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Eu, pecadora em potência, me confesso.


Com esta discussão toda da 'Super Nanny' e das 'Super mothers' desta vida, tenho de admitir:

Não vejo qualquer mal em dar um enxota-moscas a um filho, que é como quem diz "sacudir o pó" ou "palmada ao de leve". Respeito totalmente quem recuse, por princípio, a chamada "palmada pedagógica", mas eu não sou da mesma opinião. 

Levei as minhas pequenas palmadas quando era pequena. Da mãe e da tia. Do meu tio não me lembro de levar. Sempre as percebi, sempre foram "devidamente explicadas", não eram palmadas que caíssem do céu nem eram resultado da frustração do adulto. Eram mais do género "já te avisei dez vezes para não fazeres asneira, pode ser que a sapatada no rabo te faça ouvir melhor". 

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Não acredito (posso estar errada!) em traumas provocados por pequenas palmadas. Acredito mais em traumas em crianças que têm pais ausentes ou que, em tendo os pais presentes, os vêem sempre ausentes por estarem ocupados com outras coisas. Acredito em traumas provocados por faltas de respeito ou por pressões excessivas. Isso sim, para mim, é verdadeiramente grave. Agora uma palmada no rabo ou na mão? Não. Não me parece. 

Agora que sou mãe, continuo a pensar igual e não me vai cair nada ao chão quando tiver de dar uma palmada ao meu menino - embora pretenda fazê-lo apenas em privado, que dar espectáculo em espaços públicos nunca foi o meu forte.


PS de uma burra-velha que já sabe que tudo o que tem a ver com crianças e educação gera polémica: Esta é a minha visão. Vamos discutir sem desrespeitar, sim? :)

Comentários

  1. Não tenho filhos, mas sou filha de alguém. Apanhei umas palmadas, não muitas, mas não estou traumatizada e foram merecidas!Eu sei que eu aspecto de educação há muitas teorias, há muitas práticas e não há verdades absolutas. Cada um saberá o que é melhor consoante os filhos que tem. Por isso, eu também sou a favor (ainda que espere que um filho meu me saia ajuizadinho para não ter de andar sempre a sacudir-lhe o pó!!!)
    https://jusajublog.blogspot.pt/

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  2. Eu não concordo, mas também não sou mãe. Sei que não iria bater a um filho, porque não sou capaz de bater a ninguém. Se há coisa que abomino neste mundo é a violência e não seria capaz de a exercer, por mais pequena que fosse. Mas isto sou eu, que sou uma alma muito sensível :)

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    1. Lá está, acho que uma palmada não é violência. Não me refiro a uma estaladona, a uma chapada forte na cara... refiro-me a uma pequena palmada. Não vejo como violência!!

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    2. Eu acho que é. Se não, porque será que basta a uma pessoa levantar a mão para nos encolhermos todos (principalmente as crianças)?

      Só uma pergunta com curiosidade: dás palmadas aos teus animais?

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    3. Se o teu namorado te desse uma palmada como essas que falas, sentirias isso como violência? É que se a resposta for sim, então não podes usar isso como argumento :)

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    4. Joana, os adultos não fazem birras (em princípio), não têm "ataques de caspa", não começam a "sapatear" e a gritar para chamar a atenção... por isso não me parece comparável.

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    5. Entre os meus dias, admito - mesmo - que não entendi o sentido de perguntar se dou palmadas aos meus animais. Sim, dou, várias... quase todos os dias lhes enxoto as moscas... ora porque sobem para os balcões, ora porque tentam roubar comida...

      Quanto à questão do texto, eu não acho minimamente comparável bater e dar uma palmada que praticamente nem dói e serve mais para captar a atenção ou repreender. Eu não acho.

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    6. Nao fui eu q perguntei, mas compreendo a pergunta, é p ver se é consistente nas suas opcoes. Se disse-se q era incapaz de lhe levantar a mao e faz isso ao seu filho era estranho, tb se disse-se q lhes dava cargas de porrada qd se portam mal tb era estranho. Ora a resposta q deu foi coerente e por isso nada a apontar :-)

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    7. Anónimo, ai eu levanto bem a mão aos meus bichanecos, admito.

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    8. Foi uma pergunta simples. Tu disseste que não consideras dar uma palmada num filho uma violência. Se o teu companheiro te desse uma palmada dessas já seria violência? Ou é uma questão de razão? Se o teu companheiro fizesse uma birra já seria aceitável bateres-lhe?

      Se vais defender as palmadas, é bom que o faças com argumentos sólidos e lógicos :P

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    9. Era só mesmo por curiosidade, de verdade! Eu não bato à minha cadela nem nunca bati a nenhum animal. Para mim é violento uma palmada ou até um berro, mas admito que é porque eu sou sensível a essas coisas. Talvez por isso também tenhamos conceitos diferentes em relação a este assunto :) Mas respeito.

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    10. Tambem nao consigo ver como uma palmada pode ser violencia. Quando penso ou falo em violencia o que sinto/me vem a mente e' algo forte, duro, feio, algo serio, nao uma palmada. Sou totalmente a favor da palmada educativa, quando conversar nao adianta, se a conversa faz efeito ela obviamente nao e necessaria.

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    11. Ia perguntar exactamente isso. Quando o "já te avisei dez vezes para não fazeres asneira, pode ser que a sapatada no rabo te faça ouvir melhor" se aplica a um adulto, a reação será também a palmada?
      Não, nunca! Não é? Então porquê numa criança?

      (Já respondeu em cima! Agradeço e compreendo o argumento.)

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    12. Concordo Joana, eu já dei 2 ou vezes umas palmadas ao meu filho em momentos de descontrole meu e sei que está errado que não posso reagir assim porque se fosse um adulto também não o fazia. Educar e ensinar não tem nada a ver com palmadas que só servem para impor à força e com violência.

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    13. Antes de ser mãe eu também dizia que nunca ia bater nos meus filhos. Eu sou adulta por isso não ando aí a bater noutras pessoas, logo também não bato a ninguem. Mas agora com dois lá em casa que de vez em quando tem chiliques dou-lhes uma palmada :( e nunca pensei mas quando eles ultrapassam os limites também lhes dou com o chinelo.
      No outro dia fomos ao MAC com umas amigas do mais velho e o mais velho fez birra por causa do brinquedo. Para acabar com a cena e porque ele estava a exagerar deitei o raio do brinquedo no lixo.

      Chamem a comissão de protecção de menores!!!!

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    14. Joana, no meu caso ja dei e ja levei esse tipo de palmadas mais leves do meu marido. Para mim nao é violencia, é completamente diferente de uma estalada que aí sim, eu nao admitiria dele. De qualquer modo filhos e marido é diferente: se eu me chatear com o marido e achar q ele ta a ser parvo vou-me embora, ignoro-o ou se for mt mau divorcio-me. Um filho nao vou abandonar né? Tenho de o forçar a ter o comportamento q entendo necessario

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    15. Confesso que me faz confusão a comparação de uma palmada a um filho com a palmada de (ou a) um namorado ou marido...

      (Sendo certo que o ponto de partida é que a palmada ao filho é sacudidela de pó, assumo já que aqui concordo com a S e também já as levei e já as dei.
      E também percebo e concordo que haja quem não dê se palmadas porque não consegue - como dizia uma rapariga ali acima que é sensível a este tipo de coisas - e porque não lhes vê propriedades educativas. Tudo bem!)

      O que me faz confusão é este argumento para defender a "não palmada", o comparar com palmadas entre casais.
      Há partes numa relação que são incomparáveis entre diferentes tipos de relações (ressalvo que esta é a minha opinião, claro!): eu só levanto a mão a quem me compete dar educação (filho, gato, cão).

      Da mesma maneira que não obrigo o marido a comer coisas de que não gosta, como a - na generalidade não amada pelos putos - sopa.

      Sim marido e mulher têm de se moldar e limar arestas (e isto é uma via de 2 sentidos).
      Portanto não comparo com educação (que é uma via de sentido único).

      São coisas diferentes, feitas com propósitos diferentes.

      Também o beijo ao marido não se deve comparar ao do filho (e sim, eu também dou beijinhos de carinho e amor - não carnal- ao marido; mas Também lhe dou linguados e é só a ele!)

      Acho que é como em tudo na vida - também se no emprego um patrão me diz ou manda fazer alguma coisa de que não gosto, não estou à espera de poder responder da mesma maneira que respondo cá em casa...

      Só me aborrece que quem não "defende" uma palmada (nos moldes que a S descreveu, repito) não entenda quem a "defende".

      Cada mãe ou pai ("normais", porque também há os pais que violam filhos e nem vamos por aí) faz o que faz com o melhor propósito - que é educar o filho - e quem sacode o pó ao filho não gosta menos dele do quem não sacode, tal como quem faz amor com o marido 8 vezes à semana não gosta mais do marido que outras que fazem menos.

      Resumindo, o que me chateia é que sinto (falo com base no meu círculo de amigos e não com base no que li dos comentários aqui) que quem não dá palmada se ache melhor mãe ou pai do que quem dá.
      Eu também não deixo o meu filho comer alimentos processados e não o deixo estar horas na televisão ou tablet e não sou melhor mãe por isso. Cada um faz o que pode, como pode e com as ferramentas ou experiência ou conhecimento que tem.

      O comentário alongou-se, desculpem ☺

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    16. Anónima das 7 da matina, gabo-lhe o facto de escrever tão bem tão cedo no dia. :D Acho que é muito isso.

      Sinceramente, incomoda-me um bocadinho a prepotência de alguns comentários, como se fossem melhores pais por não darem palmadinhas. Gostaria de saber se são assim tão bons pais com outras questões - que, para mim, são ponto de honra. Nem vou dizer quais são, porque ainda só levo 8 meses nisto de ser Mãe e (quem sou eu?) não quero estar a atirar pedras ao ar. No entanto, como bem refere, gostava de saber se são sempre os melhores pais no sentido de não darem porcarias que não devem aos filhos (provavelmente, também eu as darei), de não espetarem com o filho à frente de uma televisão (provavelmente, também o farei algumas vezes).

      Temos de saber respeitar todos os pontos de vista, de verdade. "Ah, mas uma palmada não é respeito pela criança..."... não concordo. Como não concordo, para mim não é desrespeito.

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  3. Concordo contigo. Eu era uma criança com muita energia (apesar de ser bem educada e não faltar ao respeito a ninguém) e de vez em quando lá levava uma palmadita. Ficava sentida, mas a verdade é que já pensava duas vezes antes de fazer asneira. Agora as crianças são tratadas como se fossem de porcelana. Palmadas nem pensar, é melhor ir a correr para o psicólogo... Poupem-me. É a minha opinião, mas acho muito sinceramente que uma palmada resolvia muitas coisas.

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    1. Eu nunca fiquei sentida com as palmaditas que levei. Entendia!

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    2. Não imagino que com 1 ou 2 anos entendesse o porquê das palmadas, mas é uma opinião minha. Esta questão das palmadas não é linear, como tudo o resto que diz respeito à educação de uma criança. Penso que a palmada deve ser vista como último recurso, em situações limite em que a atitude da criança a possa pôr em risco e realmente justifique uma intervenção mais reforçada. Tenho 2 filhos, um pré-adolescente e uma bebé de 1 ano e meio. Não dei palmadas no meu filho e posso dizer com orgulho que tenho um filho educado e respeitador, não só em casa como na escola, é o feedback que tenho dos professores desde a pré. A bebé tem um temperamento mais complicado, mas até agora, e apesar de fazer birras por tudo e por nada, por vezes em público, também ainda não usei a palmada. Tenho conseguido resolver as situações sem necessitar recorrer a uma atitude que considero evitável. Digo ainda não usei porque não sei se será necessário mas que evitarei ao máximo, sim. Acredito que há outras formas de educar e se recorrermos à palmada por tudo e por nada, o tal sacudir o pó, a palmada pedagógica, chegaremos ao dia em que a palmada já não significa nada para a criança e para surtir efeito, só aumentando a intensidade. Convivo com uma criança para quem a palmada já não resulta, aliás, sempre que faz uma asneira e sabe que faz, vem logo dar a mão ou vira o rabo à espera da palmadita. Mas não deixa de fazer a asneira :)
      Conceição

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    3. Anónimo das 22h27, não creio que tenha levado sapatadas com 1 ou 2 anos. Nem creio que um bebé perceba as palmadas. :)

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  4. Eu ainda nao tenho filhos mas tenho mesmo medo disto. Entao se eu quiser dar uma palmada a um filho q se porta mal vao logo chamar a CPCJ? nem 8 nem 80. Nao concordo com estaladas e sovas q deixam o corpo marcado com frequencia, mas se for num caso extremo tb acho justo... conheço um casal q foi jantar a casa de amigos e o filho de 11 anos entrou no quarto dos donos da casa e roubou 50€ q estavam na comoda. C essa idade ele sabia bem o q fazia e nao tinha necessidade q os pais viviam bem e tinha mesada. Claro q qd o pai descobriu tudo ele levou uma sova de cinto ( mas enfim a mae é q teve de parar o pai qd achou q chegava q ele estava cego c a vergonha q passou frente aos amigos e pronto, a pessoa tb deve saber qd parar)

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    1. Parece-me que se caiu num extremo... enfim... sovas e coças de cinto claro que são inadmissíveis.

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    2. Se fosse no seu caso o q fazia? Imagine q daqui a 10 anos vai jantar a casa da sua irma e descobre q o seu filho lhe roubou dinheiro. Faz o quê? Um enxota moscas ou castiga o miudo com 1 semana sem TV como agora os pais modernos fazem?

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    3. Acho que neste caso a surra de cinto foi de acordo, eu teria feito o mesmo. Imagine dar uma palmada no rabo para algo tao serio. Nao creio que apenas conversar resolveria tambem, ate porque educacao nao deve ter faltado ao menino pelo que diz a anonima que relatou o caso e que conhece os pais. Em algum momento ha que se agir, claro que nao me refiro a espancar.

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    4. Se acha que a opção boa é bater com cintos não tenha filhos.

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    5. Uma sova com cinto é um crime (ofensas à integridade física art. 143° do código penal) independentemente daquilo que possa achar. Não se trata de parentalidade moderna, é um crime ponto final. Já estive em tribunal com um casos desses. A atitude correcta seria aplicar um castigo, explicar o motivo, tentava também perceber o motivo pelo qual o fez, como sou jurista dava-lhe uma seca monumental sobre o crime de furto durante horas e respectivas consequências, a criança ia ter que pedir desculpa aos amigos dos pais, mas nunca dar uma sova com cinto. O comentário das 20:35h a perguntar à S* retoricamente o que ela fazia mas ali num tom de pedido aprovação é de lamentar.

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    6. *rectifico art. 143° CP

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    7. Certamente que não daria uma sova de cinto. Desculpem lá, mas isso é mais que razão para chamar a CPCJ.

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    8. O pai estava cego de vergonha e deu uma surra de cinto? Apenas pergunto, a surra de cinto resolveu a vergonha desse pai? Provavelmente a resposta é não, então a solução também não passa por aí.

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    9. resolveu a vergonha do pai porque todas as pessoas do circulo proximo de amigos/familia souberem do castigo e concordaram. e ele manteve a amizade com esse casal. se não tivesse feito nada esse casal iria achar que ele era muito permissivo e não era de confiança. ele fez o que tinha de ser feito para corrigir o filho e para estar de acordo com o que a sociedade onde nos inserimos espera dele. e claro que o filho depois de uma sova daquelas nunca mais se lembrou de fazer semelhante disparate. e que eu saiba em toda a vida o miudo so levou duas sovas (neste caso e noutro) e portanto não me parece que seja grande problema, é bem diferente do antigamente em que os pais davam sovas quase por sistema.

      e para quem falou em CPCJ isso resolve o quê? vao tirar o filho aos pais e coloca-lo num lar? alguem ia adoptar um miudo ja com 11 anos? isso ia faze-lo mais feliz, estar num lar a vida toda afastado dos pais, irmao e restante familia?

      a serio que nao compreendo a cena da CPCJ. uma coisa sao familias completamente disfuncinais, pais drogados, pais que dao sovas diarias aos filhos e nao providenciam as necessidades basicas, aí sim percebo que tiram as crianças para um lar. Agora numa familia "normal" o que é que a CPCJ faz? juro que não compreendo.

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    10. Se alguma vez tivesse levado uma sova de cinto teria saído de casa no dia em que fiz 18 anos e não voltaria para visitar aquele pai. É um crime.

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    11. O pai apenas mostrou que não só foi incapaz de ensinar o filho a não ser ladrão como também é incapaz de lidar com as suas frustrações e que saiba o miúdo só levou duas sovas. Provavelmente em casa levou muitas mais.
      Essa família não é normal e esse pai não só não é bom pai como não sabe lidar com os problemas da vida de outra forma o que significa que deve ter um grande problema em lidar com as emoções.

      Essa criança devia aprender o valor do dinheiro. Pedir desculpa a todos, podia trabalhar na casa de quem roubou (lavar carros, cortar a relva, etc) até perfazer os 50€.

      Em casa passaria a só ter acesso a dinheiro por tarefas que não fossem obrigação sua e para qualquer tipo de coisa extra só teria acesso depois de poupar o dinheiro para o qual tinha trabalhado. Isto até perceber que o dinheiro se conquista pelo trabalho árduo e perguntarem lhe o que sentiria se lhe roubassem a seguir.

      Em relação à relação do casal. Primeiro ponto se o casal assaltado é tão limitado que não compreende que uma criança faz asneiras e deve ser castigado mas não espancado percebe-se que queiram ser amigos. São iguais.

      Se uma criança roubasse alguma coisa em minha casa e eu visse ou soubesse que os pais o tinham espancado eu seria a primeira a chamar a polícia e a denunciar na cpcj.

      Segundo ponto, não tenho amigos que sejam mais importantes que a saúde do meu filho. Espancar com o cinto pode provocar lesões até fatais, principalmente por um pai cego pela vergonha.
      Eu tb ficaria cega de vergonha se me desse com uma pessoa capaz disso.

      Aliás teria vergonha de me dar consigo tendo em conta a sua capacidade para desresponsabilizar e defender um criminoso como esse homem.

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    12. Credo, que horror, caso de polícia. Pobre criança.

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    13. Anon das 8:52 obrigada por ter respondido à questão da vergonha. Da minha parte estou incrédula, não só por achar isso tudo normal, tal como todas as pessoas do círculo próximo terem achado normal e concordaram com a sova de cinto. Só demonstra que, ainda há muito por onde evoluir. Para mim são todos cúmplices de um crime. Não houve um único adulto capaz de orientar esse pai a educar que não se furta? São todos incapazes? É que neste caso em concreto estamos já muito afastados do exemplo dado pela autora deste blogue, uma sova de cinto (pelo vistos a criança soma já duas) não é educação, é TORTURA!

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    14. Ó anónimo das 14:56h, eu não sou a comentadora a quem se dirige, mas menos. Muito menos.
      Acho engraçado que se tenha pedido respeito neste post e, ainda assim, se aceitem comentários da estirpe "Aliás teria vergonha de me dar consigo tendo em conta a sua capacidade para desresponsabilizar e defender um criminoso como esse homem.". Isso não é dar uma opinião, é enxovalhar outra pessoa que comentou. E se tem os princípios tão bem estruturados na sua cabeça, talvez a educação lhe esteja a escapar. É que controla-se tanto para educar uma criança, mas depois tira o chinelo e parte para a inferiorização do outro em meia dúzia de linhas. Fantástico. Palmas para si, um poço de virtudes (not).

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    15. Como alguem referiu algures isto sao tb coisas culturais. Eu moro numa aldeia a 25km de Coimbra, se calhar aqui ainda se tem um modo de educacao mais rigido como antigamente. Para o anonimo q diz ter vergonha de se dar comigo, entao se morasse aqui nao se ia dar c ninguem...conforme disse tdas as pessoas pensam assim. A situacao foi publica e nao ouvi ninguem a achar q o pai procedeu erradamente. Quanto ao anonimo das 14:55, o meu marido tb levou sovas do pai, da mae era mais palmadas fortes c o chinelo e hoje continua a se dar bem c os pais. Ele nao é daqui, é de outra aldeia na covilha, deve ser cena de malta da aldeia... eu por exemplo nunca levei uma sova e so me lembro de levar 1x uma palmada, mas tenho consciencia que era uma miuda certinha. Nao temos ainda filhos, mas se tivermos e forem problematicos n vejo problema em aplicar o mm tipo de educacao.

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    16. Ja agora, uma comparacao engraçada: a minha mae tem um cao q fomos buscar bebé ao canil e q sempre foi acompanhado e treinado pelo meu marido. Vamos la uma vez por semana brincar c ele e tal, mas tb foi o meu marido q o ensinou a nao fazer asneira em casa e ja lhe bateu algumas vezes. Extraordinariamente ele adora o meu marido, fica euforico qd o vê chegar e quer estar sempre c ele. Ja c a minha mae nao mostra especisl entusiasmo e nao a respeita, faz mais asneiras c ela e ela nunca lhe bateu. Portanto segundo a vossa logica o cao devia estar traumatizado c o meu marido e querer fugir dele e por outro lado ate devia gostar mais da minha mae nao era? Pois mas como disse é exactamente o contrario.... animais e crianças neste caso sao parecidas

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    17. Portanto considerar que alguém conivente com um crime é reprovável agora é sinal de falta de educação?

      Não sou um fosso de virtudes mas não tenho simpatia por pessoas que torturam crianças e por quem defende esse comportamento de forma tão veemente como o anónim@ o fez.

      Se eu conhecesse a pessoa em questão não estaria a 'inferiorizar' - engraçado que não se lembra que a pessoa inferiorizada é humilhada foi a criança.

      E sim teria vergonha de ter alguém assim no meu círculo. Ou acha que a atitude de todos foi exemplar?

      'menos, muito menos' significa que ou é a dita pessoa ou então fez igual. Não há menos muito menos para aquela criança pois não?
      Os 'adultos' da situação comportam-se como neandartais mas depois é inferiorizado por duas ou três linhas de um desconhecido? Agora imagine ser violentamente espancado por um pai incompetente.

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    18. Eu vivi e cresci numa aldeia a 40km do Porto. No meio de nenhures mas felizmente isso não é uma questão de viver na cidade ou não mas sim em saber ser pessoa ou não passar de um animal irracional.

      Se decidir fazer o mesmo ao seu filho significa que o encara como propriedade sua em vez de o ver como uma pessoa. E honestamente espero que se o fizer chamem a polícia e a cpcj. Era o que eu faria.

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    19. E a policia e a cpjp fazem o quê exactamente? Ainda nao consigo efectivamente perceber p papel desse tipo de identidades em casos como estes. É como no caso da supernanny, chamaram os pais da miuda p uma conversa, provavelmente p lhes darem um sermao. E dp? Eu tb tou aki a levar "sermoes" de outras pessoas e nao é por isso q vou mudar a minha forma de agir ou pensar. Por acaso agradecia verdadeiramente ( nao tou a ser sarcastica, eu gostava mm de saber) q alguem c conhecimento de causa me explicasse a accao da cpcj.

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  5. Não é habitual, mas a minha criança já teve de levar umas palmadas no rabiosque. Não me doeu nem a mim nem a ele, só o orgulho é que fica ferido, mas ao longo da vida ele aprende.

    Também não dou espectáculo em público, mas quando abusa não se livra de um raspanete. Às vezes até tenho pena dele, mas o raio do rapaz gosta de me testar a paciência 😂😂😂

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    1. Todos aprendemos e estamos todos vivos!

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    2. S*, desculpa, isso não é argumento. Primeiro, porque não é verdade. Eu sou um par de anos mais velha que tu e nunca apanhei. Nunca. Não é que nunca tivesse - de acordo com opiniões como a tua - merecido um enxota-moscas, acho que todas as crianças, mais ou menos, testam os limites, mas os meus pais nunca resolveram a situação com palmadas. Hoje sou uma pessoa respeitadora dos outros, calma e não caprichosa, não fiquei nenhum monstro. Sabes o que sinto em relação aos meus pais? Imenso orgulho na educação que me deram. Sem agressão (a palmada é uma agressão). Agora sou mãe de um menino em plenos terrible twos e tenciono fazer o mesmo.

      Segundo, isso do "estamos vivos"...as pessoas que apanharam estalos na cara e tareias de cinto dizem o mesmo. Estão vivas, muitas são funcionais, com as suas próprias famílias criadas. E algumas ainda dizem que ainda bem que apanharam, que foi merecido (!). Isso faz desses actos correctos? Certamente que não.

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  6. Eu levei muitas e não fizeram de mim uma pessoa melhor. Pelo contrário: cresci sempre com imenso medo dos meus pais. Não era respeito, era medo mesmo.

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    1. Você levou muitas e, para ter medo, suponho que não fosse indolores. Lamento.

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    2. Obrigada, S*
      Eram indolores, sim. Os meus pais nunca me espancaram nem nada do género.
      Mas eu era uma menina muito sensível e aquilo
      Magoava-me muito 😥 beijinho para ti

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    3. A dor é mais ao nível psicológico do que físico e é isso que quem "enxota moscas" nao percebe porque acham que como não doi fisicamente não faz mal. Acho mal pais baterem nos filhos mas pior é outros que não os pais tambem o fazerem, como referiu o caso da sua tia. Se alguem ousasse tocar na minha filha não responderia por mim, mesmo que fosse alguem próximo. Ninguem tem esse direito.

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    4. Anónimo das 14h03, está a falar de cor... A minha tia criou-me, vivi com ela, com os meus pais, tios e avó até eu ter 12 anos. Bater-me ela ou a minha mãe era absolutamente a mesma coisa. Era e é uma segunda mãe. ;)

      Anónima das 00h11, forte abraço.

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    5. Isso quer dizer que todos os que moram na mesma casa podem enxotar as moscas uns dos outros? Não conseguiria viver assim.

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  7. Acho sinceramente que nestes comentários está aqui uma confusao enorme. Dar uma palmada na fralda é violência? Pior ainda, é comparável a violência doméstica?
    É impensável dar tareias como antigamente se via, ou bater no meio da rua, mas uma palmada em privado creio que "traumatiza" bastante menos do que a moda de mandar as crianças de castigo sem jantar por exemplo.

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  8. Quer nós queiramos quer não, há aqui uma grande questão cultural. Vejamos:

    * Eu sou de uma terra relativamente pequena do Norte. A minha mãe bateu-me várias vezes quando eu era criança. Não eram palmadas, eram chapadas mesmo. A última que levei foi aos treze anos na sequência de ter feito uma birra (!) em público (!!) porque queria uma tarântula de estimação (!!! LOL). Traumatizou-me? Não. Hoje tenho uma óptima relação com a minha mãe e com o meu pai (que nunca me bateu mas que era adepto de castigos, o que na minha opinião da altura era muito pior porque pelo menos o bater era no momento e o castigo era durante alguns dias!). Tenho uma óptima relação com eles por causa disto? Não. Os meus pais foram óptimos pais sem sombra de dúvida, mas quando a minha mãe me batia estava a perder o controlo e a assumir perante mim que já não encontrava outra forma de me ajudar a get my shit together. Se resultava? Sim. Se havia outras formas menos invasivas? Claro. Mas a minha mãe não as via na altura porque estava zangada. Nunca ninguém achou isto bizarro no local onde vivia, muito pelo contrário. Tenho dezenas de exemplos destes. Na primária houve um miúdo que me empurrou contra uma árvore e a minha avó foi à escola puxar-lhe as orelhas (e pelo caminho chamou-lhe Dumbo porque ele tinha as orelhas grandes), no secundário a minha mãe levou um martelo e disse ao meu ex-namorado que lhe partia as pernas se ele contiuasse a perseguir-me (e isto à frente da escola, com várias pessoas a verem) e foi tranquilíssimo (e eficaz, diga-se). Era relativamente frequente no sítio onde vivia.

    * Tenho na consulta vários miúdos cujos progenitores são de Cabo Verde ou da Guiné e para eles é normalíssimo dar coças aos filhos de cinto ou com cabos. Já vi na urgência um miúdo que entrou em pânico de tal forma que se atirou de um terceiro andar para a mãe não lhe bater.

    O Matias ainda nem tem dois anos, mas eu nunca lhe bati e sei que nunca lhe baterei. Já geri uma enorme quantidade de conflitos na consulta (crianças ou adultos que me querem bater, que querem discutir, que querem ir embora, que fazem birras - não são só as crianças que fazem birras! -, que gritam, que insultam, etc etc etc). Nunca quis bater em ninguém. Nunca me ocorreu. Geri sempre os conflitos de outras formas, sem perder o controlo. Para mim, bater é assumir que tu como adulta perdeste o controlo da situação e não sabes o que fazer mais. Nunca farei isso e nunca aceitarei que ninguém faça isso a um filho meu. Não quer dizer que não seja eficaz - talvez seja, da sua forma - mas a custo de quê?

    Além disso, é importante esclarecer (porque muita gente desconhece isto) que bater em quem quer que seja é crime. É ilegal. Se tu deres uma palmada num filho em público podes ser acusada pelo Ministério Público. Não é uma questão de opinião, é um facto: é crime. Era como dizeres 'ah que isto de roubar um carro é errado, mas se for só partir um vidro já não é tão mau'.

    Digo isto com respeito e acho que fui educada (embora este seja um tema que me deixa zangada, nem imaginas a quantidade de miúdos batidos com que trabalho). Não é uma questão de opinião: bater num filho, mesmo 'uma palmadita' é errado e é ilegal. Agora podemos fazê-lo na mesma, também conheço quem conduza depois de beber e eu também vejo filmes em streams :P Cada um infringe as regras que quer, mas pelo menos as minhas não envolvem o meu filho :P

    (Respondendo à questão acima: filho meu que roubasse levava com uma queixa na polícia. É causa e consequência lógica. E depois arcava com as consequências disso.)

    (Isto das questões culturais tem muito que se lhe diga. Hoje uma mãe deu um beijo na boca da filha bebé na minha consulta e a enfermeira ficou do estilo 'WHAT?!' e eu fiquei 'ah e tal, na boa, melhor isto do que coças de cinto') :P

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    1. Joana, acho que pecas por estares a misturar coças de cinto, filhos batidos, com aquilo a que eu chamo enxota-moscas. Podes não concordar, respeito totalmente... mas não podes comparar o incomparável. As primeiras doem, ferem, podem deixar marcas... um enxota-moscas é mais uma chamada de atenção, nunca magoa e, no máximo, deixa a criança aborrecida/envergonhada/intimidada. Digo eu, que levei palmadas e não me lembro de alguma vez ter sofrido com as mesmas.

      Já agora, eu só levei sapatadas em criança. Com dez anos ou acima disso nunca levei uma sapatada de quem quer que fosse.

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    2. Subscrevo na íntegra Joana, excepto na parte de fazer queixa do filho no caso de ser menor, pelo simples facto de ser inimputável. Já o disse acima, bater constitui crime de ofensas à integridade física, bater com um cinto (ou outro objecto) é um ilícito criminal. E lá está, como muito bem disseste não é uma opinião, é um facto, está na lei. Agora só falta as pessoas perceberem e interiorizarem isto, se não andamos a espancar adultos quando nos irritam, também não vamos andar a espancar crianças só por acharmos que assim é que se educa.

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    3. Acho impossivel que todas as pessoas consigam criar uma criança sem nunca dar uma palmada. Ou seja, ha miudos sensatos e q nao fazem birras e para esses pais é mt facil dizer q nao lhes bateram. E para os outros q têm filhos traquinas e rebeldes, fazem o que? Uma coisa é um adolescente em q sim podemos conversar, dar castigos, tentar leva-los á razao. Mas com um garoto de 3,4,5 anos q ta a fazer asneira fazemos o quê? Gostava mm q a joana me explicasse! Um exemplo claro: ta para sair da casa de manha e ele começa a fazer um birra descomunal q nao lhe deixa vestir a roupa. Faz p quê? Leva-o p a creche nu? Fica 1h a tentar explicar a uma criança pequena a importancia de se vestir? Ja agora p clarificar eu acho q se deve dar palmadas em ultimo recurso, depois obviamente de se dizer q nao e tentar q a criança pare o comportamento

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    4. Acrescento ainda que concordo contigo, Joana, quando dizes que é algo cultural. Vivo em França e tenho a sensação, por exemplo, que aqui as mães são mais histéricas. Por muito pouco, desatam aos berros quer em casa quer na rua como penso nunca ter visto uma portuguesa a fazer. Ficam completamente vermelhas tal é o nível dos gritos. E obviamente as palavras que os acompanham não são também elas nada simpáticas (a minja vizinha de baixo grita várias vezes o quão farta está dos filhos). A mim faz-me imensa confusão e tenho uma pena imensa dos miúdos que vejo lidar com estes gritos diariamente. Acho que me afectaria imenso ter sido criada assim (logo eu que cresci numa família onde nao se grita). Pessoalmente, prefiro os "sacode o pó" que os gritos. :)

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    5. A luta é para levar até ao fim ou para acabar antes de começar. Por isso sim, fico cinco minutos à espera que o puto se acalme e sou assertiva. Se não resultar (nunca aconteceu mas irá chegar o dia) vai para a escola de pijama e sofre as consequências disso. O meu é bem malandro, tal como são todos, as crianças precisam de testar os limites para aprender as regras. Mas eu sou muito rigorosa com as regras (tenho de ser, acredito nesse método de educação) por isso ele já vai percebendo que tem toda a liberdade para barafustar mas acaba a cumprir tudo. É claro que há crianças com outras características, que são mais impulsivas talvez, mas cabe a cada pai adaptar-se a isso.

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    6. Anónimo das 18:30 eu tenho duas filhas (quase 4 anos e 18 meses) e acredite que estão longe de serem super obedientes e bem comportadas. Sou eu e o meu namorado que estamos com elas a maior parte do tempo e já apanhamos birras de todos os géneros, inclusive a famosa fase em que eles nos tentam bater (e chegam a bater).
      Nunca bati em nenhuma. E, gradualmente as birras foram passando até fazerem muito poucas ( a mais velha que a outra ainda está a começar nestas andanças e muito caminho há a percorrer).
      Acredito piamente que é possível educar uma criança sem bater, com certeza que sim. É o que pratico.
      O que faço é muito simples: não cedo a uma birra nunca. E têm consequências para os maus comportamentos. Se demoram mais a vestir de manhã, não vêm os 15 minutos de desenhos animados que costumam ver porque não há tempo. A mais velha ficou um dia ou dois sem ver e passou logo a despachar-se sem dramas. Se grita porque quer alguma coisa, não terá essa coisa, por mais razoável que seja.
      A minha filha mais velha chegou a chorar e a berrar porque queria que lhe lesse mais uma história antes de dormir. Eu podia ter lido e custou-me horrores não o fazer mas não fiz pelo simples facto de me estar a pedir aos gritos.
      Não sei se funciona para toda a gente mas cá em casa funciona bem. Não batemos, não damos palmadas e mão enxotamos moscas. Nunca cedemos a uma birra. Eles são inteligentes, aprendem. Não digo que não façam outras birras mas pelos mesmos motivos não farão. Se sabem que não conseguem nada e não resulta não têm motivo nenhum para fazer as birras.
      Por mim a minha filha pode estar a fazer um escândalo no supermercado que eu pouco me importo com o que os outros pensam. Saio dali com ela mas não lhe dou o que ela quer.
      E quando ela começa a disparatar só lhe digo as coisas duas vezes, à terceira ela já sabe que há consequência: não come a comida, não come sobremesa; porta-se mal antes de sair para o parque, não saímos, não arruma os brinquedos, fica 2 dias sem brincar com eles, manda as coisas ao chão, ficam "retidas" por uns tempos, etc.
      A minha sogra queixa-se imenso que sou muito rígida com a menina mas o facto é que ela me respeita sem ter medo de mim e, apesar de ser bastante irrequieta, vai-se portando cada vez melhor.

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    7. entao e na tal fase que eles batem aos pais faz o quê? se ela lhe bate qual é a consequencia? eu percebo essa logica de nao comes sopa não há sobremesa; ou não arrumas os brinquedos no dia seguinte nao os vais ter; mas quando não há uma consequencia directa faz-se o quê? essa dos filhos baterem aos pais ja vi muitas vezes e inclusive no ultimo episodio da supernanny e pergunto-me o que os pais podem fazer nessa situação.

      PS: nao tenho ainda filhos e tenho um medo terrivel de ter por tudo o que vejo. parece que em vez de criarem filhos as pessoas andam a criar ditadores

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    8. A minha filha passou pela fase de bater, como todas as crianças (penso eu) e foi uma fase que durou muito pouco. Com quase 4 anos não se atreve a levantar-nos a mão.
      O que nunca poderia fazer (eu, pessoalmente) era mostrar-lhe que não se bate, batendo-lhe. Para mim, isso não tem lógica nenhuma. Eu segurava-lhe a mão (quando conseguia e explicava-lhe, muito calma mas muito séria que isso não se fazia. Que não batiamos nas pessoas por isso magoava muito. Se estamos tristes e frustrados conversamos, batemos quando muito numa almofada, não batemos nas pessoas. Com o tom certo uma conversa faz mais efeito que uma palmada.
      Não lhe dizia isso a sorrir com uma voz meiga (embora também não gritasse) mas dizia com um tom que uso raramente. Ela percebeu.
      Apesar de nunca lhes bater, as minhas filhas sabem que não é permitido bater nem mandar coisas ao chão quando estão aborrecidas. E, depois, têm o exemplo de casa que é sempre o que faz mais efeito. Elas aprendem connosco.
      Acredito que temos que ser coerentes, assertivos e dar sempre o melhor exemplo que conseguirmos e não nos culparmos quando falhamos (o que acontece com todos e muitas vezes).
      Eu nunca bati e faço o máximo para não gritar e muita gente acha que sou autoritária demais (e sou). Só não preciso de impor a minha vontade com palmadas, castigos e gritos.
      Em relação aos pais que optam por dar umas palmadas aos filhos não acredito de forma nenhuma que amem menos ou seus filhos ou sejam piores pais, de todo. Somos todos diferentes e temos métodos diferentes. O que os miúdos precisam é de regras, amor, afeto e atenção, com ou sem "enxota-moscas".
      Eu tive algumas palmadas na minha infância que não me caíram nada bem mas tive zero de afeto e atenção. Se pudesse escolher preferia ter levado umas dezenas de palmadas e ter a atenção dos meus pais nem que fossem 10 minutos por dia. :)

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    9. Não há crianças assim tão difíceis, há é pais permissivos a um ponto que mete dó.

      Uma criança de 3/4 anos percebe muito bem. Se dsd sempre o educar e mantiver as regras não vai ter birras descomunais aos 4 anos porque a criança já percebeu (aos 2 anos) que não consegue o que quer qd faz birra.
      Não é que não tente mas ouvindo o não firme ou o agora firme sabe que tem de fazer. Não vai haver hipótese de discussão.

      Em relação ao bater nunca se deixa uma criança bater nos pais. Nunca. A primeira vez que o fizer é dizer que não firme, com cara má e segurar as mãos deles enquanto o faz. Pode tb depois fazer miminho com a mão deles em si e dizer-lhe que é assim que se faz. E isto faz se desde que é bebé.
      Dando um exemplo prático: o meu filho mais novo tem quase 7 meses. Começou a ferrar me o mamilo. Digo que não se faz com má cara e tiro a mama. Ele faz beicinho e começa a choramingar, repito que não se ferra a maminha e torno a dar. Se ele já entende? Não. Mas já associou e já não me ferra. Qd começa a apertar digo que não e ele pára.


      O problema por exemplo da menina da super nany é que em vez de ter sido ensinada dsd bebé, aquela mãe não impôs regras nenhumas até aos 7 anos.
      O meu filho mais velho tem quase 9 anos, qd tinha 2/3 anos passei por uma fase horrível com ele. Os terríveis 2 são a descrição perfeita do comportamento dele mas nunca cedi a uma única birra e ele aprendeu. Se é fácil? Não. Se é preciso bater ou gritar ? A meu ver não.

      E eu não sou perfeita. Tb erro, por vezes chego ao meu limite e dou um berro. Mas é porque eu cheguei ao meu limite, não foi porque era a única forma de agir correta (aliás não é uma forma correcta de agir)



      Bati ao meu filho mais velho uma única vez e não me orgulho disso. Foi lá está, porque eu não fui capaz de melhor. Foi nessa fase terrível dele onde fazia tudo para contrariar e não percebia ainda as explicações.
      Começou a tirar os cintos da cadeira a andar no carro.
      Uma vez, num mau dia meu estava a andar na autoestrada e dou conta de que estava à solta. Parei o carro qd consegui e dei-lhe duas lapadas no cu. E não foi a sacudir moscas. Também não foram descontroladas mas foram com alguma força. Sei que lhe dei porque fiquei com medo de ter tido um acidente com ele assim, porque ele estava em risco mas foi também porque EU não encontrei uma melhor solução.

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    10. Obrigada Joana pela perspectiva prática e com evidência.
      Vinha aqui dizer precisamente que este assunto das palmadas não é uma questão de opinião nem uma questão cultural. É uma questão legal e que tem sido alvo também de muitos estudos e pesquisa.
      Se no passado se fazia e parecia resolver alguns problemas no momento (e continua a haver quem insista nessa tecla)... é verdade quem sim... mas depois estudámos mais e encontrámos melhores formas de difundir aquilo que a ciência nos oferece.
      Não tenham dúvidas: a palmada é uma resposta à frustração do adulto, não ao comportamento da criança, por mais que pareça que ela mereça uma sacudidela e que ia aprender com isso. Não vai.

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    11. S*, falta aqui um comentário meu. Não terá ido parar ao Spam? :)

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    12. (S*, faltam-me aqui dois comentários que devem ter ido para o SPAM. :) Acho que não terás sido tu a censurar até porque o 2° comentário é exactamente a avisar que o 1° deve ter ido para spam :D).

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    13. Ora bolas, o primeiro (que era o principal) deve ter sido mal submetido. Bom, fica para a próxima que esta discussão já está a terminar. :)

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    14. Tété, não tenho mais nada teu. :)

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  9. Aquilo na super nanny é falta de tudo, de tempo, de regras, de paciência e de organização. Agora palmadas nunca fizeram mal a ninguém. Os meus levam, depois de cinquenta avisos levam uma palmada quando estão a guerrear. Não vejo mal. Nem eles que sinceramente aquilo é mais enxota moscas que outra coisa.

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    1. Não me leve a mal, cada um educa o melhor que pode e eu não sou absolutamente ninguém para falar, até porque a maior parte do tempo não faço ideia do que ando a fazer (isto vai lá por tentativa e erro) mas porquê muitos avisos e depois uma palmada?
      Normalmente aviso uma vez ou duas e depois há uma consequência e não uma palmada. Se está a brincar com a comida, ao fim de um bocado sai da mesa e não come mais até decidir mudar de comportamento. Tenho muito pouca paciência para dar mais que dois avisos, ao fim de dois já se esgotou a paciência. Mas sentir a necessidade de bater nunca aconteceu.

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  10. Eu nunca dei nenhuma palmada nas minhas filhas (quase 4 anos e 18 meses) nem pretendo dar. Mas a realidade do futuro quem sabe? Nunca digo nunca. Também não acho que seja péssimo e traumatizante. A mim não me faz sentido nem me vejo a fazê-lo mas não me choca imensamente.
    Acho que nestas palavras disseste tudo o que há a dizer e com o que concordo plenamente:
    "Não acredito (posso estar errada!) em traumas provocados por pequenas palmadas. Acredito mais em traumas em crianças que têm pais ausentes ou que, em tendo os pais presentes, os vêem sempre ausentes por estarem ocupados com outras coisas. Acredito em traumas provocados por faltas de respeito ou por pressões excessivas. Isso sim, para mim, é verdadeiramente grave."

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    1. Eu refiro-me mais a crianças, sei lá, entre os 3 e 10 anos... acho que com 1/2 anos os bebés nem sequer entendem as palmadas e na adolescência também acho que já não é "solução". :)

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  11. Por ser rapaz, lembro-me que a educação no meu tempo era feito à base do cinto. Hoje dá-se uma palmada no rabiosque de uma criança e morre o Carmo e a Trindade. A sociedade de hoje é de uma sensibilidade assustadora, não me admira por isso que comecem a chorar de cada vez que partem uma unha. Nunca tive de dar muitas, mas durante a educação que dei aos meus filhos, já fui obrigado a dar algumas. E quando dava, não eram nada para levantar o pó. Eram no momento certo e sempre bem assentes. Bastou-me dar as primeiras e depois...mal eu dava uma palmada mais forte sobre a mesa quando não estava a gostar da "conversa", ficava logo tudo em sentido. Nem sabiam onde haviam de se meter. :)

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    1. Eu bastava ver o olhar "estás aqui e estás a levar" para ficar em sentido. :P

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    2. Ter medo dos pais deve ser uma coisa horrivel.

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    3. Anónimo (17:14), ter medo dos pais deve e será certamente uma coisa horrível, mas não será mais horrível do que a situação dos pais que vivem continuamente com medo dos filhos...

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  12. Concordo totalmente. Acho que agora há todo um drama que já é demais. Não sou nenhuma traumatizada, fui sempre uma miúda bem educada e responsável e essas sacudidelas de pó só vieram ajudar (claro que na conta certa)

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  13. Eu cá apanhei as que tinha de apanhar e hoje penso "Graças a Deus!" AHah :p Se não não quero imaginar a rebelde que eu era :p
    Beijinho*

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  14. Acho que o mal está mesmo em expor isto na televisão. É sempre motivo para ganhar dinheiro.

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  15. Quando era + nova apanhei dos meus Pais quando ñ me portava bem. Não morri nem fiquei traumatizada com isso!!!
    Agora? Não se pode dar uma palmada....ai ai ai ai!!!! A criança fica com um trauma: ai meu Deus!!!! Depois é o que se vê: pais a serem mandados, crianças nos Super a querer tudo e + alguma coisa.....

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    1. Dou o meu dedo mindinho em como esta anónima não tem filhos e opina por opinar. Céus...que chorrilho de frases feitas.

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    2. As pessoas acham que como levaram t~em o direito de bater...vão-se vingar dos pais nos filhos! C'horror!

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  16. Concordo contigo! Claro que não estamos a falar em linchamentos, pancadaria velha, mas às vezes uma sapatada faz parar um comportamento que eles próprios já não sabem reverter, não faz mal nenhum.
    A minha mãe sempre teve uma mão muito lampeira e não estou nada traumatizada. Repito, não estamos a falar de violência extrema, de bater por bater, de bater à frente de tudo e todos. Estamos a falar de uma chamada de atenção que às vezes não é ouvida nas 20 vezes que tentamos, com diálogo, calma e só uma sacudidela de mosca vai fazer efeito.
    No entanto, não concordo com um constante sacudir, porque faz com que a sapatada seja banal e não tenha qualquer significado e os miúdos ficam, como se diz por aqui, malhadiços.

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    1. É... mais para chamar a atenção do que para magoar!

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  17. S. finalmente encontro alguém pela net que tem a mesma opinião que eu tenho!
    Levei algumas sacudidelas, sendo que algumas até não foram assim tão "leves". Fiquei sentida a maior parte das vezes, mas tinha perfeita noção que tinha feito asneira e se tinha chegado aquele ponto era porque eu tinha esticado a corda.
    Indo repescar alguns dos comentários que já aqui estão... eu ainda não tenho filhos e eu e o meu marido temos uma visão um pouco diferente em algumas questões. Temos uma cadela e uma gata e sim, nós "batemos-lhe" quando elas fazem asneiras (era o que mais faltava ficar tudo feliz e contente depois de a cadela ter roído o alisar da porta ou de a gata ter saltado para a banca da cozinha para tentar chegar ao presunto!). Em relação ao comentário da Joana a questionar se o namorado (neste caso o meu marido) me desse uma sacudidela dessas eu considerava como violência? Tenho a mesmo opinião que tu. Os adultos não fazem birras, pelo que não é comparável. Há que perceber que cada vez mais têm estado a colocar as crianças num pedestal em que não se lhes pode dizer/fazer nada. Temos de lhes falar e explicar tudo como se eles fossem adultos e que eventualmente irão perceber e deixar de fazer as birras. Acredito que sim, mas atualmente (não sei se quando for mãe vou mudar) não me vejo com paciência para ter 20 conversas calmas sobre o mesmo assunto, após 19 tentativas da criança fazer asneiras... quer dizer, toda a gente tem os seus limites, certo?
    Para terminar: o meu sogro nunca bateu no meu marido quando ele fazia asneiras em criança. Sempre lhe deu castigos e teve atitudes que (na minha opinião) não se deviam fazer com ninguém! Resultado: ele está quase a fazer 30 anos e tem medo do pai... e o pai nunca lhe bateu. Por isso, defendo mais facilmente uma palmada pedagógica no momento certo, do que "ai meu deus não se pode dar uma palmada" e se calhar vão-se fazer coisas piores, que efetivamente traumatizam as crianças!

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    1. Russa, tanto teria a escrever sobre isso, mas não quero expor-me ou expor outras pessoas. Tantooo... Uma palmada dada por alguém que sabemos que nos ama, em jeito de "pára mas é quieto", eu não acredito mesmo que possa gerar problemas ou traumas. Aliás, hoje em dia é que se colocam todas estas questões e eu, lamento se choco alguém, acho que andamos a criar flores de estufa!!

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    2. "Temos uma cadela e uma gata e sim, nós "batemos-lhe" quando elas fazem asneiras (era o que mais faltava ficar tudo feliz e contente depois de a cadela ter roído o alisar da porta ou de a gata ter saltado para a banca da cozinha para tentar chegar ao presunto!)"

      Bater nos animais resolve alguma coisa? Acham mesmo que eles vão "aprender" com isso? Desculpem, mas é exactamente o mesmo que bater num bebé que ainda nem falar sabe. Os animais percebem muita coisa, mas nunca uma palmada ou o que quer que seja que vocês fazem para lhes bater. A minha cadela é um labrador e NUNCA lhe bati, nem seria capaz disso! Já fez muita porcaria, mas faz cada vez menos porque eu ensino-a, sem lhe bater. E ela é um dos animais mais bem comportados que já conheci (assim como todos os que já ensinei, gatos incluídos). Conhecem reforço positivo? Se não, pesquisem e experimentem. Em relação a crianças realmente não posso falar porque não sou mãe, mas já tive e tenho muitos animais e garanto-vos que bater-lhes não é nem nunca será a solução (além de ser profundamente triste que o façam).

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    3. Entre os meus dias...chame lá a comissão protetora dos animais...
      Também há quem durma com os animais na mesma cama e para mim é impensável. PARA MIM! Nem todos temos a mesma opinião sobre um mesmo assunto.

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    4. Também prefiro o estrangulador.

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    5. Russa Loirinha: Não chamo que não me compete, mas que não concordo, isso pode ter a certeza. Esta é apenas a minha opinião, não precisa de se exaltar :)

      Não sei o que dormir com animais na cama tem a ver com o caso, mas para mim também é impensável, caso lhe interesse saber.

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  18. S* tenho um filho de 4 anos e já lhe dei umas palmadas...e sabes quando? quando eu estava pelos cabelos e foi a forma de EU decarregar a minha raiva, porque por maior asneira que alguém/criança faça nada justifica bater, e eu sei que o fiz porque foi uma coisa muito enraizada na sociedade mas todos os dias luto para nunca mais dar nenhuma palmada no meu filho porque simplesmente não ensina nada e não educa nada e eu não quero que o meu filho não faça isto ou aquilo porque lhe bato mas que perceba que está mal e o porque de não poder fazer. E não eu não tenho o direito de dar nenhuma palmada no meu filho e nós pais temos que nos controlar e ensinar e educar com palavras e actos e não com violência. Eu não posso dizer ao meu filho que não se bate em ninguém e depois eu ser a primeira a bater-lhe porque nós pais somos o exemplo dos nossos filhos e se dissermos uma coisa e fizermos outra eles vão copiar aquilo que nós fazemos.
    Ninguém tem o direito de bater em ninguém...

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    1. Eu nunca bati em ninguém, nunca copiei esse comportamento e levei algumas palmadas. Não considero, mesmo, problemático... é verdade que também só levei palmadas em pequena, sei lá, entre os 3 e os 10 anos... na adolescência nunca me lembro de levar. Já entendia tudo melhor. :)

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    2. Ninguém tem o direito de bater em ninguém...mas se alguém nos bater, temos o direito de nos defender de que forma? com palavras e actos de amor? algo do tipo, dar a outra face como o menino jesus?

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    3. Anónimo das 22:04 estamos a falar de coisas diferentes...

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    4. Eu concordo com esta anónima. Para mim, um adulto bater numa criança significa tão só que o adulto perdeu o controlo da situação. Tenho um filho de 2 anos e meio e também já lhe dei 2 ou 3 enxota-moscas no rabiosque, mas sinto e sei que quem esteve mal fui eu. Ele é praticamente um bebé ainda. Há mil maneiras - mais morosas, mais difíceis para nós - de obter os mesmos resultados. Não me martirizo com culpa, sou mãe, dou o melhor de mim, mas sou humana. Tento seriamente que não volte a acontecer. Isso e gritos, o elevar da voz é o mais difícil para mim de controlar. Mas há imensos estudos que comprovam que as "palmadas pedagógicas" são, no mínimo, ineficazes, e no pior dos casos, traumáticas (minam a auto-confiança das crianças). O mesmo para a gritaria. Tenho lido sobre disciplina positiva e tento seguir essa direcção. Aconselho S* :)

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    5. Agora já percebo porque razão nas escolas há miúdos que dominam o seu meio ambiente e enfiem os outros miúdos dentro dos contentores do lixo, e como há também outros miúdos que sofrem bullying a toda a hora e levam porrada da escola inteira. Tem tudo a ver com a educação para a não violência que levam em casa - de que ninguém tem o direito de bater em ninguém - suportada pela evidente constatação de que as palmadas pedagógicas estão muito longe de serem eficazes e pode inclusive levar a traumas...

      Ahh! quase esquecia-me de dizer. O mundo é lindo, o ser humano é perfeito, e lá fora há elefantes cor de rosa a saltar de flor em flor.

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    6. Na hora da verdade, todos os arco-íris se desfazem, garanto-lhe (sei do que falo). A realidade é muito dura e os miúdos podem ser muito maus. O problema é que, na maioria das vezes, até já nem são muito miúdos e já não se consegue fazer nada deles.

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    7. Francisco, as suas generalizações de blog em blog nunca cessam de surpreender.

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    8. Anónimo (22:13), é bom sinal...é porque tenho a capacidade de surpreender as pessoas e gozo de algum crédito, porque se tivesse a fama de ser apenas um fala-barato ninguém iria prestar atenção aquilo que digo e muito menos alertar-me para as minhas generalizações...

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    9. Sandra, a bondade e a maldade são intrínsecas a cada ser humano, logo, todo ele consegue ser bom...até o dia em que lhe der para ser mau. Ponto.

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  19. Sendo eu mãe de um miúdo em plena crise dos 2-3-4 anos (sei lá quando acaba a fase!) sei o que é ter de recorrer a palmadas para tentar amansar a fera. É um caso perdido. Não vai lá com palmadas, mas ele já percebeu qual o meu limite (é importantíssimo mostrar que há limites para os abusos).
    Nesta idade resulta a chantagem psicológica, explicar a causa-efeito. Tipo: não tomas banho ficas porco; não comes ficas pequenino para sempre; não vais dormir não cresces; não queres vestir vais de pijama; etc. É vê-lo implorar para tomar banho... Até bróculos e espinafres come só para crescer. :D
    Daqui a uns tempos logo se vê. Mas pretendo continuar a ser firme com as consequências.

    Quem me dera que houvesse um manual infalível, em que a teoria resultasse.
    Educar é tão difícil.
    SM

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    1. SM, acho que cada pai deve definir a sua estratégia. Tem é de haver consenso e acordo entre os dois pais. De resto... a não ser que haja falta de amor, todas as formas são certas.

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    2. Cuidado Anónima! Daqui a nada tem as mães e pais perfeitos a defender que não se pode fazer chantagem psicológica com as crianças, porque mimimimimimimimi...
      É que não há paciência! Acho que só nas situações em si é que cada um sabe como reagir, e reage da maneira que lhe parecer mais adequada. Não há verdades absolutas e os filhos não vêm com manual de instruções não é?

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    3. Sim Russa Loirinha, era deixá-lo fazer o que quer e bem entende: saltar do sofá (não é no sofá!!), riscar mesas e paredes, empurrar o irmão, andar com o garfo para cima, ... coisas "inofensivas". Se com 4 anos já pensa que manda imagino com 14.
      Opinei um bocado antes de ter filhos e cuspi para o ar. E não é que me está a cair em cima?
      Como tenho outro filhote com 11 meses é melhor calar-me pois não sei o que me reserva.
      Não sou anti palmadas, nem anti chantagens, nem tenho certezas absolutas. Só TENTO que percebam que os atos têm consequências: boas ou más.
      Senão chamo a Suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper Nanny! :D:D:D:D
      SM

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  20. Concordo ! Também em pequena levei algumas palmadas e ai de mim levantar a mão aos meus pais .

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  21. Ah... Os problemas que já tive na vida precisamente por também não acreditar "em traumas provocados por pequenas palmadas". Inofensivas, inofensivas... ;)

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  22. Meu Deus. Gabo-te a pciência. E gabo ainda mais a paciência de quem vem aqui comparar uma palmada numa criança com uma palmada entre adultos. Fiquei logo sem vontade de comentar nem fazer parte deste mundo que sabe tudo, tudinho. Não me lembro do meu pai nunca me ter batudo mas possivelmente a minha mãe ainda me acertou o passo umas quantas vezes, a minha sobrinha atualmente tem seis anos e quando precisa e merece, também leva, eu com certeza, ams com certeza MESMO quando tiver filhos e for necessário, também o farei e ainda assim serão muitos amados como eu fui e sou, ta como a minha sobrinha e tal como a maioria das pessoas deste mundo! :))

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  23. agora vou ter mesmo de falar! (sou leitora assídua e acho que nunca tinha comentado aqui ;) )
    eu respeito as opiniões dos outros mas gostava realmente de ver as pessoas que defendem as "não palmadas" terem crianças a serem constantemente teimosos e não respeitarem o que dizemos e acharem que vão lá com conversas e simples castigos??? isto realmente é lindo de ver, estamos numa sociedade em que tudo é permitido e coitadinhas da crianças não devem ter limites, regras, etc....
    nós não somos todos iguais e existem crianças que nascem mesmo com um feitio "ordinário", que estão constantemente a puxar pelos nossos limites, que estão constantemente a embirrar com tudo e são mesmo crianças difíceis e terem uma educação permissiva ai ainda vai ser pior.
    por isso vejo os adolescentes de hoje que parecem "uns senhores de peito inchado" a falar, que podem tudo, fazem tudo, ameaçam os pais, etc... (vejo de tudo inclusive no meu circulo de amigos)
    enfim a sociedade de hoje assusta-me mas assusta-me ainda mais as gerações que estão para vir nos próximos anos porque estamos a permitir que se criem seres humanos egoístas e muitas vezes irracionais.
    E sim tenho animais, dois gatos e um cão (que são super bem tratados e amados, e como muitos mal dizentes me dizem: melhor tratados que muitas crianças que existem, ao qual eu respondo que eu sou responsável por eles e não tenho a culpa do mal que vai no mundo!) mas bato-lhes quando necessário e acho educacional, porque vejo realmente efeitos!
    Beijinho S* e parabéns pelo blog adoro :)

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    1. Pois Rute Rei tem dois gatos e um cão...mas não tem filhos não é??? Vá pela sombra e fale daquilo que sabe...

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    2. É um assunto complexo porque cada caso é um caso. Infelizmente, tenho que lidar diariamente com alguns casos em que as crianças (maiores de doze anos) acham que podem tudo. E, na verdade, até podem. As consequências são praticamente inexistentes. Além disso, eles sabem muito bem que são intocáveis a todos os níveis. O que é que se faz? Como é que se faz? Não se educa pelo medo. Mas se não houver medo de alguma coisa, continuaremos a cumprir regras? Em miúda tinha o hábito de lamber os vidros. A minha avó avisou-me vezes sem conta para não fazer aquilo porque me fazia mal, etc, etc. Só quando ela colocou picante no vidro e eu, sem saber, o fui lamber, é que aprendi que não deveria andar a lamber os vidros. E se isso fosse feito atualmente? Estaria a minha avó metida em sarilhos?

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  24. Levei duas palmadas na minha infância, da minha mãe e da minha bisavó. Lembro-me perfeitamente e, embora não tenha ficado "traumatizada", acho que não há necessidade. Mesmo naquela altura, senti como um desrespeito ao meu espaço pessoal (claro que não sabia explicar desta forma) e pareceu-me mesmo mal. Não aprendi nada, e para elas foi apenas um descarregar de frustração.

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    1. Este comentário resume tudo. "Não aprendi nada, e para elas foi apenas um descarregar de frustração."

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  25. A nível físico, é diferente levar uma palmadinha de enxota-moscas ou uma coça de cinto, sim, mas a intenção é a mesma. Se dói? Não, mas nem é só isso que está em causa. Batemos nas outras pessoas com quem nos chateamos ou que nos tiram do sério? Não. A desculpa da educação não pega, para mim. Educar não é bater. Mesmo que essas palmadas não doam, não é a melhor forma de educação. É assumir perante as crianças que esgotamos outros recursos (mesmo que elas não percebam isso na altura).

    Levei muitas quando era criança por ser, lá está, uma criança: queria correr, queria falar, sujava-me, fazia coisas típicas de crianças. A minha mãe batia-me por tudo e por nada, quer fosse por uma birra séria, quer fosse porque me sujei a comer um gelado (!). E não eram só enxota moscas, eram chapadas a sério. Nunca levei de cinto nem nunca me magoou fisicamente a pontos intoleráveis. E é verdade que não foi por isso que morri, mas olho para trás e tenho pena que isso fosse assim. Não era a melhor forma de fazer as coisas. Bater numa criança porque se sujou? Bater porque está a ser chatinha? Menos. E por maiores motivos que fossem, não é normal e não é aceitável. As pessoas ainda vivem a pensar que podem fazer o que querem com os filhos porque são crianças. São crianças mas não são nossa propriedade, são pessoas, merecem respeito e direito à sua dignidade. Além de que é crime bater em quem quer que seja, seja uma palmadinha, seja uma coça de cinto.

    Não sei o dia de amanhã, mas espero nunca na vida perder o controlo para bater num filho. Em último caso, bater diz mais sobre os pais do que sobre os filhos. Nós é que temos que aprender a gerir as nossas emoções e frustrações, o que quer que seja que nos leva a bater, em vez de esperarmos que as crianças não façam birras, não façam asneiras, não sejam crianças...

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    1. Muito bem M, concordo a 100% consigo. Eu não apanhei, mas vi o meu irmão apanhar, inclusive na cara e por motivos que, sob o meu olhar adolescente, me pareciam sempre pequenos para aquela reacção. Como, lá está, por entornar alguma coisa ou sujar-se. A injustiça daquilo pareceu-me sempre tremenda e sofria pelo olhar aflito do meu irmão quando percebia que ia apanhar. E não apanhava com força. Era a atitude. Um horror. Hoje sou mãe e tento e espero saber ser e fazer melhor com o meu filho.

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    2. Se doí uma coça de cinto? sim, terrivelmente.
      Se batemos nas pessoas que nos chateiam ou nos tiram do sério? sim, frequentemente.
      Se no dia de amanhã vais perder o controlo muitas vezes e dar uma palmada no teu filho para ele não ganhar abusos de te dar a ti? Ai podes crer que sim!

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  26. Eu acho que apanhei porrada em excesso, devido à pouca paciência da minha mãe. Não me refiro à força em excesso, mas à quantidade... Tudo era resolvido assim. O meu primeiro castigo foi aos 11 anos, antes disso era tudo com a mão. No entanto, acho que um meio termo não faz mal a ninguém... Às vezes é mais aquela palmada para assustar. Do género, se um miúdo estiver a meter a mão numa coisa perigosa, já à 17.ª tentativa, o pai e a mãe já devem estar fartos de explicar que não pode / não deve e aquela palmada pode ser um alerta, um susto. Mas claro que é um assunto sensível e que hoje em dia passamos ao extremo oposto...

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  27. Fiquei chocada com alguns coisas que aqui li! Sovas de cinto??? Pessoas a acharem que é normalíssimo e capazes de fazer o mesmo???? Mas que gente é esta?! :o que horror...

    Dizerem que "não há crianças assim tão difíceis"??????? Ahahahahah!! Adoro... acho maravilhoso que digam coisas destas! Ai não que não há...

    E dizerem que conversinhas e ensinamentos para perceberem que não podem fazer birras resultam sempre é mesmo espectacular!

    "Há que perceber que cada vez mais têm estado a colocar as crianças num pedestal em que não se lhes pode dizer/fazer nada. Temos de lhes falar e explicar tudo como se eles fossem adultos e que eventualmente irão perceber e deixar de fazer as birras." - o melhor comentário que li.

    Eu concordo contigo, S*... acho é que as pessoas fazem de tudo um bicho de 7 cabeças e muitas já estarão a pensar que o pobre Rafael vai levar grandes tareias :P

    É assim, se puder evitar, evito. Não quero ter que resolver nada assim, quando posso evitar. Mas se acontecer (e falo de uma sacudidela, não é um palmadão doloroso, uma chapada na cara, nem sequer uma chinelada), não vem mal ao mundo. Nunca espancar um filho de modo a que ele tenha medo, que isso não é solução, claro. E também não recorrer à palmadinha só porque estão a ser crianças, por tudo e por nada. Não devemos cair no exagero...

    Já agora, acho curioso que muita gente diga que não batemos nos adultos. É que às vezes, sim, merecem. E esses não é com a intenção de os educar, porque já sabem bem as merdas que fazem e dizem e, às vezes, merecem um murro no focinho mesmo :D

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    1. Não, os adultos também não merecem. Ninguém tem o direito de agredir outra pessoa, ponto.

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  28. Pessoalmente, não é um tema que goste muito de falar porque o senti na pele. Apanhei desde que me lembro e na maioria das vezes não via justificação naquilo, porque em grande parte das vezes não estava a fazer nada de mal, pois sempre fui uma miúda muito calada e sossegada. Apanhava bofetadas porque estava a falar ao mesmo tempo que a televisão ou estava demasiado entusiasmada a rir ou a falar e o meu pai ao telemóvel, porque eu e o meu irmão mais novo estávamos na picardia, porque ele se portava mal sozinho e eu tinha de apanhar também porque eu é que lhe dava os exemplos apesar de não fazer o que ele tinha feito "de mal". Sempre levei mais do que o meu irmão, apesar de ser rapariga e muito mais calma, e como muitas vezes era do meu pai, aquilo doía e doía a sério, e foi assim até vir para a faculdade, e,repito, sempre fui uma pessoa calma e muito mais obediente que o meu irmão. Lembro-me que uma vez estávamos à mesa e os meus pais deram-me uma bofetada ao mesmo tempo,e se viraram um para o outro e disseram "porque é que lhe bateste?" e a resposta foi "não sei..." e riram-se. Não sei também, lembro apenas de estarmos a ver tv, provavelmente devia estar a falar ou algo assim. Entendo que o meu pai sempre teve muito stress no trabalho e descarregava muito em mim, mas à conta disso cresci com medo dos meus pais, não era respeito. Chegava ao ponto de levantar as mãos para me proteger e queriam so fazer uma festinha na cabeça. Claro que isto foram reações muito exageradas por parte dos meus pais. Uma vez o meu irmão contou algumas coisas a família próxima e eles disseram-me que "não acreditavam" e que ele estava a exagerar. Enfim, ninguém sabe destas histórias a não ser os meus pais e o meu irmão, não é algo que tenha orgulho em contar e dispenso pessoas a dizer "que exagero" só porque não viveram o que eu vivi. Ironicamente, os meus pais dizem que os pais deles nunca lhes bateram.

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    1. Lamento mesmo muito, de verdade. Creio que percebeu que o que referi no texto não tinha nada a ver com essa violência absolutamente despropositada... mas lamento.

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