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Família

Em tempos de quarentena, temos falado muito da família, promovido vídeo-chamadas quase diárias e incentivado o pequeno a lembrar-se de todos aqueles que lhe querem bem. Ontem estivemos a ver álbuns de fotografias (em papel, que eu gosto de ser tradicional nestas coisas) e ele sorria com carinho ao ver os familiares.

Ele tem menos de 3 anos, por isso fico algo apreensiva perante este afastamento, que vai durar (julgo eu) uns dois ou três meses, em situação ideal. Provavelmente, vamos assinalar o seu terceiro aniversário sozinhos... a três.

Sendo eu uma mulher muito "de família", quero que o meu menino seja igual. E é. Não há maior alegria do que quando lhe digo que vamos visitar os primos. Fica logo histérico. E quem diz primos, diz avós paternos, avó Maria, tios... Até do avô Ricardo que, por circunstâncias da vida, vê meia dúzia de vezes por ano, ele fala com imenso carinho. 

Valham-nos os milhares de fotografias que eu tiro. E os álbuns impressos. E as novas tecnologias. Não há Covid-19 que nos impeça de amar os nossos. 💓💓💓

Comentários

  1. Tem apenas 3 anos mas não serão umas quantas semanas que o farão esquecer a família ou que deixe de ser "de família". :) Olha o caso da Mini-Tété e de outras crianças que estão menos vezes com os avós (no nosso caso, porque estão noutro país) e mesmo assim gostam deles e têm esse sentido de família. :)
    Por aqui, quando os avós cá vêem até conta os dias que faltam para os ver. :)

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  2. Também sou fâ de fazer álbuns impressos. Não há nada como o papel. Por aqui temos feito imensas vídeo chamadas, mas o que me assusta mesmo é o regresso à escola (se houver regresso)e toda a nova adaptação que isso implica.

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  3. Também adoro o analógico e os álbuns de fotografias. Acho que fazes muito ver mostrar os álbuns ao teu menino.

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  4. Se ele é tão próximo do avô Ricardo que vê poucas vezes qual será agora o drama ou impacto que terá na vida dele uns meses fisicamente longe da família?

    Vamos estar afastados na Páscoa e aniversários dos nossos filhos para depois estarmos juntos no natal 🙂

    Faz parte da vida. Há miúdos filhos de emigrantes ou com avós emigrantes que os vêem poucas vezes por ano e isso não muda nada.

    Eu cresci fora de Portugal e continuei a ver a minha avó paterna como uma mãe. O meu irmão vive a quase 2000km de mim e conheceu a esposa lá. O facto de vivermos afastados não impede que sejamos todos muito unidos e próximos. Aliás ela é uma das minhas pessoas favoritas.

    Eu percebo que seja difícil para ti. Parece que nunca cortas-te o cordão umbilical e sempre viveram quase como 1 pessoa ( não estou a dizer isto como crítica mas apenas por aquilo que me transmites por aqui). Agora afastar nem que seja um bocado parece algo extremo mas tenta abstrair-te dessa forma de encarar as coisas.
    O aniversário do teu filho será diferente ( o dos meus também) não quer dizer que seja pior. Vocês estarão a 3 e agora a tecnologia até nos permite juntar mais as pessoas. No final disto tudo vamos juntar-nos para festejar todas as celebrações e a liberdade e a possibilidade de abraçar quem tanto amamos.

    Neste momento acho que se nos focarmos em tudo o que estamos a perder damos em loucos ...

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    Respostas
    1. Engana-se. Claro que me custa o isolamento, mas já estudei fora e ficava duas ou três semanas sem vir a casa por vontade própria. Com um filho, é diferente. Não gosto de o ter numa situação em que não sai, não se diverte e não está com quem gosta. Tem de ser, claro, mas posso resmungar e não estar feliz. Porque não estou. :) se há quem não se importe muito, eu importo.

      Sim, a minha família é muito unida. Graças a Deus! Têm sido a minha companhia nestes dias. A mãe liga todos os dias, tento fazer chamada vídeo diariamente para ver os sobrinhos e estar com a minha irmã.

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    2. Lá estás tu. Feliz com esta situação que vivemos não deve haver ninguém que esteja. Miúdos em casa não é o teu o único como também estás farta de saber.
      A distância de um ou dois meses não anula sentimentos que eu saiba.
      Mais tarde, gradualmente, regressa tudo à normalidade.
      Não vale a pena bater na mesma tecla.
      Tenho família e amigos fora e até emigrados e isso não faz com que gostemos menos uns dos outros.
      A distância não muda nada.
      O que afasta as pessoas geralmente é o “tanto faz”. Nada mais.

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    3. Vou escrever sobre o quê? Os passeios que não dou? As compras que não faço? As pessoas que não vejo? Os momentos que não vivo?

      Não gosta, está no seu direito. Continuarei a escrever sobre o que sinto.

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    4. o anonimo das 18:25
      realmente nao percebo. quer que ela escreva sobre o quê? é a vida dela, é o que sente, é o blog dela. caramba...

      anonimo das 16:21
      sao coisas diferentes. o meu marido so ve os pais umas 4 ou 5 vezes por ano, passa meses sem ir à terrinha ve-los. E agora, que ate estivemos la no inicio de Fevereiro diz que ja lhe custa muito, pois uma coisa é saber que se quisesse em 2h pegava no carro e estava lá e agora sabe que nao pode. o nosso psicologico é tramado.
      eu vejo a minha irma no Natal, Pascoa e ferias de verao, e agora que ela fugiu do Porto (felizmente logo que isto começou antes sequer de ser decretado o Estado de Emergencia) e veio para casa da minha mae, nem sabe a vontade que tenho de ir la abraça-la. nestas alturas de crise e de medos é quando nos sentimos mais proximos dos nossos e sentimos a falta deles.

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    5. "O aniversário do teu filho será diferente ( o dos meus também) não quer dizer que seja pior."

      Olhe, para mim seria bem pior, para a S* provavelmente também, e na minha opinião, para a criança também.


      "A distância não muda nada." - na sua opinião novamente. Na minha e de outras pessoas muda.

      Isto é o blogue da S*, ela emite as opiniões que quer, mas está sempre errada porque não pensa como o(s) anónimo(s) decreta(m) ser o certo. Há pessoas com uma lata.

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    6. Gente, é claro que a S* escreve sobre o que ela quiser. E eu gosto da Sónia caso contrário qual seria o meu interesse em vir ao blog dela?
      Apenas comentei a minha opinião que é para isso que os comentários servem.
      Concordar e discordar.
      Ou não?
      Ah, bem me parecia!
      O problema é sempre o mesmo. Não se pode tecer uma opinião contrária vem logo o ataque.
      Respirem... ainda é grátis e faz um bem danado aprender a respirar e ter calminha com o andor.

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    7. “Vou escrever sobre o quê?”

      Sobre os livros que leste durante a quarentena, sobre culinária, sobre coisas que gostarias de fazer após a crise pandémica, sobre optimismo porque não?
      Nem só de roupa nova e passeios vivemos.
      ...sobre aprender a viver de outro modo... e ter a sorte de ser uma situação temporária.

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    8. Vamos a ter calma. Ainda dizem que eu é que ando irritada. Se não gostam do tema, voltem daí a uns dias, que já pode ter melhorado. Um bom dia!

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    9. Eu não sei onde viste tu a minha irritação mas tudo bem.
      Estou super tranquila, rapariga.
      Um bom dia.

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    10. Anónimo, não estava a falar de ninguém em particular, mas sim desta mini-discussão entre comentadores. Já temos demasiadas coisas más, vamos ser positivos. :)

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  5. Não serão 2 ou 3 meses... Serão muitos mais. Se passarmos o Natal juntos, já será uma vitória! As pessoas ainda não se mentalizaram que isto vai durar, muito, mas muito tempo... Força para todos. Não desesperem. Tem de ser e custa muito. Mas é o que temos e devemos fazer agora.

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    1. Na China e em Macau não foi assim tanto tempo... bem sei que foram bem mais 'exemplares' na forma como lidaram com o vírus, mas não acredito mesmo nessa possibilidade. Espanha e Itália já começaram a falar em diminuir as medidas de restrição, bem como a Dinamarca.

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    2. Anonimo das 18:04

      pois, mas isso já são timings diferentes e não acredito que as pessoas fiquem assim tanto tempo separados. eu moro perto da minha mae e nao a vejo desde o inicio de Março. Mas se isto continuar assim por muitos meses, não irei ficar tanto tempo sem a ver. uma coisa é deixar de sair para passear, nao ir a centros comerciais, a festas, a compras de lazer, não viajar. isso ja eu me mentalizei que se calhar até ao resto do ano nao volto a um restaurante. outra coisa é deixar de estar com a familia proxima (mae, pais, irmaos,...) todo esse tempo.
      tambem concordo com a S*, acho que vai haver uma diminuição das medidas em 2/3 meses e aí terá de ser da consciencia de cada um onde continua a cortar nos contactos e onde retoma contactos

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    3. A Áustria prepara-se para voltar gradualmente à normalidade ainda este mês. Seja realista, nenhum país aguenta estar quase 1 ano assim, nem 2 ou 3 meses, quanto mais. Vamos entrar numa fase em que vamos voltar a abrir negócios/empresas ainda que condicionados por algumas regras. As previsões dos especialistas é que lá para Julho se retome por exemplo as viagens de lazer. O próximo passo será a preparação para uma imunização de grupo, testar os imunes, proteger os grupos de risco, ter um serviço de saude menos sobrelotado. Não pense que vamos viver confinados ad eternum.

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    4. Também não acredito que seja até ao Natal mas também achei demasiado optimista quem pensou que 15 dias em casa chegavam para resolver o problema. Aqui (França) vão-se ouvindo uns zunzuns. Ainda hoje uma pessoa me disse que o patrão (de uma grande empresa) avisou os empregados que está a prever manter as portas fechadas até dia 30 de Junho. A educadora da Mini-Tété já avisou os pais que depois das férias vai preparar tudo para sermos nós a ensinar o que falta para finalizar o ano escolar, por isso também não me parece que acredite que vá voltar a ver as crianças antes de Setembro.
      O primeiro-ministro (daqui) disse que acabar com o isolamento não será para já, que há uma diferença entre o isolamento de uma província como na China e um país como em França (Portugal), e que isso também tem consequências na forma como se volta à normalidade, e que não será tudo feito de uma só vez, mas sim aos poucos e vendo os efeitos disso.
      Pessoalmente, acredito que as escolas serão das últimas a voltar ao normal dado terem sido logo as primeiras a fechar. É realmente um óptimo meio de propagação de vírus, todos sabemos isso à conta das típicas viroses, por isso não me acredito muito que quem como eu , a S* e outros tantos, estão em casa com as crianças, voltem cedo à sua vida.

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    5. O comentário das 21h50 é meu, não sei porque ficou assim. :)

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    6. Cá para mim dura até fim de Abril/início de maio e aí voltamos ao activo mas ainda com muitos cuidados.
      Não acho que a partir de dia 17 isto começa já a andar mas também não creio, de todo, que vá até ao Natal.
      Acho que será renovado o estado de emergência e vai até fim deste mês.

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    7. Não é sustentável ficarmos todos em casa e tudo parado por muito mais tempo. Digo eu, que de nada disto percebo e tenho cumprido à risca com o isolamento. Eu sou um bocado egoísta e já só tenho pensado em se poderei ou não casar em Agosto e ir a todos os casamentos marcados para este ano, das pessoas queridas na minha vida! Aguento a quarentena que for precisa para podermos voltar a uma vida normal o mais rapidamente possível. Falar em passar o Natal confinados em casa dá-me uma tristeza tremenda. Nem quero imaginar!

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    8. Na minha opinião, só lá para junho começam a abrir as coisas gradualmente, tem de ser com muitas restrições, senão temos nova vaga e lá ficamos de quarentena mais meses.

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    9. Nem me diga isso que até me dá suores. Estou desempregada, preciso de empresas abertas para me candidatar. 😣

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  6. Se ele é assim, não creio que uns meses de afastamento físico mudem isso :)

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  7. As video chamadas cá por casa também passaram a ser habituais. Continua a não ser a mesma coisa que estar fisicamente presente mas temos de arranjar alternativas.
    Beijinhoos ;*

    https://little-cherry-wine.blogspot.com/

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