Estamos a ver uma reportagem sobre jovens e menos jovens que emigraram. Ele pergunta-me se tinha coragem de emigrar, eu respondo que sim. Passados uns minutos, diz ele: "nem para Lisboa ia, quanto mais!".
Admiro profundamente as pessoas que têm a coragem (ou o desespero!) para fugir deste país sem oportunidades. Aqui em casa, essa coragem não existe.
Quando é a 2 é mais fácil, acredita. Não era capaz de suportar sozinha metade dos imprevistos que me aconteceram. A procura de casa, o dormir em hoteis diferentes todos os dias, as despesas enormes, as saudades que dão volta e meia volta, um dia mau no trabalho e sem ninguém para chorar. Ui...
ResponderEliminarÉ só uma questão de organização e o dobro da paciência um com o outro. Depois melhora... e acredita que não me arrependo! Mas sozinha...no wayyyy!
Maria, eu sinto o oposto. Sozinha teria vontade! Mas agora que tenho o meu amor, quero criar raízes. ..
EliminarConfesso que também não a tenho... E espero nunca ter que encontrá-la.
ResponderEliminarEu abri os olhos tarde demais. Se tivesse ido ao estrangeiro mais cedo e visto as diferenças, tinha emigrado, do mesmo modo que emigrei para Lisboa.
ResponderEliminarPor isso hoje não me canso de incentivar a minha cria a emigrar, nem que seja para a Austrália ou para Timor. Até já me ofereci para ir com ela, como motorista e cozinheiro, mas a sacana está-me a sair uma "coninhas" e não larga as sais da mãe por nada deste mundo. xD
Para Lisboa, suponho que tenha imigrado.
EliminarNão, é mesmo 'migrar'. Estão ambas erradas.
Eliminarinfelizmente uma realidade cada vez mais visível no nosso pais... Bjssssssss
ResponderEliminarJá tivemos a oportunidade e não fomos.
ResponderEliminarMais tarde queríamos e não tivemos oportunidades...
vidademulheraos40.blogspot.com.
Às vezes precisamos mesmo de ignorar o medo e ir à descoberta. O optimismo e o entusiasmo dão-nos sorte!
ResponderEliminarFala alguém que está fora do país há 1 ano e meio...
Confesso que também não tinha coragem neste momento não, mas acredito que muitas vezes é mesmo a última oportunidade, considero todos aqueles que partem independentemente do trabalho verdadeiros corajosos e lutadores.
ResponderEliminarBeijinhos
sempre pensei que algum dia iria partir para os EUA. Era o meu sonho e assim o fiz. Se e difícil? Sim muito. Tem dias que a dor e a saudade e tao grande que so apetece voltar, mas sorriso na cara e bola para a frente:)
ResponderEliminarDiana, gosto tanto desse positivismo!
Eliminara coragem vem muitas vezes da necessidade! por isso a "falta" de coragem é bom sinal até. quem me dera não ter que estar longe... mas pronto também tem o seu lado bom :)
ResponderEliminarEnquanto somos jovens, acho uma aventura engraçada, mas depois de uma pessoa constituir família, ter de deixar tudo para trás e abandonar casa, e por vezes familia, acho muito triste...
ResponderEliminarEu cá acho que não conseguia também!
ResponderEliminarTambém estive a ver a reportagem, Fiquei de coração partido!
ResponderEliminarTenho muitos amigos que tiveram de emigrar e isto mexe comigo!...
essa é uma realidade dura! acho que nem eu teria essa coragem, mas se tivesse que ir, ia... É duro e muito complicado sair da nossa zona de conforto...
ResponderEliminarSe tivesse mesmo que ser... A coragem também se constrói...
ResponderEliminarPois por aqui pondera-se fazer isso.
ResponderEliminarCá em terra lusas a minha área não é reconhecida e como tal se quiser realmente exercer a minha profissão vou ter de fazer as malas e ir.
Entretanto quero juntar dinheiro para ir, pois não quero estar desprevenida ou ter de depender dos meus pais nos primeiros meses. E por isso por aqui procura-se pra já trabalho não qualificado. C'est la vie!
Olá S*! Nunca comento blogs, mas gostaria só de dizer que nem toda a gente emigra para "fugir" de Portugal (com todo o respeito e solidariedade para todos aqueles que se viram obrigados a fazer). Eu emigrei há 5 anos, por opção, porque queria ver como seria trabalhar noutro país, crescer e aprender a adaptar-me à diversidade. Hoje acho que foi a melhor opção, mas não há um dia que não tenha saudades. Hoje em dia tenho quase toda a minha vida aqui (exceptuando os pais) e felizmente que posso ir a Portugal sempre que quiser. Também aproveito para dizer que toda a gente devia passar um tempo fora (erasmus, etc, não necessariamente emigrar claro!) para apreciar ainda mais o nosso cantinho. Só quando saímos vemos que a qualidade de vida é insuperável. Hoje estou triste com o estado em que está Portugal, os meus pais passaram muitas dificuldades devido a esta crise que não dá tréguas.
ResponderEliminarQueria apenas deixar uma versão diferente da emigração, a de pessoas que emigram mesmo tendo trabalho em Portugal, porque querem abrir horizontes.
Resta-me pedir desculpa pelo comentário tão extenso e dizer que a minha intenção não é de todo dizer que toda a gente emigra porque quer e que Portugal é um mar de rosas.
Rita, obrigada por este comentário. Quando ainda estudava, tinha vontade de conhecer mundo e emigrar. Acho que deve ser uma aprendizagem imensa... no entanto, neste caso, referia-me mesmo à emigração "forçada". Na reportagem, todos emigraram por necessidade, pela falta de soluções. E isso é que me assusta... :(
EliminarPor isso é que eu nao vejo ou leio as reportagens sobre a emigracao e ja me recusei algumas vezes a participar em entrevistas. Enerva-me o sensacionalismo a volta do emigrante coitadinho e sem opcoes. Conheco mais gente aqui em Dublin que emigrou porque quis do que o contrario. Ha gente que o faz por desespero, sim. Mas, muitos de nos por opcao e isso tambem conta. Nos deixamos empregos para tras que serviram para outros. Se calhar isto tambem era de louvar!
EliminarConfesso que também eu deixei o meu país há mais de 1 ano por opção. Não porque fui forçada. Estava a estudar Engenharia Quimica na altura no meu segundo ano quando as coisas não estavam a correr da melhor forma. Entretanto decidi que queria visitar o meu melhor amigo que estava a passar mal... e queria de alguma forma uma vida nova, um novo começo. E acredites ou não S* as saudades estão lá sem dúvida, e sempre que visito os meus pais ou deixo o meu menino não consigo conter as lágrimas, mas que foi a melhor opção da minha vida, não tenho dúvidas :) custou... trabalhei em muita coisa e fui explorada. Mas felizmente hoje tenho um homem que me ama e toma conta de mim, amigos não são muitos mas os que tenho são de ouro! E tenho um trabalho de sonho. O que me custa mais ? Saber que ao final das contas estou a ganhar mais do que os meus pais ganharam em toda uma vida. Não é justo, e isso... é o que me dói mais. Beijinho xx
EliminarAnna, é realmente doloroso... Infelizmente parece que trabalhamos para aquecer, como os esquentadores. Hoje em dia tens uma boa vida, um homem que te ama, e isso é o que mais importa. Parabéns!
Eliminaràs vezes a maior coragem é não sair do mesmo sítio.
ResponderEliminarEu acho que quem não tem trabalho tem mesmo é de ter a coragem para emigrar. E mesmo quem tem trabalhos mal pagos e filhos para criar,é triste mas tem mesmo de tentar encontrar lá fora o que aqui nunca terá, mesmo que a situação do país venha a melhorar um pouco.
ResponderEliminarxx
É um tema que me faz muita confusão, mas nunca digo nunca pois não sei o dia de amanhã.
ResponderEliminarEu também emigraria.
ResponderEliminarMas o meu marido também é da opinião do teu.
Os homens são muito comodistas.
Eu se um dia precisar, vou e vou sem medo...já estou a mais de 400 km da família por isso não seria ir para fora que me mataria.
ResponderEliminarÉ mesmo o desespero que comanda e determina a saída do país.
ResponderEliminarnão, não é...
EliminarTambém não concordo.
Eliminareu saí porque quis, por curiosidade...
EliminarNem sempre mmm's. Por vezes é mesmo opção, como o meu caso.
EliminarNão, não é a necessidade. Eu licenciei-me em Portugal, após a licenciatura tive logo trabalho na área. Trabalhei 3 anos. Ao fim de 3 anos, e efectiva na empresa, decidi despedir-me e decidi emigrar. Não tinha necessidade disso, fiz por opção.
EliminarPor aqui também não, acho que era mais fácil para mim trabalhar noutra área, mas aqui, do que ir para fora para trabalhar na minha área.. Lá fora também nem tudo é facil certamente!
ResponderEliminarJá comentei lá no Face e repito aqui o que postei por lá. Há muitos lugares no mundo para nascer e morrer no mesmo lugar. Nem sempre é ruim. Há os casos de casamentos interculturais, como foi o das mulheres que pesquisei, que vivem felizes e construíram famílias, e quando podem vem ao Brasil ou são visitados por seus familiares. Hoje em dia há a internet, o Skype, o Facebook, o Instagram, etc. e tudo ficou muito mais fácil. Penso que seja um movimento difícil, o de migração. Eu sou fruto de imigrantes suíços (parte de pai) e italianos (parte de mãe) que para cá vieram. Admiro muito esta coragem e determinação, e por vezes necessidade. Muitas imigrações foram realizadas na época das Grandes Guerras. Há tanto que falar, e foi sobre este tema que construí o meu mestrado. Faz sentido, diz de mim,
ResponderEliminarPois eu estou a 150km de distânicia e tem dias que só me apetece fugir para o ninho. Admiro essa coragem também.
ResponderEliminarAqui já existiu mais do que nos dias de hoje...
ResponderEliminarAcho bonito quem tem raizes e laços familiares fortes mas eu não os tenho e considero isso uma vantagem. Considero-me uma cidadã do mundo e dá-me igual se hoje estou aqui e amanhã na China. Sou como o vento. Mas no meu caso não é coragem, é a infancia. Fui criada assim. Para mim é fácil.
ResponderEliminarEmigrei não por desespero mas por oportunidade! Não foi difícil tomar a decisão, já que não sei se a coragem maior era vir ou perder esta oportunidade de carreira do maridão!... as poucas perspectivas para mim também pesaram, claro, e pensar nas oportunidades futuras para as crianças pesou ainda mais!! Eu acho que fui mais resistente emocional à ideia - só emocional, já que racionalmente sabia bem a resposta! O primeiro ano foi muito difícil, e agora ainda não é fácil! E sinto-me estranha e pensativa sempre que dizem: que sorte!! queria muito estar aí!!... Não fazem ideia!... Os imprevistos são mais do que os esperados, as diferenças e dificuldades também. A vários níveis! Mas não me arrependo nada, apesar de já me ter apetecido voltar imensas vezes!! Essa sensação e vontade vão diminuindo, mas acho que nunca vão desapparecer... uf!! isto dava pano para muito texto!! eeheheheh
ResponderEliminarBeijos!!
www.hiimab.com
Eu sempre disse que não.. até um dia que surgiu a oportunidade e não consegui dizer que não.. A vida encarrega se de traçar o teu caminho e não podemos dizer nunca! Beijinho
ResponderEliminarEu confesso que também não tenho essa coragem. Talvez porque esteja sozinha com a minha filha. Para nós seria um risco, imagina que as coisas não corriam bem. Talvez se fosse mais jovem, talvez...
ResponderEliminarSituações de limite normalmente traduzem-se criação de coragem!
ResponderEliminarJá falámos tanto disso lá em casa... Nunca avançámos por ambos estarmos empregados e para pior... antes assim, mas nunca se sabe...
ResponderEliminarAdorei a resposta do teu mais que tudo. Eu tb não tenho espírito de emigrante mas perante as dificuldades não sei se não o faria. Felizmente ainda tenho emprego. Nunca se sabe o dia de amanha.
ResponderEliminarAdmiro sem duvida a coragem de quem vai para fora... conheço algumas pessoas e sei que não é fácil.
Eu também não queria e cheguei a ir. Como disseram e bem, há um dia que o não passa a um sim muito rapidamente.
ResponderEliminarPois, eu também não acho que tivesse coragem :\
ResponderEliminarApesar de não gostar do meu emprego e não vislumbrar outro em perspectiva, acho que não conseguia emigrar e deixar tudo.
...sou de uma família de emigrantes...a última a ir foi a minha irmã, acho que já está um pouco no nosso código genético =P eu apenas ainda não se segui o exemplo devido à minha mãe que ficaria completamente sozinha
ResponderEliminarVi exactamente essa reportagem e tenho a dizer que me deixou triste... Como deixa sempre. lembro me logo da minha mãe (que está imigrada) que sofre por me ter longe... a mim e aos meus sobrinhos.
ResponderEliminarNão é fácil, não é nada fácil. Se eu soubesse como é difícil talvez nunca tivesse emigrado
ResponderEliminarEu não me importava de ir.... a emigração nem sempre é má, alias geralmente mudam para melhor.
ResponderEliminarClaro que há um processo de adaptação...
Beijinhos*
Eu tenho sentimentos contrários em relação ao tema. Por um lado gostava de ir mas por outro de certeza que iria ficar cheia de inseguranças se fosse.
ResponderEliminarBeijos
Eu não teria coragem.. Não sou muito aventureira nesse aspecto e sou muito pegada à minha Lisboa. Deixar esta luz, estes cheiros, os meus... seria muito complicado... Mas isso sou eu que sou muito "fado"... Mas gabo a coragem de quem vai!!! Ah Valentes!
ResponderEliminarQuem não emigra nunca se cultiva e vive sempre na saiolada portuga.
EliminarCoragem tiveram essas meninas que emigraram para a casa dos segredos, que não são umas fracotes como vocês todas cheias de medo de sairem da casa ma mamã,
Quando não estás feliz nem realizada por não trabalhares na área pra qual estudaste e ganhas um misero salário, das duas uma.. Ou continuas nessa vidinha ou fazes por mudar. E a unica maneira foi dar o passo e enche-me de coragem e emigrar. Sozinha e c duas malas na mão. Deixar o namorado e familia para trás é das coisas mais dificeis que há. Mas não me arrependo nem um bocadinho. Faz-nos crescer e da-nos oportunidades de carreira que no nosso país não temos. But home is were our heart is.. E Portugal tá sempre no coração.
ResponderEliminarEu gostava de emigrar, nem que fosse só por uns anos pela aventura e experiência. Ele já não, não é aventureiro.
ResponderEliminarOla S., já há mto tempo que não comento nada, nem escrevo no meu blogue. Mas hoje tive um tempinho livre e decidi ler os blogues de quem sigo. Deparei-me com este post e aqui vai o meu comentário:
ResponderEliminaremigrei para a Noruega dia 9 de Jan de 2013. Para trás deixei o meu marido e o meu filho que na altura tinha 3 anos. Foi a decisão mais dolorosa que já tomei. Foi também a mais repentina que tomei na minha vida. Eu, que sempre ponderei e reponderei todos os passos da minha vida, subitamente, após o meu desemprego, estava dentro de um avião a chorar baba e ranho e quando se deu a descolagem, as lágrimas caíram-me da cara como acho que nunca me aconteceu.
Fui com trabalho já arranjado, servir às mesas de um restaurante de sushi, com o meu irmão e cunhada aqui, mas estive 3 meses a viver numa casa com todo o staff que trabalha no mesmo sítio e foi a pior experiência da minha vida. 3 meses depois vim buscar o meu marido para trabalhar no mesmo sítio. O nosso filho ficou em Portugal com os meus pais. Ficamos de rastos, mas sempre realistas que nunca o poderíamos ter naquela casa de staff. Estavamos no mesmo quarto mas o ambiente da casa era horrível, não havia respeito nem por aquilo que era nosso, nem pelo descanso dos colegas... enfim, estávamos desejosos de nos vir embora e termos uma casa nossa. A integração do meu marido está a ser terrível, odeia o país, odeia os noruegueses e sobretudo o clima.
Encontramos uma casa para alugar - 50m2 ao preço de 1600€ por mês!!! Sim, neste país nada é fácil para os emigrantes, os noruegueses fecham as portas completamente e são super-desconfiados até te conhecerem mto bem.
Em Nov. fomos buscar o nosso filho, pq tínhamos casa e tínhamos arranjado creche para o pequenito. Como estamos os 2 trabalhar no mesmo sítio, tivemos de pedir para um de nós ter horairio matinal e conseguir sair sempre às 16h pq as creches aqui fecham às 16h30. Um luxo só para alguns. Ter uma ama aqui é também um luxo que nós não poderíamos pagar.
Agora 3 meses depois, o meu marido deverá sair do restaurante pq os níveis de stress são brutais e ele está a odiar trabalhar com "aquela gente" e eu fico a "aguentar as pontas" e vamos lá ver quanto tempo mais.
1 ano e 19 dias depois, ainda choro todos os dias.
Esta é a minha realidade enquanto emigrante.
Beijinhos
Tania
Tânia, fico de coração apertado quando leio estes testemunhos dolorosos. Muita força para si, para o seu marido, para o seu filhote. Desejo sinceramente que consigam mudar para algo melhor!
ResponderEliminarEu não me importava, estando desempregada e sem perspectivas, mas o meu marido está efectivo e ninguém o tira de cá. Admiro aqueles casais em que um vai e o outro fica, eu não consigo. Uma vez falei com ele sobre isso, ficou desolado :( Ele não iria aguentar, nem eu.
ResponderEliminareu estou emigrado no luxemburgo a pouco mais de 3 anos e digo que nao ha dinheiro que pague o bem estar de vivermos junto de quem mais amamos,por vezes vale mais viver com pouco e felizes do que ter mais algum e sermos infelizes...
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