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(Quase) 3 anos

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, criança, ar livre, água e natureza
(sim, foi hoje à praia de cuecas, que o pai não levou a mochila dele e ele quis ir à água)

No próximo sábado, 30 de Maio, o meu pequeno faz 3 anos.

Já dei por mim a pensar que, apesar de toda a tristeza e incerteza, fomos abençoados por termos tido a possibilidade de passar tanto tempo juntos, nos últimos meses.

Efectivamente, se fizer as contas, na vida dita "normal" acabo por estar muito pouco com o meu (nosso) filho. Uma hora de manhã, se tiver sorte, e duas horinhas ao final do dia. No meio de tarefas, de banhos, de jantares, de tudo e mais alguma coisa. Muitos dias terminavam e eu pensava "poça, estive efectivamente só dedicada a ele meia-hora". E isso é triste. Eu não sou a melhor mãe do mundo, mas detesto sentir que estou ausente porque a vida a isso obriga.

Nos últimos dois-quase-três meses vivemos o extremo oposto. Sempre juntos, sempre a acordar juntos, a tomar o pequeno-almoço, o almoço, o lanche e o jantar a três. Foi desgastante e cansativo, mas sinto que reforçou a nossa união. 

Tenho um ratinho cheio de energia, com um feitio danado, mas muito doce e meigo. Ele é o que melhor me compreende. Nunca me julga. Nunca me critica. Nunca me diz "oh mãe, podias ser mais assim ou assado, fazer isto ou aquilo, dar-me aquilo ou aqueloutro". Gosta de mim exactamente como sou. E eu amo-o tal qual ele é.

Comentários

  1. Essa foi a parte boa destes dias, o tempo. Ter tempo para nós e para estar com os outros (mesmo que fosse através de telefonemas).

    Beijinhos

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  2. E tentasse passar menos tempo na Internet?

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    1. Não posso. Faz parte do meu trabalho.

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    2. penso que o anonimo se refere a este blog e outras redes sociais que usarás a titulo pessoal

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    3. Se se refere a tal, sugiro que se entretenha a cuidar da própria vida.

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  3. Acho que todas as crianças de três anos aceitam os pais como são já que ainda não têm competências cognitivas para esse tipo de análise.

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    Respostas
    1. Como é evidente. :) Mas acredito que ele me aceitará sempre como sou.

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    2. Menos durante a adolescência 😂

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    3. do que conheço de psicologia humana estou mesmo confiante do oposto. Principalmente na adolescência, será muito provável que a critique.

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    4. Sim, é melhor esperar pela adolescência.
      Penso que nessa altura só servimos para 2 coisas, banco e motorista e com um bocado de sorte ainda recebemos uns grunhos de agradecimento

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    5. Não convém generalizar... Sempre tive uma óptima relação com a minha mãe, inclusive na adolescência, tendo sido, aliás, uma fase, que ficava toda vaidosa quando ela ia à minha escola para reuniões e afins porque a achava mais gira e moderna do que a mãe dos meus colegas e gostava de a "exibir" haha

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    6. Ahaha anónimo, fez-me dar uma gargalhada, porque eu passei pelo mesmo.
      A minha mãe sempre aparenteu ter bem menos idade do que a dela, além de se vestir de forma menos "envelhecida" do que mães de colegas meus da mesma idade. Eles próprios qd a viam em reuniões da escola achavam que tinha sido mãe adolescente, mas foi aos 25, o q era super normal na altura (eu tenho 35). Lembro-me da mãe de um colega que eu achava q era avó dele, pq o meu padrão de referência não tinha nada a ver.
      Ainda assim, digo-lhe que estão são excepções que confirmam a regra, podemos sim generalizar - é só isso, uma generalização, o que significa que este é o comportamento padrão, havendo honrosas excepções :)

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    7. Também sempre tive uma relação óptima com os meus pais mesmo na adolescência (nunca foram só motorista ou banco até porque eram pouco de ambas as coisas :P) mas isso não impediu que durante a adolescência e jovem adulta fosse percebendo melhor as características de cada um e descobrindo os seus « defeitos », chocando por vezes com eles. Acho que faz parte, este conhecimento dos pais quando já somos capazes de o fazer, para depois os aceitarmos novamente como eles são. :)

      Tété

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    8. Portanto ter uma ótima relação com os pais é porque eles parecem jovens e gostamos de os mandar as reuniões, enquanto os pais dos outros parecem avós e vestem-se de forma datada....
      Assim vai o mundo e o culto da imagem motivo para rebaixar os outros.
      Clap clap

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    9. Não, Ly, não é assim q vai o mundo, porque no meu caso isto aconteceu há cerca de 25 anos. Se o anónimo disse que não convinha generalizar, o seu comentário é redutor. Porque a minha relação com a minha mãe, como é óbvio, não se limita à imagem dela.
      E se hoje em dia parece fácil que toda a gente cuide mais da sua imagem, graças à fast fashion, maquilhagem low cost, tutoriais do YouTube, influencers e todas essas tretas que, a propósito, a mim pouco me dizem. Na altura a minha mãe só contava com os seus bons genes e vestia-se de forma mais moderna para a altura, e só isso. Então, é natural que quando a viam fizessem comentários como "é tua irmã mais velha?". Só isso. Eu não deixei de entrar em choque com a minha mãe na adolescência, sobretudo porque ela não me deixava ir a todo os lados que eu queria com as minhas amigas ou estsr com elas, ou dormir em casa delas. Para mim, a minha mãe era a careta que não me deixava fazer as coisas que eu queria, mas que como é óbvio agora reconheço que fez bem e somos unha com carne, não passa um dia sem falarmos ao telefone, às vezes mais do que uma vez 😄

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    10. Neste momento tenho uma boa relação com a minha filha tem agora 18 e graças a Deus a adolescência está a ficar para trás, relativamente ao aspeto não é por aí porque ainda à pouco tempo me disseram que parecia irmã mais velha e não mãe, tenho 43 anos, mas apesar disso não deixo de recordar com pouca saudade os 13/14 anos, para mim os mais complicados em que por vezes com pouco tento na língua dizem coisas que magoam sem pensar, mas pronto a adolescência é mesmo assim é uma fase e graças a Deus a única coisa que tem boa é que eventualmente vai passar.

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    11. Meu Deus, hoje em dia já não se pode brincar com nada, vêm logo os politicamente correctos, donos de uma moralidade superior e tudo e tudo. Bem diz o RAP que hoje em dia os Gato Fedorento não poderiam fazer metade dos sketches que fizeram em tempos.

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    12. Ly, sou a anónima que falei que não se convinha. A maldade está na sua cabecita, não na minha. Nunca disse que a minha relação com a minha mãe se resumia à imagem. Aliás, ainda hoje temos uma relação fantástica. Contudo, se não vive enfiada num buraco, certamente saberá que há imensos miúdos que na adolescência tem vergonha dos pais. Ou porque eles fazem comentários embaraçosos no facebook, ou pq não se vestem de modo cool, ou porque têm um comportamento qualquer que os miúdos acham embaraçoso... Tive um colega que pedia para a mãe o deixar mais longe da escola porque "isso não era fixe". Eu apenas dei um exemplo de que não tinha vergonha da minha mãe ou receio que ela me envergonhasse de alguma forma, muito pelo contrário, adorava como ela era (e é). Obviamente o que está à vista de todos é a aparência, as minhas colegas não tinham como saber as restantes qualidades da minha mãe. O que comentavam era como a minha mãe se vestia bem, como falava "como nós", como não gostavam de ir as compras com as próprias mães pq não tinham o mesmo gosto em roupas, etc e eu, naturalmente, ficava feliz por ter uma mãe e uma relação com ela que as minhas colegas "invejavam". De resto, a minha mãe não me deixou sair a noite antes dos 18, sempre me impôs regras e em certas coisas era mais "rígida" do que as mães dos meus colegas. E para mim ela nunca foi um motorista ou um banco.

      Já agora, não havia necessidade desse ataque gratuito por um comentário. Para a próxima esclareço tudo tintim por tintim para não ser alvo fácil da maldade alheia.

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    13. Conheço um caso de uma miúda, na altura devia ter 10/11 anos, que disse à mãe para ir bem vestida para uma reunião da escola. Isto é tão triste. As pessoas vestem o que gostam/podem. Mas pelos vistos, entre adolescentes, a forma como os pais se vestem em reuniões da escola tem importância.

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    14. Repare, anónimo, eu nunca pedi à minha mãe para ir vestidos de determinada altura forma, ela já se vestia de forma menos antiquada por ela, eu não fazia esse tipo de pedido. E estamos a falar de meados dos anos 90, numa altura em que ainda havia mães somente dona de casa, muito mais do que hoje em dia. Eu nunca pedi nada à minha mãe e nem toma noção que ela se vestia assim ou assado, porque para mim aquilo era o normal, era a realidade que eu conhecia. Só quando comecei a ouvir comentários a elogiar é que tive noção que para os outros a realidade era diferente. E tal como a história do primeiro comentadores anónimo, não foi por isso que deixei de ter vergonha de ser vista com a minha mãe na rua ou quando ela me deixava à porta da escola.
      É uma fase estúpida, com certeza que sim, mas ainda bem que passa. Não tem a ver com a educação dos pais, a minha família é super chegada e unida, mas na adolescência há muita estupidez passageira. Anos miss tarde passa, rimo-nos e abraçamos a nossa mãe.

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  4. Como te compreendo. Se há coisa que este vírus nos obrigou foi a aproveitar todos os momentos com os nossos pequenos :p

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  5. Que seja um ideia em cheio (tendo em conta as limitações atuais).

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