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Enfim!!


Diz que o Salvador Sobral achou por bem peidar-se no concerto de homenagem às vítimas dos incêndios que mataram 64 pessoas e feriram mais de 200. "Eu sempre que faço qualquer coisa vocês aplaudem. Vou mandar um peido para ver o que é que acontece", disse ele, durante a actuação.

Bom... Nada contra a parvoeira dele - efectivamente, tolera-se tudo a quem está na mó de cima. Não me choca, acho só parvo.

Mas naquele dia, naquele concerto... foi só de uma falta de noção imensa. Provavelmente era a única ocasião em que não podia nem devia armar-se em engraçado.  Uma coisa é querer ser "fora da caixa", outra coisa é perder a noção do peso daquele concerto solidário.

Entretanto ele já escreveu no Facebook:


"Olá a todos,

Sempre falei duas vezes antes de pensar. Esta minha característica tem a sua parte boa e também a parte má.
Ontem, infelizmente, reconheço que fui bastante inoportuno.
Espero que esta triste intervenção não nos faça esquecer o passo que demos juntos, desde os músicos até vocês que contribuíram para ajudar aqueles que estão em sofrimento neste momento, que são o mais importante no meio de tudo isto.
Peço desculpa se ofendi alguém, sinceramente. Não era a minha intenção, nunca foi.

Obrigado,

Salvador Sobral"

Comentários

  1. Parece-me evidente que já vinha com uma nuvem na cabeça provocada por certos comentários dos bastidores ou por más sensações que vem acumulando desde que venceu o certame da Eurovisão. Acho que ele quis dizer que o público passou a ser muito levado em ondas, em modas (o que eu concordo), e já não sabe valorizar o trabalho do artista.

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    1. Bravo.
      ( o Salvador é um excelente artista, mas nunca conseguirá expressar-se dentro dos parâmetros "normais")

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    2. Claro que o público sabe valorizar. Há público e público.
      Existirão sempre os histéricos, os beetlemanias, os Elvis-cuecas-para-o-palco, etc, etc. parecem uma maioria, talvez o sejam. Mas entre o público existem os que estão ali pela música e pela atuação, e para usufruir disso dispensam gritos, histerismo, palmas e arremessos de roupa íntima.

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  2. Bom... do mal o menos. Tentou retratar-se!

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  3. Ele não deu nenhum pum. Fez uma piada. Só que como não é humorista parece estar-lhe vedada essa possibilidade. Ele apenas fez uma piada com o facto - verdadeiro - de que, actualmente, ele pode fazer o que for, que as pessoas aplaudem, quiçá até dar um pum.

    E tanto é verdade, que quando ele faz essa piada (ou provocação), as pessoas aplaudem e gritam histericamente.

    E apesar da finalidade, mui nobre e importante do espectáculo, não esqueçamos também que era uma celebração (da união, do renascer entre as cinzas, da força que um país pode ter, de solidariedade). É assim tão inoportuno fazer-se uma graça num momento destes?

    Honestamente, se tivesse que notar algo de negativo, ia antes apontar o facto de o Salvador ter trazido à "baila" a sua actual onda de fama e protagonismo (era o que estava em causa), quando o momento não era dele. Era de todos, juntos, mas principalmente daqueles quem se está a ajudar: as vítimas e os nossos bombeiros.

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  4. Achei triste,de uma falta de noção enorme e de uma falta de humildade muito grande.
    Que pena foi ter fechado assim o espectáculo!!

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  5. De facto, não havia necessidade.
    Mas também não é o caso para os indignados das redes sociais o desencarem como o estão a fazer.
    São as mesmas pessoas que o foram esperar aos gritos ao aeroporto ou que encheram os concertos à espera que ele cantasse a mesma canção em loop.
    Eu não conhecia o rapaz. Quando ganhou o festival, investiguei. Ouvi o que ele andava a fazer. E gostei (sou um bocado nhéca na música - gosto de jazz e bossa nova...).
    Fui a um concerto dele e a maior parte das pessoas bocejou o tempo todo. Quase não batiam palmas. Vi algumas a sair.
    Só quando cantou o "Amar pelos Dois" (no encore) é que as pessoas reagiram.
    Repito: não havia necessidade, mas ele tem razão. Ponto.
    Dulce / Porto

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  6. S*, quem és tu para afirmar que aquela pessoa quer ser fora da caixa?
    Para para pensar que há quem não queira ser fora da caixa, mas nasça fora desta e não seja capaz de se comportar como é suposto comportarmo-nos.
    Um dia, como mãe, perceberás a que me refiro ( já és mãe, mas a tua idade e inexperiência ainda não te permitem ver para além de...)

    ( e não.. .Não quis ofender. Sou apenas uma mãe de um menino "fora da caixa" como o Salvador. Um miúdo com dificuldade em lidar com o outro, em lidar com multidões, em dizer o que está certo. O tal filtro...)

    Felicidades para o teu filho.

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  7. Parvas são as pessoas que em vez de comentarem o acontecimento de ontem, que uniu todas as televisões e rádios e onde se angariou mais de um milhão de euros, comentam uma piada (e ele teve toda a razão, nem deixavam ouvir a música com tantos aplausos, assobios e gritos)!
    Já agora onde é que o Salvador "achou por bem peidar-se"??? Só inventam!

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  8. Só por acaso viste a actuação brilhante do Salvador ? Duas musicas lindíssimas que mal se conseguiam ouvir com tanto histerismo das pessoas!!

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    1. Claro que vi. Não sou fã do estilo, mas reconheço-lhe o talento todo. :) Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...

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  9. Maluquices todos dizemos, mas a verdade é que por respeito a 1°quem perdeu a vida, 2°quem perdeu o que tinha,3° pelos bombeiros e 4° por quem estava a seguir o concerto solidário voy ter de dizer um cliché "não havia necessidade"...

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  10. Pelo menos tentou redimir o que disse, no entanto não era o sítio nem a ocasião.

    katiantunes.com

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  11. Sim, o Salvador Sobral é um idiota.
    Chama-se espontaneidade, ou falta de filtros de quem nunca foi ensinado a ser superstar, nem quer, porque consegue lutar contra o ego e o magnífico e colocar a música e a sua arte em primeiro lugar, mesmo com um Meo Arena esgotado.
    Não foi vestido com roupa da moda, nem penteado ou com um cabelo loiro verão enquanto pede para ligarem as luzes dos smartphones.
    Não.
    Foi cantar.

    Sim, é um idiota.
    É um idiota porque disse a verdade. Que dentro da emoção e das músicas, o público bate palmas a qualquer coisa que seja feita naqueles metros quadrados a que chamamos palco.
    É um idiota porque não é como os outros. Não faz instastories do antes e depois.
    Não tira fotos com o Matias Damásio. Não pede ao manager um backstage com águas de sabores e fruta da época.
    Porque não tem esse manager.
    Porque não quer.
    Porque não se quer transformar no que não é nem acredita.
    Porque pensava que vocês nem ligavam à sua pequena piada, mas sim aos outros restantes minutos do mais belo momento que a televisão portuguesa tem passado nos útlimos tempos.

    E porque no fundo, ele está-se a cagar para o que vocês pensam.
    E ainda bem.

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    1. Se gostássemos todos do mesmo, que seria do amarelo...

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  12. Sendo este outro qualquer espetáculo, acho queuma atitude dessas é uma falta de respeito para com as pessoas que o estão a ouvir...

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  13. Ou se calhar foste tu que não percebeste nada do que era aquele concerto.

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  14. Também achei a situação triste, era escusado .

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  15. Confesso que não me chocou nada e cá por casa até nos valeu algumas risadas - acho que o coração esteve tão apertado durante todo o concerto (pelo seu significado) que foi até libertador.

    A Marta

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  16. Não me chocou particularmente nem achei uma coisa totalmente absurda. Tem algo de verdade por trás do comentário mas na verdade só o vi como uma piada.

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  17. A piada até podia ter piada noutro lugar, noutro contexto. Ali ficou-lhe mal, na minha opinião. Não é preciso crucificá-lo como muitos estão a fazer nas redes sociais, mas ficou-lhe bem o pedido de desculpas. Até percebo a tirada porque ele praticamente só estava a tocar piano para as pessoas cantarem e a imitar um saxofone e as pessoas completamente loucas, mas aquele não era o lugar nem a hora. Não era um espectáculo dele e a causa era demasiado séria para aquele dito. Posto isto, o concerto foi muito bonito, a união de todos os artistas e do público (dentro e fora do MEO Arena) foi coisa bem catita e o valor angariado é de encher o coração. Isso é que importa mesmo.

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