Estamos a assinalar os três anos e ainda me custa ver as imagens.
O Rafael tinha pouco mais de duas semanas de vida. Sei que tínhamos ir dar um passeio nocturno. Chegamos a casa e a televisão indicava 19 mortos. Ficamos ambos estupefactos. Como? Começaram por focar os carros e as vidas que ficaram presas naquela estrada. Nem consigo imaginar o terror.
Naquela altura passávamos a noite praticamente acordados, entre dar de mamar, soluços, mudar fralda, adormecer. Por força dessas circunstâncias e de um choque imenso, passávamos as horas a ver o que se passava, a acompanhar os desenvolvimentos e, por Deus, a ver o número de mortos a subir a toda a hora.
Parece que continuamos sem culpados. Sem condenados. Sem nada. A injustiça de não ver a Justiça a ser feita deve doer de forma inimaginável.
Muito triste o que aconteceu em Pedrógão.
ResponderEliminarNem quero imaginar o sofrimento daquelas pessoas.
Ainda hoje custa a acreditar que aquele cenário ocorreu aqui tão perto, no nosso país.