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Da Infertilidade


Durante muito tempo não quis escrever sobre este tema. Sentia até um certo receio. Um certo pudor. Sentia que, ao falar do assunto, estava a atrair coisas más - e eu não precisava de coisas negativas em cima de uma coisa negativa. Acreditem que me sinto nervosa ao escrever estas linhas - mas queria muito fazê-lo.

Durante praticamente dois anos e meio tivemos de enfrentar a infertilidade. Entre o dia em que começamos (a sério) a tentar ter um filho e o dia em que obtivemos o nosso pequeno milagre, passaram-se exactamente dois anos, três meses e seis dias. 

Passamos por muitos exames. Por muita poupança. Muita privação de "vida". Por três tratamentos de reprodução medicamente assistida. À terceira foi mesmo de vez. 

Poder-se-ia pensar que ao começar a tentar engravidar com 25 anos seria mais fácil. Não o foi. Por isso agradeço a todos os santinhos o facto de ter querido engravidar com esta idade: se fosse mais tarde, quem sabe se alguma vez teria conseguido? Fui mãe aos 28 anos. 

Durante a gravidez também não conseguia escrever sobre o assunto. Considero-me uma pessoa relaxada, mas qualquer mãe tem sempre um pequeno medo de que algo não corra bem... No nosso caso, agravado pelo facto de a própria concepção não ter sido fácil. Tive uma gravidez abençoada, calma, tranquila, que correu sempre bem.

Nasceu o nosso Rafael, que faz amanhã 4 meses e que é um bebé realmente sereno, saudável, forte e que é a alegria cá de casa. 

Nunca falei sobre este assunto, mas mesmo assim já fui contactada por algumas leitoras que enfrentam a infertilidade. Coincidências. A nossa história teve um final feliz e serve este texto para desejar a todas as leitoras e leitores a mesma sorte. 

É uma luta. Muitas lágrimas. Muito descontrolo hormonal. Alguns quilos extra com os tratamentos (sim, no meu caso foram uns bons quilos extra!). Muita zanga entre o casal. Muitos stresses. Muitos momentos menos bons. Muitos momentos em que ouvimos ou pensamos "se calhar, mais vale desistir". Mas é preciso acreditar. Acreditar sempre. Ter fé. 

"Focar na meta", como me disse uma enfermeira no curso de preparação para o parto. Quando se chega à meta, garanto: é a melhor sensação do mundo.

Comentários

  1. Oh s* como me sinto feliz por ti :)
    Eu tenho 30 anos, ainda não fui mãe por motivos profissionais, advocacia, mt estudo e pronto a estabilidade também não é muita. Esse receio também me assola, mas tento não pensar muito.
    Obrigada pelo teu testemunho e fico genuinamente feliz por teres conseguido :)

    Beijinhos de uma leitora que te segue desde os primórdios do blog e que em alguns ponto se identifica com a tua história de vida :)

    M.

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  2. Já o tinhas dado a entender aqui no blog e noutros sítios, deve ser por isso que recebeste as mensagens. :)
    Ainda bem que conseguiram, não consigo sequer imaginar todo o stress que é passar por isto. Sem falar do cansaço psicológico. Felizmente comigo foi tudo muito rápido e fácil porque já pensei várias vezes se teria coragem de me lançar nesses tratamentos. E agora tens o Rafael que vos traz e tará muitas alegrias.:)
    (Pergunta por ignorância: estes tratamentos não são grátis mesmo no público? Paga-se alguma coisa? E podem ser feitos mesmo para um segundo filho?)

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    1. Ora bem, eu fiz os três tratamentos no privado, mas estava inscrita no público, pelo que vou dizer o que sei:

      - No público não se fazem tratamentos para segundo filho, creio eu. A não ser que haja uma causa de infertilidade que não havia no primeiro filho. Mas penso que, com um filho, o público já não aceita;

      - O tempo médico de espera desde o diagnóstico ao tratamento no público é de cerca de um ano no Hospital de São João, no Porto, mas sei que há zonas onde ronda os dois anos;

      - O tratamento no público não se paga, mas pagas os medicamentos. Se for Fecundação In Vitro (FIV) ou ICSI -Microinjecção intracitoplasmática de espermatozóide (as duas melhores opções), os medicamentos rondam os 500 euros, para duas semaninhas de tratamento hormonal. :)

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    2. Ora bem , aqui infertilidade devido a quisto de endometriose num ovário. Tentativa de engravidar durante dois anos sem resultado. Quando foi descoberto o quisto de endometriose a médica disse "o melhor tratamento para o quisto endometriose é a gravidez mas também pode não deixar que a gravidez aconteça". Fizemos histosalpingografia para verificar se as trompas estavam permeáveis(se havia passagem doa espermatozóides nas trompas ou se estavam tapadas e estavam permeáveis e fizemos espermograma e análise de sangue normais para despistar doenças. Ao fim de 1 ano de tentativas entrei nas consultas de infertilidade (no mesmo hospital e que é publico), fizemos nova histo, espermograma, e testes genéticos para ver se existia incompatibilidade genética. A médica acompanhou quase todos os meses a altura da ovulação e verificava que o ovário que não tinha quisto ovulava muito bem e havia um "muco" óptimo e dizia que a gravidez tinha que pegar porque estavam reunidas todas as condições. Ao fim de 2 anos como a gravidez não ocorreu espontaneamente a médica sugeriu fazermos Inseminação Artificial (inserir os espermatozóides nas trompas com uma espécie de cateter) sem estimulação uma vez que eu ovulava bem. Nesse mês era mês de ovular o ovário sem quisto fizemos as contas aos dias em que estaria para ovular, a médica viu-me no dia anterior e achou que a ovulação estava excelente, receitou-me uma injeção (comprei na farmácia e foi barata) que teria que dar 36 horas antes da IA e a IA foi marcada logo nesse dia...No dia marcado a IA foi feita, fui para casa com indicação de estar em repouso e o mais deitada possivel...fiz o teste de gravidez 14 dias depois e estava grávida.....
      Tudo isto foi feito num hospital publico do interior norte do nosso pais em que a única coisa que paguei foi a injecção que comprei na farmácia (que foi barata).

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    3. Anónimo, olhe que "sorte". Sorte dentro da menor sorte, claro. :)

      Eu estava inscrita para ICSI no público. Os medicamentos rondam os 500/600 euros, conforme a dosagem de hormonas necessário. O Gonal é muito caro. Suponho que tenha tomado apenas o medicamento indutor de ovulação, que efectivamente custa 3,5 euros, creio. Eheh :D Fico feliz por si!!

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    4. Não sei se todos os CHs funcionam da mesma forma mas há poucos anos trabalhei com casais de infertilidade no público:
      - aceitavam-se todos os casais que estavam a tentar engravidar há 12 meses, sendo que a mulher tinha de ter menos de 40 anos (algumas iniciavam o processo aos 40 anos).
      - o processo é gratuito mas a medicação não. Dependendo dos tratamentos paga-se mais ou menos mas informavamos os casais que, no limite, para contarem com 500/ 600€ (afinal é importante saber com o que contam e não terem essas despesas sem contar)
      - no publico também não se faz só 1 tratamento (já li isso pela internet), o número de tratamentos depende de vários factores.
      - o tipo de tratamento varia de acordo com a causa de infertilidade, se for por causa desconhecida há protocolos seguidos mas não ficam sem tratamento (também já li isso pela internet).


      PS: Muitos parabéns S*. É preciso uma grande tenacidade e sem duvida que é um processo que exige imenso do casal e principalmente da mulher. É bom ver esse esforço recompensado.
      Pode parecer parvo mas sempre que eu sabia que um dos "meus" casais tinha conseguido já ganhava o dia. Era como se a noticia do positivo fosse minha.

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    5. Obrigada. Penso que no público fazem até 3 tratamentos por casal. :)

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  3. Nunca seria capaz desse "foco na meta"! Mas também passei pelas minhas dificuldades em engravidar... acho que são cada vez mais frequentes (ou será que se fala mais disso?)
    Que bom que tens o teu caso de sucesso! :)

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    1. Tem de ser. Se não te focas na meta, desmoralizas facilmente. ;)

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  4. Também passei por isso. Demorei 2 anos. Tive a ajuda da PMA. Consegui ao segundo ciclo com tratamentos:)

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  5. Olá S*,

    As tuas palavras indicam que sempre há esperança.

    Beijinho.

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  6. Querida S*
    Por aqui 33 ciclos, a uma semana de fazer 33 anos e com 2 anos 3 meses e uns dias de tentavas.
    Sucesso até agora foi zero e sim temos estado no público. Conto com o diagnóstico de uma trompa obstruída. E sim é uma luta inglória, é uma luta do casal quase sempre sozinhos o que aumenta ainda mais a pressão. No nosso caso não partilhámos com a família, porque sabemos que eles não iam conseguir lidar com o assunto, mas honestamente não tenho qualquer problema em falar do assunto seja com quem for.
    Entretanto esta semana recebi uma recomendação para uma médica ginecologista e holistica e vê que até isso estou a considerar… pior que o diagnóstico tem sido o desesperante tempo de espera do serviço publico. Para o diagnóstico foram 2 meses, mas para FIV temos de esperar no mínimo 1 ano, que será certamente mais longo que isso.
    Mas lá chegarei ;)
    Obrigado pela partilha :)

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    1. Esparvoada, vai correr bem. Vamos acreditar.

      O exame às trompas é algo verdadeiramente complicado, mas ao menos tens o teu diagnóstico... Por aqui, o tempo de espera do público foi precisamente um ano. Ligaram em fevereiro, estava eu grávida de quase 5 meses, um ano depois de estar inscrita no público.

      Tem fé!!

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    2. S*, percebo a tua ideia. Mas fé nada tem a ver com o assunto. Falamos de ciência.

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    3. Anónimo, a fé obviamente não resolve nada. Mas dá força para continuar. Acredite que precisamos dela.

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  7. Muitos parabéns pela coragem. falares sobre isso ajuda, com certeza, outras mulheres na mesma situação.
    É um acto de muita generosidade o que fizeste. Ainda bem que correu tudo bem e vais ver que no segundo já vais relaxar muito mais (diz quem sabe).
    Um grande beijinho ;)

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  8. Tenho muita pena que tenhas passado por isso. Não consigo imaginar, a única vez que decidi engravidar estava grávida no mês seguinte e as outras duas vezes não usei preservativo, a pensar que era preciso muito azar para ficar grávida, mas o facto é que fiquei... sou demasiado fértil.
    Graças a Deus que hoje podes contar a tua história de sucesso. Dá esperança a quem esteja a passar pelo mesmo. Um beijinho e muita sorte para ti. O dinheiro gasto foi gasto em algo imensuravelmente bom.

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    1. É uma luta complicada... Mas fico feliz por ler estes casos de tão abençoada fertilidade. :)

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    2. Eu já não considero assim tanta benção. Já fujo do marido, temos três filhos 😂😂.

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  9. Suponho que tenha sido um dos factores que te levou a afirmar que não tinhas sorte, há uns dias. Mas afinal tens. O teu filho nasceu e é lindo e saudável.

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    1. Tenho sorte por ter conseguido. Não tenho sorte porque sei o que passamos. ;)

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  10. Querida Sónia,

    Não sabia, no o devia saber, que passaste por isso.

    Sei bem o que é pois, também eu, tive quase três anos a tentar engravidar, depois de ter tido um aborto espontâneo. Mas, no meu caso a infertilidade era chamada de infertilidade desconhecida, pois nem eu nem o meu marido tinhamos qualquer problema. Mais difícil se tornou a batalha. Sabermos quem é o nosso "inimigo", sabemos com que armas lutamos. Não saber o que bloqueava a minha gravidez foi um desespero, revolta, angustia e ansiedade. Quando já tinha feito quatro inseminações e uma F.I.V. e nada resultou, parámos, conversamos como casal e decidimos que não iamos mais fazer nada. Se não conseguiamos, não era por isso que iriamos "morrer".

    E o milagre deu-se!! Em janeiro de 2015 engravidei!! Naturalmente!! E hoje tenho o meu filho maravilhoso que, dia 02 de outubro fará 2aninhos!!

    Muita força a todas as mulheres e homens que querem ser pais!!

    Sónia Barreto

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    1. Sónia, aqui sabíamos bem o motivo. Lamento que tenha passado por tal mas fico verdadeiramente feliz por ter obtido o seu milagre. :D

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  11. Sou tua leitora assídua, desde os princípios do blog, e por entre uma ou outra palavra tua, já tinha posto essa hipótese.
    Tenho pena que realmente tenhas passado por isso, mas graças a Deus há um anjinho Rafael que agora ilumina a tua casa e que faz amenizar essa dor. Tal como tu não quis deixar para muito tarde o ser mãe, com medo que alguma coisa corresse mal e depois já fosse tarde de mais. Um beijinho muito grande para ti e para o Rafael (que tenho visto fotos no face e é a coisa mais linda e mais fofaaaaaaaaaaa, com aquelas bochechas lindas)e um beijinho para todas as mulheres que estão a passar por isso e que o teu testemunho seja um incentivo e ânimo, porque tudo é possível, basta acreditarmos.

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  12. Ainda tu és uma pessoa relaxada na forma de ser... eu tenho medo só de pensar. Sou naturalmente ansiosa e quando decido as coisas a minha cabeça pede para serem feitas já já ... se não acabo por esmorecer. Dou por mim a pensar nisso ... o medo de não conseguir, de deixar para demasiado tarde. Logo eu que adorava ter 3 ou 4... talvez já nem vá muito a tempo de tal empreitada.

    Beijinhos

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  13. Patrícia Lemos! Patrícia Lemos! Patrícia Lemos! A sério. Meninas, pesquisem sobre essa senhora. :)

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    1. Por aqui, as referências sempr foram Prof. Silva Carvalho e Dr. Alberto Barros. :) Conseguimos com o primeiro.

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    2. A Patrícia trabalha além da medicina. Pensa sobre isso. :) procura por ciclo perfeito da patrícia lemos. Ela trabalha diretamente com médicos onde se realizam gravidezes medicamente assistidas. Da experiência dela, muitos casais vão sem necessidade alguma para as inseminaçoes artificiais. Eu comecei a descobrir-me com ela e tem sido maravilhoso. Aconselho msm a experimentares procurar coisas sobre ela. Sem a pressão e sem a o assunto "infertilidade" na cabeça. Agora tens mto tempo para cuidar de ti :) a patrícia pode ajudar nesse aspecto! Acredita em mim. Se tiveres curiosidade eu mando-te um e-mail a explicar :) é só dizeres. A Patrícia Lemos é necessária a todas as mulheres/meninas. Ensina-nos a consciência do ciclo e da saúde menstrual. Sim, saúde menstrual. Isto serve para quem quer engravidar e para quem não quer, para quem como eu só tem curiosidade sobre isto que é ser mulher.

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    3. Curiosamente é esse o meu nome e sou profissionalizada em infertilidade desde novembro de 2011 na vertente de (muito) paciente. Até agora o meu cadastro regista os seguintes acontecimentos:
      - 6 ciclos com a intenção de realizar coito programado com indutor ovulatório que não chegaram a ir para a frente, porque não respondi às diferentes dosagens;
      - 2 IIU igualmente canceladas. No primeiro caso não reagi aos injetáveis, da segunda vez a reação foi exagerada para o objetivo da técnica;
      - 1 FIV com direito a síndrome de hiperestimulação ovárica, logo não pude realizar nessa altura transferência de embriões;
      - 1 TEC de 2 embriões negativa;
      - 1 TEC de 2 embriões que terminou numa gravidez bioquímica;
      - outra TEC de 2 embriões negativa;
      - 1 TEC de 2 embriões que resultou num aborto espontâneo. Antes de ter abortado andei durante umas semanas a monitorizar quase dia, sim dia não a evolução, porque suspeitava-se que a gravidez era ectópica.

      Daqui a umas semanas farei a 5ª TEC. Sinto que ainda vou vivenciar coisas bastante negativas e inesperadas nestas últimas tentativas que ainda estou disposta a enfrentar. Felizmente os casos de sucesso são mais que muitos. Tenho formação superior ligada à ciência e ironicamente estou no dark side dos resultados. Se não me for concedido o direito a experimentar a maternidade estarei de consciência tranquila por ter feito o que podia.

      Aproveite na maior plenitude a oportunidade que a vida lhe deu, ainda que de forma sofrida. Ninguém deveria ser privado de vivenciar a maternidade/paternidade.

      A escrita tem-me ajudado muito a libertar a expelir o que se vai acumulando. É num blogue que vou relatando aquilo que vou sentindo e vivendo neste meu longo percurso.

      Certamente que ao olhar para o Rafael pensa que tudo o que lhe aconteceu foi mais que recompensado. Felicidades aos dois!

      http://seiquechegaras.blogspot.pt

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    4. Anónimo das 22h58, venha daí esse email: asminhaspequenascoisas@gmail.com

      De resto, não duvidando nada da Patrícia que refere, há casos que só a ciência consegue resolver. O nosso era um desses. :D

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    5. PL, caramba, senti-me mesmo pequenina. Nos fóruns que frequentei, durante a luta, comovia-me imenso ver mulheres que andavam há mais de dez anos em tratamentos. Sei que o público não aceita mulheres com mais de 40 anos e algumas delas estavam na idade limite e sofriam imenso com essas chegada. Que pequenina me senti, de verdade.

      Desejo-lhe, do fundo do coração, a maior sorte de todas. Vou lê-la.

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  14. Fico muito feliz por ter conseguido! Acredito que o que custe mais não seja a parte física mas sim, o facto de ter de lidar com o insucesso do tratamento. É preciso muita força emocional para conseguir lidar com a realidade.
    Parabéns pelo seu Rafael! Giro, giro, giro!
    https://jusajublog.blogspot.pt/

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  15. Gostaria mesmo muito que falasses mais profudamente dos tratamentos. Quanto mais se "arejar" o assunto mais facil se torna todas as pessoas falarem com "normalidade". Tento falar com naturalidade do meu percurso, mas nao eh simples (conto ja com 7 fivs e preparo-me para a proxima).

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    1. Ângela, vamos ver como me sinto. Foi uma altura bem negra. :) Obrigada.

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    2. Ângela há fóruns sobre o tema, que é demasiado pessoal para ser discutido no blogue... A Sónia fará o que entender mas penso que já falou o suficiente em "público".

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    3. Diana, acaba por ser um pouco isso. Não quero expor demasiado o problema em si, apenas alertar e dar esperança. :)

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    4. Já falaste o suficiente em público da tua experiência.
      Mas pf pondera a visibilidade do teu blog para se falar do tema (no geral ou de outras experiências), e assim ajudar todas as pessoas a entender o tema e os casais que passam por isto.
      Felicidades para a tua família.
      Sónia

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    5. Há o fórum da APFertilidade, onde há tantos casos e situações e onde podemos colocar dúvidas e ser apoiadas. Eu já escrevi muito sobre o tema, embora não tenha a visibilidade da S*, mas acho que é algo com que a pessoa se deve sentir profundamente à vontade - até porque, nas redes sociais, as pessoas não são todas bem intencionadas e há comentários para tudo :/

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    6. Sim, conheço bem o fórum (já lá li e escrevi muito). O meu desafio à S, era aproveitar o blog (se ela assim o entender) para falar do problema (no geral e não do caso dela), no sentido de informar os férteis sobre os problemas e sentimentos dos inférteis.

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  16. Este é, sem dúvida, um assunto muito sensível para os casais... Tiveste muita força para falar dele.
    Focar na meta é sem dúvida um excelente conselho para uma situação como esta :) fico feliz que, no vosso caso, tenha corrido bem e que tenham aí um menino que vos vai trazer ainda mais alegrias!

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  17. Fico mesmo feliz que tenham conseguido ter um bebé tão saudável e bonito.Parecem ser excelentes pessoas e acredito que são uns pais maravilhosos. Continuação de muitas alegrias no futuro. Beijinho, Daniela Torres

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  18. Parabéns pela coragem!! Por cá engravidei a primeira vez um ano depois de começar a tentar e da segunda vez num único acidente que tivemos, nunca imaginei que tal pudesse acontecer!! (Ingénua, né?)
    Mas olha que aquele ano de espera já me deixou numa grande crise de nervos... Nem quero imaginar casos tão dramáticos que leio, deve ser realmente desolador...
    Felizmente tudo acabou bem com vocês :) parabéns pela coragem deste relato!

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    1. O marido também é muito ingénuo e acha que como custou a acontecer agora dificilmente volta a acontecer. ahahah! Obrigada!

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    2. Ahahahah Pois, não se fiem nisso! :p Nós temos um único acidente em muitos anos juntos e esse belo acidente nasce daqui a uma semana, oh my God!!

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  19. Percebi bem o que quisestes dizer. Tivestes receio de cantar vitória e/ou lançar foguetes antes da festa para não atrair azares. Fizestes bem e fico feliz que tenhas conseguido vencer esta etapa. Agora, usando a mesma força, vontade e esperança, há que colocar uma possível Rafaela no horizonte... :)

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  20. Fizeste bem em falar disso apenas quando te sentiste preparada. Não deve ser uma coisa fácil de lidar, certamente... acredito que traga muita frustração ao casal e que, a dado momento, só apeteça esquecer tudo. Mas valeu bem a pena tudo isso, olha só para esse bebé lindo :)

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  21. "Por isso agradeço a todos os santinhos o facto de ter querido engravidar com esta idade: se fosse mais tarde, quem sabe se alguma vez teria conseguido?"

    Como te compreendo. Desejo muito ser mãe. Tenho mais de 30 anos, não tenho marido nem namorado. Às vezes penso: "Será que quando eu puder e quiser, vou conseguir engravidar? Será que ainda me vai restar tempo para tentar a ajuda da ciência se não conseguir?"

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    1. No meu caso, sinto mesmo isto porque o nosso problema, enquanto casal, seria dos que agravariam com o passar dos anos.

      Se sente essa preocupação e quer MESMO ser mãe, visite uma clínica e pense em congelar óvulos. É sempre uma opção. :)

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    2. Pois é :) Obrigada!
      Boa sorte na realização dos teus desejos :)

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    3. É muito isso, parecendo que não o avançar da idade cria pressão para quem quer ser mãe. Tenho 31 anos, não tenho namorado e penso muitas vezes nisso. Tento não sofrer por antecipação, porque há casos de mães na casa dos 20 que também se deparam com essas dificuldades. Quero acreditar, verdadeiramente, que o que é nosso às nossas mãos virá parar. Pensamentos positivos! Um beijinho,Daniela Torres

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    4. É um bocado difícil decidir, porque se começamos logo a tentar por ter medo de depois não conseguir, pode até acontecer engravidar logo e ser antes de estarmos preparados/no momento certo. Mas se esperamos esse momento, depois podemos ter algum problema e demorar muito tempo até conseguir e desejar ter começado mais cedo!

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  22. Não sei se conseguia passar por isso durante anos seguidos. Nunca passei por isso, passei por um AR e nessa altura estava a tornar-me obcecado como se a minha vida dependesse daquele bebé que não tinha nascido. Depois fui arejar e concentrar me noutras coisas. As pessoas são tidas diferentes de facto, mas tenho a certeza que isso não era para mim. Preferia adoptar e não ter de passar por isso. Ou se calhar não, realmente só passando pelas coisas é que sabemos. Nem falo de ti, S que nao andaste ali anos e anos. Eu sei se histórias em quero casamento acabou por causa disso! É um desgaste muito grande. Admiro muito essas mulheres.

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  23. Não fazia ideia que tinhas passado por todo esse processo :/ fico feliz que tenhas conseguido o teu pequeno milagre :D

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  24. Eu não creio que sofra de infertilidade, mas sofri uma dor talvez igualmente grande. Engravidei passados 2 meses de estar a tentar, mas sofri um abordo espontâneo. Já passaram 9 meses e agora continuamos sem conseguir engravidar. Duas dores muito, muito grandes que há dias em que penso que não conseguirei ultrapassar. Por isso, consigo entender a tua dor, mas nem consigo pensar se tiver que seguir realmente para esses tratamentos. Depois de todo este sofrimento :(

    Fico muito feliz por vocês, por terem conseguido e por tão abrocada gravidez e bebe :) que a próxima seja muito mais rápido! As maiores felicidades *

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  25. Embora seja um assunto sobre o qual não sei muito não consigo imaginar por tudo o que passas-te mas sei que não foi nada nada fácil e é por isso que te dou os parabéns. Por não teres desistido e por teres lutado mas, a cima de tudo, por hoje teres a força e a coragem de partilhares a tua história para poderes chegar a mais pessoas..
    Parabéns e as maiores felicidades para os 3 :D

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  26. O meu nome é Andreia por mais tratamentos no publico e no privado o sucesso é zero isso destruiu me como mulher como pessoa e ainda como casal como eu digo só quem passa por isso compreende. Desisti antes de a infertilidade acabar comigo . Comecei a cerca de um ano processo de adopção para duas crianças e sim tenho muita fé que ainda esteja guardado para mim um futuro risonho.beijos e parabéns pelo bebé é lindo

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    1. Também sou mãe adotiva. Nem sequer pus a hipótese de tratamentos, não me via a passar por eles. É uma bênção, mas não pode ser encarado como plano B. Boa sorte e que consiga o seu objetivo!

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    2. Anónima das 09.02 - eu fiz cinco tratamentos de fertilidade. São tremendos, pela carga física e emocional que carregam. Compreendo perfeitamente, mas felizmente nao me destruiu nem como mulher, nem como casal, abalou-me, mas tornou-me mais forte. Hoje estou serena com o facto de não poder ter filhos biológicos e continuo a ser feliz como sempre fui. Boa sorte para todo o processo!

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  27. Casos como o teu dão me esperança de que também vou conseguir. é apenas uma questão de tempo, fé e paciência.

    P.S. O teu Rafael é um bonitão!

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  28. Minha querida, é verdade que adiamos a maternidade e depois ninguem sabe. Antes achava que toda a mulher tinha tempo, agora já não penso o mesmo. O importante é teres chegado à meta. Beijocas

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  29. Querida S*... Eu estive tanto tempo sem cá vir que agora leio surpresas atrás de surpresas. Daqui vou reter o bom, o teu menino lindo e saudável. Que te traga muita alegria e felicidade :)
    Quanto a mim, voltei ao meu cantinho e apesar de ter estado afastada do mundo dos Blogs andei muito atenta à loja maravilhosa da tua mana, que é um doce!Beijinhos, Guidinha

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  30. nós queremos ser pais e nem damos tanta importância ao "tem que ser biológico" como tantos apregoam por aí. mas eu tenho 24 anos recém feitos. queríamos adoptar e não podemos porque eu tenho 24 anos... naturalmente as coisas não estão a funcionar tão bem e depois de um aborto espontâneo e duma depressão o marido está capaz de usar dois preservativos de cada vez porque "não quer ver-me passar novamente por algo tão feio" como passei antes. e estamos neste limbo. muito novos pra seguir para tratamentos de fertilidade, muito novos pra adoptar e o tempo passa e nós aqui com um berço e quatro braços vazios. é duro... admiro cada vez mais a forma como levas as coisas mesmo debaixo de nuvens negras, esperemos que tudo melhore daqui em diante ;)

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    1. Ana, no privado podes fazer o tratamento, independentemente da tua idade. No público é que a coisa não é assim tão linear, mas tudo depende do problema que for diagnosticado. Nós fomos aprovados para tratamento no público quando eu tinha 28 anos e nunca ninguém questionou se eu era demasiado jovem...

      Muita força. Toda a sorte do mundo. :)

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  31. :O
    Não fazia ideia. Não me lembro de ter lido sobre isto por aqui. Parecias sempre tão alegre e de bem com a vida!

    Nada a ver, mas agora fiquei curiosa, tu e a tua irmã começaram a tentar engravidar na mesma altura? Queriam ter filhos da mesma idade? Eu conheço duas gémeas que decidiram ter filhos na mesma altura, as meninas delas (cada uma teve uma filha) nasceram com 2 semanas de diferença. Acho adorável, mas duvido que tenha sido coincidência embora elas digam que sim. Deve ser mais uma daquelas particularidades que os gémeos partilham :)

    AnaC

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  32. É tão bom que fales sobre isto, que se fale sobre isso. Sabes bem a minha experiência, a minha vivência e a descoberta de um problema de saúde exactamente por causa da infertilidade. É importante que se possa falar da mesma com naturalidade, para que possamos ajudar mais casais, para que outros não se sintam sozinhos - porque somos muito mais do que o que se pensa. Beijinhos querida

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  33. Felizmente não passei por isso, mas sempre tive receio pois a pílula pode esconder os problemas. Por esse motivo decidimos que seriamos pais quando eu fizesse 30 anos (nem cedo, nem tarde), independentemente da estabilidade laboral.
    A meio dos 30's sou mãe de 2, não tenho estabilidade laboral, mas temos o resto orientado.
    Há prioridades na vida, ser mãe é uma delas.
    Tenho amigas que adiaram por motivos profissionais e agora deparam-se com a sombra da infertilidade.
    Beijinhos e tudo de bom!
    SM

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  34. Meu parceiro e eu estamos tentando por um bebê há mais de sete anos, nós estávamos indo para uma clínica de fertilidade por anos antes de alguém ter me contado para entrar em contato com esse conjurador de feitiços que é tão poderoso chamado Templo de Agbazara para ele me ajudar a obter o prenant, E eu Fico feliz por termos contatado DR.AGBAZARA, porque a magia da gravidez dele nos colocou à vontade, e honestamente acredito nele, e seus poderes realmente nos ajudaram também, agradeço por tudo o que ele fez. entre em contato com ele por e-mail em: ( agbazara@gmail.com ) ou ( WHATSAPP; +2348104102662 ) se você está tentando obter um bebê, ele tem poderes para fazê-lo.

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  35. Admiro os casais que passam por esses tratamentos para terem um filho, deve ser mesmo desgastante.
    Agora é preciso que haja muita saúde para voçês :)

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  36. S* lamento muito que tenha passado o que passou para conseguir engravidar.
    Muitos parabéns pelo pequeno Rafa, lindo e muito desejado.
    Eu tenho dois filhos e quando quis o terceiro (proque sempre quisemos muito, pelo menos 3) não consegui.
    A infertilidade secundária também existe, mas é vista como "futilidade" (principalmente se já tivermos 2 filhos). Não há a menor empatia por estas situações que são de grande sofrimento para o casal. Tentámos durante 8 anos, e agora que já estou nos 40 desistimos. Mas tem sido muito duro.

    Ana R.

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