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Mudança.

Nunca fui um ser solitário. Ao contrário de muito boa gente, não digo que gosto de estar sozinha. Gosto de rir, de conversar, de partilhar. Gosto de estar em família e de conviver com as amigas.

Mas ultimamente ando a aprender a desfrutar da minha companhia. Passo horas a ler. Desligo as luzes do quarto e fico a ouvir música. Faço caminhadas com regularidade (levo o cão comigo e ele é sempre uma excelente companhia, embora não fale). Até desfruto de idas ao supermercado, porque me permitem fazer algo relaxante (eu gosto!) e sem pressões.

Foi preciso chegar aos 31 anos  para se dar esta mudança. Definitivamente, somos criaturas de hábitos. Ultimamente, o meu hábito olhar por mim.

Comentários

  1. Um conselho para as caminhadas solitárias ou idas para o trabalho/casa: podcasts. Há para todos os gostos e alguns muito interessantes. Se ainda não és adepta há todo um mundo para explorar.
    Podes também aproveitar para ouvir audiolivros, aqui sugiro os temáticos (ex. história, finanças, desenvolvimento pessoal, etc).

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    1. Pode ser boa ideia, ainda assim também acho que pode ser bom por vezes “desligar” totalmente e silenciar mesmo durante as caminhadas.
      Hoje em dia estamos sempre “ligados” e queremos sempre fazer N coisas ao mesmo tempo e nem percebemos o efeito, às vezes nefasto, de tanta informação...
      Gosto de caminhar ouvindo música mas há dias em que aprecio mesmo é aproveitar esse tempo só para mim, para apreciar a natureza, ouvir os meus passos calmamente em silêncio.

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    2. Eu gosto muito da música. Leva-me a sonhar. Gosto de imaginar, pensar, recordar, sonhar.

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  2. Para mim, há diferença entre ser uma pessoa solitária e ser uma pessoa que goste de estar sozinha. Não me considero solitária mas não tenho problemas em fazer coisas sozinha, seja almoçar ou ir à praia. Não deixo de fazer essas coisas só por não ter companhia.

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    1. Há coisas que não aprecio fazer sozinha. Comer fora, lanchar, seja o que for, é algo que gosto de fazer em modo social. Para fazer sozinha, como em casa. Ahah.

      Mas tenho apreciado estes meus momentos relaxantes e solitários.

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    2. Então se tiveres sozinha nunca sais de casa?

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    3. Não entendi... Como referi, tenho saído imenso sozinha, para caminhadas. Mas não saio para ir ao café ou almoçar sozinha. Acho um desperdício... no me gusta.

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    4. Também sou assim. Por exemplo, não me incomoda nada ir ao cinema sozinha, coisa que muita gente não gosta (mas na altura com o namorado noutro país, ou ia sozinha ou pouco ia), mas dificilmente me apanham a ir almoçar ou jantar a um restaurante sozinha. Detesto. Nem às cantinas da escola ou da universidade eu ia sozinha. No fundo, há coisas que sim, que deixo de fazer se não tiver companhia, porque não me dão qualquer prazer se for sozinha. Outras faço sem problemas.

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    5. Referes no texto que isso é uma coisa recente, o que pressupõe que antes não o fazias. Nessa altura, se tivesses sozinha e ninguém estivesse disponível, não fazias nada? Sou a anónima inicial e não estou a tentar entrar em conflito, é mesmo só curiosidade.

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    6. Anónimo22 de julho de 2020 às 15:02

      eu ja fui uma vez à praia sozinha e nao me senti bem. por um lado tinha receio, de verem uma mulher sozinha e alguem me seguir para o carro e fazer-me alguma coisa, sei la. mesmo na areia nao me sentia à vontade para fechar os olhos e dormitar ao sol por causa das minhas coisas enfim. uma experiencia a nao repetir.
      fui uma vez sozinha ao cinema e tambem nao gostei.
      eu quanto a comer fora já tive de o fazer várias vezes por motivos profissionais, sair a serviço para outra cidade e ter de almoçar num restaurante qualquer, e faço-o porque tem de ser, mas nunca o faria na minha vida pessoal pois nao tem qualquer interesse, estar a comer sozinha sem ninguem para falar, para isso como sozinha em casa.

      gosto de estar sozinha, mas num contexto diferente: estar em casa, a ouvir a minha musica, a ler um livro, a estar na espreguiçadeira no jardim, a ver uma maratona da Anatomia de Grey, a jantar uma taça enorme de cereais so porque sim :-)
      Portanto para mim sair de casa significa de facto estar num contexto social, com outros, daí que não me faz muito sentido sair sozinha.

      Por outro lado, vivi com a minha mae ate me casar e comecei a namorar com o atual marido aos 19 anos , portanto nunca morei sozinha nem sei o que é estar de facto sozinha a tempo inteiro. Provavelmente quem está/esteve nessa situação acaba por sair e fazer coisas sozinho porque nao tem outra hipotese e habitua-se.

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    7. Anónimo das 17:22, claro que faria. Talvez não apenas com a mesma regularidade. Gosto de ir às compras (de roupa, sapatos, essas coisas) sozinha, porque gosto de perder tempo, experimentar 1001 opções... E não preciso de opiniões alheias. Também poderia ir até ao jardim e ficar a ler. Mas há coisas que não faria sozinha, porque não me fazem sentido... Como referi, comer fora... Ou ir à praia, ao cinema, a uma exposição ou a um concerto... Para mim, são coisas sociais.

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    8. Eu também nunca vivi sozinha. E gostava de ter tido essa oportunidade. Em casa, tenho sempre livros, séries, filmes...

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    9. S*, "E gostava de ter tido essa oportunidade. "

      porquê? sou a anonima das 19:42.
      já cheguei a estar uma semana sozinha por o marido ter ido em viagem de trabalho e apesar dos primeiros dias ate saber bem, estar sozinha, fazer as minhas coisas conforme me apetece , no final da semana a solidão ja começa a pesar.
      porque te referes a morar sozinha como "oportunidade"?
      eu sempre vi isso como algo que enfim, por vezes acontece (ex: as pessoas quando ficam viuvas e passam os ultimos anos das suas vidas sozinhas, como a minha avó que morreu 5 anos depois do meu avô ou o meu tio que mora sozinho pois é solteiro e infelizmente aos 50 anos nunca conseguiu uma relação estaval), e temos de aceitar, mas nao como algo desejavel.
      qual a vantagem que encontras em morar sozinha? e aqui refiro-me mesmo a estar sozinha a longo prazo, meses, anos, não é ter uns dias, tardes sozinha porque isso como ja referi tambem gosto em casa.

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    10. "Gosto de ir às compras (de roupa, sapatos, essas coisas) sozinha, porque gosto de perder tempo, experimentar 1001 opções... E não preciso de opiniões alheias."

      :-)))
      isto é um grande ponto de discordia com o marido. ele quer que eu vá com ele, que o veja a experimentar a roupa, que dê opiniao, que confirme se ele deve comprar ou nao. eu acho isso uma seca brutal. quando sou eu gosto de ir sozinha, sou super rapida a ver so o que quero, experimento e compro e pronto, nao preciso de ninguem a ver. acho que so no vestido de noiva fiz questão de levar acompanhantes.
      para mim o ideal era irmos ao cinema juntos, mas chegarmos ao centro comercial 2h antes e aproveitarmos esse tempo separados cada um a ver as suas lojas. mas pronto, la estou eu numa loja e ele a ligar "ah e tal vem ter à loja nao sei quê que vi aqui umas calças giras e preciso da tua opiniao".

      mas comprar para mim nao se encaixa como actividade de lazer, é uma necessidade, ir comprar comida ao supermercado ou roupa no centro comercial, e sim , essas coisas prefiro fazer sozinha. actividades de lazer é que sinto vontade de fazer em conjunto.

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    11. Viver sozinha foi o que me ajudou a não ter receio de fazer as coisas sozinha.
      Gosto muito de estar rodeada de pessoas mas também preciso muito do meu espaço e tempo, só meu.
      Até viajar sozinha eu já viajei, o que implicou comer fora sozinha e tudo o resto,
      Perder o receio de que me aconteça alguma coisa.
      Não deixo de fazer nada do que quero, seja acompanhada ou sozinha.
      No caso de viajar sozinha (inclui aeroporto e todo esse processo) aconselho a toda a gente a experiência completamente alone, nem que seja apenas 1 vez na vida.

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    12. Anónimo das 00h32, porque acho que seria uma boa aprendizagem. Não tinha de ser muito tempo, podiam ser 6 meses ou 1 ano. Quando acabei o primeiro ano de mestrado, o meu objectivo era continuar no Porto, arranjar trabalho e ir viver sozinha. Tinha tudo planeado e estava entusiasmada. Menos de dois meses depois do fim do primeiro ano do mestrado, enquanto estava em casa da mãe a organizar a minha vida, fui chamada com o meu primeiro trabalho 'à séria', onde estive oito anos... e conheci logo o marido e as coisas aconteceram de outra forma. :)

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    13. Anónimo das 00h32

      Sente isso porque associa o viver sozinha como algo negativo, de quem não tem outra hipótese, de quem não teve a sorte de encontrar alguém. Sabia que há quem prefira viver sozinho? :) Ter o seu espaço, as coisas à sua maneira e ao seu gosto? No meu caso, quando em adolescente imaginava a minha vida, achava que ia sair da universidade, que ia viver sozinha uns anos e que depois encontraria alguém que fosse viver comigo. Esses anos a viver sozinha não eram vistos como algo negativo. Também acho que é diferente quando nunca se sai de casa dos pais ou só se sai para casar. Eu saí aos 18 anos para ir estudar, primeiro partilhava apartamentos e depois acabei por alugar um só para mim quando comecei a trabalhar. O namorado primeiro vivia e estudava noutra cidade, depois foi mesmo para outro país. Eu própria fiz Erasmus sozinha. Eu acho que é uma experiência boa o poder viver sozinho, ter o nosso espaço, sem estar sempre a partilhá-lo com alguém, da mesma forma que acho bom partilhar uma casa com quem gostamos. Acho que ambas têm coisas positivas. :)

      Tété

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    14. Solidão é bem diferente de estar Só!
      E essa questão pratica-se através do autoconhecimento.
      Aprender a não depender de ninguém emocionalmente.
      Estar bem sozinho e estar bem acompanhado.
      Encontrar um equilíbrio perfeito.

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    15. Almoçar e jantar fora também é raro ir sozinha, embora já tenha acontecido. Mas à praia, vou imensas vezes. Ainda ontem, depois de sair do trabalho, fui uma hora e tal sozinha.

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    16. Anónimo23 de julho de 2020 às 10:14

      "No caso de viajar sozinha (inclui aeroporto e todo esse processo) aconselho a toda a gente a experiência completamente alone, nem que seja apenas 1 vez na vida."
      ja viajei sozinha a trabalho para outros países varias vezes na vida, e não tenho problema nenhum em aeroportos, hoteis, taxis, ou ir a pe do hotel para a empresa durante a manha em zonas de negocios movimentadas etc. fico apenas com receio de andar sozinha na rua à noite (ou seja, para jantar), por isso ja me aconteceu decidir jantar no hotel para nao ter de sair. as unicas duas vezes em que decidi sair para explorar a cidade, a primeira vez era bem novinha e quando se aproximou as 20h começou a escurecer, comecei a ficar com medo, entrei no primeira taxi que vi e voltei para o hotel. a segunda vez ja foi mais recente, estava num país nordico onde sabia que quase de certeza nunca ia voltar a titulo pessoal, por isso tinha ali uma oportunidade unica de explorar a cidade, decidi ir (mesmo às 18h ja era noite), fui da taxi para o centro, estive umas 2h a passear, a ver o mercado de natal e a zona com as ruas mais movimentadas, mas estava sempre a olhar por cima do ombro a ver se alguem me seguia, sempre a ver bem no mapa se nao me enfiava por engano num sitio mais recondido, ainda apanhei um susto pois fui em direcao a um edificio lindissimo e vi uns tipos a caminhar na minha direcção com ar de poucos amigos e só depois percebi que eram os guardas pois era um edificio institucional e ja passava da hora de visita e portanto eu nao me devia aproximar.

      resumindo: sim ja viajei muitas vezes sozinha por obrigação, mas continuo sem sentir prazer nisso e a achar que nunca o faria por decisao pessoal e que é melhor viajar acompanhada.

      Tete, "Também acho que é diferente quando nunca se sai de casa dos pais ou só se sai para casar." Para clarificar: eu saí de casa dos pais quando fui estudar para a universidade, aí partilhava apartamento com outros estudantes. quando comecei a trabalhar, e porque arranjei trabalho na minha cidade voltei a morar exclusivamente em casa dos pais.
      Alias, todos os meus colegas que ficaram em Lisboa a trabalhar moram em apartamentos partilhados e os que sairam do grupo foi para irem morar so com as respectivas namoradas. ou seja, nao conheço praticamente ninguem da minha geração que sozinho por opção, mas claro que tambem pode ter a ver com os preços dos apartamentos em Lisboa que nao é facil pagar sozinho. o unico caso que conheço é de um colega que perto dos 30 decidiu sair de lisboa e procurar emprego na terra natal e voltou para casa dos pais e passado 6 meses decidiu procurar apartamento sozinho. mas aí nao foi a questao de querer morar sozinho, foi porque depois de tantos anos fora de casa a viver com amigos tem habitos que nao coincidiam bem com os pais e mesmo nao tendo namorada optou por ir morar sozinho para nao se chatear com os pais.

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    17. (cont),

      Tete, "Sabia que há quem prefira viver sozinho? :) Ter o seu espaço, as coisas à sua maneira e ao seu gosto? "

      sei. mas isso para mim é para ser vivido a dois :-)
      eu quando me casei e fui morar para um apartamento arrendado com o marido fui super criticada porque supostamente deviamos ficar a morar com a minha mae ate construirmos a nossa casa. ou seja, que era desperdicio de dinheiro estarmos a pagar renda e até cairam no ridiculo de ir perguntar à minha mae se ela estava chateada comigo ou porque é que nao me queria la em casa....enfim....ao que a minha mae respondeu que "quem casa quer casa" e portanto que eu tinha todo o direito de querer ter um espaço so para mim e o meu marido. a casa ainda demorou 5 anos, entre comprar terreno e construir portanto bem fiz eu em ir para o apartamento.
      porque de facto para mim um casal tem a sua dinamica propria, devem estar sozinhos a construir a sua familia e morar com sogros muitas vezes nao da bom resultado.
      mas la está, acho que isto depende muito da educação que se recebe, sempre fui criada com a noção que as pessoas devem viver juntas em sociedade, que há um momento certo para tudo, para nos primeiros anos se viver com os pais, depois com os colegas na universidade e depois mais tarde com namorado/marido.

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    18. Mas é PRECISAMENTE para perder esse medo que é bom, por vezes, aventurar-se sem contar com muletas ao lado.
      Amo viajar, seja acompanhada ou sozinha.
      São experiências distintas...

      É óbvio que não devemos dar passamos “no escuro” para zonas onde não sentimos segurança, mas isso nem mesmo acompanhadas convém...
      Viajar sozinha também implica programar a viagem para que tudo corra pelo melhor.

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    19. Anónimo das 18h31, então na sua terra, é suposto toda a gente construir casa? Moro numa aldeia mas não há esse hábito de se ficar a morar com os pais até ter casa própria. Por acaso nunca tinha ouvido falar.

      Em relação ao seu comentário anterior, tenho 28 anos e moro sozinha. Estou a trabalhar noutra cidade e, passados 2 anos a partilhar casa, percebi que isso não é para mim. Acho que depende muito das pessoas.

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    20. "Anónimo24 de julho de 2020 às 09:59"

      na minha terra é suposto as pessoas arranjarem casa propria quando se casam/juntam. podem comprar terreno e construir como eu fiz, podem comprar uma casa ja feita, ou um apartamento usado, mas independentemente da solução esta demora sempre algum tempo. por ex, mesmo que andem à procura de apartamento para comprar, nao acordam um dia e no dia seguinte vão compra-lo, não é como ir comprar pao à padaria. portanto se demorarem uns meses no processo de procura e compra, sim, é suposto ficarem com os pais . Claro que há algumas pessoas que nao compram, porque têm mais dificuldades financeiras e não conseguem suportar o emprestimo, mas entao aí vao arrendar com a perspectiva de ser algo a longo prazo. Por ex tenho um vizinho que ele e a mulher ganham ambos o salario minimo, viveram uns anos com a mae dele, e agora decidiram arrendar uma casa na aldeia pequenina porque perceberam que nao vao conseguir comprar. Ou seja, normalmente o objectivo a curto prazo é arranjar casa propria e aí considera-se que temporariamente ficam em casa dos pais ate atingirem esse objectivo.

      quanto a partilhar casa eu nao me via a faze-lo agora com colegas nesta idade (tenho 34 anos). acho que é porreiro quando somos jovens e estamos na universidade e a vida é so curtir, mas quando se é mais velho, se trabalha e se tem outro estilo de vida mais calmo, pode nao ser facil a partilha do espaço. por isso provavelmente se estivesse nessa situação (ter de escolher entre partilhar com colegas ou morar sozinha), iria preferir morar sozinha. Mas la está, isso para mim não seria positivo, seria algo menos mau, porque para mim, o ideal nesta fase da vida é ter alguem, (namorado/marido) com quem se possa partilhar a vida e a casa. Se eu aos 34 anos estivesse a morar sozinha ia-me sentir super frustada.

      Mas deixe la, por outro lado, eu nao tenho filhos por opção, e todas as pessoas na aldeia acham que sou doida, insistem em perguntar o que se passa, comentam pelas costas que de certeza que eu devo ter alguma doença que nao quero dizer, porque como é possivel uma mulher nao querer ser mae, porque mulher é para ser mae, e se não o for a vida nem faz sentido, bla, bla, bla. por isso eu sei bem o que é ter uma opção de vida diferente da maioria.

      E isto das aldeias cada qual com as suas. Na minha nao há muito stresse das pessoas viverem juntas sem casar, claro que as velhas comentam um bocado mas nada de especial. Mas na do meu marido, ui, nem pensar, que vergonha andarem amigados. lolol Entao enquanto eu namorei com ele quando iamos visitar os pais à aldeia deles eu ficava no res do chao num quartinho dos fundos, nao tinha direito de estar com o namorado no quarto dele (1º andar) nem sequer de estar no quarto de hospedes que era no mesmo piso. E a mae dele fazia questao de explicar às vizinhas que eu ficava num andar diferente, com casa de banho propria para nem sequer nos cruzarmos durante a noite ahahah. So quando nos casamos é que tive direito a ir para o quarto com ele.

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    21. Anónimo das 00:32, acho que nem quer perceber que tudo depende dos feitios. Há pessoas que querem viver a dois e outros não. São maneiras diferentes de se estar e uma não é mais certa que a outra. Por exemplo, eu sai de casa aos 17 para ir estudar, comecei por partilhar apartamento e vi que não conseguia viver assim. Aluguei um só para mim. Agora tenho 43 anos, tenho uma relação estável e feliz há 17 anos e continuo a morar só e adoro. São dinâmicas diferentes e cada um deve viver como se sente melhor.

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    22. Eu também pensava em viver sozinha depois de acabar o curso na universidade aos 21/23 anos.
      Acho perfeitamente normal e, até seria, muito bom sinal conseguir manter-me sozinha.
      Mesmo tendo namorado ou não, por vezes é imaturo ir logo viver em casal, digo eu!
      Gosto da dinâmica de receber amigos a qualquer momento, convidar o namorado e ele passar lá a vida, mas não viver lá :)
      Acho que é um momento de muito crescimento e nem temos noção disso! Somos jovens, sem noção da solidão, pois estamos sempre rodeados de pessoas.
      Receber família, fazer festas...

      Enfim, parece-me uma boa opção :D
      Depois as coisas acontecem naturalmente

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  3. Não tenho oportunidade de estar sozinha, ultimamente. Houve fases da minha vida que estava sozinha a maior parte do dia e gostava. Gosto de ver/fazer as minhas coisas sem pressas, o que quero e gosto sem pensar em mais ninguém. Aprecio muito os meus momentos solitários porque são uma oportunidade de estar só na minha companhia. Mas sou muito extrovertida e adoro conversar, sair, estar com pessoas, fazer coisas socialmente. Não sinto necessidade de estar sozinha, como muitas pessoas, mas sei apreciar esses momentos quando acontecem e sabem-me bem!

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    1. Acho que era muito isso. Não tenho tido tempo de estar sozinha e sentia falta de poder estar nas minhas coisas, a ler, a pensar, a desfrutar.

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  4. Há uma frase muito famosa: a maior e mais importante relação das nossas vidas é a que temos connosco próprias.
    Faz-me alguma confusão pessoas que não são capazes de estar com elas próprias.

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    1. Cientificamente está comprovado que somos animais sociais. Por algum motivo um dos piores castigos nas prisões é a solitária e a maioria das pessoas em completo isolamento ficam com a saúde mental completamente deteriorada, já para não falar dos handicaps irreversíveis quando esse isolamento ocorre na infância.

      Isto para dizer que percebo o ponto de vista mas é cientificamente errado. Uma vez que enquanto seres sociais a convivência é fundamental e estruturante.

      E uma coisa é não conseguir fazer algo sozinho, estar um dia ou outro sem ninguém... Claro que não é bom.
      Mas não conseguir conviver em sociedade e estar com pessoas é um sinal muito pior...

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  5. Os cães são ótimas companhias precisamente por não falarem.
    Quer dizer, eles falam, mas falam com os olhos e com o coração e esse tipo de linguagem não nos perturba o pensamento. E se há coisa que me dá prazer numa caminhada, é poder falar sozinho e elevar os sonhos ao patamar da realidade, impossível de realizar com alguém a falar de merdas que não nos interessam.

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