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Ai Portugal, Portugal...


Vou-me rir (para não chorar) do apoio mensal que vou receber de abono pré-natal...

Com apoios desta grandeza, não admira que a malta não se sinta motivada para ter filhos. É cá uma fartura, senhores...


Comentários

  1. Verdade...este paìs è mesmo uma tristeza!

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  2. E tenta não gastar essa fortuna de uma só vez, não?

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  3. Mais vale é nem fazer conta com isso quando pensar em tomar tal decisão na minha vida! Beijinhos*

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  4. e depois querem aumento da natalidade...

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  5. Eu nem cheguei a ter. Disseram-me qualquer coisa como: teria direito de acordo com os rendimentos, mas fiquei mesmo naquele limite em que "congelaram" o abono.

    Sabes, eu nem me importo muito de não receber abono, desde que não me colocassem no escalão máximo de creche. :P Estou naquele limiar em que acerto no escalão máximo de creche e minimo para não receber abono. :) Espetacular.
    A minha teoria é que o sistema mantém-nos nas lonas para estarmos sempre controladinhos, ali sem tempo para pensar, sempre a trabalhar pelas condições minimas de sobrevivência. Não digo que seja o meu caso. Felizmente nada me falta por faço as opções que acredito serem corretas (mas que são estranhas para muitas pessoas).
    As minhas filhas usam roupa e tudo o que for conseguirmos em segunda mão, quase não gasto dinheiro comigo (exceto em certas coisas de que não prescindo mesmo) e opto por saúde e educação no privado. Só fui uma vez ao hospital com as minhas filhas porque era domingo e a pediatra disse para irmos. Mandaram-me embora com a receita de supositórios. A minha bebé de 5 meses estava com uma bronquiolite, uma faringite e o inicio do que se veio a revelar mais tarde uma crise de eczema bem agressiva. Isto diagnosticado no dia seguinte, na pediatra...

    Isto para dizer que não nos dão apoios, colocam-nos a pagar centenas de euros de creche e depois ainda temos as vacinas a 100 euros a dose (vai-te mentalizando), as consultas particulares e as escolas privadas (se não tiveres opção viável perto da tua casa).

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    1. Infelizmente é um facto, as creches são caras (nas grandes cidades, os valores são chocantes) e é tudo caro. Não entendo bem como é que algumas pessoas não entendem que efectivamente o pré-natal e o abono de família são IMPORTANTES num país como o nosso - cada vez mais envelhecido e pobre. Hoje em dia os casais só começam a pensar em ter filhos lá para os 35 anos e 'porque tem de ser agora', por causa da idade, não porque sintam que tenham estabilidade financeira para isso. Infelizmente a estabilidade é cada vez mais difícil... se o Estado não apoiar (e o Estado somos NÓS), daqui a alguns anos o país começa todo o morrer de velhice e não há juventude...

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    2. O Estado nao somos nos, de jeito nenhum, o estado sao as figuronas que nos mandam e desmandam, o malfadado governo. Sou totalmente a favor de governo minimo, politicas de esquerda nunca me fizeram brilhar os olhos. Mercado livre hoje e sempre.

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  6. Yep, é absolutamente fantástico... se estivéssemos à espera da ajuda deles ;)

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  7. Eu não recebi nenhum...
    Mas também, muito honestamente, não acho que os apoios monetários sejam o caminho de incentivo à natalidade!

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    1. Gorduchita, isto não é muito uma questão de opiniões... o pré-natal e a licença de maternidade foi criada como forma de apoiar a natalidade. Sim, parece-me muito importante que estas ajudas existam, caso contrário arriscamos ter um país cada vez mais, mais e mais envelhecido - que é o que já temos.

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  8. E o subsídio de maternidade, a que tens direito durante a licença, prepara-te que demora alguns meses a chegar. Eu já estava quase de regresso ao trabalho quando eles mo pagaram (ou seja, não estivesse o marido a trabalhar e estávamos a viver das poupanças durante três meses...) :(

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    1. O meu bebe nasceu dia 6/12. Nesse mes, ainda recebi a baixa e em janeiro comecei logo a receber o licença... e enviei os papéis pela net, a segurança social funcionou muito bem no meu caso.

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    2. Eu também recebi logo no mês a seguir ao nascimento do meu baby boy. =)

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  9. Quem quer filhos tem que os ter de acordo com as suas condições de vida... Se estivéssemos à espera do estado ou de ajuda de terceiros, ninguém teria. E, bem, mais vale pouco do que nenhum! :)

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    1. M, então vamos assumir que boa parte dos portugueses não vai ter filhos, porque boa parte dos portugueses não tem as melhores condições. Nós fazemos descontos também para os apoios sociais, que incluem abono pré-natal e licença de maternidade/paternidade. :) Ninguém está à espera da ajuda do Estado ou de terceiros... mas, se existem, que sejam bem distribuídas.

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    2. Concordo com a M. Nao teria filhos esperando por essas "ajudas". Claro que se estivessem disponiveis e eu realmente as necessitasse correria atras de as ter, se eu fosse uma pessoa que contribuiu, claro, mas jamais sem me basear nestas ajudas como ponto forte para ter ou nao. Nao que eu esteja dizendo que este e teu caso...

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    3. A licença de maternidade/paternidade todos os pais têm direito. É s substituição do ordenado que não recebemos nesses 4,5 ou 6 meses. Grave é estarmos grande parte desse tempo sem receber nada devido aos atrasos burocráticos do processo (sugiro que entregues através da Segurança Social Direta... é muito mais rápido).
      Claro que num mundo perfeito, todas as grávidas deveriam ter direito a abono pré-natal e todas as crianças deveriam receber o apoio. Mas isso não acontece em Portugal e acho que a decisão dos pais em terem ou não filhos não deverá depender desses apoios. Ou então, precavenham-se. Pesquisem nas tabelas disponíveis na Internet, vão à Segurança Social perguntar... depois de engravidar já não há muito a fazer!

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    4. Não quis dizer que os apoios não devem existir ou que as pessoas não os devem procurar! Se fazemos descontos e temos direito a eles, devemos usufruir dos mesmos. A questão não era essa, mas sim existir muita gente que se fia nesse dinheiro para poder ter filhos e depois se vê à rasca (nem disse que era esse o teu caso, longe de mim!). A verdade é que ainda existe muita gente que tem filhos a contar com ajudas de terceiros (família, amigos) e destes abonos, quando sabemos que estes apoios são pequenos ou muito baixos comparados com os gastos que um bebé acarreta, ainda mais nos primeiros meses.

      Acho muito bem que o estado apoie a maternidade, nomeadamente com medidas de apoio económico. Apenas quis dizer que não devemos basear-nos nesses mesmos apoios para decidirmos ter filhos, uma vez que depois são a miséria que são. Cada vez mais, ter filhos tem que ser um ato consciente, muito bem pensado e planeado, principalmente ao nível económico. Ter filhos a pensar nas ajudas do estado é irresponsável, na minha opinião. Não quis dizer que foi o que fizeste ou que não podes queixar-te do valor do apoio que recebes.

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    5. M, mas o post não era sobre isso. :) O post era mesmo apenas sobre os baixos apoios que existem - e que são manifestamente insuficientes. Se o tecto máximo são 150 euros de abono pré-natal, tem de ser insuficiente. Imagina que engravidavas... e calhavas de ficar desempregada durante a gravidez. E o teu companheiro igual. Infelizmente, essas coisas acontecem. Eu acho que um abono máximo de 150 euros para casos destes é chocante, de tão baixo que é. Até porque um bebé não dá só despesa depois de nascer - há que preparar quarto, berço, roupa, higiene, fraldas, etc... etc... :)

      Viver de subsídios é feio e desonesto, claro... mas se os conceitos existem, devem ser bem aplicados. Se o abono pré-natal existe, deve efectivamente conseguir ajudar. E ajudas de 90, 120 ou 150 euros (na loucura!) são manifestamente pouco - na minha opinião. Eu tenho comprado 'pouco' para o meu filho porque herdei muita coisa... mas já gastei bem mais do que isso e ainda nem recebi qualquer abono. :)

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    6. Concordo com a M. Infelizmente há muitas pessoas que realmente têm filhos a contar com esses apoios mas eu diria que são uma escassa minoria na população total. O que a meu ver acontece é que muitos têm receio de ter filhos pela precariedade, pelo desemprego que bate muitas vezes à porta das grávidas ou quem tem filhos bebés porque não dão jeito (posso dizer que perdi a conta às vezes que me disseram directamente que não empregavam pessoas com filhos pouco tempo depois de ter tido o meu primeiro filho sendo que o meu contrato não foi renovado porque eu tinha um bebé pequeno - isto foi-me dito na minha cara), entre imensas outras coisas.

      Não me passa pela cabeça ter filhos a pensar nisso mas "revolta-me" em certa medida a falta de apoios à natalidade quando temos claramente necessidade de aumentar a mesma. E eu nem digo dar apoios directamente aos pais: e que tal construírem creches/suportarem o custo das mesmas? E que tal diminuir os custos com a educação?! Somos dos únicos países na UE onde são os pais que pagam os livros escolares e material escolar dos filhos.

      Eu não tenho filhos a pensar nisso, aliás tenho-os a pensar no dinheiro que preciso para isso tudo mas irrita-me solenemente.
      Não só a educação mas a saúde também. Quem tiver um filho que precise de aparelho dentário tem que o pagar todo do próprio bolso. E que tal haver apoios para essas despesas?

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  10. S* é a primeira vez que comento, e não encares como sendo mal educada, mas porque é que o estado te há-de pagar por teres uma criança?
    É da responsabilidade do estado garantir que tem instituições de saúde e de educação disponíveis (a qualidade das mesmas e outra discussão)mas o resto é dos pais.

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    1. Ora bem, o subsídio pré-natal existe, não foi inventado para mim, nem fui eu que o pedi. É um direito que temos. Assim como a licença de maternidade. Assim como temos direito a baixas médicas. A subsídios de desemprego. A saúde 'gratuita'. São direitos que temos e para os quais descontamos - não é um favor que o Estado nos faz. O Estado não nos dá nada, NÓS é que damos dinheiro ao Estado, com os descontos que fazemos (não vamos falar dos que nunca descontaram e sempre receberam...). O Estado não tem de me ajudar, o Estado tem de me dar aquilo para que eu desconto - saúde, educação, apoios sociais.

      O Estado não está a pagar-me para ter uma criança, está apenas a fornecer parte do que EU dei ao Estado durante estes 7 anos de trabalho que já acumulo (e quem diz eu, diz os milhões de portugueses que descontam, durante muito mais tempo) para um apoio social. Esse apoio foi criado supostamente para apoiar a natalidade. A existir, creio que deve ser mais justo. No meu caso, acho que o escalão que me foi atribuído é injusto. Apenas isso.

      Posto isto, Portugal faz parte da regra, não da excepção. Na Europa existem vários países que 'incentivam' a natalidade ao apoiarem as famílias no período pré-natal e obviamente depois da criança nascer. :)

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    2. Acrescento ao comentário da S* que nós somos um país com um funcionamento social isto significa que quem desconta hoje está a fazê-lo para todos, incluindo para os reformados que actualmente estão a receber dinheiro. O Estado não poupou o dinheiro, recebe-o actualmente de quem desconta e distribui.
      A longo prazo, o envelhecimento tem uma implicação directa em todos os descontos que irá influenciar directamente a existência ou não de reforma para a Rita. Porque na realidade não interessa o dinheiro que desconta agora mas apenas o dinheiro que Portugal receberá dos descontos dos portugueses adulto do futuro (hoje bebés e crianças).

      De resto, comparativamente a vários países europeus os nossos descontos são usados de forma vergonhosa para diversos fins e muito mal empregues e muito mal pensados a longo prazo. O investimento é uma miragem para os nossos politicos que, tal como a Rita pensam apenas no "hoje" e "agora". Se daqui a 30 anos não tiver reforma vai protestar para as ruas que tem direito porque descontou... o problema é que o seu dinheiro agora está a ir para todos os locais menos para uma poupança para o futuro: está a ser gasto e no futuro, se nada mudar na S.S. nós nem sequer teremos reforma porque o sistema é insustentável sendo um dos motivos a baixa natalidade.

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    3. Vamos lá ver uma coisa, o abono pré-Natal existe, mas está sujeito a determinadas condições para se ser beneficiária do mesmo! Não basta "ter descontado" (esse é o caso do subsídio de parentalidade, que bsta ter descontado X meses num Y período de tempo).

      Para se ter direito ao abono pré-natal é necessário ter o rendimento de referência igual ou inferior ao valor estabelecido para o 3.º escalão de rendimentos (igual ou inferior a 1,5xIASx14). Foi esse o patamar estabelecido e considerado como merecedor de um apoio deste género. Quem ganha mais, não tem direito.

      Pode considerar-se injusto ou até achar que o patamar devia ser estabelecido mais acima, mas quando uma pessoa decide engravidar já tem de ter estas contas na cabeça. E não é um direito absoluto nosso só porque descontámos e trabalhamos há X anos, repito. É um direito com condições e estas estão bem explícitas e acessíveis à população.

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    4. A Rita falou sobre os deveres do Estado, como saude e educacao, mas voces distorceram bastante o ponto da mesma. Se ela achasse que o estado nao nos deve nada ela nao teria creditado ao mesmo a saude e educacao que o mesmo proporciona, ainda que nao seja boa. Agora fora isso concordo com ela, os pais que paguem a educacao e vida do filho, ja tendo saude e educacao "gratuitas" para o mesmo. Os meses de abono depois do filho nascer e da distancia do trabalho, nao lembro bem quanto meses sao para falar a verdade, tudo bem tambem, mas mais que isso ja nao vejo razao.

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    5. Anónimo das 15h28,
      Obviamente. Ninguém discutiu isso. Claro que não é para todos. Mas acho chocante que eu, que tenho manifestamente baixos rendimentos, esteja no 3º escalão. Faz-me pensar o que seria preciso passar e sofrer para subir de escalão... Parece-me óbvio que as 'balizas' estão mal colocadas. Ninguém reclamaria se recebesse 1.500 euros por mês ou se entrassem dois ordenados jeitosos em casa ... mas os ordenados manifestamente baixos deveriam ser apoiados - e com apoios de jeito.

      É por causa destas coisas que algumas mulheres dizem que são mães solteiras quando, na verdade, não o são. Eu não estou a julgar, atenção - embora não concorde que o façam. As balizas são tão baixas que a isto 'obrigam' quem não tem rendimentos de jeito. É triste, mas é assim. Se o abono pré-natal existe, deve existir para todos os que efectivamente precisam. Um casal com dois ordenados mínimos precisa de ajuda. Um casal em apenas exista um salário, claro que precisa. Isto é indiscutível.

      Deviam ter pensado nisso antes de engravidarem? Depende. Há gente que engravida por querer, outros que engravidam 'porque aconteceu' e decidem assumir. E também há os que se cansaram de esperar pela situação financeira perfeita que dificilmente vai existir.

      Anónimo das 18h03, por essa lógica, o abono existe. Não o inventamos. Serve para apoiar pais que precisam. Quem lê o seu comentário deve achar que eu (e quem concordou) quer um direito que não existe. Ele existe. Provavelmente está é mal distribuído...

      Desculpe mas esse seu comentário revela muita falta de empatia. Um casal pode ter um filho e depois ficar sem trabalho. Pode ficar doente. Precisa de ajuda. Não pode se"os pais que paguem a educacao e vida do filho", pois vivemos num ESTADO SOCIAL. :)

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    6. S*,
      viver num estado social não quer dizer que o estado deva sustentar as pessoas, quer dizer que o estado tem um dever de apoiar socialmente aqueles que mais precisam fazendo uma distribuição dos descontos de todos.
      Isso significa que com os nossos impostos são pagos os policias, que nos protegem, as escolas que educam os nossos filhos, os hospitais que nos tratam, os subsidios de desemprego quando uma pessoa fica sem emprego e durante um tempo está a procura ( isto é diferente de o estado ter que garantir que há um emprego para cada pessoa). O apoio a natalidade não pode nunca ser feito por atribuição de apoios monetários, uma criança não é ma situação passageira na vida dos pais, é alguém que os pais vão criar e sustentar durante pelo menos 18 anos, o que se devia fazer era garantir que não é um drama na vida das empresas ter uma empregada grávida, é dar a possíbilidade de ter licença alargada, é ter crèches em número suficiente (porque elas existem mas são tão poucas que são logo ocupadas pelos filhos dos amigos dos funcionários), é teres um plano de saude e vacinação alargado.

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    7. Apoiam também os bancários e os apresentadores da RTP que não fazem um chavo mas recebem imenso. E suportam todos os programas como o The Voice e outros que tal.
      Os nossos impostos também têm de pagar os carros de luxo, os faqueiros, os motoristas, as despesas, etc de todos os politicos... já para não falar do salário deles e dos "extras" que recebem por assiduidade...

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  11. Eu também não recebi, e muito sinceramente, nunca me chateei muito com isso. Eu até acho que abonos não deviam existir, e que esse dinheiro devia ser canalizado para a educação e saúde, e que todos, sem excepção, devíamos ter acesso a estes dois direitos sem qualquer custo.
    Sinceramente, acho que ninguém tem filhos a contar que o governo os sustente (tirando aqueles casos bicudos que todos conhecemos em que depois as crianças até passam fominha porque os pais aproveitam os €€ para outras coisas), mas escolas publicas e hospitais públicos a funcionar bem, é algo que é fundamental, na minha opinião. Eu até nem me posso queixar, na minha zona as coisas funcionam bem, mas sei de outras onde é tudo péssimo e as pessoas tem de recorrer ao privado por falta de opção. Isto sim, para mim é preocupante.

    AnaC

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    1. AnaC, não é questão de me chatear com isso, é a questão de olhar para os meus direitos e saber que é INJUSTO eu não receber mais apoio. Vais-me desculpar, embora concordando que a saúde e as escolas públicas são essenciais, também acho que apoiar as crianças o é. :) Nem toda a gente precisa, claro, mas quem precisa deve ser apoiado - já que também descontamos para isso.

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    2. Achas que descontamos para isso? Eu não. Quanto descontas por mês? (obvio que não vais dizer, é para fazer as contas para ti)
      Descontas 11% do ordenado, a entidade patronal 23,75% Num ordenado de 600 € descontas um total de 208.50 €. Se pensares bem não é um valor que dê para pagar tudo: abono, possíveis baixas, licença de maternidade, comparticipação nas vacinas e medicamentos, consultas de rotina no centro de saúde, urgências no hospital, educação gratuita durante o todo o percurso escolar etc etc.

      Tenho muita pena, mas não chega para tudo, e se for a definir prioridades, eu dava à educação, à saúde, baixas e licenças, e só depois aos abonos.

      E não digam que já descontam há anos e nunca precisaram, porque todos nós vamos ao médico do CS, vamos à farmácia, fazemos exames e análises, etc, e tudo isto tem comparticipação. Portanto o nosso "plafond" vai sendo usado de uma forma ou de outra.

      Não estou a atacar-te, estou a mostrar o meu ponto de vista.

      AnaC

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    3. AnaC, se o abono existe, deve ser para quem precisa dele. Eu sei os meus rendimentos e sei que este me fazia falta. Simples. :) Não vou estar a esmiuçar a minha vida, mas faz-me rir o facto de acharem que estou no 3º escalão.

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  12. Não te habitues... (não te preocupes, que não cria hábito, por ser tãooooooooooooo simpatico!!!)
    Beijinho

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    1. ahahah Não vale a pena habituar-me... se for como a minha irmã, mal o bebé nasceu cortaram o apoio.

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  13. Não estou a par dos valores mas se for como todos os abonos e apoios dados pelo Estado certamente que ficarás rica em menos de nada :P

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  14. Eu cá não tive direito a nada, nem 1 cêntimo...

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  15. Por outro lado mal seria se os casais decidissem ter filhos apenas pelos eventuais subsídios. Concordo com a Gorduchita, o apoio à natalidade não está aí, mas isso só descobrirás por ti própria à medida que ele for crescendo.
    Eu farto-me de descontar e nunca recebi 1 cêntimo por nenhum dos meus 3 filhos e para dizer a verdade nunca fiz contas com os apoios do estado. Eu é que decidi tê-los, fazendo contas com os nossos salários.

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    1. Anónimo das 12h39, em Portugal isso não se verifica porque os apoios são muito baixos. Na loucura, o apoio pré-natal vai até aos 150 euros... ninguém tem um filho para receber essa riqueza. :D

      Mas não posso concordar com o 'eu é que decidi tê-los', porque nós descontamos para ter direito a apoios sociais, também.

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    2. S os apoios sociais que há são os que vais receber e que toda a gente recebe....são uma miséria sim mas tú ainda não tens consciencia dos custos que vais bter que suportar depois do teu filho nascer...para ires trabalhar ao fim dos 4 ou 5 meses de licença de maternidade se colocares o teu filho numa creche publica (que são muito poucas) pagas uma mensalidade elevada (ordenados de porcaria pagam à volta dos 100€ com suplemento de horas) e ainda tens que levar toda a comida, fraldas, cremes, leite, papas...TUDO o que o bebé precisar.... e pagar seguro anual (25€) etc, etc, etc. Mas sim nós é que decidimos ter filhos por isso nós é que temos que ter rendimentos e condições para tal, quando engravidaeste já sabias quais eram os apoios do estado em relação à natalidade. E mais, quase todos os alimentos para crianças são carissimos, desde papas a iogurtes a leites a frutas, etc e muitos deles taxados a 23% como se fossem artigos de "luxo"....

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    3. Mas o problema e que as vezes queremos mais do que aquilo que descontamos. :P

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    4. Anónimo das 17h04, não, os que eu vou receber nem toda a gente recebe - há quem receba mais e quem nem receba. :) Se você acha que dar um apoio MÁXIMO de 150 euros a casais em que, por exemplo, um dos pais esteja desempregado, é justo... olhe, eu não acho. Acho miserável.

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    5. Mas nesse caso, quando um dos pais já está desempregado, o facto de se decidir engravidar é quanto a mim pura falta de responsabilidade e desconhecimento dos encargos que um bebé traz consigo.
      Eu, nunca contei com ajudas, nem nunca as tive, apenas decidi ser mae quando a minha condição financeira assim mo permitiu de forma a dar ao meu filho tudo o que sempre quis dar.

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    6. Anónimo, parece-me que não tem a completa noção da situação do país. Se os casais decidissem apenas ter filhos quando a vida lhes permitisse dar tudo o que sempre quiseram dar aos filhos, julgo que mais de metade nunca teria filhos. O mundo cor de rosa não existe... :/

      E nem toda a gente engravida por querer, no que toca a estar desempregado... digo eu. Mas pode-se ficar desempregado com o bebé já no ventre. Certo? Infelizmente acontece. Não podemos pensar que toda a gente vive da maneira que nós vivemos...

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    7. Cara S não digas baboseiras, nao é uma questão de eu pensar que os outros vivem como eu, é completamente absurdo!É uma questão de bom senso!! E também não, não vivo num mundo cor de rosa, até porque tenho quase o dobro da tua idade, sou mae de 3 e a vida não me foi fácil. Batalhei muito e nunca ninguem me ouviu queixar nem esperei receber ajuda daqui ou dali. Nem sequer me tornei numa pessoa revoltada ou amargurada.
      Como tudo na vida temos que fazer opções e quando optamos por ter um filho, ainda que os nossos rendimentos sejam baixos, temos que contar com o bom e o menos bom desta opção.
      Quem parece viver num mundo cor de rosa és tu, pois, pelos vistos, contavas ter um subsidio do estado mais elevado do que aquele a que tens direito e encontras-te bastante aborrecida com tal.
      Quando ele começar a crescer e que outras despesas avultadas apareçam, não sei como irá ser. Já pensaste na despesa que vais ter só em vacinas, se optares por as dares todas ao teu filho?

      Uma familiar próxima, que nunca quis ser mae por achar que não poderia dar ao seu filho tudo o que um filho merece, engravidou por acidente. Hoje, se não fossem os pais dela (que felizmente têm a possibilidade de a ajudar) a pagar creche, vacinas e muitas outras despesas não sei como seria e no entanto nem ela, nem o companheiro estão desempregados. Se ela é feliz assim? Não, não é e detesta ver-se nesta situação.
      Se a vida é injusta? É! Se a vida está difícil para muitos jovens? Está!! Mas é o país que temos!!
      Mas as pessoas não podem simplesmente esperar ajudas do estado para tudo. As opções são delas! Se se decide ter um filho, o normal é contarmos só com o que nos cai no banco todos os meses, vindo do nosso trabalho, ou outro, seja muito ou pouco. Quando é pouco, passa-se a comprar menos para nós e a prescindir de coisas que afinal não nos fazem assim tanta falta quanto pensavamos anteriormente. As prioridades mudam! No teu caso será comprar menos roupas e afins.

      Não tem nada a ver...é apenas uma comparação, mas com tantos animais, acredito que os leves ao vet e que lhes ofereças uma alimentação minimamente saudável, a despesa não deve ser muito leve, no entanto alguma vez esperaste por algum subsídio?

      Olha, eu tenho 3 filhos e apenas 1 gato. Gostaria muito de ter um segundo gato, mas se com o atual tenho uma despesa média mensal de 40€ (entre uma boa areia aglomerante e outra em sílica - misturo-as - e uma alimentação super-premium, fora alguns miminhos como brinquedos e gulodices e isto porque já tenho o grande arsenal que é um bom arranhador, camas, caixa de transporte e outra de areia, que até foi feita por mim), mas suponho que com a chegada de um segundo gato as despesas iriam duplicar, então optei por não o ter, pois 2 dos meus filhos, se tudo correr bem, irão para a universidade, longe daqui, em setembro. Venham as despesas!! Até porque não estou, mais uma vez, a contar com ajuda nenhuma do estado. Os pais somos nós e fazemos questão que eles prossigam os estudos. O que tem o estado e os contribuintes a ver com isso? Sim, é um direito que tenho eventualmente, mas com o qual não estou a contar. Aprendi há muito que o mundo não é rosa e também aprendi que não se deve contar com o ovo no c* da galinha.

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    8. Anónimo das 23:52, quanto tempo dura uma gravidez?... Agora pense como é possível alguém ficar desempregado de repente durante esse tempo.

      Muita sorte teve você, mas pense que imprevistos da vida acontecem quando menos esperamos.

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    9. Anónima das 2h08,

      Não sei onde é que leu que eu estava a contar com o apoio do Estado para o que quer que fosse. é ridículo insinuar semelhante. Mas o meu médico passou-me a credencial das 13 semanas e disse-me para me candidatar. Foi o que fiz e acho ridículo que, com os meus rendimentos, fique colocada no escalão mais baixo. Isto não é uma questão de "contar com o ovo no c* da galinha", é apenas uma questão de achar justo ou injusto. Não retire conclusões apressadas daquilo que eu não escrevi... Apenas referi esta questão porque (pelos vistos, incrivelmente!) no grupo de mamãs que frequento a maioria queixa-se do mesmo: as balizas salariais, se assim lhes quisermos chamar, estão efectivamente baixas. Se o abono existe, deveria apoiar quem tem baixos salários, não apenas 'os mais miseráveis dos miseráveis'. Evidentemente que não pode ser para todos... mas deveria ser mais os que precisam mais.

      De resto, está no seu direito de não concordar, mas não tem o direito de se meter nas minhas opções de vidas e de fazer comentários sobre as roupas que compro ou os animais que tenho. Fica-lhe mal. O post não era sobre isso. :) O post era apenas sobre os baixos apoios à natalidade. Eu não disse que estava a contar receber dinheiro durante a gravidez... aliás, nem sequer me lembrei de semelhante até ao meu médico me passar o papel. No entanto, tenho o direito a achar que, se o abono existe, eu deveria recebê-lo - e vou receber. Se você não recebeu nem precisou, excelente para si... Mas o seu mundo não é o mundo dos outros. Assim como o meu mundo não é o dos demais.

      Anónimo das 07h27, olhe que é mesmo bem possível... eu soube que estava grávida a 13 de Outubro e o meu contrato findava a 31 de Outubro. Podia não ter sido renovado. :) O mundo já não é seguro no que toca a empregos...

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    10. Eu conheço quem só tenha decidido ter filhos depois dos 35 anos porque primeiro investiram na carreira, compraram uma casa, carro e tinham tudo orientado. Ganhavam ambos cerca de 3500/mês.

      Tiveram 2 filhos. Pouco tempo depois do filho mais novo nascer ela foi despedida (porque deixou de estar disponivel 24h/24h para a empresa e como já não era carne para canhão já não interessava) e a empresa dele faliu... ambos desempregados.
      Tiveram de vender tudo: carro, casa e ir viver para casa dos pais dela. Perderam tudo e continuam com dívidas. Hoje ele está emigrado e ela está em casa dos pais com as crianças enquanto estão a tentar criar condições para emigrarem todos para junto do pai. Estão com basicamente 40 anos e não têm nada. Zero. E se não fossem os pais dela eles durante muito tempo nem sequer teriam conseguido comer.

      Portanto eu concordo que se deve tentar ter as condições para dar tudo às crianças mas se há coisa que eu vi e aprendi na vida é que não há alturas ideais.
      E quem adia muito a gravidez e depois não consegue engravidar e precisa de recorrer a tratamentos?? A grande maioria dos empregadores trata-as abaixo de cão e faz-lhes uma pressão psicológica que nem é bom... A grande maioria acaba prejudicada na empresa e nunca mais conseguem recuperar..e é nos casos onde não são despedidas assim que a empresa pode.

      Portanto ter condições suficientes, sim, alguma estabilidade também mas quem espera por situações ideais a meu ver não vive a realidade do mercado actual. Pensa que os mercados de trabalho de hoje são iguais aos de há 20 anos atrás e pensa que é tudo muito fácil. Estão completamente desfasados da realidade.

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    11. Olha aqui tu a dizeres que este abono te fazia falta:

      "S*1 de março de 2017 às 19:00

      AnaC, se o abono existe, deve ser para quem precisa dele. Eu sei os meus rendimentos e sei que este me fazia falta. Simples. :) Não vou estar a esmiuçar a minha vida, mas faz-me rir o facto de acharem que estou no 3º escalão."

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  16. Principalmente quando ouvimos quanto recebem lá fora...eu sou a favor do apoio, não para sustentar as crianças , mas para ajudarem os pais que optam por ficar em casa com os bebes, ou até incentivo para ficarem em casa.
    Beijinhos*

    Anita On Blog

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    1. Ouvimos o que recebem lá fora. E será que ouvimos o que descontam lá fora? É que os descontos também não se comparam. Basta ver o caso da Noruega.
      A.

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  17. Eu não tive direito a nada. Nem ao abono de família.
    E se soubesses o meu ordenado também te rias.
    Enfim!

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  18. Eu não recebi nada :/ mas também achei injusto.

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  19. E já está com sorte! Eu tive direito á licença de maternidade,mas pré-natal nem sequer existia,e nem lhe digo os anos que descontei, e pago impostos!

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  20. Eu acho que a maioria das pessoas não está a entender a questão: se não pagas abono a quem recebe um ordenado mínimo, vais pagar a quem? É essa aquestão. Se não pagas abono a alguém que recebe ordenado mínimo e marido desempregado, por exemplo, vais pagar a quem? Como são feitas estas contas?

    Eu recebi o abono pré-natal mínimo, tinha o meu marido desempregado. Depois mal o meu filho nasceu, reviram as contas e cortaram qualquer apoio. Vejo gente que nunca fez nada da vida a viver com apoios não sei com que base e de onde eles vêm... e gente que desconta há anos e tem a infelicidade de ganhar um salário de caca (e isso não tem nada a ver com esforço ou estudos, muitas vezes tem a ver com a vida e é o que é) e não recebe nada de apoio. Só isso.

    Mas isto mantém-se ao longo da vida: pais divorciados, mãe com 3 filhos na faculdade desterrados (porque na nossa cidade não havia os nossos cursos) e salário de caca... apoio mínimo na bolsa universitária. E tinha colegas filhos de advogados (juro), profissionais independentes que declaravam o que queriam, a receber QUATROCENTOS EUROS de bolsa. Estas contas deviam ser ser melhor feitas. É isso, a injustiça da coisa.

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    1. Basicamente e desculpe a expressão, é não saber "mamar"!

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  21. Eu tenho um bebé e também recebi uma miséria de pré natal. A melhor parte foi que enquanto eu e o meu namorado estávamos a comentar com a minha sogra que aquele valor não ia dar para nada, ela diz ''é melhor isso que nenhum''. Olha fiquei possuída, é por haver pessoas a pensarem isso que recebemos estas quantias ridículas.

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  22. S*, se calhar devias ter esperado mais um bocadito para seres mãe, até teres a vida mais estabilizada ou um bom pé de meia para os imprevistos. É uma decisão que deve ser muito bem pensada porque é uma decisão para toda vida! Não é como resgatar gatinhos ou cãezinhos da rua! É que estar a contar com aquilo que não se tem, é um pouco irresponsável!
    Em todo o caso, espero que corra tudo bem e que a vossa vida financeira melhore!

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    1. Concordo. Pelo menos, no que a mim toca, o desejo de ser mãe sempre foi de ser mãe com determinadas condições (e não a qualquer custo). Nomeadamente, estabilidade emocional, profissional e financeira. Trabalhei uns anos numa sociedade de advogados e o ritmo era completamente louco (9h às 21h num dia normal, saír às 22h, 23h, meia-noite... todas as semanas em algum/vários dias). Jamais teria filhos com uma profissão assim (como muitos colegas meus tinham). Agora ganho menos, mas suficiente na mesma, tenho um horário das 9h às 17h, trabalho num sítio onde os direitos dos trabalhadores são respeitados, o meu marido está na mesma situação... assim estão reunidas as condições que nos tínhamos auto-imposto para sermos pais.

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  23. De facto neste país não há incentivo à natalidade. É uma vergonha. Depois não venham dizer que é um país envelhecido.

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    1. Claro que sim! É mesmo por isso que as pessoas decidem ou não ter filhos...

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  24. Existe coisas que nunca mudam neste pais...enfim

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  25. Vamos a contas:

    uma pessoa que ganhe o SMN desconta à sua parte €61.27/mês. Isto multiplicado por 14 meses dá 857.78.

    por uma pessoa que desconte o SMN a entidade patronal paga mensalmente €132.28. Isto multiplicado por 14 meses €1851.

    Ou seja, uma pessoa com um ordenado mínimo contribuirá anual e directamente para o Estado Social com aproximadamente €2700.

    Este é o contributo para ensino elementar (tendencialmente) gratuito, saúde (tendencionalmente) gratuita, segurança pública, bombeiros e abastecimento de rede de electricidade pública que cada contribuinte nestas condições faz. Servirá ainda directamente para pagamento de prestações sociais a reformados, desempregados e baixas médicas das pessoas que não podem momentaneamente contribuir e de salários da máquina institucional.

    Conclusão. Se para quem ganha pouco parece que desconta muito? Parece! Se se desconta, de facto, muito ou pelo menos o suficiente para poder pedir mais? Não.

    Num qualquer país europeu aos quais muito gostamos de nos comparar em momentos de aflição, estes valores são minudências. Em muitos deles paga-se até em função da religião que se tem ou não e ninguém reclama. - Isso a acontecer aqui em PT era motivo para incendiar as escadarias da AR. - Na hora de receber benefícios eles estão lá, é um facto, mas os descontos anuais em impostos directos e indirectos não são sequer comparáveis aos que se fazem por cá.

    Depois temos dois problemas incontornáveis e muito tugas: não temos riqueza própria suficiente para equilibrar as contas e temos um problema sistémico de corrupção activa/passiva e gente demais a engatar esquema atrás de esquema para conseguir viver à custa de subsídios ou equiparáveis.

    Portanto, se era agradável ter mais ajudas monetárias e até favorável a longo prazo em termos de manutenção do estado social? Era! Se é efectivamente possível atendendo ao nosso ratio de trabalhadores/não trabalhadores nacionais? Não.

    Infelizmente, sendo muito fria e prática, da mesma forma que nem todos podemos ter um Mercedes ou comprar uma casa, nem todos podemos ter filhos. A menos que se concorde com a velha máxima 'tudo se cria', hoje em dia ter um filho é um luxo a que nem todos se podem dar e que, portanto, deve ser pensado e repensado, analisado e contabilizado com todos os pressupostos previstos e imprevisíveis da vida actual de cada casal.

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    1. Ter um filho é mesmo um grande luxo. E é um luxo porque o estado não faz o que deveria fazer com os nossos impostos. E nem estou a falar do abono porque é óbvio que ninguém no seu perfeito juízo vai ter filhos por causa do abono.
      Uma pessoa desconta imenso e depois acaba por fugir ao sistema nacional de educação e de saúde, poupando tudo o que pode e trabalhando ainda mais, para descontar ainda mais para um serviço que não utiliza.
      Agora se me dizem que não uso porque não quero começava aqui uma conversa que nunca mais acabava: o serviço que conheço é pior que péssimo, salvo raras exceções que têm mais a ver com as pessoas (profissionais de saúde e de ensino) do que com o sistema.
      O que acho que colocava isto a funcionar bem era obrigar os políticos a colocarem os filhos nas escolas públicas e a usarem o Sistema nacional de Saúde. Isso é que melhorava o estado de coisas.

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    2. Carla, mais uma vez, a maioria das pessoas em Portugal não desconta imenso. Tem essa sensação porque ha uma serie de factores acessórios que funcionam mal. Se há muitos tachos, factores C, dinheiro mal gasto? Há, obvio. Mas não se resuma a culpa disso ao Estado. Se cada um de nós olhar em volta, conhece pelo menos um pessoa que tudo faz para fugir à sua obrigação de contribuir mas que é o primeiros dizer que o Estado Social não funciona e que é uma vergonha.
      Os políticos têm (muita) culpa, mas não a culpa exclusiva. Se cada um de nós começasse a acusar cada cunha, cada subsidio mal deferido,todo o salário que se recebe sem declarar à nossa volta ou se recusar a comprar sem factura lhe garanto que a situação estava muito melhor.

      Se o nosso SNS tem problemas? Muitos. Mas em comparação com alguns países altamente industrializados, os USA, por exemplo, são até um exemplo. Temos uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil do mundo, o nosso sistema de apoio oncológico funciona com eficácia e temos acesso a exames básicos com alguma rapidez e facilidade. Obviamente que há zonas mais criticas que outr, no entanto, na generalidade os cuidados de saúde de monta são prestados sem lhe exigirem saber se é contribuinte activo ou não.


      Em concluindo, não falo de si em especifico mas do que conheço na generalidade, para as coisas mudarem mesmo é necessário que alem de se acusarem os políticos à mesa de jantar enquanto se vê tv, se faça alguma coisa na pratica. Deixar de ser conivente com o que vemos à nossa volta ou, pior, contribuir de alguma forma para isso.

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    3. Ora e é para falar dos descontos lá fora eu posso falar na primeira pessoa.
      Os descontos num dos países da Europa onde mais impostos se pagam (e onde cresci e vivi muitos anos) são irrisórios comparando-os com os de Portugal.

      Dou-vos um exemplo da casa dos meus pais: ambos sem qualquer curso superior ou local de trabalho exímio. Ordenados: 8000 CHFr (pai) e 4500 CHFr (mãe). Durante anos os meus pais nunca sentiam necessidade de tocar no ordenado do meu pai porque o que a minha mãe recebia dava perfeitamente para o gasto (eles compraram terreno, fizeram casa toda aos gostos deles num piscar de olhos sem se preocuparem com créditos ou o que fosse).

      Na Suiça até se paga imposto pela quantidade de água da chuva que cai no nosso telhado (não estou a inventar), paga-se taxa quem quiser pertencer a uma religião (e eu acho muito bem, aliás acho uma estupidez a igreja não pagar impostos), paga-se todas as taxas que possam imaginar e mais algumas. Mas recebe-se muito bem para pagar todas elas.
      Um ordenado baixo na Suiça dá para a pessoa pagar as suas despesas, comer bem, viver, sustentar-se sem se ter de privar de viver: viajar, comer fora, etc. Claro que não dá para enriquecer mas dá para viver muito bem mesmo. Aqui faz-se o mesmo com o SMN? A viver sozinho?! Quem??

      Adiante, os meus pais pagavam imensos impostos e ao longo do tempo, consoante vamos evoluindo na autorização de residência e vamos tendo mais direitos também temos mais deveres e obrigações (ou seja, pagamos cada vez mais impostos também). Eu cheguei a um ponto em que paguei impostos como qualquer suíço. E posso dizer que os impostos são valores irrisórios, assim como é a conta da água, da luz, etc. Os preços para qualquer pessoa comum não causam mossa nenhuma. Nenhuma.

      O que são 80CHFr em água numa casa onde entram 12500CHFr, por exemplo? Nada. Mesmo numa onde entre 3500 CHFr, um dos ordenados possíveis mais baixos, 80 CHFr por luz (com aquecimentos ligados durante todo o inverno e com um conforto térmico total) faz mossa? Não me parece.
      Além disso, as coisas lá fora não são assim tão caras comparativamente a Portugal como se quer fazer parecer. Aliás os supermercados na Alemanha (como o DM são baratíssimos e até o Lidl é mais barato na Alemanha e na França do que em Porugal). Na Suiça de facto é caro comparando-o com Portugal mas, como disse acima, os 4500 CHFr da minha mãe pagavam o T3 (com arrumos e garagem), impostos, carro, alimentava 2 adultos e 2 crianças sem nunca nos privarmos de nada. Portanto quando compararem e quiserem falar de "lá de fora" façam-no com conhecimento de causa. É que lá, por exemplo, há mais de 20 anos atrás a minha mãe não só teve o apoio total no hospital, parto na água num hospital público como ainda tinha uma enfermeira que vinha a casa ajudá-la, vinha ver e pesar o meu irmão e dar um acompanhamento no pós-parto como nunca vi aqui em Portugal.

      (E antes que me venham acusar de sei lá o quê, eu adoro Portugal e vivo cá por opção porque gosto e porque o meu marido não se adapta ao alemão. Reconheço muitos defeitos em ambos os países e não tenho a mania que lá fora é que é bom mas neste caso acho que quem falou percebe tanto dos rendimentos vs. descontos como eu de batatas. Os portugueses descontam acima da média dos países da OCDE, ora tendo em conta os rendimentos este tipo de comentários é gozar com as pessoas da classe média).

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    4. Cara anónima, aqui em Portugal uma família que viva com ordenados de 11000€, apesar de todos os impostos que paga em proporção, também não precisa de se afligir com o nível de vida. Aliás, uma família com esses rendimentos é considerada classe alta, o que não acontece na Suíça. O problema é que aqui para se ter esses ordenados é preciso ser cargo de topo e na Suíça ganha-o a ser 'au-pair'. Está a comparar ordenados quando o que estava em causa eram impostos. Fazer comparação de alhos com bugalhos já é mais falacioso ao nível da argumentação.
      Se me disser que o problema em PT são os ordenados baixos, concordo em número, género e grau, mas isso são contas de outro rosário.
      Depois, deu o pior exemplo que podia para equiparar a Portugal. A Suíça tem um sistema económico assente em bases legais totalmente distinto, ou acha que passaram incólumes por duas guerras mundiais e dúzias de crises financeiras só porque são bons moços?! Estamos a falar de um país com sistema bancário extremamente forte em regime de offshore, com tudo o que isso permite e implica. Era a mesma coisa que vir agora alguém dizer ‘ah e tal nos Emirados Árabes Unidos nem impostos se paga’. Estamos a tentar fazer o cruzamento de um coelho com um javali.
      Antes de comparar com a Suíça, compare com a vizinha França. Ou acaso já ninguém se lembra da polémica da famosa mudança de nacionalidade de artistas e magnatas por causa da pesadíssima carga fiscal aplicada. A carga fiscal directa média de um trabalhador por lá é de cerca de 23%. Com €1500 de salário mínimo lá em vigor pouco consegue fazer na maioria das cidades francesas, ou seja, a situação é em tudo semelhante ao que aqui se passa, apesar da discrepância de valores globais.
      Além disso, esqueceu-se de mencionar um grande detalhe, a mentalidade. O suíço prefere comprar mais caro mas comprar o que é seu. O português vai de Lisboa a Badajoz comprar caramelos se isso o fizer poupar 5€. O Suíço, por princípio, não equaciona sequer trabalhar ao negro. O Português é o primeiro a perguntar quanto é que fica se for sem factura. O Suíço não mete cunhas no médico de família para estar a receber baixa médica durante meses a fio, aproveitando esses dias para fazer uns biscates por conta própria e ganhar uns extra sem declarar.
      Outro exemplo? Na Suécia o nível de vida é profundamente superior ao de cá. A Suécia está a braços neste momento com um excesso de receita porque os suecos estão voluntariamente a pagar mais impostos do que os que lhe são legalmente exigidos. Consegue imaginar tal cenário em PT? Eu não.
      Portanto, se em Portugal todos (absolutamente todos) contribuíssem a sua parte de forma real e verdadeira provavelmente as coisas seriam diferentes e melhores para todos. O problema é que se aponta muito o dedo aos políticos mas na hora de fazer alguma coisa fica-se a olhar para o próprio umbigo.
      Começou o seu comentário a dizer que ia falar na primeira pessoa, fê-lo muito bem dando o SEU exemplo, mas esse exemplo não chega para o tornar regra, infelizmente.

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    5. E como é a economia paralela na suíça? É que cá em portugal quem pode fugir aos impostos, foge. E se puder arrecadar mais beneficios com mentiras (mas solteiras que vivem com os pais dos filhos mas não declaram, pessoas com emprego que não declaram e depois ainda acumulam com rsi, como comentaram acima trabalhadores por conta própria que nao declaram o que ganham e os filhos ainda tem direito a abonos e bolsas sem precisar, etc) é coisa que não falta. Porque cá, é esta a mentalidade. Pagar o mínimo e receber maximo. E depois não chega para tudo... E todos acham muito esquisito. Se isto não acontecesse, todas estas trapaças, tinhamos uma sociedade muito mais justa, onde os benefícios existiriam para todos.

      Anac

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    6. Portanto eu estou a comparar as percentagens de rendimentos com as percentagens de impostos e o meu comentário é que não faz sentido? O seu é que não faz porque quer falar de lá de fora sem saber claramente do que fala.
      Eu não estou a falar de rendimentos de classe média alta na Suiça. Os meus pais tinham rendimentos médios. É que lá, ao contrário da maioria de cá, os patrões quando vêem um bom trabalhador recompensam-no, não o exploram. Daí que o meu pai que começou com um ordenado de 5000CHFr ter em poucos anos subido e ter também passado a ter outro tipo de responsabilidades dentro da empresa. A minha mãe entrou com 3500fr e teve direito a um aumento em pouco tempo também. Mas o meu pai não deixava de estar a trabalhar numa empresa de demolições, nas obras. Aliás o patrão dele e os filhos do patrão também lá andavam - nas obras, com os empregados (de facto, a mentalidade é muito diferente, concordamos).

      Qualquer trabalhador, sem qualquer especialidade recebe no mínimo os 3500 Fr (nunca conheci ninguém que recebesse menos). Quer comparar em termos percentuais o que cada um paga de imposto com o que se paga cá?! Ou as percentagens relativamente à alimentação, à habitação, etc?
      E os Suíços não se importam de pagar caro só para comprar o que é seu? Não me parece que conheça grande coisa da mentalidade Suíça. O Suíço vai comprar o carro Sueco se ele for o mais seguro, vai comprar com cabeça e não pelas aparências, um suíço investe o dinheiro e irá procurar sempre a melhor qualidade independentemente do preço, se essa qualidade não for obtida num produto suíço ele não o compra. Ponto. E se a melhor qualidade for de qualquer outro país é desse país que vai comprar.

      Mas peguemos no seu exemplo de França, nos 1500€ de ordenado mínimo e nos impostos. Ninguém faz nada? Olhe o meu irmão tem 20 anos e emigrou sozinho para França há pouco mais de 1 ano.
      Ele vive nos arredores de Paris (a uns 10km do centro), tem um apartamento que paga com o ordenado dele, ele é o único com rendimentos e a namorada dele ainda é estudante (e foi por isso que ele foi para lá). Paga os impostos que tem de pagar e sobra muito (dito por ele): no ano passado comprou um carro a pronto pagamento, foi de viagem para um país com a namorada e veio a Portugal no natal. Este ano já tem 2 viagens marcadas para locais fora da Europa e continua a ser o único a ter rendimentos.
      E ele foi para lá receber o ordenado mínimo mas o patrão entretanto decidiu aumentar o salário dele porque gostou do trabalho dele. Ainda assim não tem um rendimento milionário.
      Por aqui vê esse tipo de reconhecimento e de recompensa a um bom trabalhador?

      Acho que não sabe que nós pagamos mais em impostos do que a média da OCDE. E isso é que é a questão.
      O nosso problema é o sistema que é mal feito, a corrupção e a falta de implicações legais para quem o faz.
      Não podemos querer que as pessoas não façam economia paralela se quem é suposto ser honesto desvia milhões e não lhes acontece nada, se quem supostamente tem mais dinheiro em Portugal e uma empresa de sucesso vem queixar-se que o OMN é excessivo (?!) e por aí fora.
      Sabia que os portugueses são dos que mais horas trabalham e menos recebem?

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    7. Ps: Ainda relativamente a França: quem tiver 3 filhos em França, menores (salvo erro) do que 4 anos recebe um OMN (1500€/mês) para ficar em casa a cuidar deles.

      O meu exemplo na primeira pessoa deve-se ao conhecimento de quem viveu a realidade e não de quem quer fazer parecer que lá fora se paga imenso de imposto quando na realidade quem até mais do que a média da OCDE são os portugueses.
      E a questão é que cá em Portugal alguém sem um curso superior (e mesmo com ele) cada vez é mais dificil que ganhe mais do que o OMN que ronda os 500€ e quer comparar isso a alguém que ganha de OMN 1500€, por exemplo. As coisas em França não são 3x mais caras, nem eles pagam 3x mais impostos que os portugueses.

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    8. Não fui eu que escrevi o comentário das 12:31 mas concordo com grande parte dele. E mencionou uma coisa absolutamente essencial: a Suíça faz parte dos regimes offshores europeus, portanto, logo por aí deve ser analisada por um prisma totalmente diferente. Quem trabalha com fiscalidade diariamente jamais poderá ignorar esse factor numa análise deste conteúdo.
      Mais, a Senhora continua a confundir salários baixos/nível de vida com impostos. Está a confundir o premiar pelo mérito com a obrigação de consciência social das entidades patronais. O Estado pode criar diretrizes mas não pode obrigar a empresa privada a aumentar salários baseado num sistema tão subjectivo como a meritocracia. O Estado ‘manda’ nos seus funcionários e não nos dos outros. Uma vez mais, está a confundir mentalidades com números.

      Eu posso ganhar 500 e descontar 1 ou ganhar 5000 e descontar 90 e é isso que faz a diferença! Não é o que eu ganho, é o que eu desconto daquilo que ganho.

      Eu não sei, de facto, quais são as taxas do equivalente ao nosso IRS e SS, por isso, pergunto, quais são os escalões de descontos aplicados aos salários na Suíça? É unicamente com essa informação esclarecida que se podem fazer comparações. Se me puder esclarecer, eu agradeço. Agradeço ainda (que o conhecimento nunca é demais) que me faça uma listagem de todas as taxas acessórias pagas pelo comum cidadão e, a partir daí, vamos analisar matematicamente a situação. Ou, caso contrário, toda esta discussão faz-me lembrar uma situação em que duas jovens inocentes me ligaram para o escritório a perguntar porque é que o total do recibo delas era diferente se ganhavam o mesmo…

      Por muito estranho que lhe pareça, não é a única que teve familiares/conhecidos próximos no estrangeiro, eu também tenho e sei que a minha tia, por exemplo, para conseguir viver no centro da Paris e conseguir pagar as contas de lá e ainda poupar algum, acumula três trabalhos por semana e uma vida social pouco activa. Tal como ela, estão aí os milhares de emigrantes que todos os anos vêm cá reclamar que isto está muito mau mas depois confessam que para conseguir comprar a casa e o carro, durante os outros 11 meses trabalham muitas e muitas horas e poucos ou nenhuns pequenos luxos têm por terras gaulesas. Também sei o quanto a minha tia, na primeira pessoa, se queixa dos valores reais de impostos anuais que paga. E, só porque sim, vá num furinho perguntar ao Gerard Depardieu e aos futebolistas de lá se eles acham que os impostos em França são justos e equitativos... Também tenho amigos na Suíça, que vivem lá há uma vida, com filhos e netos lá nascidos e criados e que são os primeiros a dizer que têm muitos benefícios mas que pagam taxas quase por respirar. Neste caso em concreto, um dos membros do casal teve um gravíssimo acidente de trabalho que lhe causou uma grande deficiência permanente e definitiva e que por ela recebe uma enorme reforma de invalidez e que é o primeiro a dizer que se não fosse essa a situação há muito que tinha regressado porque não conseguia custear o actual nível de vida que tem em Zurich com os trabalhos que ele e a mulher tinham. Portanto, não basta conhecer um caso positivo para criar uma estatística.

      "Não podemos querer que as pessoas não façam economia paralela se quem é suposto ser honesto desvia milhões"... eu, ingenuamente, diria que não devemos exigir aos outros aquilo que nós, em ínfima escala, não conseguimos fazer. Eu só reconheço moral na exigência se puder apresentar a minha conduta como exemplo e não o inverso. Portanto, e dando mais do mesmo, há um problema sistémico nacional de sacudir a água do capote no que respeita a responsabilidades sociais e é muito isso que leva a que sejamos um país com profundas injustiças sociais.

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    9. Eu concordo que só podemos exigir quando damos por isso é que acho bastante estranho que se queira que os portugueses sejam completamente transparentes quando quem os governa e exige transparência faz precisamente o oposto.
      Além disso também acho estranho que se pergunte se os portugueses entregariam mais impostos que os exigidos. Eu acredito que o fariam mas era se tivessem as mesmas condições.
      Quem veio comparar o incomparável não fui eu, precisamente porque cada país tem um sistema único, não é comparável com o "estrangeiro" porque nós não temos as mesmas condições, a nenhum nível.

      Por algum motivos os portugueses têm fama de serem bons trabalhadores e honestos na maioria dos países por onde andam e trabalham. E, sinceramente, eu acredito que se as pessoas cá tivessem as mesmas condições não se importariam nada de pagar o que é pago lá fora ou até de darem voluntariamente mais dinheiro para o Estado -se vissem que o dinheiro não era mal gerido ou desviado sem qualquer consequência.

      E eu não estou a confundir os baixos salários com impostos ou para vocês é indiferente ganharem 500€ ou 3000€ e pagar 200€ de impostos? É que para mim é muito diferente e diria que para a grande maioria das pessoas também é.
      Principalmente quando se exige às pessoas que trabalhem, esforcem e paguem impostos e depois se vejam casos de corrupção e gestão danosa uns atrás dos outros sem quaisquer consequências judiciais para quem o faz.

      Em relação a viverem no estrangeiro e mal dar para comer... se assim fosse não voltavam para o país do qual são originários?
      A menos que se tenham sobre endividado acho realmente estranho para ser sincera. Talvez porque eu não conheço só 1 ou 2 pessoas que emigraram, conheço imensas. Só em Paris tenho mais de 11 familiares alguns emigrados há dezenas de anos e por isso em situações que não são comparáveis pois foram numa época onde conseguiam ganhar muito mais mas conheço vários que foram recentemente e ganham mesmo bem. Ao ponto de alguns até optarem por ter a mulher em casa e serem só os maridos a trabalhar, apesar de não receberem ajudas do Estado para isso.
      E, sim, como disse na Suíça paga-se por tudo e mais alguma coisa mas há uma "pequena" grande questão que são os salários e o quanto mas pessoas recebem. O Estado Suíço não faz impostos às cegas sem ter noção dos rendimentos das pessoas...garanto que me custava bem menos pagar pela chuva que me caía no telhado me ficava bem mais barato do que a qualquer português comum pagar pela quantidade de sol que a casa recebe (vamos a ver se esse imposto vai para a frente ou não).

      O Estado pode criar diretrizes que impeçam a escravatura moderna, por exemplo, através de um SMN justo que permita às pessoas sobreviver, com estudos de impacto, com ajustamento de impostos cobrados às imprensas por cada trabalhador e por aí fora.
      Tal e qual como se faz noutros países como a Alemanha, França, etc é que quando os empregadores não dão condições de sobrevivência aos seus trabalhadores o Estado tem sim uma palavra a dizer mas para isso era preciso que em vez de interesses entre amigos, politiquices e cunhas existissem pessoas verdadeiramente interessadas em fazer evoluir o país a longo prazo.
      Infelizmente acho que a classe política portuguesa na sua grande maioria falha muito nesse aspecto.

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    10. Impresas era empresas.

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  26. Eu gostava de perguntar à anonima das 23:41 quais são as taxas e percentagens reais de impostos na Suíça. Não quero saber de salários máximos e mínimos, de contas da luz e da água, quero é saber as taxas reais de impostos directos sobre os salários e os indirectos para taxas administrativas. Só assim se consegue chegar a uma conclusão. Até porque, como já foi tão bem mencionado, a Suíça está inserido no termo 'paraíso fiscal' e não é à toa, isso faz toda a diferença.

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  27. Eu não tive direito a nada, sou rica e não sei!

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  28. Sem me dar ao trabalho de ler os comentários digo-te apenas que esse tom do "ai portugal" me incomoda um pouco... Compreendo que te fizesse falta mais algum apoio mas porque não pensar o contrário? Porque não dizer antes: ainda bem que vivo num país com acesso a educação praticamente gratuita, óptimos cuidados de saúde tendencialmente gratuitos e ainda recebo um pequeno apoio para preparar a chegada do meu bebé! Temos muita coisa a funcionar mal e muito por onde melhorar mas essa conversa de é o país que temos cansa...

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  29. sempre tive a opinião de não ter filhos, o valor é demasiado alto para poder dar o minimo para o meu filho. Entretanto a minha qualidade de vida melhorou (porque emigrei) e decidi ter um filho. Nunca, pensei em pedir nada ao estado. Acho que não podemos depender de terceiros para dar melhores condições aos nossos filhos. Atenção que se pagamos impostos deveriamos ter algum apoio, ou melhores condições. Mas tal não acontece. Nunca pedi nada ao estado, porque aos olhos do estado tenho dinheiro suficiente para não precisar de ajuda. OUtra coisa, eu desconto aqui e em Portugal, ou seja, pago o dobro da grande maioria e no fim, não tenho qualquer regalia.
    Tendo em conta o estado do pais, termos filhos é um acto de coragem. Coragem com todas as instabilidades. As campanhas de natalidade são absolutamente incorrectas, tendo em conta as condicoes das familias, do tempo de aleitamento, do tempo de estadia do pai, dos custos dos exames...etc.
    ah e sim, paguei os meus exames todos porque não havia vagas na caixa. Por isso, para mim, é ter filhos sem apoio do estado.
    Bjs
    Vanessa

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Para dormir - solução, procura-se!

É uma pessoa desesperada que vos escreve, esta manhã. Conhecem soluções naturais para dormir bem de noite? Algo que me faça ferrar o galho e só acordar no dia seguinte? Estou farta de noites mal dormidas. Estou farta de ficar até às 5 ou 6 da manhã sem conseguir dormir. Chego ao desespero, com vontade de chorar. De dia, sinto-me cansada, porque o descanso é uma porcaria. Não sou grande adepta de medicamentos mas, se tem de ser, é. Alguém conhece um remédio, uma erva, o que seja?

Coroas caseiras

Este ano a senhora minha mãe entreteve-se a fazer coroas de Natal. :) Para ela, fez uma coroa mais tradicional, com as peças decorativas em plástico, à moda antiga. Para a minha irmã, fez uma rena.  Para mim, fez a coroa mais espectacular de sempre, com flores artificiais, muitas bolas coloridas e pendentes dos corações. Romântica, como eu.  Contagem decrescente para o dia mais especial do ano... Amanhã inaugura-se o calendário de advento com quadradinhos de chocolate!

Um ano a dois

Como o tempo voa, hoje celebro um ano de um relação calma, que me foi conquistando aos poucos e que, hoje em dia, me dá todas as certezas. Quando nos conhecemos, em Abril do ano passado, viramos amigos. Na verdade, tornou-se meu confidente e aturou-me durante semanas e semanas a "chorar-me" por outra pessoa. Já eu percebi que ele gostou de mim no primeiro café que tomamos, mas como é tão ou mais discreto que eu, nada feito. Ficamos assim, entre avanços e recuos, entre conversas diárias e afastamentos semanais. Ao meu lado quando fui operada e nos dias que se seguiram. Eu ainda sem rumo, à procura de algo que não sabia ainda o que era. Foi no dia 6 de setembro de 2021 que a amizade evoluiu para algo mais.  Desde o primeiro dia que não me deixou dúvidas de que queria estar ao meu lado. Acho que foi exactamente isso que (de forma um pouquinho "umbiguista") me fez apaixonar por ele. Sempre percebi que gostava de mim. Sempre me senti acarinhada, querida e desejada.  Dura