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Sobre aquilo do vídeo da Figueira da Foz

Eu nem sei muito bem o que dizer. Dos 13 minutos, consegui ver 2, porque aquilo perturbou-me imenso. Lembro-me perfeitamente de uma vez - apenas uma, mas foi mais que suficiente - ter ofendido um colega de turma. Chamei-lhe "escadote", como os outros meninos lhe chamavam. O ar de tristeza dele quando eu o fiz ainda hoje está gravado na minha mente. Arrependi-me no segundo a seguir, mas o mal estava feito - e não há porra de vez em que não passe por aquele rapaz, que hoje é um homem, e não me sinta uma merda, porque sei que ele se lembra de que eu, que até era amiga dele, um dia, o ofendi. Se fosse comigo, também não me esquecia.

Nunca fui maldosa para os outros meninos, nunca fui de gozar, de chamar nomes. Felizmente, sempre tive turmas unidas, sem chatices. No liceu a coisa piou mais fino, mudei de turma, aprendi a defender-me, tornei-me mais forte. 

Dizia então que quando vi o vídeo fiquei verdadeiramente enojada. Deu-me vontade de chorar, admito. Aquilo é gente que, no meu entender -  que admito que esteja errado - nunca vai deixar de ser gentalha. Gente absolutamente desprovida de sensibilidade, incapaz de perceber o quanto se está a magoar o outro ser humano. Ou então sabe, mas está-se borrifando, o que é ainda pior - não querendo comparar, mas comparando, é aquela insensibilidade, que também me choca, que associo a quem gosta de touradas. Sabe que magoa de forma gratuita, mas magoa na mesma.

Entre as acusações às miúdas e aos rapazes que ajudaram à festa, levantaram-se umas vozes de acusação: "a sociedade é que tem culpa disto, a sociedade é que forma guetos, que despreza as pessoas, tornando as minorias uma espécie de classe inferior".

Sem querer ser ofensiva, párem lá com essas tretas. Eu, enquanto ser humano e social, recuso essa treta. Eu não faço mal a ninguém, tento não discriminar, tento não desprezar ninguém. Eu não assumo culpa que sei que não tenho no surgimento de gente de merda. Sim, existe gente de merda. Gente má, simplesmente porque sim. 

Existe gente má, insensível, por uma qualquer causa desconhecida. A culpa não é dos pais, dos professores, da sociedade. É da pessoa, ponto. 

Quantos de nós não conhecem casos de pais que têm mais do que um filho e, por azar, um dos filhos "saiu" mais maldoso? Foram criados da mesma forma, amados da mesma forma, educados da mesma forma... mas não são iguais. 

A sociedade tem culpa de muita coisa, sim. A sociedade é a culpada de alguns distúrbios, é verdade. Mas não de todos. Por vezes parece que querem culpar toda a gente, menos os agressores. 

"Oh, ele bate na mulher, mas também cresceu a ver o pai a bater na mãe. Oh, ela bate na colega de turma, mas também tem os pais a separar-se e anda em stress. Oh, ele maltratou o colega de trabalho, mas falta-lhe dinheiro em casa e anda enervado".

Nem toda a gente que tem más influências vira má pessoa. O facto de sermos desprezados pela sociedade não nos torna obrigatoriamente um ser desprezível. As nossas dificuldades e eventuais problemas pessoais não podem nem devem desculpar a desonestidade, a maldade, a crueldade.

Por vezes, a culpa é só mesmo dos agressores.


Nota: Só porque já consigo adivinhar alguns comentários, respeitem que esta é a minha opinião. Respeitem a minha para que eu possa respeitar a vossa. Discutamos, mas sem faltar ao respeito, está bem? :)

Comentários

  1. Nenhum filho de mesmos pais é criado da mesma forma, isso é uma ilusão.

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    1. Em princípio, os valores serão os mesmos - e é disso que estamos a falar. Eu partilho os mesmos valores, ideias e ideais que a minha irmã gémea. ;)

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    2. Concordo com o anónimo é uma ilusão, os tempos mudam-se as pessoas também e a educação nunca consegue ser igual. Mas os principais valores estão lá (concordando com a S*).

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    3. Isso foi porque vocês foram criadas simultaneamente. Irmãos gêmeos não correspondem à norma. Aliás, mesmo sendo irmãos gêmeos, há muitos factores além de valores que podem afectar a criação de alguém. Nem que seja o facto de poder existir favoritismo de um dos filhos. Há muitas razões para alguém se sentir menos merecedor ou apreciado. A forma como os pais reagem perante os filhos depende substancialmente dos filhos, da sua personalidade, assim como das expectativas que os pais têm em relação a esses filhos. Filhos com idades diferentes então nem se fala, tantas mudanças ocorrem aos pais entre o nascimento de um ou outro filho, que a educação de ambos é substancialmente diferente. Os valores dos pais mudam, como tudo.

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    4. Eu também concordo que nenhum filho (excepto gémeos e mesmo assim têm de ter feitios muito idênticos) é educado da mesma forma pela simples razão que todos os seres são diferentes e por muito que se tente incubir os mesmos ideais e as mesmas crenças, cada um vai absorver as coisas de modo diferente...

      Agora também acredito que há cada vez menos tempo para ser ensinar valores porque os pais trabalham cada vez mais, as crianças estão em infantários mais tempo e a falta de uma palmada na hora certa e no momento certo (porque agora é proibido dar-se uma palmada) pode ajudar a que estas crianças e futuros adolescentes cheguem a estas idades e tenham ali uma falta de sensibilidade para certas parvoíces que já deviam ter juízo...

      Eu levei muitas palmadas e não morri, mas também não andava nas escolas a gozar com este ou com aquele ou à pancada na rua com uma gaja ou gajo qualquer só porque era muita fixe e porque era a maior... aliás eu era (e acho que ainda sou) que se advinha confusão ao pé de mim, ponho-me a milhas, e antes que digam que devia de ir lá e defender... desculpem meus amigos mas eu tenho muuuuuuito amor à minha pele e se ver que as coisas ficam graves sou a primeira a ligar para policias, GNR
      e afins, mas meter-me nah...

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  2. Subscrevo completamente! E ainda agora estava a ler que os psicólogo já vieram dizer que os agressores também estão com problemas psicológicos. É assim cru e limpo: são adolescentes, ainda não são responsáveis mas agem como tal, têm problemas? Não é nos outros que se descarrega, ou então descarreguem em que lhe provoca essa frustação. Acredito que possam vir de família problemáticas. Todos nós temos os nossos problemas, todos nós temos os esqueletos na família, mas não é razão para se pegar num elo mais fraco e humilhar. Tendo em conta os problemas que tenho agora, bem então coitado de quem passasse à minha frente se eu fosse fazer o que eles fizeram. Somos produto da nossa genética e no contexto onde crescemos, mas no final são as nossas deciões que nos definem. E pessoas como essas miúdas vão ser sempre fracas de espirito.

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    1. thedailymiacis, eu considero que a minha família (a minha família!) pensa errado em algumas coisas e EU penso completamente diferente. Nós somos muito influenciados pelo meio, pelos pares, pelos amigos, por toda a sociedade... mas nós não somos simples esponjas que absorvem influências. Temos o nosso EU, que deve ser sempre mais forte. Por isso é que EU consigo pensar diferente da minha família, que amo com tudo o que sou, em algumas coisas.

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    2. O teu EU não surge do nada, inatamente, que rege tudo de forma a que o bem persista. Se fosses filha de um mafioso, rodeada de mafiosos, provavelmente sérias mafiosa, o teu EU é um resultado de um EU colectivo mais genética. Por isso essa ideia de que o EU vai sobreviver a tudo quando ele resultou da educação e da genética, parece-me bastante infundada.

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    3. Anónimo, desculpe mas não leu bem o que eu disse. "Nós somos muito influenciados pelo meio, pelos pares, pelos amigos, por toda a sociedade... mas nós não somos simples esponjas que absorvem influências. "

      Obviamente que a família, os amigos, a sociedade nos influencia... mas existe um EU que pode contrariar as influências, que pode ser mais ou menos presente, para o bem e para o mal.

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    4. E se a maioria das influências for negativa? Que EU vai contrariar essas influências quando o EU vai estar em consonância com essas influências?

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    5. Anónimo existe claramente um EU que não depende apenas do meio onde nos inserimos. Olhe o seguinte caso, na casa dos meus avós só havia violência, a minha mãe e tias não tinham outros exemplos.E a minha mãe sempre foi uma mãe espectacular. Sempre tive uma mãe equilibrada. Já as minhas tias nunca o foram e ainda hoje usam a desculpa do meio onde viviam. Infelizmente, em alguns casos, somos muito influenciados, mas felizmente somos seres racionais e conseguimos fazer escolhas :) Ana

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    6. Obviamente que a sua mãe teve alguém de referencia na vida que a levou a ser uma pessoa mais equilibrada. Não foi o EU que já vinha formatado para ser bondoso, obviamente.

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  3. Infelizmente, há famílias onde um filho e os outros são criados de formas diferentes, ou por preferência dos pais, ou por aquele filho não ter sido desejado, ou por não ser o filho "maravilha" enquanto o irmão é o melhor e o mais fantástico em tudo. No entanto, não discordo do que dizes no resto, concordo em absoluto que há sim gente de merda, gente que não interessa a ninguém, que até pode sofrer a potes por causa disso mas nada faz para mudar ou melhorar, e que é assim má e pronto. E sim sou psicóloga e tenho este ponto de vista, detesto falsos moralismos, ai que são todos uns coitadinhos de uns sofredores... blablabla.... Naquele momento revelaram-se más pessoas, e embora não possamos avaliar uma pessoa por uma atitude solitária, devem ser julgados, e levar um belo castigo. Ah e esta humilhação não lhes faz mal nenhum, forma de provarem o próprio veneno.

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    1. Petra, isso são excepções, acredito. Pais equilibrados criam os filhos mais ou menos da mesma maneira.

      Quanto aos falsos moralismos, tu conheces-me, sabes que não sou de paninhos quentes nestas coisas. Uma chapada bem dada resolvia muita coisa.

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  4. Apesar de não ter muito a ver... acho que está algo relacionado.

    Sei que quando mudei de escola e saí do 2º ciclo, comecei a ser alvo de gozação por parte de alguns alunos mais velhos, mas o mais engraçado, é que eu devolvia sempre a resposta, começando eu a ser a bully perante os mais velhos... lol. Sinceramente, ainda hoje me rio com a situação. Não sinto orgulho naquilo que fiz, mas também não sinto pena de quem gozei, porque foi o troco daquilo que me deram... Ainda me lembro de uma vez, sempre que um rapaz que gozava comigo passava por mim (e não estava para aí virado para me chatear) eu imitava um animal que eu achava que lhe assentava mesmo bem... fazia sempre isso. Um dia ele passou-se e agarrou-me nos cabelos e disse "Diz lá essa merda outra vez".. eu estava a morrer de medo por dentro... mas o que eu fiz foi.... imitar o animal de novo. A verdade é que o gajo bazou todo lixado da vida e nunca mais me chateou. Tive sorte... podia ter-lhe dado para pior... enfim, era uma parvinha armada em esperta. lol

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    1. Também é verdade, os agredidos podem virar agressores e, às vezes, até se tornam piores do que os agressores originais. Cabe-nos tentar mudar isso. Hoje em dia sabes reconhecer o teu erro. ;)

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  5. Tal e qual. Concordo plenamente contigo, S*.

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  6. A minha opinião sobre o que aconteceu e sobre o bullying em geral é bastante simples (e sofri na pele): se a pessoa tem um fundo mau, uma qualquer característica da personalidade menos boa, por melhores que sejam os pais, melhor seja a educação, sejam incutidos os melhores princípios, se o filho tem uma personalidade menos boa, nada, nada de nada é suficiente, porque está na personalidade o traço de maldade. E quem faz este género de coisas tem ali qualquer coisa que falha: um ego minúsculo, uma baixa auto-estima, uma necessidade de ser o centro das atenções.

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    1. Inês, infelizmente tendo a acreditar nisso... a maldade está-lhes no sangue.

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  7. Não vi o vídeo, porque profissionalmente (e como psiquiatra de crianças e adolescentes) vivo rodeada destas histórias, por isso dispenso. Mas já ouvi falar do assunto (aliás, até foi uma mãe que falou disso numa consulta). Como não vi o vídeo não vou propriamente opinar sobre ele, mas tenho só algumas considerações que gostava de partilhar contigo. Existem miúdos maus, no sentido de serem mesmo psicopatas? Sim. Todos os miúdos que batem nos outros são maus? Não. Não é uma questão de querer culpar toda a gente menos os agressores, é mesmo uma questão de haver determinadas situações em que a culpa não é de ninguém. Miúdos com depressões agidas, miúdos com perturbações do comportamento, miúdos muito aflitos no geral podem passar ao acto, e isso não faz deles maus miúdos. Garanto-te que já vi imensos na consulta, alguns deles depois de coisas bastante más (mesmo!), e são apenas miúdos aflitos, sozinhos e muito, muito tristes. O que não invalida que existam outros que sejam psicopatados, claro. No fundo o que referes em relação às circunstâncias tem muito a ver com a resiliência se cada um, e se há miúdos que vivem determinadas situações e ultrapassam-nas há outros que até com coisas pequenas se desorganizam e passam ao acto.

    Esta situação que vês no vídeo vejo eu nas consultas todos os dias, quer de um lado (os agredidos) quer do outro (os agressores). E garanto-te que muitas vezes ambos estão igualmente aflitos, simplesmente têm formas diferentes de demonstrar isso.

    E em relação ao facto das miúdas serem sempre assim para o resto da vida... Bem, espero que algum pedopsiquiatra pegue nelas e faça magia ;)

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    1. Joana, desculpa, eu sei que provavelmente tens razão, até porque estudaste para isso e lidas com casos destes diariamente. Mas esse tipo de aflição eu resolvia bem, se fossem meus filhos. Nem era preciso bater - era só educar com base no RED - Respeito, Educação e Disciplina. Miúdos sozinhos, aflitos e tristes não têm de ser maldosos e reles. Isso é escolha deles.

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    2. Interpretaste-me mal :) Eu não disse que os miúdos sozinhos e tristes passam ao acto, disse que há alguns que sim. Há aqui um grande montão de variantes à mistura ;) Até há aqui a importância da pressão do grupo, que no nosso tempo não era tão notória mas que hoje adquiriu contornos extremamente importantes para os miúdos. Os pais trabalham mais e estão menos disponíveis, os miúdos passam cada vez mais tempo na escola com o grupo de pares, juntam-se as redes sociais à mistura e depois alguns acabam a fazer porcarias irresponsáveis.

      Enfim, só espero que toda a gente esteja a ter ajuda (o miúdo que foi agredido, os outros, os pais de toda a gente, etc).

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    3. Outra coisa: se foi apresentada queixa (não sei se foi ou não) mesmo que estejamos a falar de adolescentes o caso pode seguir para tribunal e será aplicada uma medida que pode inclusivamente incluir a integração em centro educativo em regime fechado (na prática equivale a estar preso). Ou seja, a justiça também não anda propriamente aqui a dormir ;)

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    4. Joana, sim, é verdade, hoje os miúdos parece que vivem com os amigos e não com os pais... mas, lá está, só somos assim tão influenciados se o permitirmos.

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    5. Eu acho esta troca de comentários incrível. Está aqui uma psiquiatra que, tirando o facto de que estudou para isto (como tu referiste) e logo à partida tem uma probabilidade elevada de
      conhecimento bastante mais aprofundado e lógico do que tu, apresentou razões perfeitamente válidas (cientificamente falando). Tu, tirando o facto de que escolheste uma frase mais diplomática demonstrando a possibilidade (?!) de ela ter mais razão, ignoraste toda e qualquer lógica e continuas a insistir nesta noção de que todos nós temos a capacidade de escolha acertada e que, quando não a temos, uma chapada resolve a questão. Tirando a tua atitude de psicóloga por google, qual é o decreto que te poderá levar a considerar que está errada? Existe?!

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    6. Anónimo, se isso é para mim, vá chatear outra. A Joana é médica, só para esclarecer. Mas eu tenho direito à minha opinião. ;)

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    7. Anónimo ou anónima das 07:49, e se o agredido fosse seu filho, hein? Também era assim tão compreensiva? É! Quando é aos outros...

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  8. Hoje também partilhei um desabafo no blogue sobre o que esta loucura que é o mundo em que vivemos e esta e outras notícias que andam em voga esta semana. Farta de maldade!

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  9. Infelizmente S* e devido também a minha experiência vejo muitos pais pouco equilibrados... Sabes que só sabe o que vai no convento quem lá está dentro... Mas é o que te digo, um castigo nestes ganapos prepotentes. Até podem sei lá vir a revelar que não são maus, mas este video é algo horrível e do qual se devem envergonhar.

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  10. Concordo totalmente. Há pessoas que são simplesmente maldosas, contra toda a educação, carinho e amor que receberam em casa. A culpa não é sempre da sociedade, das pessoas que educam.

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  11. Concordo contigo! As pessoas crescem e são como querem ser, não como os pais querem ou a sociedade quer...

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  12. Concordo contigo! Não é necessário ter-se levado má vida, ter-se perdido os pais ou ter-se sido agredido em pequeno. Quem é mau, nasce mau e é assim que vai ser! Esses jovens do vídeo são mesmo assim! Não consegui ver o vídeo todo e quando deu nas notícias mudei de canal...mete-me impressão ver aquele miúdo ali quieto a levar estalos. Espero que os agressores sejam punidos como merecem.

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  13. Tal como disse no blog, o meu único pensamento é: "Que nojo de gente!". Quanto à "origem" das coisas, não comento. Concordo que muitas vezes é fruto da educação - ou falta dela... - que têm em casa, eventualmente da falta de afecto também, mas nem sempre é assim tão linear. Há gente má e pronto. Neste caso parece-me antes que há gente fraca e pronto: miúdos que precisam de - e sempre em grupo! - humilhar outros, baterem noutros, rebaixarem outros para se sentirem de alguma forma superiores, visto que nunca o serão de outra forma. Gente que nunca passará desta merda que mostra ser.

    E enerva-me um pouco esta preocupação que agora surge em relação a estas pessoas: que podem estar a ser sujeitos a muita pressão, que também estão a sofrer... Eu quero mesmo é que sofram! Não defendo qualquer tipo de violência, abomino esta coisa do "vamos juntar-nos para lhes dar uma coça", mas não tenho pena nenhuma deles. Estão a arcar com as consequências do que fizeram! E têm idade para que assim seja...

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  14. Também não consegui chegar nem a meio do vídeo porque achei aquilo horrível. Quanto ao porquê destas coisas se passarem, não sei muito bem o que pensar.. acho que a natureza das pessoas influencia muito mas, no entanto, acho que o ambiente envolvente (a educação, sobretudo) também é de grande importância. E, por muito que ache que os agressores deste vídeo devam ser castigados e tenham pagar pelo que fizeram, ao mesmo tempo acho que criar páginas no facebook contra adolescentes (por muito imbecis que eles sejam) e juntar-se meio mundo para os insultar e ameaçar não é a melhor maneira de reagir, acho que serve só para descermos ao nível deles...

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  15. Não vi o vídeo e, por isso, não o posso comentar. Mas para mim é mais do mesmo. É a sociedade, foi a infância, é o meio. Mas nós vivemos todos ma mesma sociedade, muitos com problemas na infância e dentro do mesmo meio, nem todos têm as mesmas atitudes.
    É difícil tratar todos os casos do mesmo modo, porque as pessoas não são todas iguais e quando colocamos a influência do meio, poderíamos colocar a questão de outro modo: porque não aprender com os erros do pai bêbedo e dos maus tratos, para tentarmos ser melhores pessoas?

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  16. "As nossas dificuldades e eventuais problemas pessoais não podem nem devem desculpar a desonestidade, a maldade, a crueldade." e com isto disseste tudo. Faço minhas as tuas palavras.

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  17. Concordo inteiramente! Não é uma questão de sociedade, não é uma questão de virem de lares destroçados ou de boas famílias, a maldade impera, assim como a passividade. Como resolver a situação? Talvez culpar quem deve ser culpado ou responsabilizado ao invés de tanto se discutir de quem é a culpa e o que leva a isso, quando os culpados estão mesmo à nossa frente! Aconselho a este propósito o filme sueco "Ondskan"!

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  18. Uma enorme crises de valores, é o que é! E se juntarmos os telemóveis com câmara fotográfica e as redes sociais, está o caldo entornado! O que me assusta é que será esta gentalha - e muitos chegarão às universidades, associações de estudantes, e partidos políticos - será quem governará o país num futuro não muito distante!

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  19. Você tem toda razão. A personalidade de uma pessoa é influenciada pela sociedade e pela família. Existem algumas coisas que são próprias das pessoas. Outras, ele adquiriu de alguma forma.

    http://www.jj-jovemjornalista.com/

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  20. eu não consigo comentar este vídeo ...

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  21. Também não vi o vídeo todo. Recuso-me. Não há justificação possível para aquilo. Aliás, aquilo está a baixo de qualquer justificação.

    Bjs

    Isabel Gomes

    http://osmeusremedioscaseiros.blogspot.com

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  22. Há crianças muitos más, não entendo como é possível.

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  23. Eu não vi o vídeo nem pretendo. Bastou-me vislumbrar uns segundos na tv. Não digo que estes miudos são e serão merda. Afinal, evoluimos, ganhamos maturidade, os erros formatam-nos. Mas é importante pegar já neles, castiga-los exemplarmente, para que no amanhã possam viver integrados em sociedade.

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  24. A sério S* nem consigo fazer um comentário.
    Desculpa!

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  25. Podem dizer o que quiserem, que podem haver razões, que as crianças sofreram algum trauma ou o caraças mas para mim isto é pura maldade. Há gente má, ponto, sem desculpas, sem traumas. São maus porque são. E estas miúdas claramente são isso, não há cá desculpas.

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  26. Não há palavras que descrevam o que elas fizeram. Mas também não há palavras para quem anda por aí a espalhar a cara das miúdas, inclusive pessoas "famosas" de Portugal.

    adesarrumada.blogs.sapo.pt

    .

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  27. P.S.: Indiquei você para uma tag. Depois dê uma olhadinha no blog.

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  28. Não lamento que andem a mostrar a cara de quem fez o que fez, é o mínimo para quem magoa os outros daquela maneira, nada justifica violência gratuita, independentemente dos problemas que cada ser humano possa ter. Ou melhor, deviam era vir a público mostrar a cara e pedir desculpa a a quem magoaram. Gente má, cruel e insensível.

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  29. Quando era mais nova defendia sempre os miúdos que eram gozados, era mais forte do que eu. É preciso ter muito ódio para fazer uma coisa daquelas, e ainda por cima miúdos... enfim!

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