentos.

      Tem que haver bom senso, claro. Tem graça o video da primeira papinha, da primeira palavra, dos primeiros passos... os grandes marcos. Receber a toda a hora fotos sem nada a acrescentar pode tornar-se "mais do mesmo" mas as mães ficam contentes e eu fico contente por elas quererem partilhar comigo. Ser mãe parece ser um processo solitário Às vezes, sobretudo nos primeiros meses, por isso é natural que as mães tentem manter contacto. É de louvar, já que tanta gente se queixa que as amigas deixaram de estar presentes quando foram mães. Se eu puder ajudar as minhas amigas/primas a manterem-se sãs no meio do caos da maternidade, se as ajuda desabafar, mandar fotos queridas, falar da maternidade ou de outra coisa qualquer, estarei sempre presente. Isto é ser bom amigo. Se não querem receber fotos ou comentar nas redes ou dizer que os bebés dos vossos amigos são lindos, não o façam, não o digam e expliquem às amigas que não têm interesse. Mais vale ser sincero do que andar a ser falso, comentar "que lindo" e por trás andar a dizer que estão fartas delas. Isso não é ser amigo.

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    14. Eu sou a anónima das 12.31

      E não sou falsa, para andar com palavrinhas fofinhas pela frente, e queixar-me por trás. Eu já lhes disse que se calhar elas exageram um bocado nas partilhas que fazem dos filhos, e nunca comentei todas as fotos, videos e mais não sei quê que elas postam, nem teria tempo para isso.
      Mas elas exigem. E o irónico nisto, é que algumas delas nunca sequer me perguntaram como estava o meu filho, mas agora acham que eu tenho de ser uma tia hiper presente para os filhos delas!

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