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Nada!


Hoje cruzei-me com um artigo sobre "o que as novas mães fazem todo o dia". Acho que uma das gracinhas mais recorrentes é ouvirmos dizer que "não fazes nada o dia todo".

Efectivamente não trabalho (mas todos os dias espreito o trabalho).

Efectivamente não se faz assim nada de especial... Mas faz-se o mais especial do mundo, que é cuidar de um bebé. Estou há quase cinco meses em casa (vim para casa mês e meio antes do Rafael nascer) e nunca me senti tão cansada. Juro que vou dizer a piada do "regressar ao trabalho é espectacular, finalmente vou poder descansar". 

Uma pessoa faz tanta coisa, mesmo parecendo que não faz nada, que eu nunca tive a cabeça tão cansada. Se me perguntarem o que fiz ontem, nem sei. Às vezes até me esqueço do que almocei e jantei no dia anterior. Preciso de colocar lembretes no telemóvel para não me esquecer das tarefas mais básicas, como pagar a renda de casa ao primeiro dia de cada mês.

Fico irritada quando, à noite, olho para a máquina de lavar roupa e percebo que me esqueci de pendurar a roupa que pus a lavar de manhã. Enerva-me olhar para o chão da sala e pensar que temos de aspirar a casa, mas olho para o mais-que-tudo, vejo-o cansado, e penso "deixa lá, aguenta mais um dia" - e assim se passam dois ou três dias. Uma noite destas passei três horas sem dormir, por causa das insónias, e dei por mim contente por poder ler blogues na paz do senhor.

Temos a imensa sorte de ter um bebé que dorme toda a noite desde que fez os dois meses de vida... Mas, como em tudo na vida, as coisas boas também têm lados mais negativos: ele não dorme de dia. Se dormir, ao longo de um dia (ali entre as 9 e as 22 horas), um total de uma ou duas horas, já nos damos por contentes. É capaz de fazer pequenas sestas de quinze ou vinte minutos, mas nunca mais do que isso. Isto significa que temos de ter os olhos nele durante horas e horas seguidas. A entretê-lo, a dar-lhe colo, a passear com ele. O pai é particularmente fabuloso nestas tarefas.

É verdade que é um bebé calmo, mas também é verdade que é cada vez um bebé mais exigente e que se aborrece de passar tempo no berço, na espreguiçadeira e no carrinho. Quer companhia, quer brincar, quer afecto e quer sentir que estamos perto dele. Tudo isto é maravilhoso, mas tudo isto é também cansativo.

Ser Mãe é, efectivamente, o trabalho mais exigente de todos.

* O tal artigo... Aqui.


Comentários

  1. E eu que o diga, que estou em casa há 2 anos com a pequena. :) Sinto até que acumulo 2 trabalhos: de dia tomo conto dela, e à noite tomo conta da casa (lides domésticas essenciais para não viver num chiqueiro). E sim, para muita gente, eu estou em casa e não faço nada, devo até aborrecer-me, e devia mas é procurar um trabalho em vez de estar a viver em modo dondoca. :)

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    1. Dondoca serias se estivesses em casa, mas tivesses empregada. :D E mesmo assim só serias dondoca se quisesses. Ter tempo livre não significa que se é dondoca. :D

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    2. Agora imaginem isso tudo mais o trabalho fora de casa no mínimo 8 horas e bebé no infantário/ama/mãe com tudo o isso acarreta (comidas e roupas)todos os dias

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    3. Anónimo 14:53

      Eu não acho que seja mais fácil ser mãe trabalhadora. Aliás eu cheguei a escrever no meu blogue que não sabia como é que as mães solteiras conseguiam fazer tudo, indo trabalhar e depois chegando a casa, ainda tratar do bebé e da casa absolutamente sozinhas. Por isso, não acho que seja mais fácil ser mãe trabalhadora do que estar em casa. São é realidades diferentes: ser mãe trabalhadora obriga a fazer uma série de tarefas quando se chega a casa, mas estar em casa com um bebé/criança significa que há uma casa que passa o dia a ser "usada", acarretando nesse aspecto mais trabalho. Para além do cansaço mental (eu invejo o meu marido por poder almoçar sossegado, a ler as notícias por exemplo :D ). Não acho que seja mais fácil uma que a outra, apenas são diferentes. Mas o que o post fala é o facto de muita gente pensar que estar em casa com um bebé é "não fazer nada", como se de umas férias se tratasse, e não é de todo assim. :)

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    4. Tété, é muito isso. Muita gente que trabalha não almoça em casa... ora nós agora almoçamos sempre em casa, por isso temos de fazer almoço, arrumar a louça. Usa-se mais roupa, já que saímos todos os dias mas temos também a roupa de andar por casa e o pijama - ahahahah! Lancha-se, toma-se reforço de pequeno almoço... coisas que se faziam fora com uma simples barrita de cereais. A casa usa-se mais, como bem disseste. Quando trabalhamos, fecho a porta da sala, para os animais não estarem na sala... como estamos em casa, estamos sempre na sala - que se suja imenso, porque somos dois, mais o bebé e os cinco animais, que andam sempre atrás de nós. :D

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    5. S* e Tété eu não estou a dizer que quem está em casa com os filhos não faz nada peli contrário que sei bem o que acontece quando estou com o meu filho em casa e o estado em que a casa fica, mas é bem diferente porque não temos horários nem tarefas obrigatórias a cumprir que tem que ser mesmo feitas naquele momento porque não podem esperar.

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    6. Tenham paciência, mas ser mãe solteira e trabalhar fora de casa, sem ajuda nenhuma nas tarefas domésticas, é bem mais difícil. É o meu caso, eu trabalho 8 horas no meu emprego, e no fim do dia ainda tenho roupa, limpeza de casa, e refeições para fazer.
      Nunca fui uma stay home mom, mas posso comparar com os meus períodos de férias. Claro que uma casa que é usada o dia inteiro se suja mais, mas é infinitamente mais fácil ter ânimo ao fim do dia para despender 2 horinhas a aspirar, estender/passar roupa e cozinhar depois de estar o dia todo em casa, do que depois de trabalhar 8 horas ( e nem falo do meu caso em particular, que tenho um trabalho psicologicamente cansativo e ainda faço uns belos 5 km a pé entre emprego e casa nas minhas 4 deslocações diárias).

      Não estou a desmerecer quem fica em casa com os filhos, mas tentar dizer que é igualmente esgotante do que quem está na minha situação... não é.
      Seja como for, eu nunca ficaria em casa com "as crianças", não tenho vocação nenhuma para isso. Costumo dizer que se tivesse tinha ido para educadora ou professora. Portanto eu até prefiro a minha vida corrida e esgotante a ficar em casa com o miúdo, e por isso nem me queixo, mas não consigo concordar com quem diz que as mães-trabalhadoras descansam no emprego... só se for um emprego onde não façam nada!

      AnaC

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    7. Anónimo, nisso, claro, tem razão. :)

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    8. Sim, claro que é bem diferente, mas não é por isso que uma das coisas é mais fácil que a outra. :) É verdade que não há horários mas se isso pode ser positivo por outro lado também o pode não ser. Já perdi a conta às vezes em que almocei às 16h da tarde, ao passo que quando trabalhava tinha rotinas e horários definidos que a mim por exemplo me fazem falta. Para mim, há uma vantagem em estar em casa, isso sem dúvida: se estiver exausta, posso dormir a sesta com ela. As mães que têm filhos que acordam 1000 vezes por noite e ainda trabalham têm todo o meu respeito. Eu acho que não seria capaz, acho que adormeceria ao volante ou a meio do trabalho. Depois as dificuldades que cada uma de nós vê em ser mãe a tempo inteiro ou mãe trabalhadora depende do tipo de mãe que somos, do tipo de bebé que temos, do emprego e dos horários (e mais uma série de factores). :)

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    9. AnaC, desculpe, mas este post não era para andar numa comparação de "quem sofre mais". :/ Evidentemente que é mais complicado trabalhar e ainda cuidar do bebé e do lar. Evidentemente que trabalhar, cuidar do bebé e do lar e ser mãe solteira ainda é mais complicado. Ninguém discute isso, penso eu de que... :)

      De resto, eu não descanso no meu emprego (que não é das 9 às 17... é mais intenso, com trabalho ao fim-de-semana e feriados - se necessário). No entanto, mentalmente, ando mais esgotada a cuidar só do bebé do que quando trabalhava. Claro que quando acumular o trabalho e a maternidade será mais difícil.

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    10. Claro que este post não era uma comparação, e arrependi-me de comentar mal carreguei no publicar, mas ultimamente tenho ouvido muitas destas, e desabafei onde não devia.

      Neste momento tenho 2 familiares e 1 amiga que estão em casa com os filhos, e volta e meia lá vem a conversa de que eu sou sortuda porque ao sair para trabalhar passeio, espaireço e descanso... eu já lhes expliquei que "passear" ao meio dia, nos dias de calor intenso como tivemos este verão, para ir a casa almoçar (e poupar os trocos do restaurante) não é bem passeio, é mais sofrimento. Quando chove, é igualmente chato.
      Espairecer e descansar, enquanto trabalho? Também já lhes disse que não me pagam o ordenado para descansar e sim trabalhar, mas elas riem-se...

      Eu percebo o cansaço que um bebé traz, eu também já estive nessa situação, e prefiro trabalhar, mas é mesmo porque tenho pouca vocação para estar com crianças.

      De resto, falei do meu caso, porque lá está, desabafei onde não devia, mas seja qual for a situação da mãe (solteira, casada ou com marido emigrado) a menos que tenha empregada para fazer a lide doméstica todos os dias, é sempre muito mais trabalhoso a logística de trabalhar - cuidar da casa/roupa/comida - tratar do filho, do que a logística de estar em casa e ir fazendo as tarefas domésticas e cuidar do filho ao longo de várias horas.

      E não estou a menosprezar o trabalho de quem fica em casa (que é bastante eu sei), mas comparando com os meus períodos de ferias, nem há comparação entre as duas situações (porque o tal trabalho que é bastante, também nós mães trabalhadoras o fazemos).

      AnaC

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    11. É realmente tolo estar a fazer grandes comparações pois como se disse são realidades absolutamente diferentes. E tal como disse, depende muito da mãe, do bebé, do emprego e de mais uma série de coisas. Não acho que seja assim tudo tão linear e facilmente comparável.
      A ideia do post é mostrar que estar em casa não é "não fazer nada" e que também consegue ser bastante cansativo (sem comparações). Aliás prova disso é a quantidade de pessoas que se vê pelo facebook e blogues a dizer que estão aliviados por as aulas irem começar, porque estar todos os dias com os filhos não é tarefa fácil. :)

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    12. AnaC, essa de se achar que o trabalho dá para espairecer é engraçada, de facto. Mas consigo entender que sair de casa e não ter de olhar para o bebé 24 horas por dia é uma forma de "espairecer". Alivia não ter de estar preocupada, nem que seja a trabalhar. Falo por mim, que tenho ido ao supermercado sozinha, fazer as compras semanais, e deixo o menino com o pai. Juro-lhe que me sabe bem sair de casa e não ter de pensar em cuidar do bebé naquela horinha. :D Claro que o trabalho é uma coisa com responsabilidades, não é igual a ir a um supermercado... mas ao menos não é a preocupação constante que um bebé representa. Digo eu!

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    13. Ana C

      Mas aí estou consigo. Eu estou em casa há 2 anos com a minha filha e nunca mas nunca me passa pela cabeça dizer que as mães trabalhadoras descansam no trabalho, isso é simplesmente ridículo. O meu marido acorda às 5h00 da manhã, chega a casa às 20h a tempo de estar 1h com a filha. Acho que ele até me pedia o divórcio se algum dia eu tivesse a brilhante ideia de dizer que ele vai trabalhar para descansar. Mas já lhe disse que tenho inveja das horas de almoço dele, em que pode por exemplo comer sossegado e não com uma bebé sempre a chamar a atenção e a não te deixar comer em paz. :) Ou que às vezes o invejo por falar com adultos (a minha filha consegue estar mais de 1h a repetir a mesma palavra...e eu nunca soube o quão perto se fica da loucura com isto até ser mãe :P Ele, trabalhando, escapa a isto mais facilmente :)).

      Mas eu percebo o seu desabafo, embora (uma vez que estou do outro lado da barricada) não concorde com tudo o que diz, pois não acho que seja comparável estar com os filhos numas férias ou anos seguidos, ou que nem sempre dá para ir tratando da casa durante o dia enquanto se toma conta de um filho. Mas lá está são vivências diferentes. A Ana até podia estar, como eu, há 2 anos em casa e mesmo assim teríamos perspectivas diferentes. Da mesma forma que eu tenho da S*, uma vez que não sei o que é ter um bebé que pouco dorme de dia e ainda ter 5 animais. Seria tentar comparar "vidas", o que é tolo. :)
      Mas aqui vai um abraço de força, Ana. Como escrevi em cima, eu acho que deve ser duro ser mãe solteira e trabalhadora, não lhe tiro qualquer mérito. E mais duro ainda deve ser quando se ouve comentários desses. Quanto mais, poderia imaginar que elas quisessem dizer que trabalhar ajuda a "desanuviar das fases mais chatas de um bebé", mas enfim...é ignorar. :)

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    14. Eu estou em casa agora com um RN e também já estive a trabalhar com o mais velho em casa e um pai que só está em casa 1 dia /semana.
      E desculpem-me mas eu prefiro trabalhar e estar em casa pouco tempo. Adoro o meu filho mas não há nada pior para mim do que ser doméstica. Estar trancada em casa, obrigada a fazer tarefas domésticas que odeio, sentir que o trabalho é repetitivo e não serve para nada porque amanhã recomeça o ciclo e é assim infinitamente... Dá uma sensação horrível de estagnação de não servir para nada. Passado algum tempo nem aproveitamos, nem damos conta dos meses a passar, não há folgas nem intervalos.
      Eu tenho um trabalho mentalmente exigente e não seria capaz de ficar em casa, acho muito pior e muito mais difícil. Não me parece que tenha nada a ver com as férias.. Essa sensação de férias passa depois de pouco tempo e depois não passa de uma prisão.

      E não ter horários? Com crianças em casa não me parece ser possível.

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    15. Anónima das 22h22, identifico-me completamente. Às vezes até me esqueço de que dia é e fico toda contente quando saímos de casa (todos os dias!), nem que seja para tomar café no sítio do costume!

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    16. Anónima das 22:22 , o não ter horários significa que quando não estamos a trabalhar não temos que nos levantar obrigatóriamente às 6:30 da manhã para tomar banho e arranjar e tomar o pequeno alomoço para depois acordar obrigatóriamente a criança às 7:15 (que não quer acordar) para o vestir, dar o pequeno almoço, fazer xixi, lavar, pentear, dar medicamentos( e no meio disso tudo não querer fazer nada conforme os dias), sair de casa às 8:00 para o deixar no infantário para estar a trabalhar às 8:30....Claro que estando em casa há os horários da alimentação e das outsa coisas básicas mas estes de obrigação rigida não existem...

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    17. Concordo inteiramente com a AnaC.
      Tal como a Clara, eu estive em casa com a minha filha mais velha, até aos 3 anos. Andava esgotada e achava que ninguém dava valor ao trabalho que fazia em casa e o desgaste de passar o dia todo colada à minha filha, que nunca foi uma criança fácil. Depois voltei ao mercado de trabalho e a minha filha ingressou no pré escolar. Aí é que foram elas!!! Até de medicação precisei para aguentar o impacto. À noite, depois de trabalho, casa, refeições do dia e do seguinte, brincar com a filha, banho, etc., sentia que caía em coma na cama; no dia seguinte, tudo recomeça. Só dei valor verdadeiramente quando tive que conjugar trabalho com casa e família. É dose!!
      Mas quando a Clara voltar a trabalhar, venha cá contar como está a ser. Até lá, aproveite bem, porque não há vida mais santa, na minha opinião.

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    18. Anónima das 15h20,

      A Clara sou eu? :) É que se for para mim, nem acho que o recado me faça sentido. :) Eu nunca disse que ser mãe a tempo a inteiro é mais fácil que ser mãe trabalhadora, ainda mais se esta for mãe solteira. Aliás até disse duas vezes que já pensei que deve haver algum segredo para mães trabalhadoras e solteiras aguentarem o ritmo, sobretudo quando têm crianças difíceis, porque eu acho que cairia para o lado. O que eu disse foi que não acho que se possam comparar situações porque tudo depende da mãe, do bebé, do emprego, que ajuda temos, etc...
      Por exemplo, a S* está em casa com o bebé e fala do "escape" de ir ao supermercado sozinha. Eu comecei a ir com a minha filha ao supermercado logo com 1 mês, não tive esse escape. Logo aí temos vivências diferentes. É por isto que é um pouco tolo estar a comparar vidas (e o cansaço de cada uma). :)
      Fora isto, o que eu disse (e o post) é que estar em casa não é assim tão fácil como muita gente pensa. :) E nisso, a Anónima concorda pois diz que esteve 3 anos esgotada em casa. Eu não estou à espera de regressar ao emprego com o sentimento de que "agora é que vou poder descansar". E tanto não vou que estou a desistir de uma vertente da minha profissão que até gosto porque passarei a ter de estar mais disponível para a minha filha (e trabalho que ela implica). :)

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    19. Tété, concordo em pleno. Cada caso é um caso e, acima de tudo, depende do bebé e do feitio do mesmo. Por aqui, variamos: ou vamos os três ao supermercado ou, se o menino está a dormir, vou só eu (ou só o pai, mas ele não sabe olhar para o preço das coisas!). Ele já foi ao supermercado sozinho porque foi só comprar areia das gatas e não valia a pena o esforço de tira do carrinho - põe no carrinho. E já fui eu sozinha, quando quero fazer compras maiores e o bebé está a descansar. Depende! Agora que o pai voltou ao trabalho eu acabarei por fazer mais coisas sozinha com o menino, claro... mas como costumamos fazer compras semanais, acho que continuaremos a ir os três ao supermercado.

      De resto, apesar de estar agora mais tempo sozinha em casa, o banho é sempre dado pelo pai (eu ajudo a preparar as coisas, a arrumar, a passar o bebé por água) - não é tarefa que eu pretenda fazer sozinha.

      Temos tido a sorte de ter um bebé calmo, mas eu reconheço que estou bem mais cansada - mentalmente falando - do que quando trabalho. Claro que acumulando as duas coisas vai ser bem pior. Este texto era apenas sobre o meu ponto de vista, cada pessoa tem a sua experiência... Eu tenho um bebé calmo e admite que acho "saturante" viver 24 horas por dia apenas para cuidar de um bebé, porque não se pode relaxar nem um minuto, quando ele não está acordado - e, como já disse várias vezes, ele de dia pouco ou nada dorme. Evidentemente que, fora isso, é o melhor do mundo... Mas no meu trabalho, por exigente que fosse (e é!), conseguia sentar-me 10 minutos a tomar o meu pingo directo, se me fizesse falta. Com um bebé de três meses e meio, quando ele dorme uma pessoa tem (quase sempre) tarefas para fazer. Pouco ou nada se relaxa... só mesmo à noite! Ele adormece pelas 22/23 horas e, depois disso, temos uma horinha para estar no sofá, sem stresses... ou então temos de usar essa horinha para fazer tarefas que não conseguimos fazer durante o dia. ahahah

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    20. Desculpe, Teté, faço sempre confusão com a sua participação no de mãe para mãe.
      Não quis comparar cansaços, porque isso é parvo. Só reforçar que: estar em casa com um bebé é esgotante, sim; mas trabalhar e cuidar da casa e dos filhos, também não é pêra doce. E eu ja passei pelas duas situações por isso nao falo de cor. Nao estou a equacionar esses cenários de "mãe solteira trabalhadora com bebé que dorme pouco" ou "mãe casada com homem que nao ajuda em casa e bebé que dorme bem mas come mal" ou "mãe solteira com uma perna maior que a outra, diabetes e hipertensão, mas bebé que come e dorme bem". Não vamos por aí.
      Sim, indo directa ao tema do post, ser mãe (seja em que circunstância for) de um bebé pequeno e estar com ele a tempo inteiro é duro e portanto é injusto que achem que a mãe está sem fazer nenhum e a pôr as séries em dia.

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    21. Cada um tem a sua visão e opinião.
      Eu tenho a minha opinião baseada na minha experiência ( 1o ano do mais velho em casa, +1ano de desemprego quando ele tinha 5anos), actual com um RN em casa de 2meses.
      Neste momento ainda estou na fase de não sentir isto como uma prisão mas tenho-me concentrado em mim e nos meus filhos. A casa está como última prioridade e tem sido o marido a tratar.
      Eu fico depressiva e em estado-limite quando fico em casa e não trabalho. Custa-me muito mais do que ter de ir trabalhar e conjugar com as tarefas de casa (e não tenho ajuda seja paga, de pais ou sogros). Mas sou muito mais produtiva em todos os lados estando a trabalhar. Por isso é que desta vez tenho-me esforçado por sair da rotina e criar obrigações fora de casa, mesmo saindo com um bebé.

      Em relação às rotinas: com o meu filho a acordar sempre por volta das 6h e a deitar-se as 21h isso não muda nada ao estar em casa... O horário é o mesmo, só com imensas horas mortas para me lembrar que não faço mais nada e que não tenho objectivos. É que o que lavar e limpar hoje amanhã terá que ser limpo outra vez, a roupa idem, a comida idem (e eu que adoro cozinhar até isso se torna repetitivo e inovo muito menos estando em casa).
      Trabalhar torna-se cansativo mas talvez por adorar o que faço dá-me um equilíbrio que é fundamental para mim.
      Eu sou o tipo de pessoa que continuava a trabalhar mesmo que me saísse o euro milhões

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    22. Com a minha participação? :)
      De qualquer forma, estamos as duas de acordo. Nenhuma das situações é fácil, não acho é que dê para comparar por causa das tantas variáveis que existem. :)

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  2. Não fui mãe, mas deve dar imenso trabalho sim, até porque também tem de se tratar da casa :(

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  3. Quem tem uma casa para cuidar e filhos, bem sabe o trabalho que dá e o tempo que consome. Tem-se sempre alguma coisa para fazer e o dia parece que encolhe. Eu não tenho filhos mas cuido da casa e bem sei o trabalho que dá. Há sempre alguma coisa para fazer. Imagino ter essas tarefas e ainda um bebé a precisar de atenção, de cuidado, de mimo... Quem acha que uma mulher em licença de maternidade não faz nada são pessoas que não pensam nestas coisas.

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  4. Confesso que nas primeiras semanas foi mesmo isso que fiz: Nada! Que é como quem diz, foquei-me apenas na minha bebé! O resto ia sendo feito, sem qualquer stress. Nem me lembro de cozinhar (mas devo tê-lo feito, porque certamente comi naqueles dias... ahaha).
    E ela era calminha, e dormia bastante, mas eu aproveitava para estar com ela deitada sobre o meu peito. Assim dormiu ela (e eu) muitas manhãs e muitas tardes! E não me arrependo nada! :)

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    1. Eu não sou muito de estar com o bebé no colo, admito. Quando ele adormece de dia - milagre! - vou sempre resolver 1001 tarefas. :D

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  5. Alô S* :)
    Não querendo intrometer-me, até porque cada bebé é um bebé e são todos diferentes, os tapetes de atividades com bonecos por cima, para puxar e fazer música e afins, resultaram muito bem com o Tiago. Pela idade que tem agora o Rafael, ele gostava de ter a minha companhia por perto, chamava-me e queria-me por perto, mas como se ia distraindo com o tapete, sempre dava para ir fazendo alguma coisa (na verdade tive sorte, porque além de dormir a noite toda ele também fazia sestas normais de dia - 3 - e isso dava-me imenso jeito para despachar a casa).
    Mas a verdade é que passa demasiado depressa e é melhor aproveitar o Rafael do que tudo o resto! Embora, não querendo agoirar, tem tendência para piorar que há medida que eles ficam mais crescidos exigem muito mais a nossa atenção :)
    Aqui ficam algumas ideias de tapetes: https://bebitus.pt/512-tapetes-de-atividades?gclid=Cj0KCQjw6NjNBRDKARIsAFn3NMos_lTB2zUMwgxqJYMi_GnEZXk9gsKBXgY4Kf8J4gKvHyr676SKMmEaAn2WEALw_wcB

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    1. Alexx, eu tenho tapete de actividades. Até tenho um que dei à minha irmã quando o meu sobrinho nasceu... agora voltou a mim, para o Rafael brincar. :) No entanto, ele ainda não se entretém assim muito, pois ainda não pega bem nas coisas!

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    2. Pois, lá está, cada bebé é um bebé :) E mesmo quando pegar bem nas coisas, se calhar vai gostar de outras brincadeiras que não do tapete.
      Com o Tiago era remédio santo, fazia lá as sestas, brincava, palrava... Só deixou de lhe ligar quando começou a rastejar e a descobrir o mundo!

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  6. As minhas "férias" começaram qdo regressei ao trabalho. Claro que ao final do dia tenho os banhos, o jantar, louça, chão e a roupa à espera. Mas já não tenho a sensação que não fiz "nada" o dia todo.
    Para ajudar acordo 2 ou 3x por noite, mas nada que um cafezinho não resolva.
    Vida de mãe é dura, mas passa tão depressa...

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    1. :D Também é preciso descansar a mente, nem que seja com trabalho!

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  7. É isso tudo S* e agora imagina ainda mais um bebé que acorda de noite 2/3 vezes para comer etc.. ou fazia directas tipo meia noite 3 da manhã a berrar com as cólicas...Felizmente isso só aconteceu até aos 3 meses e depois começou a fazer meia-noite-6 de manhã(já achava um luxo)...e aos 5 meses (22:00-7:00) e a partir dia foi sempre assim tirando o levantar mil vezes de noite porque as chupetas desapareciam e andava de rabo no ar de madugada à procura das chupetas que já andavam sei lá onde, ou porque ele em pleno inverno descobria-se todo e ficava ao frio... E depois de dia também não era bebé de ficar sentado a brincar sozinho no chão ou na espreguiçadeira ou onde fosse, queria sempre colo e andar a ver tudo o que os pais faziam...ou seja um de nós nunca conseguia fazer nada...(até para tomar banho tinha que o levar para a casa-de-banho na espreguiçadeira para o cusco ver tudo e ver-me a mim)

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    1. Sim, a minha irmã também tomava banho sempre com o sobrinho-espectador. Nesta altura tornam-se mais exigentes, sem dúvida!!

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  8. Quando voltares ao trabalho ele vai para o infantário? :)

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    1. Nop. Só queremos que entre para a creche com 1 ano. ;)

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  9. Estou muito curiosa para ver o que a minha bebé me reserva =)
    Beijinhos,
    http://chicana.blogs.sapo.pt/

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  10. Uma Mãe faz TUDO. E quem pensa assim é nabo :D

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  11. a minha mãe comigo teve sorte porque eu dormia noite e dia até aos 3/4 anos. com o meu irmão tinha um "incentivo extra" porque ele só estava entretido diante da máquina de lavar roupa (a funcionar) ou a ouvir o aspirador ;)

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  12. Não sei se por culpa da internet, mas cada vez há mais informação e respeito pelo "trabalho" diário de uma mãe. Não diria que é de conhecimento geral, mas aos poucos isto caminha para lá :) deve ser um desafio único... Mas compensador :) e aos poucos tudo vai voltar à rotina. Continuação de dias muito felizes!! Beijinhos

    http://trendylisbon.com/

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  13. Tens um menino muito fofo. Também tenho animais e adoro as fotos do teu pirata ao lado do baby rafa. Ficam super queridos. Agora é a minha vez! Deixei de tomar a pilula. . . vamos ver se ha brinde no final do mês;) So tenho medo de no futuro, se tudo correr bem, não ter tempo para tudo, especialmente para o meu marido. Tenho muito medo que a relação perca o encanto e aquela paixão que tanto me faz feliz. Beijinhos para toda a família. Continuem a ser felizes!

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    1. Não tenhas medo. :) Uma relação feliz só pode ser reforçada por um bebé. Não vou mentir: as primeiras semanas trazem muito stress e discussões... mas passa!!

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  14. As pessoas têm sempre que dar palpites em tudo

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  15. Não sou mãe, mas como já leste pelo blog, cuido de um bebé. São poucas horas e dá IMENSO trabalho. Quanto mais para uma mãe...
    Deixa falar. 'Os cães ladram, e a caravana passa.' ;)

    Beijinho d'

    A Marta
    https://amartaeumblog.blogspot.pt/

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  16. Muita força, querida!! Claro que compensa e adoras esse trabalho tão exigente, mas também precisas de descansar um pouco e não ter remorsos :)

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  17. É incrível como os anónimos não deixam de vir para aqui escondidinhos e com o cu entre as pernas.

    Eu não tenho filhos mas trabalho a partir de casa e sei bem qual é o vosso sentimento de chegar ao fim do dia e parecer que não fizemos nada.

    Beijinho minha querida

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  18. O babywearing faz maravilhas! Podemos trazer os bebés pertinho de nós e irmos fazendo coisas. Nós por aqui usámos um ring sling nos primeiros meses e depois uma mochila ergonómica (ergobaby). Somos fãs!

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É uma pessoa desesperada que vos escreve, esta manhã. Conhecem soluções naturais para dormir bem de noite? Algo que me faça ferrar o galho e só acordar no dia seguinte? Estou farta de noites mal dormidas. Estou farta de ficar até às 5 ou 6 da manhã sem conseguir dormir. Chego ao desespero, com vontade de chorar. De dia, sinto-me cansada, porque o descanso é uma porcaria. Não sou grande adepta de medicamentos mas, se tem de ser, é. Alguém conhece um remédio, uma erva, o que seja?

Coroas caseiras

Este ano a senhora minha mãe entreteve-se a fazer coroas de Natal. :) Para ela, fez uma coroa mais tradicional, com as peças decorativas em plástico, à moda antiga. Para a minha irmã, fez uma rena.  Para mim, fez a coroa mais espectacular de sempre, com flores artificiais, muitas bolas coloridas e pendentes dos corações. Romântica, como eu.  Contagem decrescente para o dia mais especial do ano... Amanhã inaugura-se o calendário de advento com quadradinhos de chocolate!

Um ano a dois

Como o tempo voa, hoje celebro um ano de um relação calma, que me foi conquistando aos poucos e que, hoje em dia, me dá todas as certezas. Quando nos conhecemos, em Abril do ano passado, viramos amigos. Na verdade, tornou-se meu confidente e aturou-me durante semanas e semanas a "chorar-me" por outra pessoa. Já eu percebi que ele gostou de mim no primeiro café que tomamos, mas como é tão ou mais discreto que eu, nada feito. Ficamos assim, entre avanços e recuos, entre conversas diárias e afastamentos semanais. Ao meu lado quando fui operada e nos dias que se seguiram. Eu ainda sem rumo, à procura de algo que não sabia ainda o que era. Foi no dia 6 de setembro de 2021 que a amizade evoluiu para algo mais.  Desde o primeiro dia que não me deixou dúvidas de que queria estar ao meu lado. Acho que foi exactamente isso que (de forma um pouquinho "umbiguista") me fez apaixonar por ele. Sempre percebi que gostava de mim. Sempre me senti acarinhada, querida e desejada.  Dura