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Odiozinho de estimação


Nisto das compras natalícias, faço mesmo um esforço para tentar adquirir prendas no comércio tradicional. Mas oh senhores, às vezes apanha-se com cada peça...

O meu tipo de lojista "favorito" (leia-se: o mais irritante) é aquele que manda na carteira dos outros.

Hoje de manhã, lá fui eu com a minha mãe a uma loja. Por acaso até compramos três peças, mas aquilo já me estava a dar uns nervos de morte.

"Ai esse casaco é muito lindo. E baratinho. Custa X."

Bom, o barato é um conceito relativo... :)

"Ai fica-lhe mesmo muito bem".

Não pedi opinião.

"Esse também lhe fica bem".

Aproveito para questionar a minha mãe para me ajudar a escolher entre um e outro.

"Ora, então leva os dois! Estão num excelente preço".

Só para que conste, a senhora disse-me que uma peça custava 35 euros e afinal estava marcada a 25 euros, o que, já de si, tinha sido muito engraçadinho...

Lá escolhi.

"Mas leve o outro também. Olhe que lhe fica mesmo bem".

Não.

"Vai-se arrepender. Está num excelente preço, uma pechincha".

Não.

"Se eu fosse a você, levava".

Deve ter sido mais ou menos por esta altura que eu deixei de responder. Não valia a pena.

Não, a senhora não ganha à comissão. É só chatinha, mesmo.

Comentários

  1. Já não adquiro prendas ou peças para mim no comércio local há anos. Pode soar mal mas se tiver que comprar algo mais pequeno: uma écharpe ou algo que seja mais fácil de encontrar só me aproximo e vejo se não for abordada pelo vendedor. Compreendo que abordem para oferecer ajuda ou para mostrar uma peça, mas quando digo, p ex, que estou só a ver e me pressionam é para esquecer, com o tempo já deu para "tirar a pinta" e ou não faço compras (já não compro nada há uns bons anos, com excepção duma mala pequena há uns meses atrás) ou então apenas vou ver se me deixarem olhar para as coisas eu não mexo em nada e se quiser ver algo peço à pessoa mas penso que precisamos de tempo para ver qual o artigo primeiro antes que nos impinjam algo de que não gostamos, sem qualidade ou apenas caro.

    Tiveste mesmo paciência. Eu não sei se tinha. Mas nisso saio à minha Mãe que também tem pouca xD

    R: Eu também :)

    Não sou fã da escuridão, por mim a vida era tudo luzinhas e arco-íris, a vida nem sempre é assim, mas confesso que por vezes eu adopto mais a filosofia: a vida é da cor que lhe quisermos dar.

    Ainda assim, gostei muito da frase e considero-a muito sensata, por isso decidi partilhar.

    beijinhos e boa sexta feira**

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  2. não foi na rua da bandeira, na I.V., ora não?????quase que deixo de lá ir com a insistencia em levar a loja toda, arrreee

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  3. Uma amiga minha tem uma loja de roupa no comércio local e dou uma mãozinha sempre que ela precisa. Confesso que às vezes, quando as pessoas estão indecisas entre duas peças que lhes fica igualmente bem, digo essa de "pode sempre levar as duas!". Ainda na semana passada disse isso, fiz desconto e a senhora levou os dois vestidos, gastando quase 100€. Não é por mal nem para ser irritante, mas às vezes há clientes que respondem bem a esse "empurrãozinho". O trabalho de quem está nas lojas é vender, há que arriscar essas pérolas clichés. Pode correr mal, mas também pode funcionar. Na minha experiência, resulta quase sempre.

    Já trabalhei em lojas e trabalho com clientes todos os dias. Já vi de tudo. Há clientes que adoram chegar a uma loja mais "familiar", sem ser de shopping, e ter a atenção toda para eles, que os funcionários mostrem peças, que sugiram, que dêem opinião sobre se fica bem ou mal. Já entrei no provador com clientes porque me pediram ajuda para vestir ou para saber se fica bem ou mal, se é curto demais, se se nota muito a "banhoca". Há clientes que odeiam um simples "precisa de ajuda?". É preciso ter capacidade para distinguir entre eles e adequar o atendimento. Tento sempre não ser chata e nunca impinjo coisas, não ando atrás das pessoas, só vou até elas se me pedirem ajuda. Saúdo sempre que entram e pergunto se procuram algo em específico e se posso ajudar, mas deixo-os à vontade para verem a loja e deixo-me estar no meu canto. Odeio entrar numa loja e ter os funcionários em cima de mim, portanto também não faço isso. Tenho sempre em conta aquilo que não gosto que me façam nessas lojas e deixo as pessoas à vontade. Agora, se percebo que é daquelas que gosta de atenção, também não saio de cima. As pessoas não precisam de ganhar comissão para quererem vender. Se a loja não vende, não há salários.

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    Respostas
    1. A loja em questão vende mesmo bem, felizmente. E percebo tudooo o que disseste, mas efectivamente a senhora não soube perceber que eu era o tipo de cliente que gosta de experimentar sozinha. :)

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    2. Sou lojista e concordo com a M. Trabalho num shopping e, lamento, mas a maioria dos clientes não sabe o que quer: ora se queixam de atenção do vendedor, ora da falta dela...tento sempre passar à minha equipa o meio termo porque, enquanto cliente, não gosto que me pressionem mas saio da loja se ninguém me atender. Lamento muito que os clientes não percebam que esse é o nosso trabalho, eu não estou na loja só para ver se a pessoa não rouba e para aceitar pagamento. Estou na loja, recebo um salário para VENDER. O meu patrão exige isso tal como o teu exige o teu trabalho bem feito. Confesso que, pode nao ser o caso e não entendas como ofensa, mas chateia mesmo que os clientes também se tenham habituado a queixar da atenção máxima, do simples "bom dia, precisa de ajuda", etc... é desgastante. Nós temos que vender, nós temos que ser sinceros sim, mas temos objetivos, muitas vezes estamos desanimados de todo e, na realidade, muitas vezes há clientes que precisam da nossa ajuda.

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    3. Enquanto consumidora sai da loja se ninguém a atender? Estranho... como faz então numa Zara ou Mango, em que ninguém nos pergunta nada? Eu prefiro mil vezes ter que procurar alguém dentro da loja quando preciso de alguma coisa do que ter alguém a perguntar se preciso de ajuda, não gosto mesmo. E há certas lojas em que nem sequer entro porque sei que têm uma estratégia de venda super agressiva.

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    4. Sim, saio. Obvio que eu sei quais as lojas que não fazem atendimento e tenho que me servir. Mas nessas, se vou, sei ao que vou. Entrar numa loja de produtos capilares, por ex., com 3 funcionários a conversar e a ignorarem-me, saio automaticamente. Na loja onde trabalho, vai precisar da minha ajuda de certeza, quanto mais não seja para procurar o tamanho que precisa, ou para tirar da prateleira de cima, por ex. São pequenas coisas que, por vezes, escapam aos clientes que pensam que SÓ perguntamos para vender, as vezes é para evitar que levem com 5 camisolas de cima da cara. Como aconteceu hoje.

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  4. Tens muitos "ódiozinhos de estimação", não tens?

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  5. Já trabalhei em comércio tradicional e odiava as orientações que tinha para ser chata (que é o que isso é). E pela minha experiência e pelo que observei isso só resulta com pessoas mais velhas, tudo o resto corre a 7 pés e odeia. Mas a minha patroa também tinha as teorias já descritas mais acima e não c compreender que as outras pessoas fugiam dela. Na teoria dela eram pessoas que lá iam mas sem interesse em comprar 🙄🙄

    Tanto não era que me chegaram a dizer de caras que só iam lá qd eu estava sozinha porque não a conseguiam aturar... Óbvio que qd as outras lojas tinham o que precisavam nem lá regressavam.

    Ps: desde que trabalhei directamente no comércio tradicional que compro no local onde conseguir o melhor negócio.
    Os chineses iam buscar as coisas aos mesmos armazéns e onde eu trabalhava o preço era caro mas a qualidade era a mesma que nas restantes lojas.

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  6. Já estive mesmo para comprar umas botas para o miúdo e desisti porque a senhora não descolava e tinha uma cara de frete... TEMOS PENA!

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  7. Para mim o problema de ir ao comércio tradicional é o estacionamento!! Além de ser complicado estacionar todas as ruas de Ponta Delgada são pagas e gasta-se uns trocos! Não podemos esquecer, ou quando não temos trocos é um problema!
    Eu gosto quando me perguntam se preciso de ajuda, no centro comercial às vezes não saber atender as pessoas, ou em certas lojas, és atendida conforma a tua aparência! Já tirei esta prova, uma vez entrei numa loja vestida de forma mais simples e descuidada e nunca se chegaram para mim, outro vez, fui vestida como uma executiva e a mesma senhora atendeu-me e ajudou-me com uma simpatia!! Enfim...

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  8. Aqui há uns anos andava nas lojas com a minha mãe e chegou-se um senhor a mostrar tudo e mais alguma coisas e a empurrar mercadoria, até que a minha mãe se vira para ele e diz: "Não, obrigada! Sabe? É que eu não gosto de excesso de simpatia!"...Fiquei para morrer na altura, mas ainda hoje essa frase é usada lá em casa..
    LM

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  9. Como te percebo, e como concordo! Também odeio excesso de atenção e há lojas onde nem entro porque sei que não vou comprar nada, só quero ir passear os olhos, e acho cruel fazer os funcionários estarem a gastar tempo comigo quando eu sei que não vou comprar, mas bolas, era mais simpático se nos deixassem simplesmente andar à vontade e pedir ajuda quando queremos! Mas por acaso as piores experiências de loja que já tive não foram no comércio local mas sim na Intimissimi e na Natura! Até porque ao comércio local, só costumo ir pontualmente (já marcas portuguesas online até compro com alguma regularidade, e mesmo aí há histórias de terror). E feliz Ano Novo já agora!

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