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Mãe Urso, não Galinha


Depois de 15 meses de maternidade, já elegi a coisa que mais me incomoda. Não, não são os 1001 conselhos que recebemos de toda a gente e mais alguma. Não, não são as ironias e as críticas implícitas sobre a forma como educamos ou "deseducamos" o nosso filho.

Aquilo que realmente me incomoda é a pressão. Aquela pressão sempre presente para se ser uma Mãe Galinha.

Parece que todas temos de ser mães extremosas. Parece que todas temos de sentir aquele amor avassalador a partir do momento em que nos pousam o nosso filho nos braços. Creio até que é suposto passarmos a respirar o nosso bebé 24 horas por dia. Com a entrada na creche, devemos sofrer, ficar ansiosas e até lacrimejar.

Eu não sou assim.

Não tenho perfil de mãe Galinha.

Há uns tempos li algures um texto com o qual me identifiquei na perfeição. Descobri que sou uma Mãe Urso.

Uma mãe que ensina, que vigia, que cria ferramentas... Mas que gosta de ver o seu filhote a fazer sozinho.

No entanto, ser Mãe Urso parece não ser consensual.

Sinto-me criticada com o olhar quando revelo que amo trabalhar e ainda mais quando confesso que fiquei ansiosa para regressar ao trabalho quando estive de licença.

Noto alguns sapos a serem engolidos quando digo que não morro de saudades ao longo dos dias.

Quando disse que ia ficar uma semana de férias com o pequeno e outra semana sozinha em casa, as questões foram mais que muitas.

Se há dias em que lido perfeitamente bem com esta minha personalidade "ursa", há dias em que sinto a tal pressão a vencer.

Não sou menos boa Mãe por não ser tão extremosa, tão cor-de-rosa e tão saudosista... Mas nem todos os dias me sinto como deveria sentir-me. Sei que sou uma mãe dedicada, atenta, preocupada e meiga... Mas o mundo parece exigir que eu tenha sempre o meu filho ao colo, as saudades na boca e a lágrima emocionada no olhar.

É triste. Somos todas e todos os melhores pais que conseguimos ser. Era assim que todos nós devíamos sentir. Sem julgamentos.


Comentários

  1. Certamente, sabes que muitas dessas "galinhas" são-no na aparência. No fundo, vivem uma maternidade teatrealizada.

    Beijocas, S* :)

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  2. De uma mãe que ficou em casa com a filha durante quase 3 anos, que viveu basicamente para ela todo este tempo, que foi mãe presente 24h/dia e 7d/semana, que andou aflita com a entrada no infantário (só por causa da adaptação dela, não por querer ficar mais tempo com ela em casa :D), digo-te 2 apenas:
    1. O Rafael precisa de muito amor, uma casa, comida na mesa, acesso à educação e à saúde. Tem isto? Então não importa de que forma lhe dás isto, se estando lá sempre, se estando às vezes, se trabalhando, se não trabalhando, se sentindo saudades, ou não sentindo. E não importa a forma como vives a maternidade (seja urso, galinha ou papagaio-de-nuca-amarela) desde que lhe dês isto. Não há razão para não te sentires bem com o que sentes.
    2. Repetindo uma frase que o meu pai me diz: "Os pais não têm de estar sempre com os filhos, têm é de estar lá quando eles precisam.". Estás? Então está tudo bem. :)

    E com isto tudo, fiquei a pensar e não me sinto nada mãe-galinha. Se calhar também sou urso, mesmo tendo ficado todo este tempo com ela em casa. Ou então outro animal qualquer que se adeqúe mais a mim. :)

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  3. Concordo. Mas agora é assim. Mãe que se preze não dá açúcar ao filho até aos 6 anos, opta para tudo por produtos biológicos se possível caseiros, transporta em baby carriers até aos 5 anos e no carro é em contra-marcha até aos 10 anos, nunca grita nem é negativa, vive para os filhos e divulga orgulhosa cada feito das crias, sorri muito, porque estas mães perfeitas sorriem muito e aconselham imenso e no fim rematam um "espero ter ajudado..."
    Eu sou uma mãe imperfeita, assumo. Mas amo igualmente as minhas crias.

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  4. Cada um sabe de si mas eu seria incapaz de ficar em casa e ir levar os meus filhos à creche. Já basta as horas todas que têm de ficar obrigatoriamente lá por não haver outra solução. Enfim...

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    1. Fez este comentário só para dar razão a S so pode!
      Então nunca se descansa sem os filhos?! Eu acho muito importante manter-mos a nossa sanidade mental e se isso significa levar a minha filha para a creche umas horas extra seja. Não faz mal a nenhum de nós, até acho que só faz bem.

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    2. E o pai tb faz isso? Ta sempre c as criancinhas? Pior do q acharem q tds as maes têm de ser galinhas, é aquela atitude de q isto é so da parte da mae, ja o pai nao ha problema nao chorar qd o filho vai p a creche etc.

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    3. Mais um comentário de quem acha que as creches são meros depósitos de filhos, e não têm um papel muito importante no desenvolvimento da criança, quer pedagógico quer social. As pessoas são tão ignorantes, credo.

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    4. Por acaso, aqui o pai é muito Pai Galinha. O que é bom. Eu sou mais racional, ele mais emocional. :)

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    5. O pai se tem férias quando a mãe não está de férias fica com os filhos em casa tal como a mãe o faz. E trata como a mãe, cozinha para eles, dá banho, brinca e vai às reuniões como a mãe. Faz tudo como a mãe só muda o nome!
      E eu não disse que chorava quando os deixava na creche, simplesmente disse que sempre que posso ficam comigo em casa. Isto obviamente até não haver problema em “faltarem”.

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    6. Para algumas pessoas a creche é sim um depósito de filhos. Sei de pessoas que saindo às 17h os miúdos ficam na creche até às 19h30m (porque não dá mais), são 12 horas por dia!
      Tendo em conta que às 20h30m/21h estão na cama para “não chatearem muito” (não são palavras minhas) que tempo de qualidade têm com os filhos? Para que é que os têm?

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    7. sou a anonima das 9:36

      acho que nao me expliquei bem. a questão não é se os pais fazem ou não. a questão é que estas críticas das outras pessoas são sempre dirigidas às maes, nunca vejo as pessoas a criticar os pais. Por ex, se a mae fica em casa e coloca o filho na creche é criticada, mas se o pai faz exactamente o mesmo já nao lhe dizem nada. Parece que consideram que só a mae tem de ser mae galinha, mas que ao pai já é indiferente.

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    8. Bem sei que alguns pais não demonstram grande interesse em passar tempo com os filhos e isso é triste.

      No entanto, sou completamente a favor de tempo sozinha, tempo com a marido e tempo com os amigos, sem filhos. Nestes quinze meses, deixamos o pequeno duas ou três vezes com familiares para termos momentos a dois. No entanto, espero que com o avançar da idade, o Rafa comece a ser menos dependente e se habitue a ficar com os avós ou os tios. Acho muito saudável que assim seja. Assim como achei saudável passar o bebé para o seu quarto com sete meses e, até hoje, sempre dormiu sozinho. Quero que ele goste de nós, mas também de toda a família e que se sinta igualmente bem com todos.

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    9. anonima das 12:54

      para fazer um filho é preciso um pai e uma mae, o que nao quer dizer que tenham ambos a mesma ideia. Eu não tenho instinto maternal, nao gostaria de ser mae, mas o marido quer ser pai. Entao vamos sim ter 1 filho. Para mim o casamento também passa por isto, fazer cedencias para a pessoa que se ama. Ora, como não tenho especial gosto em ter um filho, naturalmente que tratarei dele e farei tudo o que é necessário para ele estar saudavel e bem cuidado, mas vejo-me perfeitamente a fazer isso que indicou. Se tenho tarefas domesticas a fazer quando chego a casa: fazer jantar, colocar roupa a lavar, passar a ferro, etc, se chego a casa às 17:45 e a creche der por ex até às 19:30, aproveito esse tempo para fazer as tarefas da forma mais rapida possivel. Se for logo buscar a criança, tenho de estar a tomar conta e dar atenção, logo vou atrasar o trabalho domestico que de facto de uma forma ou de outra tem de ser feito.

      O que lhe quero dizer é que nessa questão de "ai e tal porque têm filhos se depois nao querem passar tempo com eles", bem se calhar so um dos membros do casal tem essa vontade e o outro não.

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  5. Ainda não sou mãe e não posso falar sobre isso, mas tenho um exemplo semelhante. Numa grande maioria das vezes, quando contavamos que tinha sido pedida em casamento, as pessoas faziam sempre a mesma pergunta "choraste muito?" É que nem era um mero "choraste?" ainda lá tinha o muito. Confesso que houve alturas que pensei que em vez de dizer sim era suposto ter chorado. P.s.: Não chorei :x

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  6. Acho que a resposta para isso está na maneira como o teu filhote te trata 😉

    Eu sou um misto das duas, galinha e ursa, sou das que separa as águas, num dia normal quando estou no trabalho sou focada nele, quando estou em casa sou focada no filhote e em mim!!

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  7. Eu devo ser a modos que uma mistura das duas coisas! E, by the way, não acho que estejas errada, nem que sejas um bicho raro por te sentires assim. Por aqui, não sinto nunca falta de trabalhar, por mim era mãe a tempo inteiro! Prefiro mil vezes. Não sinto falta do trabalho, nem das pessoas, nem do convívio. Adoro estar em casa e cuidar dela e focar-me na família. Mas, infelizmente, não tenho possibilidade de o fazer. Contudo, também não respiro o meu filho. Desde pequeno que ele foi habituado a ir para o pai, para os avós paternos e depois de eu sair de casa, para a dos meus pais também. Passa noites em casa de tios na boa e já foi a uma festa do pijama de um amiguinho sem problemas. Claro que sinto a falta dele cá em casa, mas não morro imensamente de saudades como se ele não fosse voltar durante anos, como às vezes descrevem... quanto a pô-lo na creche enquanto estás em casa, não o faria a tempo inteiro, porque penso que é de aproveitar o máximo de tempo que conseguimos com eles, mas... acho que o infantário, as regras, a disciplina e o convívio com outros miúdos é óptimo para eles, em todos os aspectos. O meu foi com 2 anos e meio e começou só meio dia. Mais tarde, aí sim, já ia o dia inteiro, quando passou a ser necessário. Contudo, se tu achas que é assim que deves fazer, ninguém te deve julgar. O comentário da Teté é na mouche. Se lhe dás tudo o que ele precisa, não importa, no fundo, a maneira como o fazes ;)

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  8. Eu só não percebo uma coisa, algumas mulheres têm filhos porque querem ou para cumprir o seu “dever” na sociedade e os desejos do marido?
    É que tudo parece um frete e fazem de tudo para os “despachar”!!! Não compreendo mesmo.

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    1. Porque querem e os amam. Onde é que alguém despachou os filhos?

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    2. Não estou a falar do seu caso em concreto mas de casos próximos que me chocam mesmo. Que tudo é um frete fazer com as crianças e estão sempre nas avós ou na creche porque os pais precisam de “tempo”.

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    3. Eu gosto bastante de carne de peru e como regularmente, mas também gosto de frango e como regularmente e de vez em quando também como porco. Lá por eu gostar de peru significa que tenho de comer peru em todas as refeições todos os dias?

      Quem tem filhos pode simultaneamente gostar muito deles e querer passar algumas ferias em familia com eles e noutros periodos querer fazer ferias sozinha com o marido. Uma coisa não invalida a outra. Uns dias como peru outros dias frango. Umas ferias faço com os filhos e outras sozinha com o marido. Percebe?

      Eu não critico quem faz todas as ferias sempre com os filhos. Para mim, e so para mim, não me faz sentido. O que eu não compreendo é quem não consegue compreender isto!

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    4. Ter tempo para nós, sem andar com eles colados, é "despachar" os filhos? Deixar os filhos com os avós/tios/pai/creche é "despachá-los"?
      Não compreendo quem vive em função dos filhos (marido, trabalho ou o que seja)!
      Prefiro "despejá-los" por umas horas, para depois estar a 100% qdo estou com eles. Se andar com eles atrelados, nem faço uma coisa nem outra e chego ao final do dia frustrada com a sensação que não fiz nada.
      SM

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    5. Toda a gente precisa de desanuviar e descansar a cabeça de vez em quando. Não julgo.

      Já deixar os filhos horas e horas na creche só porque Sim parece-me errado e preocupante.

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  9. Diria que há mais mães como tu do que as "galinha" que referes. A verdade é que todas as mães (as em condições pelo menos) gostam de estar com os seus filhos, mas para ser uma boa mãe não é preciso querer estar sempre junto deles. E estar de férias sem eles é mais que necessário... sem isso, nunca se descansa verdadeiramente!
    Não te recrimines e não te deixes influenciar! Faz como funciona melhor para ti e para a tua família! :)

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  10. Aviso-a que essa pressão se mantém até na idade adulta. O meu filho saíu este Verão de casa para estagiar, a 200 km de distância. Não mudou de país, vive em camarata com outros tantos, come comida de refeitório e trabalha o dia todo, às vezes pela noite dentro. Não comunicamos todos os dias porque não sentimos necessidade. Às vezes minto à família e digo que acabei de falar com ele porque sei que não acham normal isto que parece ser uma relação desligada. O normal seria eu ter ficado em sofrimento, ligar-lhe todos os dias e saber ao pormenor o que anda a fazer. Não... pelos dois.

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    1. Não sei como farei quando tiver filhos, mas hoje em dia também tenho atitudes muito diferentes na minha forma de gerir a vida que a maior parte das pessoas critica. E eu não escondo, explico e quem continua a achar estranho que ache. A minha mae acha que somos doidos por ex.... Espero continuar a ter essa força quando for a questão dos filhos, pois assusta-me estes comentários de quem se sente vencida por esta pressão e acaba por mentir :-(

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  11. E ir às urgências do hospital (corte relativamente profundo no dedo do pé) com o segundo filhote (17 meses), super calma como se nada fosse? O médico até comentou o facto da mãe não desmaiar nem o bebé chorar. Curioso que a minha calma exterior ajudou a acalmar o bebé e o que facilitou imenso o tratamento.
    Efetivamente não sou uma mãe galinha, nem quero ser. Prefiro que eles aprendam a voar, embora eles teimem em andar coladinhos a mim, por isso sempre que posso "salto do barco" e "despacho-os" (pela minha sanidade mental!).
    Aos 7 meses e a amamentar o mais novo fugi só com o marido 4 dias. Um ano depois continuo a amamentar!
    Impensável para a maioria das mães. Mas foi um relax total.
    SM

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  12. Não sou mãe mas daquilo que observo chego a cansar-me das conversas de quem já é mãe. Parece que competem para ver quem é a melhor mãe e quem tem os "melhores" filhos! As pessoas devem ser e agir de acordo com aquilo que lhes faz sentido e isso não quer dizer que sejam melhores ou piores, apenas diferentes. Beijinho, Daniela Torres

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  13. Atualmente há uma pressão enorme sobre as mães que eu, pessoalmente não entendo. Não sou mãe, mas tenho a dizer que em muitas conversas, quando falava da minha mãe, ficavam a olhar para mim como sendo um "bicho raro".
    Saio à noite com amigos e muitos deles têm constantemente as mães a mandarem mensagens, a ligarem, perguntando onde estão, o que estão a fazer... enquanto eu passo toda a santa noite sem ter a minha mãe a fazer disso. No entanto, as pessoas acham super estranho, quase considerando a minha mãe como negligente (?!?).
    Nunca tive uma mãe-galinha, mas sim uma mãe urso e considero que a minha educação e valores que me passaram foram bons.
    Considero que, em determinadas coisas, isso do ser mãe-galinha é exagerado... deixem as crianças ser autónomas! Eu cresci a fazer muita coisa sozinha (com o olhar da minha mãe) e hoje é o dia que me consigo desenrascar.
    Não te sintas mal por isso, muito pelo contrário... podes ter a certeza que o teu pequeno vai crescer muito bem!

    PS: adoro o novo aspeto do blog!

    http://cidadadomundodesconhecido.blogspot.com

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  14. É isso e quando os filhos fazem disparates vêm dizer ai não se pode gritar, ai não se pode dar uma "palmada", uma mãe não se pode "passar" com os filhos... Enfim acho que na maioria dos casos é tudo uma hipocrisia...

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  15. Uma vez escrevi uma frase que me define como mãe: "Não sou mãe Galinha, sou mãe Falcão. Vigio-te cá de cima enquanto, destemida, percorres o chão."

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