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'Book Lover' em crescimento

Se há coisa em que o meu filhote sai à sua mãe, é nos hábitos de leitura. Sou uma leitora frenética, se pego num livro, 'despacho-o' em dois ou três dias. Não gosto de arrastar a leitura quando o livro é mesmo bom. Se demorar mais que uma semana a concluir um livro, é mau sinal.

Assim, naturalmente que os livros foram das primeiras coisas que compramos para o Rafael. Primeiro foram livros tácteis, para ele explorar texturas, barulhos, imagens. Depois aprendeu as primeiras palavras com pequenos livros. Hoje em dia, tem um livro das cores, onde reconhece e diz perfeitamente cerca de 100 palavras. É um orgulho.

Todos os dias pede para ouvir as historinhas. Como estamos por casa, ouve histórias antes da sesta e volta a ouvir antes de ir dormir, à noite. É um gosto que lhe foi incutido desde muito bebé e que ele naturalmente adquiriu. O marido tem particular paciência para ler 1001 histórias seguidas, mas eu creio ter mais talento para "interpretação" das obras.

Poucas coisas me deixam mais satisfeita enquanto Mãe. É uma bênção saber reconhecer a importância dos livros.

Comentários

  1. Isso é muito bom.
    Lembro-me de em miúda sempre que ia com a minha mãe a alguma livraria lá vinha um livrinho para casa para eu explorar.
    Li dezenas de anitas na altura, entre tantos outros que fui lendo conforme o crescimento.
    Conclusão, ainda hoje gosto de ler e de livros.
    Agradeço à minha mãe.

    Com a quarentena então, há sempre livros para ler.
    Agora estou a ler “O Tatuador de Auschwitz”.

    Depois deste vou ao Filho de mil homens de Valter Hugo Mãe e depois provavelmente Anna Karénina de Lev Tolstoi que já está ali na estante a olhar para mim.

    Boas leituras :)

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    1. Esse do valter hugo é qualquer coisa! O meu favorito a par da máquina de fazer espanhóis, que não podia recomendar mais; sempre que me pedem sugestões dou a indicação deste porque acho que ficamos logo fãs dele, é lindíssimo e com a temática pouco comum da terceira idade.

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    2. Anónimo obrigada por ter deixado a sua opinião. :)
      Ouvi dizer que vale a pena, sim.
      Está ali em lista de espera, para breve.

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  2. É um bom hábito para se criar numa criança :).
    Beijinhos
    Blog: Life of Cherry

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  3. É o melhor vicio que pode criar...devorar palavras!
    Alimenta isso ao máximo =D

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  4. Isso não se traduz necessariamente em gostar de ler, ele gosta de ouvir histórias, mas pode não gostar de as ler quando for mais velho. O meu irmão era exactamente igual, adorava ouvir mas ler nunca o cativou.

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    1. Naturalmente que sim. Mas se não for habituado aos livros certamente que nunca se vai cativar por estes. :)

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    2. Não necessariamente. O meu filho, era como o teu, adorava livros com essa idade. Cá por casa, temos mais de um milhar de livros, pais que lêem avidamente, é incentivado a ler desde miúdo tanto por nós como pelo clube do livro na escola, no entanto é um pré adolescente que não liga nenhuma a livros.

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    3. Somos três irmãos. Sempre tivemos muitos livros, mesmo que fossem daquela colecção Gritos, Os cinco ou O Bando dos Sete. Acho que eram assim os nomes. Só eu, nos dias que correm, costumo ler.

      Não, não é necessariamente verdade que o facto de ter contacto com livros desde bebé faça dele um leitor apaixonado. Mas, se nunca lidar com livros, acredito que tal nunca acontecerá. Assim acabamos por facilitar a paixão pelos livros. 🧡

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    4. Certamente não é um preditor, mas ajuda! Ao menos sabe o que são livros, tem contacto com livros e histórias desde pequeno, começa a estar acostumado a livros. Não quer dizer que depois será um ávido leitor, mas tem todo um ambiente que propicia a leitura se ele gostar e quiser continuar a ler.

      No meu caso, acho que os meus pais nunca leram um livro sequer. O meu irmão, com 22 anos, nem os de leitura obrigatória na escola. Já eu, apesar de nunca me terem oferecido livros, adoro-os! Leio (menos do que gostaria), compro livros (muito menos do que gostaria), coleciono-os e o meu sonho é ter uma grande biblioteca em casa. Apesar de nunca ter sido incentivada através do exemplo, tenho amor pelos livros e pela leitura. Pesquisava livros na biblioteca municipal, fazia troca de livros com amigas e hoje em dia ainda o faço.

      Parte do prazer que me dá ir construindo a minha biblioteca é saber que esse conhecimento e entretenimento poderá ser passado para futuros filhos. Estou ansiosa para os ter e começar a comprar livros infantis :)

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    5. Anónimo, isso tudo. Poucas coisas mais maravilhosas há que uma biblioteca recheada!

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    6. hahahaha! Fala-se de um pré-adolescente como se fosse um homem feito. Anónima, é perfeitamente natural ele ter uma fase em que rejeita tudo o que fez parte da infância, em especial nesta altura em que nem é criancinha nem adolescente. Não perca a esperança, fique atenta aos gostos dele e sem forçar vá metendo um livrinho aqui e ali. A mãe de um amigo meu da primária, encontrou-me na rua e disse "Acreditas que o nosso R. já não gosta de ler?". Disse-lhe "Compre os livros de Isaac Asimov e livros de Divulgação Científica e depois diga-me." Funcionou, dali ele procurou outras coisas e encontrou o seu próprio nicho de livros. A mãe achava que a coisa ia lá com a Danielle Steel. Quando eles estão a formar os próprios gostos, parece que se vai dar a um caminho sem saída no que toca a livros. Eu demorei a encontrar livros que gosto, porque não gostava dos livros infantis, mas também não gostava dos best-sellers que as livrarias nos esfregam na cara. Aos 10, 11 agarrei-me a biografias de músicos e cientistas, safou-me um bocadinho, mas ninguém esperava que uma miúda fosse gostar de biografias, achavam que era impossível eu gostar daquilo que pedia que me oferecessem e ficar limitada à selecção das bibliotecas da escola e municipal era uma seca.

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    7. Anónimo das 10h23, concordo em pleno. Vamos descobrindo o que gostando, aprendendo a ler e refinando os gostos.

      Quando era adolescente, 13 ou 14 anos, lia aqueles velhinhos romances de bolso Harlequin da minha mãe e da tia. Era capaz de ler três ou quatro livros daqueles num dia. Estava na fase de descobrir o amor, as emoções, de começar a olhar para o lado. Não eram grandes livros, mas foram importantes porque me permitiram voltar a apaixonar pelos livros. Quando era pequenita lia Os Cinco, O Bando dos Quatro (creio que era assim) e ADORAVA uma colecção de livros de 'terror' que não me recordo o nome... Arrepios??
      Adorava aquilo!

      Depois, em início de vida adulta, gostava de romances levezinhos... agora gosto de romances históricos e de thrillers/policiais.

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  5. Oh que fofo!!
    Tenho imensa pena dos meus primos não gostarem de ler, gostava tanto de partilhar com eles os meus livros de criança favoritos

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  6. na minha casa quando era criança ninguém lia, eu adoro livros, leio em português, espanhol e inglês a mesma velocidade.
    ja as minhas filhas cresceram numa casa cheia ds livros de todas as cores tamanhos e temas e nenhuma das duas gosta de ler.

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    1. Eu também cresci numa casa sem livros e devorava livros e inclusivamente fazia directas para os ler.
      Fossem da biblioteca ou de amigos, lia tudo.

      Os meus pais ambos dizem que gostavam de ler quando eram novos mas nunca os vi a ter esse hobbie.

      Por aqui também leio inglês e alemão na mesma velocidade que português e, aliás, foi a leitura em português que me ajudou aa suplantar ausência de toda a escola primária em Portugal ( sendo que sei que dou erros mesmo que os tente evitar).

      Os meus filhos têm dezenas de livros. O mais novo ainda é pequenino mas o mais velho a meu ver é muito preguiçoso para ler.
      Por exemplo um livro do HP parece demasiado para ele. Já coisas como "o estranhão" adora ler. Já o HP prefere audiolivro ( ele adora a história)... Por isso é que eu acho que é preguiça.

      Já agora, o audiolivro do HP em PT-Pt no YouTube está fantástico....

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  7. A minha mãe também me incutiu esse hábito e hoje em dia também sou uma devoradora de livros!

    Bjxxx
    Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube

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  8. Acho um óptimo hábito! Confesso que nos últimos anos me desleixei bastante mas espero conseguir recuperar. A minha mãe nunca leu para mim mas sempre a vi a ler e provavelmente foi daí que veio algum deste gosto. Nós imitamos sempre o que vemos enquanto crescemos (:

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  9. Agora lembrei-me de quando tínhamos a visita do sr do círculo de leitores... Vendedores de livros, a minha mãe comprava-me sempre

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  10. Se a minha sair a mim, vai ser devoradora de livros ahah

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  11. É um óptimo hábito! Uma vez, uma mãe disse-me que o truque não era a leitura em si, era associar a leitura a algo; então ela lia com e para as filhas à lereira com bolachas caseiras e chocolate quente. Achei uma ideia mimosa.

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