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Da pandemia que, pelos vistos, 'não afecta' a juventude

Não consigo perceber esta juventude que anda a marcar presença em festas e festarolas, como se nada fosse. Não têm família? Não pensam nos pais, nos avós, nos tios, nos primos?

E os pais de adolescentes deixam-nos sair em grupo, como se a vida estivesse normal? Eu vejo-os aos magotes, no jardim, na praça, na esplanada. Fico sempre boquiaberta.

Se inicialmente o "problema" eram os mais velhotes, agora temos os jovens de férias, com tempo livre, e os jovens adultos que parecem não perceber que podem levar o vírus para casa.

Eu ainda não marquei nada com nenhum amigo/a, desde que o vírus entrou no nosso país, nem pretendo fazê-lo. Percebo que outros o façam, mas com limites e consciência. Festas com dezenas ou centenas de pessoas não me cabem na cabeça. O vírus não vai desaparecer tão cedo, é certo... Mas eu também não pretendo desaparecer nem contribuir para o desaparecimento dos que mais amo.

Comentários

  1. O que não entende com esta pseudo-superioridade moral é que, quando sublinha que "não esteve com nenhum amigo", mas sim só com a família, esquece-se que a sua família (só do lado da Sónia!) inclui marido, filho, 2 irmãos+companheiros, 3 sobrinhos, pais e tios... Mais de 10 pessoas, na verdade.
    Se calhar há outras pessoas que têm famílias mais pequenas e, entre família e um pequeno grupo de amigos, acabam por conviver proximamente com menos de 10 pessoas.

    A Sónia estava em casa com marido e filho (!)a queixar-se do quão solitário era e que "não devia fazer bem a ninguém".
    Esquece-se que há quem de facto viva sozinho e precise, 3,5 meses depois do início de tudo isto, de recuperar forças com a companhia dos outros.


    Mas é muito mais giro cuspir para os outros, mesmo sem saber a vida deles.

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    1. Poupe-me. Se consegue defender quem faz festas com centenas de pessoas nesta altura, talvez deva pensar nos mais de 1.500 mortos. Não é superioridade moral, é ter juízo. Eu opto por não estar com ninguém extra família, mas não julgo quem tem como família os amigos. Agora festas? Haja consciência.

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    2. mas festas com centenas (ou simplesmente dezenas) de pessoas são condenáveis por qualquer pessoa com mais de dois neurónios com bom senso. agora os jovens que vê aos "magotes, no jardim, na praça, na esplanada" não se inserem propriamente nessa dimensão de ajuntamentos, pois não?

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    3. Não sei se conhece a expressão "aos magotes". Não me refiro a meia dúzia. Sim, estamos a falar de 15 ou 20 ou mais. Se acha bem, olhe, eu acho mal. E devo estar tão certa em achar mal que em Lisboa agora só são permitidos ajuntamentos até dez pessoas.

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    4. Por acaso ainda há dias a Sónia criticou quem fazia jantares com amigos, dizendo, em simultâneo, que fazia almoços e jantares com a sua família. Agora faz-se de virgem ofendida e defende-se, dizendo que não critica quem o faz, mas sim que faz festas. Se não é superioridade moral é o quê?

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    5. Lá porque estão todos juntos, 15 ou 20, não quer dizer que tenham todos planeado estar juntos. As pessoas encontram-se e a maioria deles não deve ter à vontade ou desejo de dizer: ah tenho de ir embora para estamos aqui mais de 5 or wtv. Além disso, as guidelines do governo proíbem ajuntamentos com mais de 20, sendo que até aí se considera adequado.

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    6. Isso, defendam o que não tem defesa, depois de 1500 mortos só no nosso país. É mesmo importante vir atacar-me? Deveriam estar preocupados em criticar quem parece não se importar com os mortos.

      Anónimo das 3h51, não se considera adequado, considera-se permitido... Obviamente a DGS já referiu imensas vezes que nos devemos reduzir à família e a reduzidos núcleos de amigos...

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    7. Apontar as suas incoerências é defender quem e o quê?

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    8. S*, também concordo com o anónimo. Numa altura bem pior em que o número de mortes por dia era bem maior do que agora ainda te encontravas frequentemente com a família (que trabalhavam fora) e mesmo após continuavas a ter alguns comportamentos não muito recomendados. Por isso não venhas agora com essa falsa superioridade moral. Acho que ninguém concorda com os grandes ajuntamentos mas a verdade é que a situação continua controlada (poucos mortes por dia) e, além disso, agora tem-se muito mais conhecimento sobre o vírus do que há 2 ou 3 meses... quando praticamente pouco ou nada se sabia.

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  2. Por acaso acho bastante errado saírem para festas e grandes aglomerados.
    Mas também acho que erraste e não estavas a cumprir os mínimos (e várias pessoas chamaram à atenção para isso, eu inclusive e tu mostraste um aparente insight relativamente ao facto de não estarem a cumprir as indicações) quando era suposto estares em distanciamento social, apenas convivendo com quem vive na própria casa e tu referiste encontros com vizinhos, entrega de brinquedos para o teu filho, saídas frequentes (na realidade aparentemente até diárias) e convivência com os teus familiares. Isto enquanto pelo menos um de vocês tinha convivência com pessoas fora de casa e poderia perfeitamente contrair a covid e transmitir aos familiares mais idosos e/ou vulneráveis.

    Se acho que quem deixa por exemplo um filho conviver com o melhor amigo ocasionalmente nesta fase do desconfinamento está a fazer algo errado? Não, não acho. Aliás nesta fase muitos pais estão a ver-se obrigados a colocar os filhos em ATLs, creches e afins para poderem regressar às suas atividades laborais.
    Conheço algumas situações onde os pais, para evitarem aglomerados no ATL com muito mais crianças, se estão a coordenar para que os miúdos fiquem com os colegas de forma alternada, permitindo um contacto social inferior ao que teriam se fossem todos para o ATL, com vários anos e muito mais miúdos à mistura.
    Além disso, é também importante avaliar a saúde mental das pessoas que estão efectivamente em confinamento há quase 3 meses e considerar a importância da socialização com pares nas crianças e adolescentes.
    Se para ti foi dificil despegar dos encontros familiares e percebeste o quão complicado era estar em casa fechada com um miúdo pequeno, imagina para um adolescente ficar privado de vida social ou para uma criança o que são 3 meses de isolamento do mundo e da vida como a conhece.

    E, sinceramente, acho que tu fizeste muito pior pela fase na qual o fizeste (onde inclusivamente pelo Estado decretado não poderiam estar a realizar esse tipo de reuniões familiares).
    Posto isto, acho que não pode ser tudo colocado no mesmo saco.
    Fazer festas é diferente de conviver com um grupo pequeno de pessoas (não digas que ainda não estiveste com a tua familia alargada? Qual a diferença de risco de contágio?). Ajuntamentos até 20 pessoas são permitidos (se serão boa ideia é outra história). Há situações onde faz mais sentido juntarem-se pequenos grupos de pessoas se isso permitir que evitem outras fontes de maior risco.

    E, por acaso, também não estive com amigos. Só que também não estive com a minha familia e passei praticamente 3 meses efectivamente isolada de tudo e todos, excepto para as mais elementares necessidades básicas. E não, não quero uma medalha, é só para perceberes que há pessoas que poderiam atribuir-te muito mais "culpa" - há que ter empatia e perceber que as pessoas têm circunstâncias diferentes e que nem sempre tudo o que parece é.
    As festas são obviamente erradas. No entanto, há claramente um motivo socio-politico para esta balda, não há? Como é que vão dizer às pessoas que agora têm que ficar em casa se o PCP pode fazer o festival deles na mesma? yadayadayada comicios politicos... pois. E é preciso música e os outros "ornamentos" festivaleiros para fazer a parte politica e garantir que a democracia não é colocada em causa (e isto é o reflexo da opinião da população-geral que está a sair para os aglomerados que referes...). O próprio molde em que decorreu o 1 de maio levou a que se perdesse uma grande franja da sociedade e que as pessoas começassem a encarar isto tudo como uma ninharia... além de dar fundo de maneio aos negacionistas da pandemia e da importância do distanciamento social/medidas protetoras.

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    1. Não sei de onde tirou a ideia "tu referiste encontros com vizinhos, entrega de brinquedos para o teu filho, saídas frequentes (na realidade aparentemente até diárias) e convivência com os teus familiares."

      O vizinho é do meu andar. Não posso propriamente fugir dele. Não fui eu quem o procurou. Entregou-me uma saca, desinfectei as coisas. Dizer "encontro com vizinhos" é pura vontade de deturpar da sua parte. Saídas quase diárias? Também não sei onde as leu, visto que o marido e o filho não saíram por 45 dias. Deve ser para passear o cão... Ai isso sim, faço diariamente 3 vezes por dia.

      Deixei de ver os meus familiares a 19 de março. Falhei por 1 dia. Shoot me. :)

      Tudo isto para defender o que não tem defesa possível, já viu?

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    2. Para quem tem licenciatura em comunicação, falhas um bocadinho na interpretação. Ora relê o texto e diz onde é que alguém está a defender o que é ilegal...

      Btw tu falhaste por um dia porque te caíram em cima...

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    3. Realmente, grande moral!!! Tu eras daquelas que furou o isolamento por várias vezes, com encontros de família e que considerava ir à manicure no primeiro dia que abriu como se se tratasse de um bem primário! Tal como tu, outros fizeram o mesmo e agora é mais fácil culpar os jovens.

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    4. Estimada Catarina, não minta. Estive em casa, sem qualquer saída extra supermercado e cão, de 19 de março a 3 de Maio. O Estado de Emergência entrou em vigor dia 18 de Março e admito perfeitamente que nessa semana errei. Mas a partir de 19 de Março estive em casa. O confinamento terminou a 3 de Maio, fui fazer as unhas a 15 de maio, pois regressei ao trabalho dia 18. Tudo o resto são mentiras. :)

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  3. Ah não contribuis?
    Tu trabalhas fora, o teu filho voltou à creche e juntas-te à tua família, que não é nada pequena - algo que vais mostrando e publicando nas redes.
    Diz-me a diferença entre o risco de juntares o teu filho que está em contacto com inúmeras pessoas, à tua mãe (para dar exemplo de faixa etária mais vulnerável) e ires jantar com as tuas amigas que, pelo que percebi não são assim tantas?
    Onde é que estás a ser melhor no que à protecção dos teus diz respeito?
    Atenção, eu já estive com os meus pais, não estou a dizer que não o deves fazer. Agora, vires qual fofoqueira velha "falar desta juventude perdida", colocares-te numa posição em que és melhor que os outros, quando só deixaste de ver a tua família (em pleno estado de emergência! ) porque foste chamada à atenção.... Please!!
    Eh pá, ponham na cabeça que sim, há situações de exagero, de puro falta de cuidado - essas devem ser penalizadas nos termos da lei (que, ao que parece, está para sair). Mas a vida vai voltar à sua relativa normalidade, dentro dos possíveis. Vai! A prova disso é que já celebraste aniversários com a tua família assim que pudeste. E nós também. E a maioria das pessoas. E as crianças voltaram às escolas. E as pessoas regressaram aos trabalhos. Etc.
    Não pões os teus em risco? Pões. Pões sim. Não és melhor que ninguém, minha querida, por não te juntares a 2 ou 3 amigas (até porque, quando falas em proteger os que mais amas, creio que a família é a que preocupa mais, e so em seguida, os ditos amigos que até são bem mais novos e teoricamente mais resistentes). Ninguém te caía em cima se fosses mais comedida, consciente, articulada e um pouco mais complexa na tua análise. Apenas isso.

    Continuação de boa saúde para todos e de discernimento para minimizar os riscos que, naturalmente, já temos de correr no dia a dia.

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  4. Eu fico pasma quando vejo pessoas a comparar os ajuntamentos a que a S* se refere (sem máscara, sem distanciamento social, com mais de vinte pessoas) com ir tomar um café com amigos ou jantar com a família...

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  5. Já dei as respostas que tinha de dar. Não vou alimentar comparações descabidas entre iniciativas que juntam largas dezenas ou centenas de pessoas e convívios com família. Um bom resto de semana.

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    1. O teu último parágrafo do post é aquilo a que as pessoas se referem. E tu sabes isso muito bem. Falas dos teus amigos, das tuas opções por oposição aos outros. E concluis que preferes não arriscar a vida da tua família (como se quem se juntou a amigos, que não apenas família, a quisesse matar). Porque em tudo o resto, em especial nesse aspecto dos ajuntamentos numerosos, TODOS concordámos contigo. Todos.
      Não somos tolos, apesar de quereres fazer parecer que sim.
      Boa semana também para ti e para os teus.

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    2. Este post que por acaso esta em pé de igualdade com "comparações descabidas".
      Não defendo as festas que se fizeram nem o faço, mas já se viu que o covid é um vírus que se pode apanhar em qualquer lado e não só nesses ajuntamentos. Se a S* o apanhar qual é a desculpa que vai dar para estar em conformidade com essa superioridade mental?
      Por a juventude toda no mesmo saco também é interessante quando vejo estes comportamentos a serem feitos por pessoas de todas as faixas etárias, seja em festas em que não são só os jovens que participam, seja em ajuntamentos nas esplanadas ou nas próprias habitações. Este blog tem posts interessantes mas por vezes há deste género que consigo perfeitamente entender o porquê das criticas. Seria também mais benéfico pesquisar melhor sobre as origens dos surtos que criticar logo.

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    3. Aqui fica explicado por que é que em muitas situações os entrevistados dizem uma coisa e os jornalistas distorcem para a narrativa que querem apresentar.

      Tu já tens a versão na tua cabeça e nem sequer consegues interpretar os variados textos aqui são explícitos.
      Já explicaram que ninguém está a defender as festas ou ajuntamentos a larga escala.

      As pessoas estão a criticar a tua posição hipócrita de quem não seguiu os mínimos obrigatórios em pleno estado de emergência, quem está com inúmeras pessoas e ainda assim está com familiares mas depois quer acusar quem se encontra com amigos de serem os inconscientes. Mesmo que essas pessoas tenham apenas como contacto com exatamente o mesmo número de pessoas que tu... Ou queres ver que agora a covid não se propaga entre familiares?

      Mais, aposto que o facto de estares com os teus pais, tios e avós é estatisticamente muito mais arriscado do que o mesmo número de pessoas entre os 10 anos ate aos +20 anos ... Que são faixas etárias muito menos afectadas.

      Já a possibilidade de espalhar o vírus é exatamente a mesma... isto se entretanto não vierem realmente confirmar que as crianças não transmitem a doença ( aí serás tu uma pessoa que representa um risco muito maior para os teus...).

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  6. S*, estás a assumir que todas as pessoas têm uma relação com a familia como tu tens e isso nao é verdade. Ou seja, tu estás com pais, tios, sobrinhos, etc, com muitos familiares e nao estás com os amigos. Mas eu tenho vários colegas em Lisboa que têm saido com o grupo mais proximo de amigos, e em contrapartida não têm vindo à aldeia visitar os pais para os proteger. Portanto na pratica eles estão a salvaguardar a familia mais do que tu que vais trabalhar e estás em contacto com colegas e depois estás com a familia. Lá por veres pessoas mais jovens nas ruas com amigos nao quer dizer que depois vão estar com familiares mais velhos.

    E isto nao é de ouvir dizer. Posso-te dar o meu caso pessoal, o meu tio mais novo trabalha em Lisboa e não o vemos desde inicio de Março. Tem ficado sempre la, nunca mais veio passar um fim de semana a casa, não sabemos quando o iremos voltar a ver :-(
    Mas se o vires em Lisboa vais ve-lo a jantar com os colegas de trabalho pois neste momento são as unicas pessoas com quem ele tem contacto, ainda agora fez anos e foi jantar com 8 colegas.

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  7. Eu tenho imensa dificuldade em saber o que devo fazer ou não. Quero viver a vida, estou deprimida por continuarmos fechados em casa, mas tenho muito medo, não consegueria carregar a culpa de acontecer alguma coisa à minha mae e saber que fui eu que lhe transmiti. Tenho de ir trabalhar porque sou obrigada e tenho por isso de contactar com dezenas de colegas. Usamos todos mascara e tentamos distanciar mas mesmo assim é tao facil haver um descuido :-(
    Não estou com a minha mae desde inicio de Março, só sou eu e o marido, so saimos para trabalhar ou ir às compras essenciais. Que saudades de sair, passear, fazer ferias fora, ir a restaurantes, cinema, exposições, concertos, de ir fazer unhas gel e ir ao cabeleireiro. E a vacina /tratamento que nunca mais aparecem...será que vamos viver o resto da vida assim nesta angustia?

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    1. Desculpe fazer esta pergunta, mas se não está com a sua mãe, porque é que não faz a sua vida normal?

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    2. Porque tb tenho medo de me acontecer algo. Tenho 34 anos e o marido 41, obvio q para nós o risco é menor mas tb existe. Em Espanha e Italia no pico da pandemia morreram pessoas de todas as idades.
      Resumindo q se calhar nao ficou claro no outro comentario: da minha mae tenho um medo terrivel q lhe aconteça algo por isso nao tenho de todo contacto com ela; relativamente a mim e ao marido tb temos medo mas menor por isso vamos trabalhar e saimos para compras essenciais.

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    3. Pois, aí são opções de vida. Eu desde o dia 18 de maio faço a minha vida normal, cumprindo as regras de higiene respiratória indicadas. Caso contrário já teria ensandecido. Cada um deve fazer aquilo com que se sente confortável.

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    4. Ana, pois o problema é nao me sentir confortavel de forma nenhuma. Esta semana como faziamos anos de casados decidimos tentar ir a uma marisqueira. Ponderamos muito sobre o assunto, nós todos os anos fazemos ferias fora nestes dias e seria para nós muito deprimente passar o dia em casa e jantar na cozinha....ponderamos, debatemos e fomos entao comer fora. Nao me senti bem, passei o tempo todo a stressar, a olhar para os funcionários a mexerem na mascara com as maos, depois usam a mesma mao para tocar nos pratos que me colocam na mesa, portanto nao foi uma boa experiencia. ou seja, deprimida por estar em casa, desconfortavel se saio...

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    5. Pois, dessa forma fica difícil. Eu estou muito descontraída, essas coisas nunca me afetaram, também não afetam agora. A minha vida, não fosse o teletrabalho e as máscaras, era absolutamente normal.

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    6. Anónimo, se me permite o conselho, tente começar a regressar à sua vida normal. Não me parece que a vacina/tratamento vá aparecer a curto prazo. Temos de ir vivendo com estas novas circunstâncias. É bom estarmos protegidos mas também é importante manter a sanidade mental.

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    7. Ana, "essas coisas nunca me afetaram, também não afetam agora"

      estas coisas antes tambem nunca me afectavam, nunca fui esquisitinha, ia para bons restaurantes tal como ia para tasquinhas de rua sem stresses. mas agora quando vejo este tipo de situações não é uma questao de higiene "normal", é a questao de pensar que o cliente da mesa ao lado que obviamente está sem mascara, que pode ter covid, que pode contaminar o seu parto/copo, e que se o funcionário lhe pega com as maos e a seguir vai tocar no meu prato, me pode passar o covid a mim.

      Anónimo25 de junho de 2020 às 10:33,
      o meu problema é que me sinto mesmo a perder a sanidade mental. voltei agora ao trabalho e tenho de almoçar na cantina. ontem almocei quase a tremer, em panico, porque estou a tocar numa mesa onde os meus colegas tocam, porque vou buscar o tabuleiro onde eles tambem tocaram, enfim... e na empresa temos supostamente todos os cuidados: todos de mascara, gel disponivel em todo o lado, marcas de segurança no chao para obrigar ao distanciamento...mas depois eu olho pela janela e vejo-os la fora a fumar com a mascara pendurada e proximos uns dos outros, estou na fila para a cantina e vejo que uns desinfectam as maos antes de tocar nos tabuleiros, outros nem por isso. os media tambem nao ajudam, uns a vaticinar o fim do mundo, a 2ª vaga, que Lisboa vai explodir e contaminar o resto do país..e outros a dizer que isto é so mais um gripe, que nao deviamos nos preocupar tanto. eu vi as imagens em italia e em espanha, as pessoas que nao foram ventiladas e morreram por falta de cuidados porque nao havia simplesmente mais camas, os camioes com os mortos para cremar...e se ca chegamos a isso?

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    8. Eu acho mesmo que não há razão para tanto alarme, a contaminação através dos materiais não deve ser tão preocupante como foi pintada ao início ou já teríamos muitos mais casos do que temos.

      Falando da minha experiência pessoal, eu sou administrativa mas da área da saúde, já perdi a conta à quantidade de documentos de utentes com covid confirmado que me passaram pelas mãos nestes últimos tempos. Esses documentos são manuseados pelos enfermeiros, médicos, e socorristas, que tocam nos utentes e depois no papel, que a seguir vem para mim. Já há uns tempos que relaxei com isto (sim, no inicio também estive em pânico e trabalhava quase sem me mexer com medo, depois habituei-me e relaxei) e já trato aquela papelada como trato todas as outras e até já dei comigo a coçar o nariz enquanto lhes mexo por distração. E ainda não me contagiei, nem ninguém aqui aliás. E duvido que haja atenção a todos os pormenores potenciais de contagio, como canetas, molas e outros que tais, quer por parte dos enfermeiros e socorristas, quer mesmo por mim, que já lhes passo a minha caneta e a seguir continuo a usa-la sem a desinfetar.

      E não sou nem somos assintomáticos, todos fazemos testes de forma regular. Portanto calma, viver nesse stress também não é saudável.

      Ana Maria

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    9. Tal como foi dito acima, a evidência científica não consegue demonstrar a transmissão através de objetos inanimados e, tal como se disse ali acima, se assim fosse, estávamos bem desgraçados. Claro que se o cliente ao lado estiver a menos do que a distância regulamentar eu não irei frequentar esses sítios, não é? Mas é como já disse, quem fica paranóico com estas questões que faça o que lhe aprouver, não há certos nem errados. Eu estou muito feliz a ir todos os dias beber o meu café, almoçar fora, etc.

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    10. E já agora, é preciso ler as notícias nas entrelinhas. Lisboa não vai explodir. Os hospitais nem sequer estão cheios. Há camas para todos, há cuidados intensivos para todos. Tem havido transferências para o Hospital Militar por motivos que não estão relacionados com a saúde pública (é fazer uma pesquisa e ver notícias sobre isto...).

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