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(o meu momento)

Há dez dias que saio todas as noites para caminhar com o meu cão.

Caminhamos uma hora, faz bem a ambos, chegamos cansados e certamente dormimos melhor. Quer dizer, ele sempre dormiu como um anjo papudo, mas eu não. Tenho, há mais de uma década, imensas dificuldades para dormir - demoro mais de meia-hora todas as noites para adormecer, acordo meia dúzia de vezes, levanto-me para chichi "só porque sim".

As noites têm estado fantásticas e, na verdade, aquela hora de caminhada tem sido um momento absolutamente libertador. Vou a ouvir música, a pensar na vida, a sonhar acordada, a recordar e a reviver.

Por mais que o dia tenha sido cansativo ou pesado (de alguma forma), a caminhada ajuda-me a relaxar. Tem sido o meu momento. Tinha saudades de ter momentos só meus.

Comentários

  1. Sabe tão bem! Eu sinto que preciso de sair de casa para apanhar ar. Mesmo que não seja para fazer caminhadas, só o facto de sair já ajuda a apanhar ar, sol, ver outras pessoas... Sou muito "caseira", o confinamento não mudou muito as minhas rotinas, mas também adoro natureza, adoro aqueles 5 minutos até casa dos meus familiares. Nem que sejam 5 minutos à varanda, também já é bom. Só poder sentir o sol e o vento na pele, ouvir os pássaros, já é tão bom. Ontem também fiz uma pequena caminhada à noite e soube-me pela vida!

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  2. Por aqui também temos feito caminhadas e tem sabido pela vida :)

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  3. Quando li «levanto-me para chichi "só porque sim".», os alarmes soaram. Tive o marido, assim durante anos, até chegar ao limite de já não me deixar dormir a mim. Levantava-se imensas vezes, andava pela casa e perturbava-me o sono. Comecei a desconfiar de distimia, pois havia outros sintomas característicos da doença. O problema, estava em levá-lo ao médico, pois na sua cabeça estava tudo bem e não havia motivo para tal. Até que, um pequeníssimo problema, foi a gota de água. Foi ao psiquiatra e foi medicado. A medicação para dormir, já não toma mas o antidepressivo continua e já lá vão três anos. Abençoado medicamento que me "devolveu" o marido depois de anos de sofrimento. Não devemos desvalorizar os sinais do nosso corpo.

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    Respostas
    1. O caso do seu marido parece-me diferente.

      Quando era adolescente também passei uma fase mais complicada para dormir. Sempre dormi mal, mas o problema estava na fase antes de adormecer. Comecei a ficar paranóica com as idas à casa de banho. Acabava de lá sair e passados 5min lá ia eu de novo. Sentia como se a bexiga estivesse sempre cheia. Depois fui-me habituando a esperar, a deixar de ir a correr para a casa de banho ao menor sinal de desconforto e passou. Era mesmo "vício". Sentia ali qualquer coisa e lá ia eu. Comecei a ignorar e passava. Agora basta-me ir uma vez antes de deitar e fico bem, porque adormeço quase logo. Acho que é diferente do que acordar várias vezes de noite, levantar, andar pela casa... Isso sim, sinais de alarme. O caso da S., pelo que ela relatou aqui, é diferente. Talvez mais fruto de "não ter nada que fazer, vou só ali fazer xixi outra vez para depois não me levantar a maio da noite". Digo eu.

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    2. No meu caso não é físico, é mental. Tenho ligeiro TOC e se acordo tenho de ir ao quarto de banho... Manias...

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