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Não consigo nem posso compreender

Estamos em 2020 e hoje vi um casal de avós a transportar as duas netas (assumi que eram netas) de 2 ou 3 anos soltas no banco de trás.

Desconhecimento? Ou vitimas do síndrome "as desgraças só acontecem aos outros"? É que mesmo que os avós não estivessem informados, obviamente que os pais das meninas sabem que os avós não têm cadeirinhas (que não tinham). 

Comentários

  1. Mas o carro estava em circulação com as crianças soltas no interior do veículo? Ou estava estacionado?
    Pode ter sido uma emergência ou um trajecto muito curto a baixa velocidade, não sei.
    Duvido que os avós não soubessem que é obrigatório cadeirinha.

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    1. O carro estava a iniciar a marcha. As crianças foram soltas. Não existiam cadeiras.

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    2. Quantos e quantos...

      O síndrome de as desgraças só acontecem aos outros, alia-se ao "não há dinheiro para cadeiras mas há para tudo, um par de botas e ainda fumar ou ir ao café diariamente" e mais o síndrome de "mete o cinto quando vires a polícia"...


      Na creche do meu filho há uns avós assim. Quando é a mãe vem com a avó ao lado que trás o miúdo no colo. Habitualmente vem com o cinto em cima dos dois. Deve ser para garantir que morre mesmo em caso de acidente.

      Na escola do meu filho mais velho já vi miúdos de cada forma que dá vontade de perguntar aos pais se gostam mesmo dos filhos.

      E isto vai desde carrinhos antigos até ao tesla ou Porsche que deixam uns na escola do meu mais velho... Já se sabe que podem pagar as multas. Já a vida não compram se os miúdos morrerem...

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    3. É preguiça de saber mais. É saber, mas preferir olhar para o lado. Preferem gastar dinheiro em idiotices, como bicicletas caras pra burro para os meninos, a investir numa cadeira boa. Eu não sou fundamentalista. Apesar de tudo, sei que errei em ter virado o miúdo no sentido da marcha antes dos dois anos, por exemplo. Não sou um role model, não cumpro todos os requisitos. Mas uma cadeirinha tem de cumprir os mínimos de segurança. E os mínimos, quando se trata de crianças, não podem ser baixos.

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    4. Não é preciso também disparar logo pólvora porque não sabemos o que se passa na casa do vizinho.
      Se são emergências ou situações únicas ou em último caso vai no carro do avô sem cadeirinha num trajecto pequeno, sei lá.
      Confesso que nos últimos anos não tenho visto isso acontecer, crianças sem cadeirinha, mas pronto.

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    5. Urgências diárias...

      E lamento mas eu acho essa teoria da urgência e da pólvora uma estupidez.
      A vida só há uma. Um acidente a 50km/h é suficiente para a criança sair disparada e morrer. Com lesões irreversíveis ficará de certeza absoluta.

      Há lá coisa mais importante que a vida de um filho?!
      Não sabem que são precisas cadeiras mas sabem esconder os miúdos qd a polícia aparece 🙄

      Faz lembrar aquilo da vacinação vs não se apegarem aos filhos. Realmente cada um saberá o valor que dá aos filhos.

      Eu quando vejo disso telefono para a polícia. Para mim são casos de negligência grosseira e incompetência parental pura.

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    6. Continua o exagero...

      É óbvio que há cuidados a ter e a cadeirinha é obrigatória.
      Como alguém abaixo escrevo deviam dar mais valor aos avôs e aos esforços que muitos fazem.

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    7. Não se trata de dar valor. Eu dou. E muito. Do meu lado há até o esforço de não sobrecarregar as avós com responsabilidades que eu acho que são minhas porque fui eu que decidi ter filhos. Mas se um dia a avó tiver um acidente e a minha filha morrer porque não levava cinto, quer que eu dê valor a quê? Quando deixo a minha filha com a avó, conto que ela não a ponho em perigo, seja não andar num carro sem cinto seja não a pendurar numa varanda ou não atravessar a estrada de olhos fechados. Não entendo porque é que acha que uma ou outra vez sem cinto não é grave....

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    8. A sério?
      Dar valor a avós que egoisticamente metem a vida dos netos em risco, muitas vezes exclusivamente porque não gostam de dar o braço a torcer e respeitar os pais?
      Temos noções diferentes.

      Um avô que fizesse tal coisa a um dos meus filhos nunca mais estava sozinho com a criança.
      Continuava a ter relação, obviamente, mas nunca deixaria alguém tão incompetente e sem noção a cuidar da vida de um filho.

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    9. Não sei que tipo de avós vocês conhecem.
      Eu sei os pais que tenho.
      Confio 1000% neles.
      Está tudo dito.

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    10. Com essa teoria do deixa andar morreu uma prima do meu marido aos 5 anos. Atravessou uma estrada sozinha, numa curva.
      Aos cuidados da avó.. . É para dar valor, não é?

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    11. Mas porque raio metem os avós todos no mesmo saco?
      Não confiam nos vossos sogros?
      E nós vossos pais também não?
      Depende das relações que temos como aqueles que estão à nossa volta.
      Não se trata de deixa andar, obviamente.
      Se há coisa com a qual não brinco é com a condução e falta de cinto de segurança ou cadeirinhas para as crianças MAS vejo TANTA gente a desconfiar dos avós que chego a ficar admirada.

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    12. Eu conheço avós que não valem nada e outros muito bons.
      Achar que são todos maravilhosos é viver num mundo infantil e utópico que leva a que muitos fiquem em risco.

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    13. Quem diz avós, diz tios, primos, pais, amigos da família....qualquer adulto que de forma deliberada ponha a vida de uma criança em risco num carro. Acho que toda a gente fala dos avós porque o post da S* referiu avós...

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    14. “achar que são todos maravilhosos é viver num mundo infantil e utópico”

      E achar que são todos ruis e incompetentes é ser exagerado, infantil e injusto.

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    15. Mas eu não disse que são todos maus. O problema é acharem que se têm que dar valor a todos, indiscriminadamente e esquecer que há crianças pelo meio a precisar de proteção.

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    16. Espero que muitas pessoas aqui um dia quando forem avós não se vejam a levar com desconfianças dos vossos filhos ou netos. Irão sentir a injustiça que é catalogar todos por igual.
      Gente civilizada sempre houve assim como o oposto.
      Gostamos muito de apontar o dedo achando que só nós sabemos, só nós fazemos tudo certinho!

      Amo os meus avós e os avós dos meus filhos (meus pais e sogros) e confio neles sem pestanejar.
      Eles adoram os meus filhos e sabem perfeitamente que ao volante não se brinca e onde houver crianças todo o cuidado é pouco.

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    17. Não entendo esta atitude. Mas quem é que está a desconfiar dos avós só porque assim? Os casos de que se fala’ não se trata de desconfiança: a S* viu uns avós com os netos sem estarem presos à cadeira.
      Eu adoro os meus pais e os meus sogros. Confio bastante, a minha filha passa dias com eles sem problemas. Mas não sou cega e se soubesse que algum deles se tinha lembrado de pôr a minha filha em risco de vida (não vale a pena embelezar a coisa: em caso de acidente, há maior probabilidade de morrer se não estiver numa cadeira correcta e com cinto) então haveria uma natural quebra de confiança. O mesmo aconteceria se lhe dessem facas afiadas para brincar ou a deixassem andar empoleirada na varanda. Não é por gostar muito deles que não reconheceria a existência de um problema.

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    18. Se um dia der motivos para desconfiarem de mim, espero que os meus filhos sejam pais, daqueles que realmente se importam com os filhos, e me façam ver os factos.
      Só porque temos uma ligação genética isso não faz de ninguém boa pessoa, muito menos alguém competente. Por algum motivo 80% dos abusos sexuais a menores são feitos por familiares directos ou amigos próximos da família.
      É tudo de confiança para tudo mas se calhar não deviam ser...

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    19. Abusos sexuais blablabla já está a distorcer...
      Confio de tal modo nos avós dos meus filhos que sei perfeitamente que eles não põem em risco os netos de forma nenhuma. Ponto.

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    20. Quem é que está a distorcer?

      Se muitos pais não confiam é porque têm muitas razões para isso.
      Só aqui já relataram várias coisas que me fariam não confiar.
      É tão incapaz de ver além do seu umbigo e das suas vivências?

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    21. Anónimo das 20h45

      Mas quem é que está a dizer que não confia nos avós? Da maneira como fala até parece que alguém aqui disse de forma generalizada não se deve confiar nos avós ou que os avós não são pessoas de confiança para ficar com os netos. Onde é que leu isso? Estou curiosa.
      O que se está a falar é de casos em que os avós andam de carro com os netos sem estes estarem nas cadeiras e com o cinto colocado. Nesta situação específica, qual é a sua opinião? As crianças estão em risco? Os avós estão a ter um comportamento normal e de confiança? Já todos percebemos que os seus pais e sogros não teriam esta atitude (ou teriam mas a anónima não considera comportamento de risco), imensos avós não teriam e é por isso que os pais ficam descansados quando os filhos estão com os avós mas há avós que não têm o mesmo cuidado, como está relatado no exemplo que a S* deu.

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    22. Digo o mesmo para si... ver além do seu umbigo. Que tal?
      Vá, adeus!

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  2. S* nao percebi o teu comentario: no teu caso os teus pais fazem exactamente tudo o q mandas relativamente ao teu filho? Nunca te disseram “sim, sim” a algo e depois por tras fizeram o q lhes apetece? Nunca te desautorizaram? Nunca te disseram coisas do genero “os pais é p educar e os avos p estragar”?

    Tens muita sorte entao c os pais q tens, nao é isso q vejo á minha volta. No caso q descreves apostava mais q ate havia cadeirinha disponivel em casa (conheço quem tenha comprado umas mais baratas em 2a mao p oferecer e convencer os avos a usar) mas da mt trabalho a por no carro, ou nao sabem bem encaixar, ou é so uma distancia curta q nao justifica, bla bla bla, e deixam a cadeira em casa e nao as usam. E os pais nem sonham.

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    1. Não posso, de todo, comparar mimos, doces, comida ou segurança. A segurança é um nível à parte.

      Claro que a minha mãe já me contrariou e está sempre a dar pintarolas ao miúdo apesar de eu dizer que não. Claro que os sogros compram todas as semanas algum brinquedo (nem que seja de dois euros, isso mão importa) ao miúdo, apesar de eu reforçar vezes sem conta que não quero prendas em excesso. Claro que o meu pai acha que um lanche fixe são donuts e sumos. Mas isso não é comparável com colocar a vida do meu filho em risco. Isso não admito. Venha quem vier. Escusam de vir com o "são cinco minutos de viagem" que isso comigo não cola. Ai de quem o fizesse nas minhas costas.

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    2. Anónimo das 20h55, há situações e situações. A minha filha já jantou bolachas em casa da avó mesmo eu tendo pedido para não abusarem dos doces. Foi uma única vez e ela não correu risco de vida. Mas no dia em que a minha sogra se lembrou de dizer que não valia a pena apertar os cintos do ovo porque ela não o fazia com os filhos e até os levava ao colo, levou várias vezes com a conversa que no dia em que soubéssemos que ela tinha feito isso com a neta, não voltaria a ficar sozinha com ela. E tanto foi que só deixámos os meus sogros andarem sozinhos de carro com a neta quando está já sabia falar e dizer que queria o cinto para além de nos contar caso não lho tivessem posto. Os avós estragam, os pais educam, mas tem de haver um limite bem definido.

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  3. Foi umas das maiores discussões que tive com a minha sogra até hoje (a outra foi porque queria dar chocolate à miúda com menos de 4 meses porque “a menina está só a olhar e quer”). E o argumento “os meus filhos andavam assim e não morreram” ou “também é só até ali, não vai acontecer nada” mexe-me com os nervos!!!

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    1. Escusam. Comigo, não passam. Eu sou mega relaxada com tudo, mas viagens de carro não são para brincar.

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    2. A minha sogra deu laranja ao neto, aos 4 meses, apesar de ele estar apenas a leite materno e só iniciou os sólidos aos 6 meses (outro drama... o miúdo passava fome, apesar de estar grande e gordo).
      Acho que só percebeu o risco quando o segundo neto fez reação às papas lacteas (leite de vaca). Aí percebeu que as intolerâncias, ainda que temporareas, existem e podem ser graves. Felizmente não foram, eram só manchas na pele.
      As recomendações atuais existem por alguma razão e são diferentes das recomendações dos anos 70/80s. O conhecimento evolui.
      Quanto às viagens... os acidentes acontecem seja onde for, se pudemos prevenir, para quê facilitar? Além de ser obrigatório.
      Bastam os acidentes improváveis e ridículos. Esses não dá mesmo para prevenir. Dois filhos... duas idas às urgências (pequena cirurgia). Até tive receio que não acreditassem no que tinha acontecido.

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  4. Sabes que até concordo com o que dizes, mas e como já alguém disse, antigamente era mesmo assim, se, se morria assim? claro!! mas e hoje com as cadeiras não se morre na mesma? há mais acidentes porque há mais carros, mas é o que tem de ser.

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    1. Morre-se na mesma em acidentes mais graves. Em acidentes menos graves, faz diferença estar ou não cadeira, usar ou não usar cinto, e essa diferença pode efectivamente ser entre sobreviver ou morrer.

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    2. Eu tive um acidente há 2 anos em que com um embate traseiro o meu carro ficou cerca de 1 metro mais curto no lado esquerdo. Felizmente ia sozinho, mas as 3 cadeiras que tenho montadas no banco traseiro não mexeram, não se partiram nem se soltaram (eu é que tive que partir uma para a soltar, que devido à torção do chassis não consegui soltar o encaixe isofix), só ficaram com alguns vidros que foram projetados para lá...
      Visto o estado em que ficaram as cadeiras acredito sinceramente que, ainda que os meus filhos lá fossem, não iriam sofrer ferimentos. Não tenho confiança nenhuma que tal acontecesse se fossem sem cadeira (mesmo que presos com o cinto)...

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    3. Não, não se "morre na mesma". A taxa de mortalidade infantil diminuiu imenso nas últimas décadas, seja pelo uso de cadeiras mais seguros, por bons programas de vacinação, por cuidados de saúde pré e pós natais, etc.

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    4. Teoria da treta.
      A mortalidade infantil desceu a pique por milagre 🙄 os miúdos saem ilesos com boas cadeiras de carros completamente desfeitos mas claro que se morre na mesma.

      Basta existir alguém tão inteligente que anda com filhos sem cadeira, sem cuidados nenhuns que morrem na mesma.
      A diferença é que antigamente faziam o melhor que podiam com a informação que tinham. Atualmente fazem o pior que podem e justificam com "antigamente... Está aqui... Hoje também morrem" e outras pérolas inteligentes...

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  5. Essa foi uma das maiores discussões que tive com a minha sogra, que apesar de a creche ser a cerca de 500m de casa insistia em ir buscar os meus filhos de carro, mesmo quando não tinha cadeiras...
    No dia em que eu soube caiu o carmo e a Trindade (ou neste caso o Trindade que é o meu apelido)... Mas também nunca mais aconteceu...

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  6. É óbvio que as cadeiras são para usar e que as regras são para respeitar, mas não sabemos o que motivou esse "deslize". Deslizes todos temos - uma cadeira que não é usada, um telefonema que atendemos a guiar e que sabemos bem que não devemos, um animal que não vai com o cinto e que pode sair projetado em caso de colisão, etc, etc. Estes fatores também podem provocar acidentes, atropelamentos, etc. Ninguém está livre de fazer uma asneira de vez em quando. Nenhum avô ou avó põe netos em risco porque sim - é pedir com calma. alguma humildade e sem julgamentos. E nunca esquecer que aquelas pessoas estão a substituir os pais nas suas obrigações, alguns com grande sacrifício pessoal porque andam estoirados (pessoas de 60s a apanhar crianças de 4 e 5, a dar banhos e jantares, a brincar, etc, não têm a mesma genica)... já lá vai o tempo em que os avós estavam em casa todo o dia à espera dos netos - hoje muitos trabalham, têm uma vida e, mesmo assim, andam a correr para ajudar os filhos com os netos. Mais compreensão!

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    1. Não consigo concordar com “deslizes todos temos” neste campo. A minha filha nunca andou num carro sem a cadeira adequada e bem presa pelos cintos. No dia em que não andar, não será um deslize, será uma decisão tomada de forma absolutamente consciente uma vez que todos que a rodeiam sabem da importância do uso da cadeira. Será porque alguém decidiu achar que sabe mais e que vale a pena correr o risco. Não será um deslize. Da mesma forma que ninguém atende o telefone no carro sem saber que está a fazer algo ilegal e que aumenta o risco de ter um acidente. Ainda assim decidem fazê-lo de forma consciente. No meu carro o telefone bem pode tocar que eu nem olho para ver quem é. Isso é como dizer que quem conduz depois de ter bebido, quem conduz em contra-mão, quem não pára em stops, quem passou um stop ou ultrapassou em cima de um traço contínuo está a cometer deslizes e temos todos de ser mais compreensivos...

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    2. Para mim um avô que não compreenda a importância da cadeira e ande com a criança sem a mesma está ao nível de um complemente bêbedo que decidisse levar a criança.

      Não vejo como desculpa. Pelo contrário, vejo como motivo para nunca mais ficar com a criança a seu cargo.

      Se é incompetente, não vou arriscar a vida de um filho para não ferir os sentimentos de alguém que nem sequer quer saber se o neto morre. E a culpa em caso de acidente obviamente era dessa pessoa.
      Não usar cadeira não é um deslize. Na minha opinião é o equivalente a negligência grosseira.

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    3. Concordo com isto. Obviamente que ninguém põe em causa que se tem de usar cadeirinhas e ponto final. Mas já me aconteceu em situação de urgência ir buscar um sobrinho a escola de táxi e o táxi não ter cadeirinha. E ia fazer o que? Deixar lá a criança quando a única hipótese era aquela?
      Foi algo que nunca mais se repetiu mas que infelizmente teve de acontecer naquele dia.

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    4. Pois isso depende da pessoa.

      Eu não aceitaria um táxi sem cadeira. Podia ir até às escola sem cadeira mas depois de lá chegar ficaria o tempo necessário à espera por um táxi que garantisse.
      Sei que legalmente ( e estupidamente) estão livres de responsabilidade e de utilizar cadeiras. Até parece que as regras da física são diferentes só porque o transporte é público 🙄

      Sou o tipo de pessoa que depois de se esquecer de uma cadeira fez +40km para a ir buscar e não colocar a criança em risco de vida.

      Cada um com as suas prioridades... Para mim a segurança é algo incontornável, por muito transtorno que me possa dar a mim.

      Se algum dia tiver que me colocar a questão "fiz tudo o que estava ao meu alcance para garantir a segurança de X?" Espero que a resposta seja sim. Não conseguiria viver com uma resposta diferente...

      Mas este é um ponto fundamental para mim. Reconheço que sou completamente intransigente e rígida nesse ponto e não consigo conceber qualquer tipo de desculpa. Até porque se tivesse um acidente a criança dificilmente não morria ou não ficaria com sequelas e isso é algo que não quero na minha consciência.

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    5. Lá está anónima, leu uma parte da história, não conhece todos os detalhes e de como não era possível esperar um táxi com cadeirinha (que não são obrigados e nem está história ocorreu na época dos Uber).
      E já agora. Quando as crianças se magoam na escola e vão de ambulância juntamente com auxiliares? Acha que vão numa cadeirinha?
      Menos julgamento por favor. Utilizem isto como forma de chamar a atenção mas não para atirarem pedras.

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    6. Quer mesmo comparar uma ambulância com um táxi ou passeios?

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    7. nao sabe qual foi a situação que levou os avós a levarem as netas assim. se calhar tambem foi uma emergencia medica. repare, acho que estamos todos de acordo que devem sempre andar de carro com cadeirinha, e que se os avós nao o fizerem os pais nao podem permitir. o que se anda aqui a debater é a arrogancia de certas pessoas que dizem que nunca em circunstancia alguma os filhos andariam sem cadeirinhas, portanto está-se a dar exemplos de casos precisamente excepcionais em que enfim andam sem cadeirinha e pronto.

      se aquela anonima, supomos um caso teorico: que a mae da criança ficou doente e teve de ir de urgencia ao hospital, o pai estava viajar e a unica pessoa que sobrava era a tia que nao tinha cadeirinha nem carro, foi de taxi buscar o sobrinho, se estiver numa localidade do interior que nao tem uber nao há opção de taxi com cadeirinha, faz o quê? abandona a criança no passeio porque não tem forma de a transportar para casa de cadeirinha?
      ou se a criança se magoar na escola proibem de ir de ambulancia com as auxiliares por nao ter cadeirinha?

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  7. Boa tarde. Desta vez tenho de contar uma "história" que conheço bem porque se passou com uma amiga próxima. Por norma, a amiga dizia que não colocava cinto aos filhos porque a incomodava prendê-los. Na altura, aquilo chocava-me e eu dizia-lhe a minha opinião, mesmo não tendo filhos. Sempre que esta amiga entrava no meu carro, sabia que eu não arrancava sem que ele metesse o cinto de segurança - por norma, ela não colocava cinto aos filhos, mas também não o usava. Até que um dia esta minha amiga teve um acidente de carro: ia a baixa velocidade, mas ainda assim o filho - que não usava cinto - foi projectado para a frente e bateu com a cabeça no vidro. Ficou em observações algumas horas no hospital. Felizmente não houve sequelas. Mas, a partir daquele dia, os filhos desta amiga passaram a viajar consigo, mas SEMPRE com cinto. Apenas para dizer: desta vez correu "bem", mas poderia ter corrido tão tragicamente mal...

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  8. Uma tremenda irresponsabilidade.
    Bom fim-de-semana

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  9. Há ainda a teoria mais provável (e parva):
    - Se houver um acidente, assim as criancinhas não ficam encarceradas no carro.
    Quando alguns adultos ainda acham que o cinto de segurança é perigoso, não há volta a dar.

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  10. Sou avó e nunca poria em causa a segurança dos meus netos transportando-os sem as condições adequadas e necessárias. Nem é necessário os pais nos advertirem, é uma questão de bom senso. Nunca coloquei os meus filhos em perigo jamais colocaria os meus netos. Outra coisa que tenho a comentar, dado que vejo aqui muitos comentários começados por "a minha sogra....." nunca imponho as minhas ideias ou altero as regras que o meu filho e nora têm para os meus netos.

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    1. Por aqui o problema não foi a sogra. Foi mesmo a minha mãe.

      Pior, a minha mãe teve um filho na Suiça, onde já é obrigatório o uso de cadeira há muitas décadas. Onde utilizou sempre ovo e cadeira.

      Mesmo assim teve a distinta lata de sair com o meu filho num carro, andar com ele no colo e com o cinto por cima ( façam as contas e vejam quantas toneladas de pressão faz um corpo a uns meros 50kmh contra um cinto)...

      Isto tudo depois de lhe ter sido explicado ( apesar dela saber) e de ter a cadeira bem instalada no carro dela, lá mesmo ao lado.
      Vê-lo numa clara tentativa de testar limites. Correu-lhe muito mal.

      O meu filho felizmente não morreu porque não aconteceu nada. A minha mãe nunca mais ficou a sós com o neto.
      Quando o meu pai estava em casa podia lá estar, quando o tio estava também. Estava com ela quando estava connosco.
      Eu não deixaria um filho aos cuidados de alguém mentalmente incapaz, de outra criança ou de um irresponsável qualquer. O mesmo vale para a minha mãe que entrou nessa categoria e maldita a hora em que sequer lhe dei uma hipótese!

      A vida de uma criança não é brincadeira. Para mim todos os que brincam com ela são incompetentes para tomar conta dum filho meu.
      1000 vezes a minha sogra que não faz nada contra aquilo que eu quero e nem sequer deixa o meu sogro abusar.

      Os comentários sobre respeitarem os avós aqui tiram-me do sério. Então e as crianças não merecem respeito? Não merecem cuidados e proteção? Está tudo louco?!

      O meu pai sempre me disse que o respeito não é estatuto da idade, é para quem o merece!
      E lamento mas entre um adulto que conscientemente opta por colocar a vida de uma criança em risco e um inocente sem escolha, para mim, a escolha é óbvia.

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    2. O meu filho merece mais que tudo no mundo. Venha quem vier.

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  11. Na escola do meu filho o que mais vejo são carros de gama alta com cadeiras do Mickey compradas no supermercado. Um colega do meu marido, inclusive, diz muitas vezes, s"tenho um carro de 40k isso já é segurança suficiente! "... Para mim isto é apenas ignorância consciente.
    O meu filho tem três cadeiras, uma no meu carro, outra no carro do pai e uma terceira que vai circulando pela casa de avós maternos e paternos e até da tia em função das necessidades e imprevistos. Não há viagem de carro sem cadeira, ponto. Seja de 500m ou 500km.
    O meu filho não tem roupa de marca XPTO nem precisa dela mas tem boas cadeiras que asseguram que caso aconteça alguma desgraça eu ter consciência de que fiz o melhor que estava ao meu alcance.

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  12. Pergunta pertinente: entao voces nunca andaram de taxi ou de autocarro com crianças certo? É que nesses casos nao é obrigatorio cadeiras de criança, e apesar de em alguns taxis ser possivel pedir ( se for reservado c antecedencia) , a maioria nao tem.

    Obvio q nao deve ser regra, mas nao sabem se as crianças foram sem cadeiras por ser algum caso excepcional como seria andar de taxi.

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    1. Claro porque as regras da Física mudam. As crianças não são projectadas, não morrem, não ficam com sequelas em caso de acidente... O que interessa é ser legal e não pagar multa. Afinal os acidentes só acontecem aos outros...

      Por acaso acho a pergunta tudo menos pertinente. Acho a lei estúpida e a sua questão no mesmo patamar da dita.

      Cada um (infelizmente) pode brincar com a vida de crianças de muitas formas e feitios... Essa é só mais uma.

      Respondendo à sua questão, os meus filhos nunca andaram ou andarão de táxi sem cadeira. Felizmente a Uber mete os táxis no bolso na maioria das situações e conseguem-se cadeiras muito facilmente. Quando não é possível, alugam-se carros com cadeira.
      Tudo excepto utilizar meios de transporte sem cadeira.

      Felizmente no que concerne os autocarros, as escolas estão mais do que sensibilizadas e com vontade de proteger as crianças. Logo, por aqui só há autocarros que saem com cadeiras aplicadas. Autocarros sem segurança são recusados. Não seria a primeira vez que os autocarros eram recusados porque não garantiam a segurança das crianças.
      Caso não houvesse, os meus filhos não iam. Ponto. Os meus e felizmente os dos outros pais já que todos gostam o suficiente dos filhos para não os deixarem ir passear sem a segurança garantida.

      É que nada é mais importante que a vida dos miúdos. Pelo menos para alguns...

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    2. Sabe que ha mais país para alem de Lisboa e Porto? É muito facil para gente rica falar de boca cheia. Quando eu me referi autocarros estava a referir-me a autocarros normais, daqueles que passam pelas aldeias todas a recolher os velhinhos, os jovens e pessoas em geral que nao têm carro para irem para a sede de concelho tratar de assuntos da sua vida. Aqui nao ha Uber, so taxis. Sei q a uber tera esse serviço nos grandes centros urbanos mas no interior do país nao ha. Sei que ha boas escolas/colegios q têm autocarros proprios com todas as condicoes mas aqui os miudos se querem ir á escola têm de ir no autocarro normal. Eu ainda tive a sorte de ter escola primaria na aldeia e so comecei a andar no autocarro quando fui para o 5o ano, mas entretanto a escola fechou por falta de miudos, so ha mesmo na sede de concelho.

      Eu fico mesmo chocada com estas pessoas q so conhecem a sua realidade e acham q esta se aplica a todos e têm o desplante de afirmar q so anda de autocarro normal e de taxi quem quer. Vao entao obrigar a Uber a abrir ser iço em todas as aldeias de Portugal e obriguem tb todos os autocarros de todas as empresas de todas as localidades do país a terem tb cadeirinhas disponiveis.Santa ignorancia....

      Ja agora, para q fique claro: acho q os avós do caso em questao fizeram mal, se têm carro, têm de ter cadeirinha. O meu comentario foi no sentido das pessoas q dizem q NUNCA andariam num transporte sem segurança, q a vida entao nunca vos coloque numa situacao q nao têm alternativa.

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    3. Conheço muito bem a realidade porque tb cresci assim. E nesses autocarros nenhum filho meu entra. E sabe o que é curioso? Vá aí ao café ou à taberna da aldeia e faça as contas às centenas de euros gastos em vinho ou outras porcarias mensalmente...
      Não há dinheiro para carros, para cadeiras, para garantir a segurança de crianças ou o bem-estar. Mas para as tainadas, para o copo de vinho ( muitas vezes muitos copos de vinho) diários... Para isso nunca falta dinheiro.

      Não é falta de condições, é falta de vontade mesmo...

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    4. E "no meu tempo" íamos até em autocarros sem travões ( existem várias notícias de autocarros que se despenharam). Atualmente os pais dos miúdos da zona juntaram-se e responsabilizaram os culpados por isso... Ou seja, acabou a estupidez e autocarros para miúdos só lá vão com condições...
      Mas estar no tasco a reclamar é muito mais fácil do que mexerem-se pelos filhos...
      Prioridades.

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    5. portanto na sua aldeia TODAS as pessoas que não têm carro é porque são bebadas e gastam centenas de euros todos os meses no cafe o que daria para comprar um carro. realmente, que sitio pessimo para se crescer .....lol.... adoro generalizações.
      na minha, olhe, havia meia duzia de pessoas assim, mas de facto dos que nao tinham carro, a maioria era mesmo porque com salarios/pensoes baixas nao havia dinheiro para isso. lembro-me de uma miuda que o pai as tinha abandonado, nao pagava pensao, a mae pouco ganhava nas limpezas mas sempre que podia ia no autocarro acompanhar a filha até à escola, ou seja, ia com ela e depois voltava. as pessoas riam-se que ela era tola em gastar o dinheiro no bilhete de ida e volta mas ela sentia-me mais confortavel em acompanhar a miuda e ir deixa-la mesmo no portao da escola do que a miuda ir sozinha como todos os outros, mas la está, ia sem cadeirinha à mesma. Na sua opiniao então esta mae nao se preocupava com a filha?

      Outra pergunta pertinente que me lembrei: aquela senhora que andou à porrada com o policia por nao ter passe para a filha estava num autocarro normal da Vimeca certo? e esse tem cadeirinha? todos os autocarros da Carris têm cadeirinha? portanto quando uma mae quer levar por ex o filho ao centro de saude de autocarro vai como? ou voce considera que todas as pessoas em Lisboa que andam de autocarro sao uns bebados que gastam centenas de euros em vinho que dariam para comprar um carro?

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