Avançar para o conteúdo principal

O comércio tradicional

No caminho até ao trabalho vinha a pensar nos dias de amargura que vive o comércio tradicional. É triste ver casas tão antigas, com dezenas de anos (algumas centenárias) a fechar a porta. É triste perder as drogarias de rua, as retrosarias, as floristas, as ourivesarias antigas e com aquele jeito mesmo tradicional.

Tenho pena de ver fechar as lojas que me acompanharam ao longo da vida. Tenho pena que tenha fechado uma das mais jeitosas retrosarias da cidade. É triste ver tanta rua quase vazia de comércio. Numa cidade de tamanho médio, onde as lojas se localizam em apenas duas ruas comerciais, é preocupante ver tanto espaço vazio.

Sempre tentei fazer compras no comércio tradicional por saber que é o comércio que mais precisa de ser apoiado. Há algo diferente nas lojas de rua. Uma simpatia mais sincera, uma maior vontade de ajudar, uma procura incessante pela satisfação do cliente. E há sempre uma "atenção", por mínima que seja, mesmo sem o cliente pedir (que nunca peço, exactamente por saber as dificuldades). Nem que sejam 10 ou 20 cêntimos, seguidos da típica frase "é para ajudar a pagar o café".

Comentários

  1. Há pouco tempo andei a passear pelas ruas vianenses e realmente reparei que está tudo muito apagado. É muito triste!

    ResponderEliminar
  2. Aqui também já acontece o mesmo... O pior é quando fecham lojas seculares e abrem nesse espaço lojas de chineses. Nada contra eles mas não acho justo!

    ResponderEliminar
  3. Olá :) podes dar-te o teu e-mail ? precisava de falar contigo (:

    ResponderEliminar
  4. Aqui por onde vivo, nota-se pouco. A cidade é pequena, mas sente-se a falta de algumas lojas. Os chineses ocupam 3 lojas. Cada família com a sua. E por cá, existem centenas de lojas fechadas à anos sem qualquer intenção de serem novamente habitas.

    Não foi a crise. Acho que as pessoas aproveitam os centros comerciais para fazer compras. Passeiam e divertem-se. Porque ninguém se quer levantar cedo para comprar seja o que for na sua vila, cidade ou na loja de produtos ao lado.

    ResponderEliminar
  5. é verdade sim e é triste, mas não concordo em apontar-se só o dedo aos centros comerciais.
    Antigamente os negocios passavam de pais para filhos mas agora não. Ontem eu morava e havia retrosiaria, fechou portas porque os Srs faleceram e a filha que tirou uma licenciatura não quis ficar atrás de um balcão (compreende-se). E os pequenos negócios acabam por se perder.

    Bjo
    Maggie

    ResponderEliminar
  6. Fazem sempre a atenção porque os preços são mais altos! :|

    ResponderEliminar
  7. Pior do que isso, é ter-se a noção de que as coisas não vão ter melhoras.

    Na rua onde moro, as lojas abrem e fecham a uma velocidade brutal.
    Lojas dos chineses só uma. Para já.

    ResponderEliminar
  8. Aflito, olha que não... Olha que não são. Há lojas e lojas. :)

    Mas, a serem mais altos, a explicação é simples: não conseguem encomendar muito produto e, por isso, não conseguem os tais descontos. Se comprares 10 exemplares de cada produto é um preço... se comprares 100, o produto sai-te a outro preço.

    ResponderEliminar
  9. Entendo perfeitamente a tua perspectiva do post e até concordo, no entanto, as grandes superfícies veio acabar com esse tipo de comércio. E infelizmente, eles levam uma grande vantagem (hipermercados e afins), porque conseguem de forma "desleal" uma concorrência de preços brutal. E, para o consumidor, mesmo que o atendimento seja bem melhor (por que é num modo geral nos pequenos comércios), no final das contas (literalmente), o que conta e muito (principalmente agora com a crise e tudo mais), o que grita mais alto, é o que sai do bolso a menos. Ou seja, as grandes superfícies. ;)

    ResponderEliminar
  10. catiag: asminhaspequenascoisas@gmail.com

    ResponderEliminar
  11. Concordo com a Essência. Mais a mais, a cidade onde passo 90% do meu tempo é aquela que mais centros comerciais tem e o comércio tradicional está a ser substituido pelas "lojas dos chineses".

    ResponderEliminar
  12. Percebo-te perfeitamente... e só não frequento mais vezes o mercado tradicional porque não sou eu que faço as compras cá de casa, mas quando sou tenho sempre a tendência de ir a uma lojinha cá da terra de uma senhora tão mega simpática! Passo mais tempo a falar com ela do que propriamente a comprar as ditas coisas. Às vezes nem são os preços que nos levam lá (mas também! porque ao contrário do que dizem, para mim fica bem mais barato ir lá!) é mesmo a simpatia e o carinho das pessoas que estão atrás do balcão :') adoro falar com a tal senhora...perco-me completamente no tempo :) e espero que nunca venha a fechar, bem sei como seria um triste fim para ela que tanto adora aquele espacinho :))

    ResponderEliminar
  13. É verdade, é muito triste, mas com os impostos a subirem e o peço de electricidade e assim, todos acabamos por nos conter e não comprar tanto e eles ressentem, depois com as coisas que eles próprios têm de pagar, os impostos sobem para todos, é muito chato. Bjs

    ResponderEliminar
  14. obrigada pela tua resposta :)
    já te mandei um e-mail :)

    ResponderEliminar
  15. qual foi a retrosaria... foi casa amil? ou aquela pequenina que fica na rua de trás logo a sair da praça da republica por trás do claustro? Adorava essas ;)
    que pena ... pois para mim Viana é rua! é aí que está a sua vida!!

    * beijocas

    ResponderEliminar
  16. Tixa, a Casa Amil está boa e recomenda-se. Foi mesmo essa, logo na saída da Praça. :)

    ResponderEliminar
  17. Fomentaram-se os centro comerciais... agora o caminho é pouco menos que irreversivel...

    ResponderEliminar
  18. oh... era tão fofa... com as portas pequeninas e as escadinhas! Oh tristeza!! é nestas coisas que eu me sinto a envelhecer!


    * beijocas

    ResponderEliminar
  19. Comércio tradicional 4ever.

    O local onde vivemos e os preços fazem toda a diferença.
    Mas nada como tratar a senhora da mercearia pelo nome :)

    (Djaló já assinou, amnistia pf: http://simaoescuta.blogspot.com/2012/01/violencia-nos-testiculos-amnistia.html)

    ResponderEliminar
  20. Essas coisas deixam-me muito muito triste. Isto porque sou filha de donos de um estabelecimento de comercio tradicional e sei bem as dificuldades. Graças a Worten e outros que tais, os meus pais deixaram completamente de vender electrodomésticos. As pessoas preferem comprar nas grandes superfícies e não é por os preços serem diferentes: Aliás tudo o que é marca reconhecida (Sony, Ariston, Fagor) os meus pais fazem preços mais baixos e pagos a prestações que eles mas, infelizmente, não consegue lutar contra a marca branca.
    Aqui por casa, tentamos sempre comprar tudo nas mercearias. Aliás, fruta, legumes, carne e peixe NUNCA compramos nos hiper.

    ResponderEliminar
  21. É o tempo a passar e a vida a girar :)

    ResponderEliminar
  22. As minhas compras são sempre feitas em lojas de rua e ninguém me consegue convencer a ficar fã dos CC. Adoro a Baixa de Lisboa ;)

    ResponderEliminar
  23. É bem triste quando esse tipo de comércio fecha. Já faz parte da nossa história.

    ResponderEliminar
  24. É verdade. É muito triste e muito preocupante. Contra mim falo, que raras vezes compro no 'comércio tradicional', porque regra geral as peças não conseguem atingir preços tão baixos, não há forma de fazer concorrência a Primarks e afins. MAs é triste. E perigoso para a economia. Enfim, isto não está fácil...!

    ResponderEliminar
  25. Concordo! Os centros comerciais são horriveis, barulhentos e impessoais. As ruas com os seus cheiros e cores dão outro prazer. Em Espanha faz-se isso. Tanto vês uma mercearia como uma loja Prada, tudo na mesma rua, geralmente em pleno centro histórico.

    ResponderEliminar
  26. Espero que a crise em teu país seja superada, em breve, falo isto de coração.

    ResponderEliminar
  27. E assim se perde o encanto. É uma pena. :/

    ResponderEliminar
  28. e eu a achar que não faltam lojas de rua e uma kookai (só mesmo em viana hehe)

    ResponderEliminar
  29. Infelizmente vê-se em todo o lado.São os efeitos da crise e a concorrência das grandes superfícies.

    ResponderEliminar
  30. são os sinais dos novos tempos ... :S
    **

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Para dormir - solução, procura-se!

É uma pessoa desesperada que vos escreve, esta manhã. Conhecem soluções naturais para dormir bem de noite? Algo que me faça ferrar o galho e só acordar no dia seguinte? Estou farta de noites mal dormidas. Estou farta de ficar até às 5 ou 6 da manhã sem conseguir dormir. Chego ao desespero, com vontade de chorar. De dia, sinto-me cansada, porque o descanso é uma porcaria. Não sou grande adepta de medicamentos mas, se tem de ser, é. Alguém conhece um remédio, uma erva, o que seja?

Coroas caseiras

Este ano a senhora minha mãe entreteve-se a fazer coroas de Natal. :) Para ela, fez uma coroa mais tradicional, com as peças decorativas em plástico, à moda antiga. Para a minha irmã, fez uma rena.  Para mim, fez a coroa mais espectacular de sempre, com flores artificiais, muitas bolas coloridas e pendentes dos corações. Romântica, como eu.  Contagem decrescente para o dia mais especial do ano... Amanhã inaugura-se o calendário de advento com quadradinhos de chocolate!

Um ano a dois

Como o tempo voa, hoje celebro um ano de um relação calma, que me foi conquistando aos poucos e que, hoje em dia, me dá todas as certezas. Quando nos conhecemos, em Abril do ano passado, viramos amigos. Na verdade, tornou-se meu confidente e aturou-me durante semanas e semanas a "chorar-me" por outra pessoa. Já eu percebi que ele gostou de mim no primeiro café que tomamos, mas como é tão ou mais discreto que eu, nada feito. Ficamos assim, entre avanços e recuos, entre conversas diárias e afastamentos semanais. Ao meu lado quando fui operada e nos dias que se seguiram. Eu ainda sem rumo, à procura de algo que não sabia ainda o que era. Foi no dia 6 de setembro de 2021 que a amizade evoluiu para algo mais.  Desde o primeiro dia que não me deixou dúvidas de que queria estar ao meu lado. Acho que foi exactamente isso que (de forma um pouquinho "umbiguista") me fez apaixonar por ele. Sempre percebi que gostava de mim. Sempre me senti acarinhada, querida e desejada.  Dura