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Não entendo!

Poucas coisas me fazem tanta confusão como a falta de "entrega" profissional. Refiro-me a vestir a camisola, a ter real preocupação pela empresa que servimos diariamente.

Não digo isto do alto do meu emprego jeitosinho, que adoro. Eu já tive trabalhos que não apreciei. Já fui lojista, hospedeira de eventos, já andei a apresentar produtos em supermercados. Não tive só trabalhos que realmente gosto. No entanto, nunca consegui estar-me a borrifar para a função que desempenho.

Lamento, mas não compreendo quem se está "a cagar" para o trabalho que tem. Não entendo quem passa os dias sem fazer nenhum, mas que adora fazer-se de cansado. Não consigo perceber como é que se acha assim uma coisa tãoooo escandalosa fazer horas extra (poucas, imaginemos 2 horas por mês!), quando estas são pagas ou se convertem em bancos de horas. 

Dar o nosso melhor. Esforçar-nos. "Ai, mas o meu patrão não me respeita". Compreendo. Existem casos realmente maus (eu já os vivi), mas nada justifica o desmazelo total. Se não estamos mesmo bem, temos de lutar por mudar. A minha anterior empresa foi ao charco porque os funcionários desmotivaram e enterraram a empresa. A crise ajudou ao surgimento da dificuldade, claro, mas a culpa maior foi dos funcionários - grupo no qual me incluía, não estou a atirar as culpas só para os outros.

E tu... respeitas o teu patrão? Não perdes demasiado tempo nas redes sociais? Não vais tomar cafés de meia-hora? Não passas o horário de trabalho a pesquisar viagens? Não finges que não leste um email hoje porque só te apetece responder no dia seguinte? Não desligaste o computador 5 ou 10 minutos antes da hora de saída? Não inventaste estar doente?

Não temos de adorar o nosso emprego, mas, com tanta gente a querer uma oportunidade, deveríamos - digo eu! - respeitá-lo. 

Comentários

  1. Sim, devemos respeitar o nosso trabalho. Afinal, nos dias que correm não falta é pessoal desempregado com dificuldade em arranjar emprego.

    Também não percebo, mesmo, quem se “está a cagar” para a empresa, para o trabalho, para a função que desempenha, etc.

    Mas, uma coisa é adorar o que se faz.
    Outra é gostar.
    Outra é não gostar mas tolerar e conseguir esboçar um sorriso e colocar esforço, ainda assim vestir a camisola.
    Finalmente, outra é detestar com todas as letras a emprega, a função, o patrão, os colegas.
    E aí, compreendo esses casos e quem passa por isso.
    Aí torna-se complicado dar o máximo...

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    1. Ninguém indicou "dar o máximo". Mas também não é suposto dar o mínimo.............

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    2. Ninguém disse que era............

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  2. S, concordo tudo com o que disseste menos a parte de ficar horas extra. Acho que faz muito parte da mentalidade portuguesa isso de ficar a trabalhar para alem da sua hora de saida. Acho uma falta de respeito para com os empregados querer que eles fiquem mais tempo para alem do estipulado.
    Toda a gente tem uma vida para alem do trabalho e acho ate que ja se passam demasiadas horas a trabalhar.
    Falo por mim, eu nao consigo ser produtiva nas 8 horas de trabalho a que me comprometi. Trabalho, vou fazendo coisas mas nao sou produtiva. Acho ate que se a carga horaria fosse reduzida, os patroes/empresas so tinham a ganhar com isso.
    A mim nao me interessa que as horas extras sejam pagas, quando chega a minha hora de saida, eu vou-me embora sem remorso nenhum e nao acho MESMO que nao seja dedicada a empresa para qual trabalho so porque saio a horas. Claro que ja trabalhei mais do que o meu contracto estipula mas por opçao e nao por obrigaçao.

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    1. Eu disse que eram poucas horas extra. Imagine duas horas por mês. É a isto que me refiro. Não, não entendo. Toda a gente tem vida fora do trabalho, claro... Mas a maioria dos trabalhos não é estanque. É como se fosse lojista... Às 19h00 colocava o cliente fora da porta ou atendia-o o melhor que sabia.

      É que eu já fui recusada numa loja cinco minutos antes da hora de fecho. Não acho, de todo, desculpável.

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    2. Claramente temos pontos de vista diferentes.
      Eu acho uma falta de respeito entrar numa loja a 5 minutos do fecho. Uma coisa é ja ter exatamente uma ideia do que quer, chegar la, pegar no que quer, pagar e ir embora ainda antes da hora do fecho. Outra coisa muito diferente é entrar e ainda se por a escolher e arrastar-se pela loja e fazer com que os funcionarios saiam mais tarde. Quando ainda estudava, trabalhei no verao no Continente e era ver gente a ir fazer compras para o mes as 11:30 da noite...nao se faz.
      Eu trabalho com eventos e quase todos os dias tenho pessoas a ligarem-me ou a mandarem-me emails a 2/3 minutos da minha hora de saida. Chamadas atendo sempre e tento sempre resolver o problema se for para aquele dia. Emails, mais uma vez, se for para aquele dia, tento resolver o mais rapidamente possivel ou entao passo para outro colega. Se eu fosse estar a responder a toda gente na hora, nao chegava a casa nem a meia-noite.
      Eu acho mesmo que é preciso saber parar e por a nossa vida pessoal a frente do trabalho.

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    3. Mas convenhamos entrar numa loja 5 minutos antes de fecharr é não ter o minimo de bom senso de bom seno. A lojista também tem familia q uer ir para casa, não tem que estar alem da hora a atender.

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    4. Eu não acho desculpável que o cliente vá para a loja cinco minutos antes do fecho... é que muitos não ficam só os cinco minutos e os empregados acabam por sair mais tarde.

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    5. O que não é desculpável é assumir que sabe o que ia comprar. Por acaso, já tinha experimentado o que ia comprar e era LITERALMENTE pegar e comprar. Paciência, perdeu-se a venda.

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    6. Concordo com o comentário acima. No meu caso as horas extra vão para um banco de horas, mas não concordo nada com elas. No meu horário de trabalho faço obrigatoriamente 44h semanais (8h dia durante quatro dias mais 12h de urgência), por isso semanalmente tenho quatro horas no banco de horas. Não concordo, acho idiota e sim, acho que está muito relacionado com a nossa mentalidade de achar que quem trabalha mais produz mais. No meu caso a minha hora de saída é às 17.30h, e como sei que cada consulta demora uma hora marco a última consulta para as 16h. Termino às 17h e depois tenho meia hora para fazer registos, organizar as coisas, tratar de pendentes, por aí. Às 17.30h estou fora da porta. Se alguma das minhas consultas se atrasar é óbvio que não vou expulsar ninguém, mas é raro sair depois das 17.30h. Adoro o que faço e nas oito horas que estou no trabalho sou competente, não vou para o café e visto a camisola ao máximo. Mas há limites, e a minha vida pessoal é um deles. Também por isso, não me inibo de tirar licenças prolongadas ou dias quando os meus filhos precisam.

      Em relação às horas de fecho das lojas, acho perfeitamente compreensível. Eu também não entro numa loja se faltam quinze minutos para fechar, acho que é uma questão de respeito pelo outro e pelo seu trabalho. Se a loja fecha às 18h presumo que seja para os funcionários estarem fora da porta às 18h (pelo menos deveria ser), não para atenderem o fulano que 'só vai demorar cinco minutos', mais o cicrano que entra logo a seguir e diz 'já agora uma coisinha', mais as coisas restantes (não percebo nada de lojas mas presumo que seja necessário arrumar, tratar de contas, por aí).

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    7. Não acha desculpável se não tiver de apanhar um autocarro específico para casa. É suposto sairmos a horas e eu sou das que fica quando é preciso - muito mais do que as duas horas mensais de que fala se se justificar - mas eu tenho uma vida que o permite e por isso não me caiem os bracinhos por acabar qualquer coisa ou ajudar, porque rapidamente chego a qualquer lado e não falho compromissos pessoais por causa disso. Não considero é que seja obrigação de ninguém ficar mais, sobretudo se esses minutos implicarem perder transportes, aulas, ginásios ou, imagine-se, tempo de qualidade com os nossos. Dou porque quero, não por obrigação - e considero que a nossa carga horária (e já agora o salário) deve estar desenhada de acordo com as nossas tarefas sem que tenhamos de "dar mais" por sistema - sejam minutos ou horas.

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    8. Não estamos a falar do Continente - que, pelo que sei (porque já lá trabalhei como promotora), não deixa entrar 5 minutos antes da hora. Estamos a falar de comércio de rua. Bom, mas eu já trabalhei em duas lojas de shopping e, como lojista, era impensável não deixar alguém entrar antes da hora. Aliás, os portões fechavam de forma automática numa das lojas (até meio). Ninguém entrava a partir das 23h00, mas também ninguém era expulso. Há que saber calçar os calçados de lojistas e compradores. No meu caso, que antes saía às 19h00, pedi para sair dez minutos mais cedo, a chover, e corri para a loja em causa (onde sabia o que queria, tamanho, etc, por já ter experimentado). Chegar e ter uma funcionária, às 18h55, a mandar-me vir no dia seguinte, foi uma falta de respeito para com o cliente.

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    9. Também não concordo que se tenha de trabalhar para além do horário estipulado de trabalho sejam poucas ou muitas horas (e a ser, terá de ser remunerado, obviamente!). E a anónima refere muito bem que não temos assim tanto poder de concentração durante tanto tempo. Ou seja, se ficamos muito tempo no trabalho, parte dele não será a trabalhar certamente.
      Mas este é um problema típico em Portugal... há malta que não faz nada durante o dia todo e depois fica para lá da hora para dar um ar de 'trabalhador empenhado' e ainda olham de lado a mandam bocas para quem é correcto. Se trabalharem durante o dia não precisam de fazer horas extras. (é claro que há excepções, como por exemplo, ter de fazer o trabalho de alguém que esteja de baixa e ainda não tenha sido substituído. mas julgo que o post não seja sobre esses casos)
      Há uma coisa que se chama produtividade e quem tem de ficar constantemente fora de horas a cumprir trabalho é porque não é tão produtivo assim. Ponto!
      Ah, e já agora, quantos vão responder a este post no local e horário de trabalho? Pois, começa por aí: notícias, blogs, compras online, mails pessoais, redes sociais, etc. Se realmente estivessem só a trabalhar no periodo de trabalho até poderiam sair mais cedo.
      Sou completamente apologista do método de trabalho dos países nórdicos: começar cedo para também sair cedo (meio da tarde) e aproveitar o resto do dia para estar e fazer actividades com quem mais gostamos.
      Outra coisa que também não é muito bem vista em Portugal são os trabalhos em tempo parcial. Não me importava nada de daqui a uns 2 ou 3 anos apenas trabalhar 60 ou 70% do periodo de tempo. Tenho uma amiga que propôs isso à sua entidade patronal e não foi muito bem recebida e outra que bateu mesmo com a porta e foi para outra empresa onde isso era possível.
      E olha que todas adoramos o que fazemos (por acaso somos de áreas completamente distintas) mas gostamos ainda mais da vida que temos fora do trabalho. E uma pessoa feliz e realizada é um trabalhador ainda mais produtivo, acredita!

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    10. Concordo com o que aqui foi dito. Também acho uma falta de respeito querer entrar numa loja a 5 minutos do fecho, nem me atrevo a tal mesmo que seja "só uma coisinha".
      E também sou contra as horas extras, as horas ordinárias chegam e sobram para quem está realmente disposto a trabalhar. E aquelas reuniões que são marcadas sem um motivo válido? As pessoas atrasam-se, depois dispersam-se em assuntos que não interessam nem ao Menino Jesus... E se fosse simplesmente para relatar algo e não debater, bastaria uma troca de e-mails (muito mais organizado e eficiente).
      Eu faço aquilo que sou paga para fazer, o que está no contrato, não me peçam mais do que isso.

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    11. Trabalhei como lojista vários anos e nunca me passaria pela cabeça não atender um cliente porque este entrou minutos antes do fecho. Por outro lado, no que respeita a horas extras, esta mentalidade do sair depois de horas e fazer horas extra é muito portuguesa (não digo que seja o único país onde acontece, mas não é linear). Há alguns anos atrás, mudei-me para outro país e comecei a trabalhar numa empresa. Nunca fui de sair porta fora mal chegava a hora e neste novo trabalho não o fazia. Na altura, entrava às 7 da manhã e saía às 15h. Normalmente, saía sempre uns 15, 20 minutos depois porque não queira deixar nada a meio e porque não me parecia grave sair uns minutos mais tarde e deixar tudo organizado para o dia seguinte.
      Na minha segunda semana fui chamada à direção. Da forma que colocaram as coisas, tínhamos um problema. Era suposto que as tarefas que me foram atribuídas fossem realizadas nas minhas horas de trabalho, o facto de eu estar a sair depois da hora significava uma de duas coisas: eu não estava a desempenhar bem as minhas tarefas e levava mais tempo do que o necessário (tinha que ser corrigido com formação adequada), a distribuição das tarefas não foi a mais correta, eu deveria ter recebido menos trabalho (tinha que ser corrigido com redistribuição de tarefas). Depois de falarmos, descobrimos que afinal o que estava a acontecer era que a colega que fazia o turno da noite, não terminava o trabalho dela e passava-o para a minha mesa. Eu, vendo o trabalho ali, achava que era meu e fazia o dela e o meu :)
      Aqui, a S* fala de 2h por mês, não me choca de todo (mas lá está, estou habituada) mas quando há necessidade recorrente de fazer horas extra, alguma coisa não está bem em termos de produtividade e o mais provavél é que as horas extra não resolvam o problema.
      Conceição

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    12. De facto, o meu mundo é outro. Jornalismo e comunicação não tem propriamente horas estipuladas. Não estou habituada a essa conversa do "tenho de ser produtiva nas minhas 7 ou 8 horas de trabalho para não fazer horas extra", porque as notícias, os acidentes, as mortes, as tragédias, os comunicados, não têm hora marcada e as reportagens não acontecem quando me apetece. São realidades diferentes... Também as exposições e as inaugurações não acontecem 'das 9 às 17'. Há noites, há fins-de-semana, há feriados em que tenho de trabalhar porque a função a isso obriga. Descontar depois? Quando dá. Quando não há, não desconto. Durante anos, não descontei, porque era a única jornalista na empresa, logo não dava para 'passar a bola' a outro colega. Ou queria trabalhar bem ou não queria. Para querer, infelizmente tinha de me sacrificar. Fez-me crescer e aprender.

      Entrar numa loja a cinco minutos do fecho não implica roubar tempo ao lojista - vai do bom senso de cada um. Se eu entro a cinco minutos do fecho e saio de lá à hora certa, não estou a roubar tempo de vida pessoal a ninguém. Mereço o mesmo respeito que um cliente que entrou duas horas antes.

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    13. Imagina que todas as pessoas pensam como tu, sao apenas 5 minutos, como e'? Os " escravos" tem que ficar mais tempo porque sao apenas 5 minutos? Fosses antes ou noutra altura. Nao te dava jeito porque estavas a ser muito profissional no teu trabalho, porque so tu das o litro.
      Falta de consideracao sim, mas claro so ves o lado que te convem como e' costume.

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    14. Conceição, comigo acontece o mesmo. Vivo noutro país e sempre que eu fico 5/10 minutos a mais, tenho colegas a perguntar se não tenho vida fora do trabalho. Aqui é muuuuuito raro alguém ficar a trabalhar depois do seu horário de saída e quando isso acontece a pessoa é vista como preguiçosa porque significa que andou a arrastar o trabalho durante o dia.

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    15. Comentário básico e infantil.

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    16. Ó S*, poupa-nos. Ainda há pouco tempo, puseste-te a ver as fotos do casamento no horário de expediente (até um colega comentou que estavas "a sorrir para o computador").

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    17. Vi no trabalho, o que é diferente de ser em horário laboral. :)

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    18. S* não sou a pessoa a quem respondeste “leva a taça” mas não concordo contigo.
      Entrar numa loja 5min. antes da loja fechar, é falta de respeito por quem lá trabalha.
      Vê se que gostas do que fazes e ainda bem, mas há vida para além do trabalho.
      Dou o meu melhor no meu trabalho todos os dias, sou dedicada e faço o melhor que sei, portanto a mais não sou obrigada.
      Fora do trabalho existe um vida.
      Lei da (minha) vida.

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    19. Eu já tive muitos trabalhos diferentes, entre os quais numa loja de roupa que fechava à meia noite. Se não apanhasse o autocarro às 00h10 para Odivelas, teria que ir de táxi, o que me fazia ter trabalhado de graça naquele dia (escrevi mais pormenorizadamente sobre isso aqui: https://bit.ly/2SHOSus). O nosso horário é até determinada hora e, depois, disso temos vida ou, como no meu caso, sérias dificuldades para chegar a casa. Por isso, entre outros motivos, não acho nada cívico entrar numa loja 5 minutos antes dela fechar, mas compreendo que quem não saiba o que é, o faça.
      Quanto às horas extra, não digo que não as faça em circunstâncias muito extraordinárias por obrigação, mas não por sistema e por tudo ou por nada. Dizendo isto, como copy, acabo por ter ideias em horas inusitadas e acabo por trabalhar muitas vezes em casa mas apenas porque quero, não por me ser imposto.
      Mas, acabo por concordar com o teu post no geral. Não compreendo quem se está "a cagar "para o trabalho. Já tive muitos trabalhos de que não gostei, outros onde tive chefes idiotas e até bastante abusivos (muito mesmo, do género de humilharem pessoas até elas se despedirem) e nunca deixei de trabalhar o melhor que podia. Nas 8 horas de trabalho obrigatórias.
      A relação de trabalho entre uma empresa e um trabalhador é de interesse mútuo. Ninguém está a fazer favor a ninguém ou então algo de errado se passa. O trabalhador agrega valor à empresa e a empresa valoriza o funcionário pagando-lhe devidamente (ou dando-lhe outros benefícios que ambos entendam). Quando sinto que não estou capaz de ter motivação e de trabalhar bem simplesmente procuro uma alternativa. Trabalhar mal não pode ser uma opção. Não valorizar um trabalhador também não. Ambos devem procurar alternativa em caso de insatisfação. O trabalhador português às vezes gosta de se queixar, de se acomodar, de fazer o menos possível e alterar a sua situação ou tentar ver soluções, nada.

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    20. http://asminhaspequenascoisas.blogspot.com/2017/10/odiozinho-de-estimacao.html?m=1

      Já tinha havido uma discussão semelhante.

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    21. Segundo o post de 2017, a S mudou muito de opiniao...

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    22. Não, não mudei. Está lá escrito exactamente o que defendi aqui nos comentários: "O meu limite máximo é entrar cinco minutos antes da hora de fecho e apenas se sei o que quero e sou rápida a escolher. Se precisar de vestir, experimentar ou ver mais coisas, prefiro voltar outra hora. "

      De resto, o post não é sobre isso. É sobre a falta de esforço profissional. Não vou estar a discutir uma coisa que já expliquei: Para mim, se um cliente não vai roubar tempo ao lojista, pode entrar perfeitamente 5 minutos antes. Nenhum lojista deveria recusar atender um cliente só porque este entra 5 minutos antes (aliás, duvido que o patrão o permitisse). Eu não deixo de atender o telefone 5 minutos antes da hora de saída - e não sei se o telefonema vai demorar apenas os 5 minutos ou meia-hora. Cabe, assim, ao cliente, ter o bom-senso de respeitar o lojista. E cabe ao lojista, até à sua hora de saída, dar o seu melhor pelo cliente. Ou se eu entrar uma hora antes, tenho de sair até 5 minutos antes da hora de fecho? Não posso ficar mesmo até à hora de fecho? Parece-me que sim, posso. Não posso é passar da hora.

      Um bom resto de semana e bom Carnaval.

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  3. Tenho loja, trabalhamos 9h seguidas por dia, das 10h às 19h sem pausas. Ao sábado, trabalhamos até às 18h. Todos os sábados já nos rimos porque o telefone toca pelas 17h30, 17h45... há sempre alguém a chegar, que já só demora 20 minutos a chegar, a perguntar a hora a que fechamos quando sabem que é às 18h...
    A dias do Natal, houve um senhor a perguntar quanto demoraria a chegar do Porto a Viana (sempre 45 minutos sem trânsito), pelas 17h30, para esperarmos mais um bocadinho por ele...

    Todos os sábados e isto é sagrado: fechamos depois da hora, desligamos as luzes e deixamos o lustre ligado para varrer, fazer a caixa, etc. Há SEMPRE alguém a bater à porta, a tentar abrir, a esbracejar na montra para abrirmos a porta "que já sei o que quero, é mesmo só uma coisinha, não sabia que fechavam às 18h....". Fechamos às 18h há quase 9 anos de loja. Todos os sábados abro a porta, embrulho porque é sempre presente mas digo "já não vou registar, já fechamos a caixa, na segunda se quiser passe para vir buscar o talão". É absolutamente incrível.

    Nunca me recusaria atender um cliente, já mais do que uma vez vim à loja à noite porque houve uma extrema urgência e afinal estavam mesmo a precisar de um carrossel para o dia a seguir, domingo... mas continuo a surpreender-me com a falta de empatia.

    Há semanas um senhor, ao estar a ser atendido depois da hora, ainda disse à mulher que se desculpava pelo atraso "deixa lá, também precisam de vender, não precisas de estar a pedir desculpa por estares a comprar!"... com um sorriso um bocado amarelo respondi "pois é, mas é sábado... tenho 3 filhos pequenos em casa... também quero estar um bocadinho com eles". Nem me respondeu.

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    1. eu acho que é uma questao cultural e que está assumida em todas as áreas em Portugal. é normal trabalhar depois da hora, é normal ficar mais um bocadinho. mas também é normal chegar mais tarde de manha, porque ai foi um acidente no transito, ai deixei-me dormir, ai o miudo sujou a fralda antes de sair de casa, todos os dias. e uma coisa compensa a outra.

      nos paises nordicos é totalmente o oposto. cheguei a estar numa superficie comercial na Suiça, faltavam 15 min para fechar e uma das funcionarias vir ter comigo super ofendida, o que é que eu ainda andava a fazer pelos corredores, que devia estar na caixa para garantir que pagava e tudo era fechado naqueles 15 min. isto em Portugal nunca aconteceria. por outro lado aconteceu-me estar em Espanha, na hora de abertura de um museu e uns alemaes estarem chocados por aquilo nao abrir à hora certa, a funcionaria so abriu a porta 10 min depois da hora. mas tambem já me aconteceu em Portugal estar numa determinada localidade, havia um museu que ia fechar em 30 min, e claro que nao dava tempo p ver tudo com calma, e eu pedi ao vigilante se nao dava mesmo so p entrar e ver aquilo a correr (eu nao ia ter oportunidade de voltar la), e ele la facilitou, foi fechando as salas e verificando tudo atrás de nós e saimos juntos. O mesmo me aconteceu no ano passado em Espanha, num zoo, em que na zona das aves a dada altura fechavam a passagem, e eu queria voltar a ver aquilo, e percebi que o funcionario ainda ia arrumar e dar comida às aves, entao pedi com jeitinho em portunhol se ele me deixava la estar e ele abriu a passagem, e fiquei la mais um pouco enquanto ele acabava o trabalho dele e depois saimos juntos. e sim eu sei que se todos os visitantes fizessem isso nao dava, mas foi so eu e o meu marido.

      resumindo a minha opiniao: é uma questao cultural e acho que um bocadinho de flexibilidade tambem nao faz mal a nenhum dos lados. mas tem de ser com conta peso e medida e de forma a nao prejudicar os outros.

      ja agora, ignorante me confesso, para mim hora de fecho da loja é para o cliente e nao para o funcionario. ou seja, se a Zara fecha às 22h, eu achava que como cliente tenho de sair de la até às 22h, mas depois os funcionarios têm por ex um horario de trabalho até às 22:30 ou mais para poderem arrumar e fazer as tarefas de fecho. é que pelos comentarios fiquei confusa porque parece que estao a dizer que o funcionario tambem so tem horario até a hora oficial de fecho, portanto tudo o que fizer depois disso nao é pago. como funciona entao? ou é diferente no comercio tradicional e nas lojas de centro comercial?

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    2. A maioria das lojas considera hora de fecho com hora de fim de trabalho, o que não é realista... Quando trabalhei numa cadeia nacional, diariamente trabalhávamos mais vinte ou trinta minutos... Até porque nos shoppings não deixam andar a passear sacos de lixo antes de fecharem as lojas.

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    3. Trabalhei numa loja do grupo SONAE e existia sempre 30 minutos de trabalho depois da hora do fecho da loja.

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    4. Trabalhei como operadora de caixa em que fazia o fecho de loja (também fiz abertura de loja). Na abertura entrava 30 minutos antes para preparar tudo. Quem fazia o fecho saía às 00h30, mas podia sair mais cedo, desde que deixasse tudo arrumado (e não houvesse clientes). 5 min antes das 00h começavam a baixar as grades, mas os clientes podiam entrar. A partir das 00h os clientes eram informados que a loja estava fechada, mas podiam ir para as caixas pagar. Na época alta, se passasse a hora, passava. Se refilasse perdia mais.
      Também fiz o horário intermédio e esse sim, era horrível. Tinha aulas e tinha de implorar para me substituissem. É óbvio que os clientes não tinham de sofrer por isso.
      No dia 31 de Dezembro perto da hora de fecho (19h, talvez) vem uma familia com um televisor enorme a pedir para fazer crédito. Santa paciência... Essas coisas demoram tempo. E qdo me perguntaram se, por ser natal, a loja (essa de brinquedos) estava aberta toda a noite. "Claro que sim. É um bem de extrema necessidade." Apeteceu responder, mas calei-me.
      Com essas duas experiências comecei a ver o outro lado das lojas (o bom e o mau).
      Por enquanto não sou obrigada a cumprir horário mas, sinceramente, tendo em conta o tipo de trabalho, nem faz grande sentido (insistem que sim). Devia trabalhar por objetivos/tarefas e responsabilizar incomprimentos. Há dias em que pouco rende, outros que dava jeito ficar mais tempo.
      Se não faço horas extra (tenho mesmo de sair aquela hora), é porque tenho filhos, um deles que tem de sair até às 17h30 (já com extensão de horário). Mas, qdo é necessário, fico, desde que o pai o vá buscar (leva-os demanhã).
      Ficar, só para parecer bem, não. Aliás, quem faz horas extra devia justificar a razão de as fazer.

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  4. Não percebi. És jornalista e por isso tens de trabalhar 24 horas por dia/7 dias por semana porque há notícias/eventos a todas as horas. É isso?
    Bem, desse ponto de vista diria que a maioria das profissões teriam os mesmos problemas.
    Se uma entidade patronal precisa de uma produção em contínuo (seja ela um jornal, um hospital, uma fábrica, um quartel, etc) tem de trabalhar por turnos. E cada trabalhador terá o seu, mesmo que, por exemplo, estejas de sobreaviso em casa. Sinceramente acho que tens de te informar melhor sobre os teus direitos como trabalhadora. Uma coisa é vestir a camisola, outra coisa bem diferente é ser explorada!

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    1. Enquanto jornalista de um órgão regional com recursos muito limitados, sim, para fazer um bom trabalho tinha de estar sempre disponível. Não era minha obrigação. Mas, enquanto profissional, não conseguia deixar de noticiar acontecimentos importantes, fosse a que horas fosse. Custa, mas é o que é.

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    2. Por essa ordem de ideias os jornalistas não tinham vida própria.
      Assim como os bombeiros, os médicos, os enfermeiros, os recepcionistas, os auxiliares, os taxistas, etc etc.
      Notícias há a toda a hora, doentes, acidentes, passageiros idem.
      Não faz sentido o que dizes S* lamento.

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    3. Anónimo das 18h53
      Imagine aquelas aldeias isoladas onde há apenas um único médico ou um único veterinário. Mesmo que tenham um horário bem definido, se ao fim da tarde ou a meio da noite alguém aparecer a gritar “Doutor ajude-me que tenho o meu bebé com 40°C” ou “Doutor, ajude-me, o meu cão foi atropelado” dificilmente a pessoa dirá “olhe, espere que eu agora só volto a trabalhar amanhã às 9h.”. Se é justo? Talvez não. Se rouba tempo pessoal à pessoa? Sem dúvida. Mas nem todas as profissões e situações são iguais para serem avaliadas pela mesma bitola.

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    4. A S* não é médica. Saúde é outra questão e mesmo assim, nas aldeias isoladas, esse tal médico até pode facilitar mas acredite que não é sempre, senão pobre coitado.

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    5. Pois, noticiar não é um actividade de extrema urgência...

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    6. Então e porque é que a empresa não contrata outro jornalista? O patrão não tem interesse? Pois...

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    7. Claro que não é sempre assim e claro que não é uma actividade de extrema urgência, nunca afirmei que era a mesma coisa. Quis apenas mostrar como nem todas as situações se podem avaliar da mesma forma e embora as notícias da S* não salvassem vidas, poderiam ser necessárias para que a empresa onde trabalhava se mantivesse à tona.

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    8. Porque a empresa em causa (que não era empresa, era associação) não tinha dinheiro, obviamente. Já aqui referi algumas vezes que estive com salários em atraso durante anos...

      Não, noticiar não é uma urgência como vida ou morte, mas noticiar em rádio e no online tem de ser IMEDIATO, não pode ser no dia seguinte. Um incêndio florestal que corta auto-estradas e ameaça aldeias tem de ser noticiado AGORA, não pode esperar pelo dia seguinte. Um acidente que mate 2 vianenses não pode esperar pelo horário laboral. Uma decisão política que vai afectar vidas, o aumento ou o corte nas portagens, tudo isto são questões consideradas URGENTES em jornalismo. Não, não pode esperar!

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    9. Mas porque é que não se pode esperar? Ao se noticiar imediatamente a seguir há alguma possibilidade de reverter a situação? Tipo, ressuscitar os mortos do acidente ou reverter uma decisão política (este exemplo nem faz muito sentido porque as decisões políticas são transmitidas em horário normal laboral...) nem os grandes grupos informativos online fazem actualizações das suas páginas durante a noite...
      Se for noticiado após 8 h do sucedido deixa de ser informativo? Até não terá mais tempo para recolher mais informação e mais fidedigna e escrever uma peça jornalística mais informativa e com maior qualidade?
      É que ainda por cima dizes que era uma associação, ou seja, ainda menos sentido faz essa tal urgência de que falas. E pior ainda, falhavam grandemente contigo: não pagar salários a tempo é de uma desonestidade sem fim, principalmente para quem dava tanto à casa! Se não me pagassem a tempo mais que uma vez pirava-me em três tempos.. quanto mais continuar a trabalhar e fazer horas extras!! Desculpa que te diga, isso não é vestir a camisola, é ser-se totó! E de certeza que não sou a primeira pessoa a dizer-te isso.
      Não sou muito de ditados populares, mas há um que diz que 'não há omeletes sem ovos'.

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    10. Anónimo das 14h46, desculpe a franqueza, mas escreveu um verdadeiro disparate.

      " nem os grandes grupos informativos online fazem actualizações das suas páginas durante a noite..."

      Caro leitor, eu estagiei na TSF, a única e verdadeira rádio-notícias em Portugal. Fiz, para perceber como era, uma semana de turno, da 00h00 às 06h00. Pois eu lhe GARANTO que as notícias são atualizadas em antena-rádio e em emissão online de meia em meia-hora. De trinta em trinta minutos as notícias são lidas em directo e são notícias sempre NOVAS ou escritas de forma diferente. A agência Lusa, a Reuters, a AFP são actualizadas SEMPRE que há notícias - minutos depois. Não, o jornalismo de verdade não espera. Não pode comparar com imprensa escrita. A rádio, a televisão e o online são do imediato - em minutos.

      Nem sempre são precisas "mais informações fidedignas". Se houve um acidente com 2 mortos, os 2 mortos, como ironizou, não vão ressuscitar. Mas as pessoas querem saber. Se há um incêndio a decorrer numa fábrica que dá emprego a pessoas, as pessoas querem saber AGORA, não é no dia seguinte. Se um incêndio corta a A28, é preciso informar AGORA, não é quando o perigo passar.

      Tenho 10 anos de carreira. Tenho muito para aprender, mas não nasci ontem.

      "É que ainda por cima dizes que era uma associação, ou seja, ainda menos sentido faz essa tal urgência de que falas. "

      Não entendi, mesmo, o seu comentário. A associação tinha um rádio. Não tinha estatuto de empresa, porque não tem um patrão nem visa dar lucro... Mas a rádio é tão séria como qualquer outra rádio.

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    11. Então mas queres comparar a Reuters, a Lusa ou mesmo a TSF com uma rádio local de uma associação??! E ainda por cima tu própria dizes que na TSF havia um turno das 0 às 6h, ou seja, não era sempre o mesmo infeliz que tinha de estar disponível 24 h por dia/ 7 dias por semana. É o tal ditado 'não há omeletes sem ovos'.

      Por isso, desculpa, mas o que dizes continua a não fazer sentido. Mas se gostavas de ser escravizada (ainda por cima por vontade própria e com orgulho), tudo bem, nada contra. Mas que não faz sentido, não. Eu gosto muito do meu trabalho, mas gosto ainda mais de receber a tempo e horas por ele, e também de ter a liberdade de fazer ou não horas extras e sempre remuneradas. Acho que é o mínimo que mereço! Mas cada um luta por aquilo que lhe faz sentido.
      Mas é por pessoas como tu, que se sujeitam a tudo e mais um par de botas que há muitas entidades patronais que acham que todos os trabalhadores deveriam ser S*s.

      Se a ACT sonhasse com o que se passava no teu antigo trabalho acredita que eles teriam problemas muito graves!

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    12. As pessoas hoje em dia sabem das últimas notícias através de várias fontes, por isso medicina e jornalismo salva vida de modos bem distintos.
      Concordo com o anónimo de cima, isto é, vestir a camisola acho muito bem. Passar desse limite, não, definitivamente.

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  5. No meu caso, a hora de fecho que está na porta é às 21h, mas nunca poderia fechar a essa hora, ou não ia para casa (100 km de autocarro, que sai a 2 km do meu trabalho às 20:55). Todos os que trabalham comigo sabem que às 20:15 já estou a esmifrar-me para fechar a caixa e ter a certeza que deixei as contas todas certas. Implica muitos envelopes de dinheiro e transferências bancárias. Se me tocam os telefones já não atendo, e se pedem consultas já só marco para o dia seguinte. O pior que me podia acontecer era alguém aparecer à porta às 20:30. Apesar de na porta, a hora do fecho dizer 21h. Nem tudo o que nos parece "falta de respeito" significa mesmo falta de respeito. Eu, por saber o que passo, nunca vou a nenhum lado quando faltem 20 minutos para fechar. Só o ter de contar dinheiros e verificar faturas é coisa para levar esse tempo, se for caso de dar algum engano...

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    1. Entendo, mas também tem de se entender que alguém que saia às 18h30 ou 19h00, como era o meu caso, se quer ir ao comércio tradicional tem de ir ao final do dia. Pelo menos na minha cidade a maioria do comércio fecha ao almoço e até ao sábado...

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    2. Para esse tipo de tarefas existem as folgas rotativas, mas depois se for preciso há fins-de-semana, feriados ou épocas festivas em que trabalhas.
      Portanto, quem já tem TODOS os fins-de-semana e feriados de descanso, o que querem mais???
      Não dá para tudo, gente!

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  6. E não, não estou a ler este post e a responder em horário laborar, já vou no autocarro!😉

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  7. Trabalho há 36 anos e nunca saí porque estava no horário, ficava sempre se fosse necessário. Hoje continuo igual e não me cai nada por isso, não me são pagas as horas, mas se preciso de sair mais cedo ou faltar estou à vontade, assim ficam "pagas"
    Em resposta a algumas afirmações aqui colocadas, desemprego onde?? é que como diz um amigo que precisa de funcionários, os/as trabalhadoras estão em vias de extinção, infelizmente ninguém quer trabalhar, depois no estrangeiro é que é bom!! não vejo isso, vejo é quem lá está nunca vir ao país por falta de dinheiro. Os funcionários públicos só trabalham 35h e também nunca estão bem. Olha S* tens razão sim, as pessoas que precisam mesmo de trabalhar têm que fazer algo de útil, mas enfim... quando a segurança social acabar com os subsidios eu quero ver se alguns até dão horas ao patrão.

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    1. As pessoas querem trabalhar, não querem é ser exploradas. Muitas vezes os patrões que dizem que não há quem queira trabalhar são os que oferecem condições péssimas enquanto eles próprios levam vidas de luxo. Precisar de trabalhar não é aceitar qualquer trabalho... eu, com mestrado, já recusei propostas após conhecer o salário e as condições, porque sei o meu valor. Se um dia tiver se ir para o estrangeiro, que seja.

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    2. É tudo muito bonito e não dá trabalho nenhum dizer o que calha...
      Desemprego onde?
      Nem lhe respondo.
      Se algum se vir à procura do mesmo não só na sua área mas em várias e se nada conseguir, depois sim fale com conhecimento.
      Bocas abertas e bitaites!

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    3. Nunca vi um bom patrão com falta de empregados. Nunca.

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  8. O problema da maior parte das pessoas é que não gosta do emprego que tem. Por outro lado, a maior parte dos patrões são homens ou mulheres sem filhos, sofrendo daquilo que é o síndrome "não-quero-ir-para-casa". E o funcionário é que sofre. Por outro lado, muitas pessoas não mudam de emprego porque têm baixas qualificações, e isso não lhes é possível. Há um conjunto de fatores no mercado de trabalho português que não dão vontade de trabalhar - as horas extraordinárias, a obsessão nacional de não sair a horas, ninguém sabe muito bem porquê, a falta de empregos flexíveis ou a tempo parcial quem quer compatibilizar com a família. Espero que daqui a vinte anos, quando as novas gerações tomarem conta disto, a coisa melhore.

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    1. Não me parece acertada a dedução de que os patrões e patroas que não têm filhos não querem sair a horas. Até podem ter mais vontade de sair para irem jantar fora, ao ginásio, ou simplesmente ir para casa descansar (sozinho ou com o/a parceiro/a), sendo que para quem não tem filhos é realmente descansar. Não sou patroa mas não tenho filhos e saio sempre a horas, gosto do meu trabalho mas gosto mais da minha vida fora dele.

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    2. Também não percebi a relação. Não tenho filhos mas tenho vida para além do trabalho. E para mim, horários são para se cumprirem. Assim como os nossos deveres (que muita gente se esquece!) e os direitos também.

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    3. Têm muita sorte. Trabalhei em sítios, privados, nos quais os patrões só iam para casa tardíssimo, que ninguém quer aturar mulheres/maridos/filhos.

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    4. Ana, que horror!
      Não compreendo porque é que continuam casados/morarem juntos se já não se suportam... Acho que há muita 'família' apenas para o status. É triste!

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  9. Há pessoas que precisam de um limite. Eu dou tudo o que posso em qualquer emprego que já tive, seja bom ou mau, goste ou não goste. O meu atual patrão é daquelas pessoas super focadas em fazer o negócio dele crescer (como é óbvio) e nem se lembra se é sábado, domingo, feriado... Como ele trabalha sempre, por vezes esquece-se que os funcionários não são donos da empresa como ele. Vai daí, às vezes manda mensagens ao sábado às 7h da manhã, envia emails às 4h da madrugada (anda sempre em viagem e é quando tem tempo), pergunta coisas depois das 18h (hora de saída). Se vejo que é uma coisa mínima e que posso ajudar na hora sem prejudicar o meu tempo, respondo/faço. Mas já cheguei a não atender o telefone ou ignorar mensagens até à hora de voltar ao trabalho/de começar o dia. Porque eu sei que ele não tem limites (embora não o faça por mal) e que iria passar a vida a trabalhar fora de horas se lhe respondesse sempre ou ficasse sempre mais tempo. Não dá para abrir precedentes. Dá-se um dedo, pedem um braço. Fora isto, é um trabalho que gosto, que faço com empenho e estou satisfeita. Mas isso não quer dizer que tenha que trabalhar horas extra (que no meu caso não são pagas).

    Já trabalhei numa loja de shopping e durei lá 3 meses. Gostava do que fazia mas a empresa não tinha noção do limite do razoável. Já sabemos que nunca sairíamos no horário de fecho (contemos sempre com, no mínimo, 1 hora para fechar tudo depois da loja fechar ao público), mas no caso desta empresa, ficavamos 3 e 4h a mais todos os dias, horas essas que não eram pagas. Ou seja, se a loja fechava às 00h, cheguei a sair às 3h da manhã depois de arrumar a loja e fazer fecho de caixa. Essas horas nunca eram pagas, dia após dia, mês após mês. As gerentes sabiam que havia sempre 1h, pelo menos, a trabalhar a mais depois do fecho, portanto deveriam distribuir as horas daquele mês já a contar com essa hora extra para quem fecha. Ninguém é obrigado a trabalhar horas extra, muito menos gratuitamente. O tempo de escravatura já passou. Recuso-me a compactuar com isto, daí que tenha saído de lá pouco tempo depois. Acho que abusavam porque trabalhavam lá muitos jovens e achavam que, como não tinhamos filhos e viviamos com os pais, tinhamos menos necessidade de horários fixos para estar em casa/tempo livre e que, como éramos novos, só queríamos era uns trocos para apanhar bebedeiras no fim de semana. Não era o meu caso. Mesmo que fosse e independentemente da idade das pessoas e dos seus tempos livres, das motivações que os leva a ter aquele emprego, temos todos que ser pagos pelo trabalho que fazemos e pelas horas completas que trabalhamos.

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    1. Mails (e telefonemas) profissionais fora do horário de trabalho é de uma falta de profissionalismo gritante. Ainda por cima hoje em dia até já dá para programar o envio dos mesmos!
      A conclusão que chego depois de ler alguns comentários é que há muita falta de noção por parte das pessoas. Isso, e bom senso e empatia.

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  10. Desculpem mas eu não concordo nada e além disso acho uma falta de respeito.

    Nos países nórdicos ficar mais tempo no local de trabalho é sinónimo de incompetência e incapacidade de gerir o horário. Concordo a 1000%.
    Em Portugal a maioria passa horas a fazer que trabalha durante o dia e no final ficam até às tantas nos escritórios para fingir que são muito bons e empenhados. Na realidade uma melhor gestão de tempo daria perfeitamente para chegarem a tempo e horas a casa.
    Outros são vítimas de empresários esclavagistas que acham que trabalhar horas a mais, não remuneradas é que é ser bom gestor.
    Infelizmente temos muito poucos bons gestores em Portugal. O resultado está à vista!
    A maioria dos portugueses são emigrantes muito cobiçados mas por aqui não dão tanta produtividade. Porque será? A culpa é dos portugueses claro. Diminua-se o salário mínimo já defendia aquele tão popular senhor da Sonae 🙄

    Sou demasiado nórdica para estes hábitos.

    Também acho uma falta de educação e chá enorme entrar numa loja nos 15 muitos antes do fecho. Já nem falo 5min... É só mesmo falta de educação e respeito.
    Além disso este discurso de "não vou picar logo o ponto na minha hora". Why not?! No final do dia não passam de um número na mesma e levam um valente pontapé no rabinho sem qualquer consideração ou respeito.
    Dar horas a mais é por um negócio próprio e tem que ser rentável!

    Se soubessem as centenas de histórias que ouço mensalmente de pessoas em processos de reprodução medicamente assistida... Não há ninguém que não se arrependa e a maioria que faz tudo e mais alguma coisa pela empresa, quando precisa de ir a consultas, fazer tratamentos ou o que for , vê-se na mesma com enormes problemas laborais e a maioria não tem compreensão nenhuma por parte da empresa. Depois de se negarem a ser escravos, passam de bestiais a bestas e vêem-se num valente inferno.

    Eu não vivo para o trabalho, trabalho para viver.
    Adoro o que faço mas abdicar de tempo de qualidade, livre, chegar tarde ao infantário ou ir buscar os meus filhos todos os dias de noite para fingir que dou horas?! Santa paciência...
    O meu trabalho fala por mim e se as 8h trabalho não forem suficientes, que me paguem pelas extra ou contratem alguém que não se importe de ser escravo.

    Se calhar se todos se impusessem não existisse esta política de funcionamento parva em que as pessoas acham normal trabalhar 20/30h mensais de forma gratuita e ainda acharem normal cobrar isso dos outros...

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  11. Adoro os anónimos ahahahahah tanto medo pessoas!!! mas porquê? Anónimo20 de fevereiro de 2020 às 10:51, exploradas? quer ir trabalhar com ordenado de 1100€, limpos ?? contrato, subsídios, férias, seguros e tudo o mais que a lei exije? não necessita mestrado, é para a construção civil nem é preciso saber ler, basta vontade de trabalhar, se tiver, venha. Não precisa ir para o estrangeiro, olhe que lá até lhe podem dar mais que isso, mas tem de alugar casa, comer etc etc

    Anónimo20 de fevereiro de 2020 às 14:34, sabe eu não tenho (area) trabalho em tudo o que aparece, desde que me paguem e seja honesto, por isso, se calhar, nunca me faltou trabalho.

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    1. Continua a falar...muito!
      Desde que lhe paguem aceita tudo?
      E se lhe pagarem miséria também aceita?
      Se tivesse estudado certamente iria saber quão frustrante é injusto investir e depois nada conseguir.
      Já tive alguns trabalhos que não são na minha área, portanto falta de vontade de trabalhar não é seguramente.
      Daí a aceitar tudo...
      Sei o meu valor e não me vendo.
      Felizmente ainda não precisei de esmola.

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    2. Eu já ganho mais de mil euros limpos, não se preocupe. Mas para isso foi preciso estar consciente do meu valor e não me vender por menos. Porque é que há pessoas que se ofendem quando alguém diz que é seletivo na escolha de trabalho?

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    3. Porque há gente que não tem ambição na vida e vendem-se por pouco.
      Às vezes é melhor esperar e saber para onde caminhar de forma sólida onde somos valorizados.

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    4. Porque querem escravos, não lhes querem pagar. Dão condições miseráveis mas querem ser venerados.

      Quando alguém não aceita ser escravo em séc XXI acham mal... Ora, se pudessem ter alguém a fazer o vosso trabalho praticamente de graça e a dar muito lucro não preferiam também?

      São os ditos gestores de topo.
      Não me fartarei nunca de referir aquele excelente exemplo da Sonae que achava boa ideia reduzir o ordenado mínimo nacional em Portugal. Porque afinal pagar a miséria que pagavam não era suficiente... Era preciso mesmo fazer das pessoas escravas.

      Suponho que fosse quem trabalha na concorrência a ir lá às compras. Já que os funcionários obviamente não teriam capacidade para pagar nada feito por eles 🤷

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    5. Um bom patrão tem pilhas de curriculae à porta. Não precisa de pedinchar, na maioria das vezes nem sequer precisa de publicitar ofertas.

      Uma boa empresa atrai pessoas. Vejam a delta cafés, que é um dos melhores exemplos nacionais daquilo que é realmente saber gerir recursos humanos.

      Os que se queixam da falta de pessoal para trabalhar habitualmente são aqueles com historial de dívidas, atraso no pagamento, desrespeito, falta de organização, etc.

      E também são aqueles que jamais vão admitir ou sequer perceber a própria incompetência...

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    6. Este comentário foi removido pelo autor.

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    7. Se os 1100€ forem por 14-16h/dia é extremamente mal pago, principalmente numa área de grande desgaste.
      Btw para as obras serem bem feitas é preciso pessoas com boa formação e conhecimentos. Por isso é que o seu amigo ( ou a senhora) acha que não é preciso sequer saberem ler mas pessoas que façam esse trabalho na Suiça estão a ganhar +8000 CHFr/mês.

      Acha mesmo que não é lá que se está muito melhor, principalmente para trabalhos desse género?
      Lá está, quanto mais "fala" dessa pessoa mais certezas tenho que é um péssimo patrão e que não é à toa que tem falta de trabalhadores com vontade de trabalhar.
      Todos nós já vimos obras feitas por pessoas assim. Quantos de nós querem viver em casas feitas por pessoas que acreditam que não é preciso saber nada? Até para fazer boa massa de cimento é preciso saber calcular quantidades e fazê-las bem. Quando não são as casas têm 2 anos e já estão cheias de fendas, humidades, bolor e outras coisas do género... E dão problemas irremediáveis sem gastar uns bons milhares...

      Quem paga peanuts e não tem ( nem pode ter!) exigências de qualidade , recebe macacos...

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    8. Está tão enganada/o nem sei se é homem se mulher, mas e desc, não sabe o que diz. Para trabalhar seja onde for, o chefe ou patrão é que tem de saber no minimo fazer contas, para poder ensinar. Pergunte à sua avó se sabia ler e se morreu à fome, ou a alguém que hoje tenha mais de 80 anos. Suiça?? ahahahah ganha se bem?? e dorme na rua, certamente.
      Bora tudo para lá, enfim....

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    9. Mena, emigrantes portugueses a dormirem na rua na Suíça? Onde? Pagando renda de casa, fica com mais dinheiro para outras coisas que em Portugal, falando de forma geral. Em Portugal as rendas estão altíssimas para os salários (e falo do salário médio, não do mínimo).

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    10. Mena Almeida, desculpe mas a senhora manda com cada disparate. Não invente mulher! Está melhor calada.

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  12. Eu trabalho numa empresa que desde à uns 4/5anos para cá entendeu que para além das 40 horas semanais os funcionários teriam de, sempre que a empresa o entendesse, trabalhar mais 8 horas ao sábado.
    Infelizmente a lei portuguesa defende que desde que seja por acréscimo de trabalho ou por motivos urgentes a empresa o pode exigir ao funcionário, que se defende que as horas são todas pagas, e por isso mesmo, obrigatórias. É fácil dizer que não as fariam, mas o resultado disso ali são processos disciplinares.
    Neste momento a empresa vive uma crise de absentismo na casa dos 30%, porque será?

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    1. Porque os portugueses são péssimos trabalhadores e coitadinhos dos investidores/empreendedores... Nunca conseguem bons escravos... ups... Trabalhadores 😉

      É um perfil típico do patronato/gestor português sem qualquer formação/noção.... Se os ouvir provavelmente irá perceber que a culpa é TODA dos funcionários. É sempre.
      Se puder, fuja. Esse tipo de negócio habitualmente não duram+20 anos... E se já trata os funcionários sem respeito agora não se admire que um dia a coisa acabe mal para os empregados.

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    2. Olhem, mas se os empregadores sao assim tao maus pq nao abrem voces um negocio? Assim ja podem aplicar as regras conforme querem e deixar os vossos trabalhadores fazerem tudo e mais alguma coisa. Reclamar é bom, mas é qd sao trabalhadores, ninguem quer assumir a responsabilidade e o risco de ser patrao.

      Nota: eu sou trabalhadora, nunca quereria ser patroa pq quero chegar ao final do dia e desligar a cabeça do trabalho e nao ter de preocupar. Tenho mt respeito pelos empreendedores deste país pq com os trabalhadores q andam por aí é mesmo dificil.

      Se nao querem fazer horas extra, facil, sai da empresa e vai p outro lado, o patrao agradece.

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    3. Anónimo23 de fevereiro de 2020 às 23:10,

      Ser patrão ou ter patrão não são as únicas hipóteses. Eu não gosto de trabalhar em empresas, prefiro a academia ou o Estado.

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    4. Porque para abrir um negócio implica investir capital, capital esse que não é fácil ter.
      Mas porque é que temos de ser agradecidos e fazer tudo tudo tudo o que nos querem obrigar a fazer? Alguém faz um favor por contratar alguém? Não! Quem se candidata precisa de trabalho e quem contrata precisa de funcionários.
      Mas porque raio se fazem contratos se depois nos exigem fazer para além do que lá está?? É que não estamos a falar de 5 ou 6 sábados por ano, estamos a falar de meses seguidos que só não são mais porque chega às 200h extra e a partir daí não podem obrigar mais.
      E por acaso o patrão não é português mas a empresa é gerida por portugueses.

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    5. Por acaso tenho um negócio próprio mas também trabalho para outrém. Faço os dois.

      No entanto não trabalho com alguém que acha normal tratar pessoas como escravos.
      Os trabalhadores não são súbditos. Aliás o problema é mesmo acharem isso.
      A gestão de RH é fundamental para o sucesso de uma empresa e nesse departamento temos exemplos péssimos. Pior é alguém achar que é normal fazê-lo.

      Tb temos óptimos exemplos, como a Delta cafés. E é em saber mobilizar os recursos humanos e potenciar a sua acção que as empresas têm muito melhores resultados.

      E nem todos são maus patrões mas em Portugal a maioria é. Pergunte a qualquer pessoa com formação superior na área...

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    6. "Mas porque raio se fazem contratos se depois nos exigem fazer para além do que lá está?? "

      porque é o que está na lei.
      quando se assina um contrato de trabalho tem de ser ter noção que se está a sujeitar a tudo o que está no Codigo do Trabalho e adicionalmente a tudo o que está na Convenção Colectiva de Trabalho desse sector se aplicavel.

      "Eu não gosto de trabalhar em empresas, prefiro a academia ou o Estado."
      ahahaha. entao isso significa que é daqueles funcionario publicos que nao gostam de trabalhar de todo....... se trabalhar para o Estado e for um funcionario em condições tem de cumprir tambem um conjunto de regras que são definidas pela lei.

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    7. "No entanto não trabalho com alguém que acha normal tratar pessoas como escravos."

      as horas extraordinarias estao reguladas no Codigo do Trabalho. Se uma empresa faz uso disso porque é que se tem de comparar a trabalho escravo? A lei é criada no Parlamento pelos deputados eleitos, se algo está mal na lei entao a culpa é em ultima analise de todos nós que votamos neles. Uma coisa é uma empresa exigir horas a mais que nao sao pagas ou fazer qualquer outro tipo de pressão/exigencia ilegal. Outra coisa é uma empresa exigir horas extra de acordo com o que está previsto na lei, nao vejo de todo qual o problema.

      Olhe, devem é ser todos muito ricos. Onde trabalham as pessoas há muitas pessoas que estão sempre a querer mais horas extra, e em alguns casos temos mesmo de dizer que ja passaram o limite, que têm de ser outros colegas, porque o que eles querem é mais dinheiro para poderem ir gastar.

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    8. Estou longe de ser rica, mas vivo bem com o meu ordenado sem ter de andar a fazer horas extra, muito menos "obrigada" sob ameaça de processo disciplinar, uma entidade patronal que sabe da necessidade recorrente de horas extra é porque não está preocupado em contratar mais ninguém para o trabalho que fica a faltar constantemente. Provavelmente até lhe saia mais barato contratar mais pessoas que andar a pagar sempre horas extra.
      Eu acho aceitável que dê vez em quando se tenha de prestar trabalho suplementar, mas já não acho razoável quando a situação se arrasta à anos.
      Mas pronto, somos todos uns ingratos que devíamos ser agradecidos por ter trabalho.
      Os filhos que se criem sozinhos ou nos que usemos o dinheiro das horas extra para pagar a alguém que fique com eles de magrugada.
      Sim, porque não estou a falar de trabalho das 9 às 17, estou a falar de turnos, incluindo madrugadas.

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