Das mulheres despeitadas #2 (um exemplo)

Nos tempos de faculdade, tive a pouca sorte de partilhar casa com uma das pessoas mais venenosas que conheci. Não sei qual o motivo, mas aquela mulherzinha de vinte aninhos era uma verdadeira cobra. Ainda por cima era a típica mulher despeitada. Estava-se pouco a lixar para o rapaz, mas era só saber que ele tinha arranjado outra para ela voltar a sentir interesse por ele. Então aquilo era um forrobodó: um dia a "outra" era gorda, no outro dia era magra, um dia era mamalhuda, no outro dia saía ao pai. Valia tudo para deitar a pobre rapariga abaixo... sendo que a pobre rapariga não tinha culpa nenhuma no cartório.

Movida por esta sensação de mulher despeitada, a cobra decidiu seduzir de novo o rapaz que meses antes tinha despachado. Nem vou dizer como é que o fez, porque é demasiado mau. Bom, lá conquistou o rapazolas de novo. E acham que a cobra mudou? Nah... Todos os dias, todos os santos dias, ela gozava com a agora ex-namorada do rapaz... e fazia-o à frente dele e de todas nós. Usava argumentos tão imbecis como "ela nem cozinhar sabia", e o melhor dos melhores era quando ela resolvia inventar que "O (introduzir aqui o nome do rapaz) diz que ela usava camisas de dormir compridas, ridículas, e que ele se desatava a rir quando a via naquelas figuras". Ok fofa, se tu queres acreditar que o rapaz não pinocava com ela, tudo bem, agora tentares convencer os outros disso é absolutamente patético e só mostra a tua auto-estima de porcaria.

E o pior disto tudo é que tinha sido ela, a cobra, a dar com os pés ao rapaz. Mas foi só ele sentir interesse por uma outra rapariga que a cobra resolveu logo abocanhá-lo. Ahahah, estão a ver aquela parte onde vos disse "não vos vou contar como é que ela o seduziu"? Pronto, agora já disse!