Voltar ao trabalho foi uma sensação agridoce.
É verdade que fico um pouco pesarosa por deixar marido e filho "ao abandono", mas sei que se vão divertir a valer e que, provavelmente, vão passar horas a andar de bicicleta ou a jogar à bola. O marido tem paciência infinita para esta actividades.
Maaaaas... Foi tão bom sair de casa e retomar um pouco da minha normalidade. Até optei pelas minhas sandálias de salto, mas já me arrependi porque ainda é hora de almoço e já tenho os pés doridos. Gosto mesmo de trabalhar e de poder voltar ao local onde sou feliz. Também só somos duas pessoas no gabinete, por isso é fácil manter a distância e os cuidados desejáveis.
O marido dizia muitas vezes "estás insuportável, vê-se mesmo que precisas de ir trabalhar" e, de facto, para mim, assim era. Não me dou com o teletrabalho, preciso de rotinas, de silêncio, de concentração. E gosto de "desligar a ficha" nas pausas e no final do trabalho. Era algo que não estava a conseguir fazer e acabava a trabalhar a horas absurdas, à noite, ao fim-de-semana, nos feriados. Ao menos agora fico mais tranquila. Dedico-me quando estou. Relaxo quando não estou.
Eu regresso no dia 1. Adoro fazer teletrabalho e não sinto esse problema de não conseguir "desligar", mas ao fim de 2 meses em teletrabalho sinto que preciso de convívio com os colegas, passeio na hora de almoço e tudo isso que é mais rotineiro.
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